Poemas de Janela
RENASCER
De João Batista do Lago
Ao abrir a janela
o velho jardineiro desfaleceu:
o jardim fora assaltado
as flores e as rosas eram murchas,
sem vida e esquálidas.
Os olhos do velho jardineiro,
cansados, choraram a dor do mundo:
nenhuma flor, sequer uma rosa
para beijar; nem mesmo um só buquê para dar.
O cheiro da rosa, e da flor, ficaram apenas na memória.
[…]
Antes que o dia finde,
o velho jardineiro tornará à luta;
e mesmo com olhos marejados
e com mãos calejadas
renascerá flores e rosas: toda vida sorrirá.
Aquelas gotas de chuva riscam o vidro da minha janela como lágrimas exteriorizadas das minhas dores humanas.
Cai miudinha de saudades daquela tarde chuvosa com lembranças vivas em minha memória.
Há...tudo ficou em câmera lenta e ao mesmo tempo, perturba, causando insônia com a distância entre meus sonhos e minha realidade.
Dúvidas possíveis e os delírios de saudades em cenas reais de lágrimas, risos e choros naturais.
Sem perceber, derramo uma lágrima de realidade e as palavras voam pela janela das coisas ditas e só me resta a poesia.
Poesia essa que vem
desdobrando-se como memórias da minha própria vida.
O QUE VEJO DA MINHA JANELA...
Vejo tanta vida lá fora
Não me canso de olhar nela
Vejo uma estrada longa
No final uma cancela.
Vejo minhas lembranças
Um pouco embaralhada
Na mistura dessa saudade
Que vem toda atrapalhada.
Uma hora é só de tristeza
Na outra esplode de alegria
Emoldurando meus sonhos
Numa festa de poesia.
Autoria Irá Rodrigues.
Seria ínfimo de que os olhos
São como a "janela" da alma
Nem todos conseguem perceber
É mais cabível se fosse a "porta"
Pois permite até encontrar
Além da alma
Um caminho libertário.
É só jogar uma pedrinha na minha janela
Se eu não tiver em casa
Eu 'tô tocando com a galera
'Cê sabe como entrar
A chave 'tá no mesmo lugar
Toma um banho
Me espera e é só...
PÓ DO TEMPO
Reabre-se a janela coberta pelo pó do Tempo, e no cenário do que um dia foi jardim, o mato alto e seco sufoca sementes. Estéreis árvores, mas ainda com a imponência da juventude, abrigam pequenos pássaros na quietude de uma tarde resgatada nos porões da infância. Visível é a saudade, diante da velha porta que convida ao pulo sobre os buracos do assoalho - feridas vivas que corroem a casa em ruínas - e as lembranças fazem-se bem-vindas. O vento acaricia o rosto e o corpo se deixa flutuar num balanço que ganha o céu. Sob sons distantes e silvos de cigarras, desfilam dias de alegria e inocência. Porém, voa o Tempo espalhando no concreto o sal dos dias. Mas também nos dizem do aceno dos amigos de jornada, os quais mantém vicejante a flor da amizade e só por isso já vale à pena seguir. Mais um olhar e se avistam frestas enormes na janela - o sol irradia esperança, essa passageira oculta na jornada da vida.
Olhava janela à fora sussurrante senhora a relembrar dos seus bons dias...
E alegremente a jovem sonhadora
dos dias que lhes sucederão.
Ambas na mesma direção!
A idosa saudosa, a jovem sonhadora.
Porém as duas com o mesmo destino.
Sou eu naquela janela iluminada, com o fogão de lenha aceso.
Nos meus sonhos, no frescor da noite perfumada, habitei minha morada.
Wall de Souza
Bom dia!
Abra a janela e olhe para o céu. Sinta as bênçãos que os bons ventos enviados por Deus lhe trazem. Abrace a vida, se apaixone pelo simples e colha energias edificantes. Que Deus seja seu protetor e lhe mostre o poder da fé e da oração.
Que o Senhor possa bendizer e iluminar o seu dia!
- Laís Carvalho
Bom dia!
Acorde, abra a janela e respire fundo. Deixe a brisa entrar e bendizer o seu dia. Preencha o seu coração com fé, amor e esperança.
Que Deus cubra você com Suas bênçãos, luz e proteção.
Que seja um dia cheio de alegrias, cercado de pessoas que você ama e bons momentos.
Olhei pela janela
chovia
então agradeci e pensei:
logo recomeço a semear
benção não é apenas um dia de céu azul
é a chegada do que é precioso
no tempo certo.
Numa varanda flores simples na janela uma rosa amarela Esperando pelo sorriso dela
Cheio de enfeites de alegria
No pulsar da tua espera
Meu coração mal escondia
A vontade de dar um cheiro e um aperto arrochado na cintura dela
Numa varanda flores simples na janela e uma rosa amarela atocaiando o sorriso dela
Cheio de enfeites e alegria,
No pulsar daquela espera, meu coração mal escondia
A vontade de dar o amor
Que meu peito prendia
De uma janela desvendando a cortina de minha, saudades…
Aquela luz parecia, o brilho do céu…
Aquele brilho parecia, o raio do sol… Provado foi!
Que a luz tinha gosto do lindo dia de Natal.
E o brilho, era das saudades dos natais que já passei.
Olho através da janela.
Anseio um recomeço, um futuro ausente de lágrimas e grata por despertar a cada nascer do sol.
Digna de um amor que transborde os rios e mares que serpenteiam meu coração rachado, secos após tantas lágrimas perdidas.
Então, ao olhar através desta janela branca, desgastada com o tempo, eu escuto.
Escuto o sussurro dos pássaros cantando, a suave brisa da maresia,que agita a vida presente nas folhas de Louro.
E, ao fundo, escuto o som da água, a correnteza cristalina que purifica meu horizonte luminoso.
”O amor ecoou em minha janela,
Pois prometi jamais amar novamente;…
Voltarei a amar, assim que o amor me devolva minha sanidade perdida”
Imagine que Fred olhe pela janela e diga: “O solo lá fora está úmido. Deve ter chovido.” Ele está dando um argumento. O que deveríamos pensar disso? Poderíamos dizer:
Oh, querido, como o pobre Fred é medíocre! Ele obviamente está afirmando o seguinte: se chove, o solo fica úmido; o solo está úmido, portanto choveu. Se ele alguma vez tivesse frequentado um curso de lógica e erística ele saberia que ele acabou de cometer a falácia da afirmação do consequente!
Sim, poderíamos dizer isso, mas (parafraseando Haldeman parafraseando Nixon) isso seria um erro. É simplesmente desarrazoado e, na verdade, injusto, acusar Fred de cometer uma falácia assim tão flagrante quando uma interpretação alternativa deste argumento está prontamente disponível. Pois, embora Fred pudesse estar raciocinando dedutivamente e cometendo a falácia em questão, o mais provável é que ele estivesse raciocinando indutivamente, mais ou menos da seguinte maneira:
Quando o solo descoberto fica úmido, a chuva é a causa usual, conquanto ocasionalmente existam outras razões, como uma inundação. O solo de meu quintal está úmido agora e não há razão para pensar que alguma destas outras causas possíveis estejam operando, e uma boa razão para pensar que elas não estão. De maneira que é bastante provável que tenha chovido.
Obviamente este é um exemplo perfeitamente respeitável de raciocínio probabilístico, e o que os logicistas chamam de “princípio da caridade” exige que presumamos que Fred tinha algo como isso em mente, em vez da interpretação alternativa falaciosa, a menos que estejamos de posse de fortes evidências em contrário. Se falhamos em proceder assim, somos culpados do tipo de irracionalidade de que estaríamos acusando Fred.
Mera imensidão
A Lua iluminada,
Vejo da minha janela,
Bonita e aclamada,
Penso na beleza dela.
Vejo uma constelação,
Eu estou admirada.
Por que há tanta beleza,
Numa estrelinha de nada?
As Marias andam juntas,
Gosto de observá-las,
Pois a culpa é das estrelas,
E ninguém pode julgá-las.
Eu queria ser a Lua,
Satélite deslumbrante.
Eu queria ser as estrelas
Para brilhar na escuridão.
Mas o triste é saber
Que eu não seria um ser pensante
E a coisa mais frustante:
Eu não teria um coração!
De madrugada eu me pego olhando da janela
Imaginando o mundão fora dela
Embaçado... tem dia que me sinto fracassado
Tem dia que eu sou grato.
Tem tanta coisa que se eu pudesse eu mudaria
Começaria pela minha mãezinha
Que saudade de vc fazendo aquelas coisas na cozinha
Vida sofrida, vou parar de imaginar nem sempre da pra sonhar
Eu briso no universo, me vejo no multiverso
Escuta meu verso, eu peço.
Estou em todo canto
Você me vê
Me vê na natureza
Nos seus momentos de fraqueza
Me vê no suor que escorre
No sangue que corre
Você me vê na poesia
Na bala perdida que tira vida.
Não consigo me expressar tanto
Mas é sincero, rimo sobre o céu e o inferno
Tenho tanto pra falar, mas não sei por onde começar
É aqui que vou acabar.