Poemas de Ciranda
Eu quero brincar de ciranda
Eu quero saborear os frutos mais doces da terra
Eu quero uma casa com varanda e rede armada
Eu quero um quintal com plantas
Com rio ou riacho
Eu quero um cachorro para chamar de amigo fiel
Eu quero um galo para anunciar a chegada do dia na madruga
Quero despertar cedo para nascer com o amanhecer
Para enxergar as coisas símplices
Eu quero correr descalço no chão de terra
Eu quero tomar banho na chuva e na biqueira
Eu quero minha inocência de criança para fantasiar, para ser mais feliz
Quero falar baixinho no ouvido de Deus: Papai, eu só quero ser feliz com minheus familiares e amigos…
Quero Teu perdão
Quero ser um novo ser
Quero ser filho Teu
Eu quero Te Louvar
Quero Te adorar
NA CANDÊNCIA DO SAMBA
Na candência do samba
Eu conheci você
Dançando ciranda
E o maculelê.
Você era a beleza
Em forma e nuance
Eu, um poeta comum
Só queria romance.
Viajamos na noite
Sob a lua de maio
Sem promessa partiste
Me deixando tão triste
Te olhando em soslaio.
Quando você me conheceu eu era uma poesia.
Hoje eu sou verso, sou prosa, sou ciranda e samba de roda.
Escancaradamente Mulher!
☆Haredita Angel-08.03.16
NA CADÊNCIA DO SAMBA
Na cadência samba
conheci você,
dançando ciranda e o maculelê.
Morena brejeira dos olhos de mel
não és Julieta, e eu não sou Romeu
somos versos da história
que o amor escreveu.
Morena bonita
de endoidecer
eu fiz este samba pra lhe enaltecer
na rua ou no asfalto
meu partido alto é você.
Na cadência samba
conheci você,
dançando ciranda e o maculelê.
Ciranda
Cirandinha
Já não quero cirandar
Vou dar meia volta
Espairecer
Anéis de vidro
Cortam
Como amores poucos
Quando se acabam
"Infância, bons tempos de criança"
Que saudade de ser criança, de girar naquela ciranda, de entrar naquela dança, viver cheio de esperança, sonhos e mais sonhos, que saudade da minha infância. Agora que cresci, a vida me cobra preços muito caros, e eu só tenho centavos, minha dívida é a fortuna de um bilionário, mas é o preço, por ser um adulto salafrário... que saudade daquele peixe no meu aquário, quando tinha 10 anos e vivia em um mundo imaginário, saudade do meu primeiro cachorrinho, que eu queria que fosse eterno, mas a vida levou embora junto a minha juventude e disse: “agora chora, vou levar tudo embora”.
Eu choro, como antes chorava por ralar o joelho, só que agora o motivo das lágrimas são outros, e o peso de cada uma equivale a um colosso, tristeza colossal, pelo simples fato de ter de encarar o mundo real. Que saudade de ser criança, ingênuo, achar tudo legal, que saudade da minha infância.
sobre versos, músicas e poesia...
Eu só chamo para minha ciranda, quem aprendeu a dançar a valsa em meus versos ....
Quem ouve a música com os sentidos do coração.
Quem entrega o corpo e a alma ao som do amor.
Quer ouvir?
Fecha os olhos....
Sinta a melodia vindo ao som do vento.
Ela toca como brisa suave.
Sinta os acordes.
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©Aline Hikelme
©Textos de autoria de Aline Hikelme
Direitos reservados conforme artigo (Lei 9610/98)
AlinneH / Ano 2022
Há um oásis que meu interior desenvolve
Nos sete dias que rezei, não é dança de ciranda que podes dançar
Tem gente que não é gente, a penas uma massa e com fôlego de serpente
Roda da Vida
"Nas voltas que o mundo dá
Faça ciranda das horas
Importe-se
Com o lado em que não está...
Pois o que está embaixo, para cima gira
O que está em cima, pra baixo estará
De acordo com Deus é a sina
Há leis que o Universo ensina...
Pense bem no que fez, no que faz ou fará!
Pois ninguém pode esquivar-se das voltas
Nas voltas que o mundo dá!" Marilia Hoffmeister
A dança das cadeiras
Ciranda da vida, a dança das cadeiras,
Cada volta um ciclo, destino que desenrola.
A música soa, novos ritmos, novas brincadeiras,
E à cada parada, permanecer na dança, nos consola.
Na orquestra do tempo, novas melodias incluídas,
Cada reinício, um novo interesse, uma nova paixão,
Novos rostos, de velhas presenças desapercebidas.
Neste jogo de estar, uns ficam, outros se vão.
A cada parada, um adeus, uma despedida,
Como folhas que ao vento partem, vida após vida.
Mas há o encontro, na pausa, uma nova mão estendida,
Em cada assento vazio, uma história nova, uma ferida reaberta, uma ferida esquecida.
Assim gira a roda, na aproximação da distância,
A cada ciclo, a vida nos ensina a resiliência, a importância,
De saber dançar mesmo quando a música parece incerta,
Pois a cada volta, novo desafio, uma nova descoberta.
E quando a música finalmente parar, o que nos resta?
O eco dos passos, as memórias desta Festa.
Com suas perdas e ganhos, cada momento, uma chegada.
Na dança das cadeiras, da vida, o prêmio maior é a jornada.
Tudo está ligado a vontade
A vida tal qual uma ciranda
Dá pra dançar sem maldade
A gente é quem comanda...
Na Ciranda Pantaneira
dançando com você
pude perceber o quê
significa desejar alguém,
E ao mesmo tempo
tocar com as duas
mãos o universo inteiro,
Em mim carrego o orgulho
de ter o teu nome
guardado no meu silêncio
e o teu amor resguardado
o tempo todo no meu peito.
Olhando nos meus olhos
as tuas mãos se entrelaçaram
com as minhas mãos
para dançar a ciranda praiana
dos nossos destinos,
Você me deseja do tamanho
que te desejo todos os dias,
Com balanço e amor atlântico
um traz o outro fascinado
pelo naufrágio divino
nos beijos tão desejados
e de outros tipos de astúcias
que permitidas só aos apaixonados.
Ciranda
Da Zaranda que virou Ciranda
lembro-me da primeira
dança da minha infância
que enraizou-me na terra
de tal maneira que virei poeta
que cirandeia com as letras
enquanto as pega emprestadas
com a Lua enquanto escuta
e canta as cirandas de Lia
protagonizando a interminável
com toda a possível Poesia.
Ciranda-baile
O meu olhar te busca
na Abertura desta Ciranda-baile,
Dançamos com malemolências
mil todas as miudezas,
E no Encerramento nos demos
conta que percebemos que
sem querer estamos morando dentro
Ciranda do Nordeste
Deixando-me levar pela música,
poesia e dança de roda
da Ciranda do Nordeste
até a viração da noite
para a madrugada ainda busco
ser amada nesta Zona da Mata
pedindo à Nossa Senhora
que me traga um bom marido
seja caixeiro ou vaqueiro
e que queira viver bem comigo
neste mundo que não tem
o luxo de ser como Pernambuco
que faz fez para tudo
cantando e fazendo roda de Ciranda
para superar e agradecer ao Criador.
Celebro na companhia
dos Orabutãs floridos
a chegada da ciranda
das estrelas e do luar
que juntos festejam
que o meu coração
novamente anseia
voltar a sentir demais
na vida o quê é amar.
Você ama apreciar
me vendo dançar
Ciranda Pantaneira,
O teu coração
me pertence
e a tua alma faceira
igualmente
Você me quer plenamente
para vivermos
de amor integralmente.
No auge da maturidade
assim a vida me fez,
Cantando a Lua Ciranda
de Lia de Itamaracá,
Comigo você ainda não está,
Coloquei um espelho
para o Abebé de Iemanjá,
Tenho certeza que
a Rainha do Mar
o amor sublime amor
da gente ela irá abençoar.
O desejo incessante por bens materiais como carros, joias ou viagens é como uma ciranda interminável.
Assim que realizados, novas aspirações emergem, alimentando tanto o capitalismo moderno quanto nossa incompletude.