Poemas de Ciranda
No auge da maturidade
assim a vida me fez,
Cantando a Lua Ciranda
de Lia de Itamaracá,
Comigo você ainda não está,
Coloquei um espelho
para o Abebé de Iemanjá,
Tenho certeza que
a Rainha do Mar
o amor sublime amor
da gente ela irá abençoar.
Ciranda Da Rosa Vermelha
Teu beijo doce
Tem sabor do mel da cana
Sou tua ama, tua escrava
Meu amor
Sou tua cana, teu engenho, teu moinho
Tu és feito um passarinho
Que se chama beija-flor
Sou tua cana, teu engenho, teu moinho
Tu és feito um passarinho
Que se chama beija-flor
Sou rosa vermelha
Ai! Meu bem querer
Beija-flor sou tua rosa
E hei de amar-te até morrer
Sou rosa vermelha
Ai! Meu bem querer
Beija-flor sou tua rosa
E hei de amar-te até morrer
Quando tu voas
Pra beijar as outras flores
Eu sinto dores
Um ciúme e um calor
Que toma o peito, o meu corpo
E invade a alma
Só meu beija-flor acalma
Tua escrava, meu senhor
Que toma o peito, o meu corpo
E invade a alma
Só meu beija-flor acalma
Tua escrava, meu senhor
Sou rosa vermelha
Ai! Meu bem querer
Beija-flor sou tua rosa
E hei de amar-te até morrer
Sou rosa vermelha
Ai! Meu bem querer
Beija-flor sou tua rosa
E hei de amar-te até morrer
Em Tempo de Poeminha
Tamanho nunca foi documento
É chorar nunca foi argumento.
Ganhar no grito é feio
E ser feio não é bonito.
Ciranda nem sempre foi cantiga
Cantigas nem sempre foram de roda
Gato nunca usou bota
E foi-se o tempo do relógio de corda.
Assim como foi o tempo do orelhão
E das fichas de telefone
De crença em Coelho da Páscoa
E medo de Lobisomem.
E quase sempre o tempo
Acaba sendo a cura de tudo.
E quase sempre a cura de tudo
Acaba vindo com o tempo.
Comodismo = Abismo
Há que se elevar a alma
E revisitar os seus recônditos
Pra se descobrir um novo Ser
Lançar um novo olhar sobre o mundo
As pessoas e os rumos mudar
Se tiver que.
Abrir-se às mudanças
E se readaptar às idéias novas
Do mundo hodierno.
Não se pode ficar na inércia
Porque o gigantismo da dinâmica
Do Universo
Não nos espera.
Se parar, perde-se o bonde da vida
E se autoexclui da ciranda
Do viver.
Não se deve acomodar
Não se pode enclausurar
Na redoma do indiferentismo.
Abismo
Certeiro do medo
DE TODOS QUE PASSARAM
De todos que passaram, só queria que tu não passasse
De todos que passaram, só queria que tu ficasse
De todos que passaram, só queria que tu me amasse
Se tu não não sabes o que se sentes, escuta o teu coração
Se tu não não sabes o que me dizer, não me escondas se é paixão
Porque se tu quiser, a gente dança qualquer ritmo de dança
Pode até ser ciranda, mar menino
Pareço bobo, uma criança
Só por causa que tu passasse,
Mas não vá para se tornar lembrança
Vou criar uma rima se te ganhar ou se te perder
Vê só, ser inspiração de quem fica é mais bonito de ser ver
Dá gosto de ler
Quando a história é bonita, a menina chora
Escreve no caderno o poema no caderno da escola
Se eu escrevi um essa hora,
É sinal que o nome da minha insônia é "você".
sei de tudo que eu sou,sei do erro,falso amor,o do tempo de discórdia
o do tempo quer que for e das rezas que tão bravas,do túmulo que tu cavas
das larvas que por ai se anda,não é dança de ciranda que tu pode dançar
são é serio papo é sei de tudo mesmo eu sei,sei do certo,não tão certo a própria lei!
secular ES meu raciocínio,embriagado pobre menino,dos redores meu destino.
que enxergo tão escuro é que se passa a mão o vê .
espinho a ti furar e você não pode saber,como arrisca tanto assim e arrisca ate o fim.
que não sabe que tu mesmo.
o que busca é só um termo de sucesso e de paz.
mas nem sabe o que vem,sei de tudo muito alem.se vem você ou alguém.
o que sabe o que quer ? se é alguma coisa ou dinheiro,tome um vintém.
sei de tudo mesmo eu sei,sei quem vai ser,já ti falei? ou quem sabe não é ninguém.
OUTRA CANTIGA DE CIRANDAR
Fui à Espanha
Buscar meu chapéu
Azul e branco
Da cor daquele céu.
Mas na Espanha
Não encontrei ninguém
Que dissesse onde estava
O chapéu do meu neném.
Olha palma, palma, palma.
Olha pé, pé, pé.
Olha roda, roda, roda,
Caranguejo peixe é.
Bati palma, palma, palma,
Finquei pé, pé, pé.
Dancei roda, fiz ciranda,
Para ver meu bem me quer.
Samba, crioula,
Que vem da Bahia,
Pega a criança
E joga na bacia.
Mas tem cuidado
E carinho com meu bem.
Ele é o meu amado
E outro igual ele não tem.
Nara Minervino
Paraty dos passarinhos,
Da Capelinha,
Da Pracinha ha qualquer hora,
Paraty do paratiense e dos indio que ja foi e do que aqui chegou,
De todos que se encatam e migram numa história de amor por existir,
Das ruas de pedra dos bairros que cerca
Paraty da área rural vendo a baía
Paraty dos Quilombos onde orgulho é beleza,
Da sua natureza absoluta!
Paraty das cachoeiras brutas
Das Ilhas e grutas.
Paraty é o salto do peixe e o rio desaguando
Paraty do fjord, da península
Paraty das Cirandas encantadas
É remar sua rede nas canoas de kumaru
Paraty de Trindade até Perequê
Paraty é protegida pela Serra Verde
É a mare alta que se espera
É humida e fresca feito a vida
Onde os passarinhos gostam de cantar
Onde o amor de tanta gente ve o mar
Paraty é a alegria de estar aqui.
André Luz
Enlevo
Com um ruído estrídulo, a sineta soa
Apressurados, todos correm,
O encontro é no pátio relvado e sempre bem aparado,
Na ciranda, ordenados em círculos,
O ponto máximo é expressado através de um “verso bem bonito,
um adeus e vá-se embora”!
As alocuções proferidas acanhadamente,
tinham objetivo:
A menina dos olhos, doce de jabuticaba,
Da pele macia e abrasada,
Longos cabelos negros e lisos,
De vestido rúbido
E sorriso exibido.
A timidez ingênua camuflava o romantismo temporal,
Muitas vezes declarada em manuscritos anônimos,
Entregues pelo comparsa que, no primeiro momento, não revelava o autor...
Cerrando os olhos, sinto a fragrância das cópias azul- arroxeado,
Quanto mais álcool no mimeógrafo, mais clara era a impressão.
Ah, a fonética e a fonologia, a variedade linguística,
Os substantivos, adjetivos e pronomes...
Lugar, espaço e paisagem, mapas, escalas gráficas e numéricas,
Litosfera, atmosfera e seus fenômenos...
Por que o tempo muda?
Egito, Grécia, Roma e seu legado cultural...
Biodiversidade, cadeia alimentar, decompositores,
A terra e o universo, álgebra, as formas e medidas...
Acrônico...
Eu e esse meu cacoete de sentir o tempo,
Esse hiato abstrato,
Observando pela janela os sonhos juvenis,
Rememorando a poesia e o romantismo das rodas de ciranda...
O tempo cirandeiro
do calendário não
me assusta porque
não tenho medo
de não encontrar
a minha metade
que leve a transbordar.
Na ciranda da vida
o quê me fascina
é a poesia e a sorte
de saber esperar.
(Se o amor está
escrito ele sabe
onde me encontrar).
Resolvi escutar
a Lia de Itamaracá,
Enquanto olhava
as estrelas a cirandar
e comigo você não está,
Como estratégia
de forma que nem
mesmo você perceba;
Optei ser sorrateira
e te coloquei entre
os meus poemas
até o dia que decida
comigo encontrar,
juntos estrelar
e o amor aceitar.
Escravos de Jó
Não são mais escravos
E nunca foram de Jó
São homens livres
Mulheres incríveis
Sabem que a vida é luta
Que estar sozinho assusta
Por isso fazem
Todo esse
Zig-zig-Zá
Quero ver uma ciranda dar volta ao mundo, que nessa ciranda tenha apenas amor, compreensão, igualdade, solidariedade e compaixão pela natureza, desejo profundamente, sentir o vento bater forte no meu peito, anseio a sabedoria perto da minha alma, para lidar com as vicissitude do dia a dia, que fique de fora dessa ciranda, tudo que é nocivo aos meus pensamentos, todas as pessoas ruins, quero longe de mim, tudo que não presta e que nada de mau cruze o meu caminho, a cada dia, quero ser melhor do que ontem e amanhã melhor do que hoje, que as forças poderosas me cubram, me protejam, a todos que por ventura meus olhos enxergarem, emano os mais sinceros sentimentos, amém!!!!
Sou uma conquistadora de cada dia, nessa ciranda sem fim...Acredito que somos resultado do caminho percorrido, onde nos visualizamos completos, adquirimos lições, manias, perdas e vitórias naturalmente. Trabalho muito mas organizo bem meu tempo
Na ciranda da vida, alguns querem mais, outros menos, alguns se apaixonam, outros não, há os que amam e os q são amados, os que arriscam tudo e os que ensaiam, mas o que realmente importa não é a que grupo pertencemos, mas a oportunidade de entrar e brincar de roda
Ama-me por aquilo que pareço para ti, e deixe-me fazer dos nossos dias a ciranda do amor, uma melodia em que a sua essência seja a mais completa entrega e a mais linda das paixões que venha existir, fazendo-nos meros coadjuvantes em uma obra que somente o amor reinará.
Na madrugada escura,Nos ventos da montanha ,nos penhascos da Irlanda,Relembrado da ciranda,Hoje a vida ficou estranha, me dói as entranhas,Fiz tantas façanhas hoje me restam lembranças das reais lambanças,Nem mesmo o vinil toca minhas mágoas,Assim prevejo um longo fim.
A busca insessante por algo sempre maior ou melhor, nos faz dependentes dessa ciranda viciosa e não nos deixa perceber, que a vida é feita de momentos felizes e não de meras conquistas.
Não se aflija... A vida é uma ciranda de muitos começos.
Por isso...Deixe entrar o novo e se equilibre numa canção.
A eterna ciranda socialista se resume em regulamentar para taxar; taxar para quebrar; quebrar para subsidiar; subsidiar para controlar e se eternizar no poder.