Poemas de Angústia
Na angústia de quem fica
reside a esperança do regresso
de quem parte, onde a ansiedade
do reencontro pode ser apenas
a triste ilusão de não aceitar
o que a verdade não pode ocutar.
A angústia de um insucesso maltrata,
mas é providencial para a maturidade
em busca da superação,
pois não há vencedor
sem a experiência de uma derrota.
Angústia!
Sei o que não quero, mas quero o que não sei,
na angustia de não fazer o que quero,
fico angustiado ao querer fazer o que não sei.
A confusão que se cria na ansiedade de encontrar
o sentido em fazer, surge a angustia da sensação
improdutiva de nada fazer que me conduz à ideia
da ausência de significado que continuo a fazer.
Dor que sufoca
Uma angústia profunda e sufocante
Por dentro um vazio
Que machuca e tira a paz
Difícil acabar com a solidão
Dores diárias sem fim
Uma tribulação com a própria mente
Caiu em um abismo difícil de fugir
Nenhuma pessoa percebe a aflição
Dentro de um ser humano
Que finge estar radiante o tempo inteiro
Tamanho tormento que habita
Dentro da mente e do coração
RETORNAR… POR QUÊ?
As pernas andam no passo que pode
Enquanto a angústia foge do compasso
Coração acelera sem trégua
Neste panorama sono corre légua.
Mas os sonhos não adormecem
Porque o meu pensar sobressai nas palavras.
E neste emaranhado de verbetes
Como não questionar a sabedoria da natureza?
O cacto rústico cheio de espinho
Não agride a sensível suculenta
Não há conflito com a suave rosa
Nem disputa de aroma com o jasmim.
Sua raiz pregada no chão
Extrai o melhor da aridez do sertão
Não se contamina com a impureza
E tudo converge para a perfeição da natureza.
Não sou de grupo codinome
Nem sou conhecida por cognome
Somos José, Maria, João, Genuzi... Sem sobrenome
Sou ativista. E, me apresento com nome?
Lembrem-se: - Os direitos trabalhistas
Foram conquistas
Não de um militante exangue
Mas a preço exorbitante de sangue.
Retorno a década de sessenta
E a memória retrata Pietá
Que ampara uma pessoa querida
Sem o sopro de vida.
E quando a estátua se materializa
Protagoniza a própria Pietá
Nas famílias sem brasão nem divisa
Que na sua dor não aprecia o voo da borboleta.
Sobressaiu a minha mesquinhez
E retornou a minha lucidez
Pensei nas angústias de Severino, Joana, José, Maria...
Que não é estátua com avaria.
Não somos oriundos do regime teocrático
Estamos em um regime democrático
Por que ressuscitar a ditadura
Era de sofrimento e tortura?
Veja a junção de rosa e cacto
Que jamais fizeram pacto
Então, analise e converse sobre a história
Porque foi delineada outra trajetória.
Despedem-se do verde quando chega o momento
Porque cada um tem o seu espaço
Cumprem suas funções de florir em seu tempo
Simples assim companheiro: - Dê-me um abraço.
Falar e escrever seriam inúteis? Efêmero falar, que nada exprime. Embalo-me na angústia da comunicação. Palavras são como cascas que se desfazem, nada mais que vãos rastros da emoção. Prisioneiras do sentido, as palavras se perdem no mar da insuficiência, a trama da linguagem é sempre tecida em ilusões, aprisiona a verdade em suas limitações.
A boca que se abre, a caneta que desliza, são meros instrumentos de uma busca indecisa, entre o dizer e o calar. O silêncio, em sua vastidão indomável, transcende a palavra e o ego. Não se prende a conceitos, não se aprisiona, é a pausa significante, a verdade que sussurra além do verso e do grito.
Encontro a liberdade de ser, de simplesmente ser, no silêncio, no vácuo, na ausência do dizer. Apenas existir, além do verbo, é o meu querer.
Escrever é apenas um exorcismo das ideias que perpetuam aqui dentro. O papel, meu confessionário mudo, testemunha fria, onde vou destilando mágoas, desvendando traumas. As letras que emergem são pedaços da minha solidão, uma ponte entre o caos e o desejo de renascer, e, ao revelá-la, sinto-me mais perto do amor. Encontro-me em cada verso, escrever é libertar-me também, é o alimento da alma em turbulência.
Contudo, és tu, ó silêncio, a língua que mais compreendo, no vazio de tuas pausas, meu ser se estende. Palavras são fumaça, que se dissipam no ar, enquanto o silêncio, no âmago, faz-se morar.
Ah, inútil é falar, inútil é escrever, quando a verdade se oculta no não dizer. A eloquência dos gestos, a dança do olhar, a palavra que se cala, é o que há de mais raro habitar.
Nas sombras do silêncio, encontro meu personagem. Em cada pausa, um mundo vasto se revela, onde o ser e o nada se fundem.
No abismo das reflexões, o pensamento vagueia, sutilmente capturado pelo desespero. Entre a razão e o caos, a alma se incendeia.
Que nesta noite a paz do Senhor inunde seu coração, afastando toda angústia, medo e cansaço. Que os anjos do Senhor acampem ao seu redor e que o Espírito Santo te conceda um descanso restaurador. Entregue seus pensamentos a Deus e confie: amanhã será um novo dia, cheio de promessas e bênçãos.
Boa noite, fique na paz e sob a proteção do Altíssimo.
Entendi que a depressão é a não aceitação do EU, é a ânsia pelo que não nos pertence, a angustia e arrependimento por não ter feito o que queria fazer e desejar demasiado o que não é para ser seu.
A depressão só será curada pela própria pessoa, não há nada e ninguém além de si próprio que possa mudar o que tem dentro de si, pensamentos e ações refletem diretamente em nosso corpo.
A depressão é a pressa pelo amanhã, é a tristeza persistente do ontem e a não compreensão do hoje.
Queremos tudo, mas nem tudo nos convém, ou seja, a depressão é um resquício da nossa infância, da nossa fase de criança, aquela parte em que não aceitamos uma determinada ordem suprema e batemos o pé, querendo muito algo, mesmo que não é pra ser ou acontecer, desejando tanto ou não aceitando a uma ordem suprema, insistindo tanto naquilo que acaba adoecendo, pela ansiedade incontrolável que se desenvolve.
Temos que nos ensinar a ter consciência das coisas além do que existe, aprender a aceitar a ordem natural das coisas, entender que não podemos possuir tudo e todos, só porque queremos assim, determinamos muitas coisas para nós, sem tentar entender os motivos, reações instintivas nem sempre são benéficas.
Temos o poder de atrair tudo o que desejamos, mas será que o que desejamos tanto, é pra ser nosso? Se não for pra nos pertencer, não virá e temos que entender e aceitar. Seguir na busca até encontrar o que está reservado para cada um.
Encontre sua missão e se encontrará.
Aceite que tudo nos é reservado e chegará no momento certo, quando tivermos maturidade suficiente para receber.
Se cure, trabalhando sua espiritualidade. Seja altruísta, ajude quem necessita, seja feliz.
Te louvo nos vales
E nos altos montes
Te louvo na angústia
E em tempos de paz
Te louvo cercado
Dos meus inimigos
Porque quando louvo
Sei que estás comigo
Enquanto eu viver
Sempre te adorarei Senhor
Com meu louvor
Adorarei Senhor
Com meu louvor Se estou abatido Ou desanimado Te adoro pois sei Que estás ao meu lado
A angústia é inerente à pessoa pró-ativa.
Gente que tem perspectiva, que tem vontade de realizar mas depende do tempo, de meios, de alguém.
Só quem toma decisões tem problemas.
Visto que, sem escolhas não há propósito, sem propósito, o que é a vida?
Pera que essa pera é minha.
Troco o pelo pelo pelo
e não me pela pela angústia.
Somente para para ver
a diferença em pôr e por,
se vou pôr tão só por pôr
ou se afinal vou pôr por ti...
NO FUNDO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
As angústias viajam pra Milão;
França, Disney, Havana, Pernambuco;
Alemanha, Japão ou Pelourinho;
pegam ondas nas águas do Havaí...
Depressão vai a festas e celebra,
veste roupas de gala, se produz,
dá um pulo em Genebra e tira fotos
pra encher Facebook ou Instagram...
Desespero sorri; é pé-de-valsa;
toma vodka, gim, reúne amigos,
tem antigos passeios pra contar...
Desenganos, saudades e paixões,
frustrações, incertezas e carências
vão e voltam, até nos resolvermos...
Depois de toda essa culpa e angústia que senti, finalmente consegui me libertar do peso de passar a vida esperando por você.
E sim, dessa vez é diferente, porque agora, eu tenho certeza que não quero mais você na minha vida.
Consigo perceber que você não faz mais parte do meu presente e muito menos do meu futuro.
Tenho que te agradecer por um passado cheio de história e bons momentos. De certa forma, tenho um carinho por você. Mas eu sei que para o meu bem, e para o seu também, nossos caminhos não devem se cruzar mais.
Agora sou eu que não te quero mais.
Via Crucis
A cruz é o símbolo mais pesaroso, a maior representatividade da angústia e do sofrimento de Cristo, também serve de referência para o cristão na perspectiva de castigo e libertação. Jesus foi traído pelos bons costumes da moral por desejar uma nação seguidora dele, por ser o protagonista da paixão incondicional e do amor a Deus. Radicalizou na defesa de seu ideal e da ideia de supremacia em Deus. A igreja cristã adotou Jesus como um pacificador, utilizou-se da bondade e humanidade para amenizar todo o sofrimento e dar causas e esperança de vida eterna.
A. V.
Se a raiva, ó ódio, a angústia e o sofrimento
lhe fazem pecar, peça a Deus a paciência e a tolerância,
para suportar as tribulações da vida.
É angustiante gostar de alguém.
A gente nunca sabe o nível da reciprocidade.
Às vezes, preciso medir minha intensidade...mas a culpa é minha, por mergulhar em amores rasos.
“Ao negar Jesus por três vezes no ápice da angústia, Pedro provou ser humano, falível e passível de erros. Mesmo assim, Jesus, em sua infinita misericórdia, confiou-lhe a missão de continuar a sua obra.
E você? Confiaria novamente em alguém que o traiu?”
(ver Mateus 26:34 e Mateus 16:18-19)
Estranho Medo
Escrevo agora sobre angústia e solidão,
Antes descrevia amor, sonhos e devaneios,
Estranho certas coisas, pois estranha é a decepção,
Tristes são as páginas do diário, nem sei o que anseio.
Estranho medo, esse que de repente chegou pra ficar,
A estranheza mais profunda que um ser pode ter,
Estranho até a alegria que vem e vai sem avisar,
Me diga alegria, o motivo de ir, me explique o porquê.
Coração sangra, grita em meio as decepções,
Murmurar num adianta, nem devolve a certeza de outrora,
Certeza que iria acalmar esse turbilhão de emoções,
Estranho medo, que trouxe pesadelos para esse homem que chora.
As palavras me fogem quando mais delas preciso,
Me fugiu a alegria, causando-me imenso pavor,
Onde está ó esperança? Devolva-me o precioso sorriso,
Estranho medo que me faz estranhar até mesmo o amor.
... mas quando quando a aflição aperta, quando o corpo se nos demanda de dor e angústia, então é que se vê o animalzinho que somos.
A angústia, a ansiedade, as aflições, são frutos de ações e pensamentos negativos, nossos e de alguns que nos odeiam. Eis o remédio: amor, perdão,vigiar e orar. Jesus, palavra mais do que mágica.