Poemas de Aranha
Pêndulo
Aranhas tecem os fios da vida
nos penduram no desconhecido,
lançados à nossa própria sorte
enquanto balançamos neste fio.
Cabe a cada um de nós decidir
o que é mais importante:
Curtir a paisagem,
ou tremer de medo e de frio?
Eu escolho a paisagem…
Você pode ter medo de uma serie de coisas, medo de escuro, medo de cobras, medo de aranhas enfim o medo do que é perigoso. Mas não pode ter medo de encarar seus medos quando este interfere nos seus objetivos. Medo de mudar o rumo, medo de ouvir um não o de dizer sim, o de dar a cara a tapa arrisca-se e vivenciar uma verdade.
Na verdade muitos procuram por felicidades mas temem em arriscar-se
por medo de abrir-se, revelar sentimentos um ao outro com receios de ser machucados, enganados passados para trás distanciando-se cada vez mais da plenitude do envolvimento, da vivência dos sentimentos e das sensações que fazem parte da vida, ou seja, é impossível saber o gosto das coisas ou da intensidades das sensações sem experimentá-las.
Arrisca-se é dar-se a chance de ser feliz, sê não o for conforme o esperado, ao menos tentou, pois mais vale a lagrima de ter tentado do que a lágrima de ter deixado passar a chance de tentar. Na vida, todos teremos os dias de inverno próprio, pois o tempo é implacável, ele não espera por nada que esteja debaixo dos céus. Não tenha medo de viver a vida por conta de medos de certos riscos, pois viver é um grande perigo, pois todo ser vivo, vive em constante perigo de morte.
A lógica das aranhas
Fica mais difícil a maneira que se entende
Quanto mais se entende
Se entedia rápido onde tudo é rápido
Se vai um dia inteiro de sol.
Uma matemática frustrante em tuas somas
Em teus gastos se consome tanto por aquele sorriso
Um brinde às vezes, sem embrulho, sem embaraço
A sensação está esvaziando?
São só coisas onde se encontrou, faz tudo que não entende
Só para sentir de novo a sensação
Um olhar selvagem do dono no alto
No calor mais forte do verão através da água azul
Ouça! Está tudo desaparecendo, desabando sob o mesmo céu
Estão rolando rua abaixo atrás do culpado que sorri
Ele está sentado com os pés descansados
Na sobra do verão mais quente do século
Por anos ele pode ver tudo, sabia antes de tudo acontecer.
Um mundo acabou na esquina, um alguém enganado
A esperança tenta com todas as forças
Mas quem pensa que irá se libertar é cego
Há muitos olhos desejando a noite
Muitas peles frias, muitas e muitas mais sozinhas
Desencontrados, vamos para qual rua hoje?
Se não trocarem os caminhos talvez irão se encontrar
Na brisa do verão mais quente, na passada desnecessária
Tente ser o mesmo que foi
Traga de volta mesmo que seja falso.
Dentro do meu coração, nem eu mesmo sei...
Os tantos guardados, que ali depositei.
Formam-se teias, sem aranhas...
Esperanças sem cor...
Mas coloridas lembranças...
Do que foi o nosso amor.
Polaroides da memória
A tristeza se abateu no meu coração,
a vida perde o sentido...
minha alma chora por...
sentimentos que nunca compreendo.
estive no cemitério hoje...
vi dentro da minha mente como um filme
o passado numa armadilha
do qual voltei no tempo....
revivi o momento que
a vida deixou corpo
de alguém que conhecia...
pouco, mais compreendia;
a vida é engraçada
mais mesmo tempo
te ensina que todos são predadores...
apenas numa forma diferente de ser...
sua família seus próprios vampiros
que sugam tua vida pelo seu bel prazer...
vida ingrata uma vida se passa...
tudo que resta somente o pó
nem as lembranças são ditas,
apenas um custo um beneficio...
nesse mundo de luxuria...
você é que tem no bolso...
sentimento frio distante de um ser...
que se diz humano...
para que viver dessa maneira
prefiro não me unir a essa raça...
ate os ditos animais são mais dignos
belos no seus sentimentos,
na sua maneira de viver...
bestas serem seres supremos,
são meros abominações...
ainda busca um lugar ao céu...
com perdão de tantas lamentações.
caímos dos céus por amar o amor...
somos calados por ter tanto para amar.
matam pelo direito de amar
matam pelo gostos de amar...
tudo muito doentio no mundo do ser...
humano tanto para amar ser amado...
mais nenhuma fonte de amor próprio....
cruéis nesse sentimento que move os céus.
por celso roberto nadilo
Em todos os caminhos
há pedras e espinhos
em outroshá rios e montanhas
mas o caminho do poeta
é cimentado sobre
cobras e aranhas.
Aranha, serpente, cobra, mentira, tristeza, falsidade, dor, etc.. tudo no feminino, que coincidência!
Já inventaram o “Homem de ferro”, “Super homem”, “Homem aranha”, só falta inventarem o “Homem que preste”…
Leis são como teias de aranha: boas para capturar mosquitos, mas insetos maiores rompem sua trama e escapam
A sabedoria é como uma flor, de onde a abelha faz o mel e a aranha faz o veneno, cada uma de acordo com a sua própria natureza.
"Nós somos como uma aranha. Tecemos a vida e nos movemos nela. Nós somos como o sonhador que sonha e vive dentro desse sonho. Isso é uma verdade em todo o universo".
Homem Aranha é um idiota, aliás, todos os super heróis são idiotas. Prefiro o Peter Pan e sua sexualidade indefinida.
"A bela teia de aranha se esconde na sutileza da sua transparência, e na distração provocada por tudo ao seu redor".
Aranha metida a valente, é a primeira a morrer na pancada, portanto, saiba que sabedoria vem sempre acompanhada de mansidão, verdades, firmeza e foco no objetivo, sem nunca baixar o nível e nem elevar a voz.
Suga me, a teu bel prazer,
Alimenta tua vontade,
Incorpora-me a você,
Aranha negra da cidade.
Devora-me, como queres,
Sinta o gosto da minha carne,
A vida do meu ser arranques,
Canibalizando-me, sua verdade.
Predadora de mim, amor mortal,
Intensidade de prazeres abissais,
Fêmea em transe no amor total,
Faminta, sacia gozos colossais.
Espojando-se, me aprisionando,
Me matando a cada momento,
Nas suas contrações fundindo,
Carne, espírito e sentimento.
Mata-me quando quiseres,
Tira de mim, a minha força,
Deita no meu leito e esperes,
Amar-me, louca, como queres.
O dia está para arrumações. Tirar a poeira e até as teias de aranha. Limpar, polir e deixar tudo como antes.
— A casa?
— O coração!
QUE OLHAR É ESSE
Que olhar é esse...
Com tantos predicados que me ganha!
Telha de aranha?
Como se fosse unhas, que arranham
o meu silencio,
a despertar-me do meu casulo
me propondo barganha.
Que olhar é esse...
Tão direto como flechas
atiradas ao tempo
me fazendo de alvo
alvejando meus sentimentos
e me deixando calvo.
Esse olhar me enfeitiçou!
Marcou-me com sua marca de luar
floriu as margens do meu caminho
fazendo o vento me levar.
Esse olhar, esse olhar...
Quanto fulgor contido nele!
Centelha crepitando em brasa
fritando assim, o meu amar.
Antonio Montes
Nunca diga que me ama
Nem tampouco que me odeia
O segredo e beleza da aranha
Se revelam em sua teia
Aranha
Aranha,
Emaranha
Tua boca peçonhenta e fanha,
Tece as cordas da tua voz,
Em tuas verdades dá nós,
E nós?
Como as Moiras tecem destino
Amargo é o destilo
Do veneno à doce e exitação
Me prende, me enleia no chão
Com tua teia traiçoeira,
Viúva Negra,
Me estrangula o coração.
A aranha e o dilema de existir;
dentro do seu quadrado o silogismo norteia sua vida.
Sua existência depende de outra existência;
a mosca é arrancada do seu descanso,
conectando-se, definitivamente, á engrenagem.
* O compasso