Poemas de Espera
Bom dia!
O tempo passa, ele não espera! Não deixe que ele escorra por entre os vão dos dedos. Aproveite cada segundo para transformar o hoje em algo grandioso, com conquistas abençoadas por Deus. Que o seu dia seja iluminado e cheio de realizações!
Aonde a mente passeia
Por mais que os pés não alcança
Mesmo assim ela semeia
Sementes de esperança
A mente não tem fronteiras
A esperança também
Pequenos passos são maneiras
Que me guia mais além
Uma longa espera
Uma criança a ser cremada
nas costas de seu irmão,
em uma guerra de ilusão
sua boca ficou cerrada!
Sua postura de respeito,
com a dor em seu peito,
não derramou uma lágrima!
Sobre si, da guerra a vítima...
Dez anos apenas...
em sua imagem nesta cena,
e a guerra cheia de penas...
A dor de um órfão,
guardado no seu coração
na fila a espera da cremação!
O técnico em enfermagem trabalha com arte;
A arte que traz cores á vida de um paciente,
a esperança ao que cansa de ser insistente.
Ser técnico em Enfermagem vai muito além da imagem,
é a busca pelo aprimoramento e a transmissão de mensagem;
É o que faz acontecer
Junto á equipe dá um novo amanhecer
ao que achou que iria falecer.
DESPREZO (soneto)
Quão dor eu sinto, pelo desprezo
onde espera palavras num abraço
olhar no olhar enleado por um laço
e por vezes se tem o pesar aceso
Procuro então respirar, assim faço
nesta incisão, sair dali sendo ileso
do que cortês nele eu me ver adeso
ferindo o ser dum conforto escasso
Se leve ou reles, nos faz indefeso
é crueldade que só traz embaraço
Será que sabes deste agravo teso?
É complicado todo este compasso
do afeto em luta e ao bem coeso
quando o amor no amor é fracasso
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
TOCAIA (soneto)
Dói-me esta constante tal espera
do que já não mais tem donde vir
que o desejo insiste em querer ir
aguardando na ravina da quimera
Doí-me uma dor insana, há existir
a cada alvorecer duma primavera
da ausência, da saudade, sem era
e do que não se tem, e quer pedir
Dói! O tempo a passar, eu quisera
poder nele estar e ali então devir
chorar, alegrar... ah! se eu pudera!
Como eu não sei como conseguir
a tocaia no peito se torna megera
e a alma romântica se põe a fingir
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, 15 de julho
Cerrado goiano
VOZ DO SILÊNCIO
O silêncio brada vazios inconfessos
Num linguajar da emoção em espera
Desatados da tribulação tão megera
Tecendo sensos selvosos e travessos
No silêncio escoa solidão em esfera
Soprando suspiros turvos e espessos
Dos enganos emudecidos e avessos
Do tormento, ásperos, tal uma tapera
É no silêncio que se traga a memória
Desfolhados das sílabas da estória
Do tempo, despertando os momentos
Tal o vento, o silêncio é uma oratória
Que verborreia o pensar em trajetória
Nos lábios lânguidos, frios e sedentos
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro de 2017
Cerrado goiano
Quando mergulhamos nas redes sociais como nosso principal canal de interação com o mundo, espera-se que todos estejam sintonizados com nossos humores, atividades e reflexões.
Uma pressão sutil se instala: a necessidade de aprovação para validar nossas ações. Parece que só têm valor se receberem o aplauso coletivo; do contrário, parecem vazias de propósito.
Gradualmente, o significado das coisas deixa de ser uma experiência compartilhada e se torna uma construção íntima, moldada pelos sentimentos individuais.
O quê você quer
eu também quero,
por isso falo
da espera
que tem muito
mais a ver
com encontro
embalado bem
nas profundezas
dos nossos corações.
Podem chamar de delírio
Pois não ligo, e assumo:
A espera de quem se prepara
Para você e o nosso amor.
A espera valerá bem
mais do que imagino,
Quando chegar
a nossa primavera,
Será em ti que vou
me perder,
E isso fará todo o sentido.
O amanhecer
é um pretexto
para o meu amor te encontrar,
não importa o quanto essa
espera por você irá durar,
A vida por si só irá por
nós dois se encarregar.
Há quem tente mudar
a alma deste poemário
feminino, romântico e feito
de espera sob o céu austral;
e as oitenta e oito galáxias
estão para lá e para cá
ondeando em minhas mãos.
Nada pode apagar o quê
está escrito nas estrelas
o quê pertence a História
aos caribenhos ritmos onde
o Cruzeiro do Sul é o guia
mesmo num mar convertido
na salvação dos desterrados.
Das minhas mãos escapuliu
a Constelação do Boieiro
que guarda o nosso amor secreto
de Hemisfério a Hemisfério,
porque mesmo que eu olhe
para o céu onde as Galáxias
podem ser contempladas:
O teu amor por mim sempre
se encontrará onde as estrelas
serão sempre mais visíveis
e sem a necessidade de lunetas;
estou presente em todas elas,
e no prelúdio da madrugada
que nem o destino pode deter.
Na minha janela
Órion se aproxima,
e a ânsia da espera
de mim se avizinha;
Há algo de Leyla
em mim e há algo
de Mecnun em você,
Só sei que desde
o primeiro momento
que te vi a minh'alma
cantou, voltei a sorrir
e cresceu o desejo
de muitas noites
com o meu beijo
de te pôr para dormir.
No limbo da espera
pelo diálogo
transcendental,
Há milhões
que aguardam
por este
acordo nacional,
Como sempre
rogou o General
que foi preso
injustamente
no meio de uma
pacífica reunião.
Só quem não se
reconhece como
serra, deserto e mar,
E não se comove
com o Rio Orinoco,
Não vive para nada,
e também não vem
servindo a ninguém;
Porque insiste em
não querer entender
o quê se passa
com os Generais,
a tropa e o povo
que se encontram
num alucinante
e exaustivo sufoco.
Faço votos que
as correntes
não venham fingir
assim como uns
e outros que vocês
sabem muito bem
o quanto radicais
que eles são,
De todos os lados
não há mais
tempo a perder
com ocultação
da verdade
e com vulgar vaidade,
É reconciliação
e liberdade,
Ou reconciliação
e liberdade,
Para findar a questão.
Durante
a espera
convicta
destes
trinta dias,
Não há
quem
não pare,
De querer
de você
notícias,
Não há
quem não
se perca
no tempo,
Porque muito
é o silêncio,
Um preso
de consciência
pertence a todos,
Por Humanidade
até a Família dele
já nos pertence,
O humanitarismo
que nos reune
em lealdade,
Nos faz uma
grande Família
pela liberdade.