Poemas de Amor que Acabou
No mundo em transe
celebrante do seu
próprio final,
Dele desejo fugir
para o esconderijo
lá nas alturas
para alcançar o teu
abraço que é
a própria Lua-de-Mel,
E assim faremos
do amor o nosso céu.
Sem querer ouço
por antecipação
os doces solfejos
da canção do milênio
que fala de amor
paz e libertação:
imaculados desejos.
Os corpos selvagens
e a juras sob
a guarda das carícias
irão além das paragens
de delícias capazes
de abrigar o amor
em todas as primícias.
É um imperativo buscar
no profundo do
teu sublime olhar
a fonte da paixão
para os versos nômades
que irão até você
como todos os arco-íris
que se abrem após
as maiores tempestades.
A UMA DESPEDIDA
Agora, que o final me convida
A solidão parte do pensamento
Cada suspiro outro sofrimento
Nas recordações sem medida
E, de pareio com a despedida
Foi-se o bom contentamento
Dentro do leito o tormento
Enfim, dá dó essa dor doída
Pra que era tê-la evocando
As lembranças, do outrora
Se agora, me falta o crer...
Querer, já quiz, até quando
Pude ser, e nesta outra hora
Quero amor no bem querer!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Outubro de 2020 – Triângulo Mineiro
CARREAR
O silêncio, origem de um final
Conhece o caminho do suposto
Lágrimas correndo com tal gosto
Em uma sensação de dor visceral
Que lacera a alma tão brutal
Na fúria de qualquer desgosto
Como sombras dum sol posto
E uma avalanche descomunal
Do desejo, ali sentidos e cego
E nesta escuridão submerso
A emoção é arrancada do ego
Que maltrata, e deixa disperso
Na ilusão, e então as carrego
No olhar, no peito e no verso!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/10/2020, 10’33” – Triângulo Mineiro
Final de Ano Chegando... pensamentos vagos dentro de mim.
Eu Mulher, abrigo da semente, moto continuo do mundo (C.E)
E Eu Mulher? Onde Vagueia Meu Ser?
Entre Retalhos e abraços ando eu abraçando a solitude como quem abraça a paz de finalmente existir e me pertencer!
Amor em paz
Eu amei
Eu amei, ai de mim, muito mais
Do que devia amar
E chorei
Ao sentir que iria sofrer
E me desesperar
Foi então
Que da minha infinita tristeza
Aconteceu você
Encontrei em você a razão de viver
E de amar em paz
E não sofrer mais
Nunca mais
Porque o amor é a coisa mais triste
Quando se desfaz
Ai, quem me dera
Ai quem me dera, terminasse a espera
E retornasse o canto simples e sem fim...
E ouvindo o canto se chorasse tanto
Que do mundo o pranto se estancasse enfim
Ai quem me dera percorrer estrelas
Ter nascido anjo e ver brotar a flor
Ai quem me dera uma manhã feliz
Ai quem me dera uma estação de amor
Ah! Se as pessoas se tornassem boas
E cantassem loas e tivessem paz
E pelas ruas se abraçassem nuas
E duas a duas fossem ser casais
Ai quem me dera ao som de madrigais
Ver todo mundo para sempre afins
E a liberdade nunca ser demais
E não haver mais solidão ruim
Ai quem me dera ouvir o nunca mais
Dizer que a vida vai ser sempre assim
E finda a espera ouvir na primavera
Alguem chamar por mim...
Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
E nessa novela eu não quero
Ser teu amigo...
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo tanto...
Um amor, uma carreira, uma revolução: outras tantas coisas que se começam sem saber como acabarão.
Tudo aconteceu diferente dos planos, talvez para nos mostrar que mesmo quando existe amor, só ele não é o suficiente.
Regar a semente do amor é mesmo que regar uma flor. Se todos os dias você passar por ela e a regar, no outro dia ela vai está mais linda a te esperar, então para a proteger do sol e de outras pessoas você cria uma proteção mas sem tirar sua liberdade de ver o sol todos os dias e de ver outras pessoas que por ali passar, sabendo que é por você que ela espera ver no final de todas as tardes.
Amor de alma é amar como se outra alma fosse o livro do coração, em que jamais haveria necessidade de se saber o final do que ela e ele têm para contar.
Passei até aqui todos os dias de minha vida buscando teu amor de tal forma que para muitos virou obsessão, me recomendaram vários especialistas, Mas eu não dei importância por achar que amor é uma coisa e obsessão é outra, sendo assim continuei a pensar que eu não seria feliz com outra a não ser com você, Pois bem esse foi meu único erro e uma pena que a única vez que errei em relação ao amor foi fatal, Mas eu não sabia que seria uma fatalidade assim, então sai de casa como sempre pensando em você, disposto a ter teu amor a qualquer custo e nesse momento todas as vírgulas que eu usava em meus textos para relatar o que eu sentia se tornaram um mero ponto final, assim sem ninguém ou dor; simples como um ponto de partida, Mas que dessa vez não teve uma chegada
Ao contrário da borboleta a metamorfose do amor é no fim. É no final que ele se torna uma sombra imprecisa, um espectro triste e pálido do foi. É nesse tempo indefinido e tardio que ele se arrasta como um verme multiforme entre migalhas, restos e sobras putrefeitas e mal cheirosas.