Poemas de Agonia
Vejo de maneira crescente o aumento
de corações partidos, e abertamente isso
tem me dado agonia, e digo o seguinte:
se você busca uma pessoa para atender
uma agenda social serás infeliz
e fará a pessoa que está contigo infeliz.
Ciente disso todos nós devemos
lembrar que o culto ao amor romântico
que a busca e a relação com alguém
devem girar ao redor da verdade e da afinidade.
Dizem que a noite
da tremenda agonia
ainda não chegou,
e por ousadia sigo
sendo a voz de quem
teve a sua subtraída
até para pedir socorro,
cresceram os números
de prisões políticas
aqui neste continente,
não nasci jamais
para ser indiferente,...
Há mais de dois anos
um bom General está
injustamente preso
desde o fatídico dia
13 de março do ano
de dois mil e dezoito,
aqui eis um poemário
sem nenhum laço
para ele e tantos outros
que passam por sufoco;
Desde março deste ano
mais nenhuma pessoa
pode ter contato o General,
a última notícia é que ele
foi levado para o hospital
gravemente fragilizado,
e foi fisicamente invibializado
para ter a moral quebrada,
é assim que ele e uma tropa toda
têm passado uma vida atribulada,...
No meio desta escuridão
em pleno a este ciclone
meditando os sinais
destes tempos estranhos
e sem clara comunicação,
insisto em dizer que não há situação
que deste jeito fique de fato esclarecida,
e que na vida real ninguém fala por ninguém;
nem mesmo essa voz que vos
fala cheia de ousadia e de toda a poesia.
Melancolia,...
Não estão recebendo
comida,
Agonia infinita,...
Não estão aceitando
roupas limpas,
A água?
Só pode ser entregue
esporadicamente.
Você acha isso justo
ou normal?
O quê está acontecendo
com o General?
Infinita melancolia,...
Ir aos fatos e perguntar
não ofende,
Ele continua preso
injustificadamente.
Infinita agonia,...
Ninguém sabe de nada
a pelo menos três
semanas simplesmente.
Em mim está
a agonia em
vários tons
todas as vezes
que o Império
insistente impõe
como explícita
provocação
os pássaros de ferro
para sobrevoar
uma Pátria
do nosso continente.
Insistem em cometer
o pecado capital
de manter presos
a tropa e o General.
Em mim por estes
versos diários
de responsabilidade
total e autoral
estão os signos
da liberdade,
Porque acredito
que buscar
o entendimento
nunca será tarde.
O meu coração
mora onde
o povo está
nesta noite
de agonia
privado
de proteção
e amparo;
pois falta luz
deixando-me
em todos
os estados,
em milhões
de pedaços
e preocupada
com quem
está preso
e com quem
está solto
passando por
essa covardia.
Não há como
ir descansar
tranquila,
Alí em estranhas
circunstâncias
morreu vítima.
O calvário
da tropa
e do General
injustiçado
não faço ideia
até hoje
quando termina.
Nunca confie em ninguém completamente, pois até nós mesmos nos traímos quando negamos nossos sentimentos.
A tristeza me corroe e não tem fim, ela me maltrata e acaba com o meu ser. Ela me tira pouco a pouco a vontade de viver.
Essas calamidades, nas dimensões que citei, impressionam vivamente a nossa fantasia, se acontecem longe e atingem a muitos. A verdadeira infelicidade – o supremo infortúnio – é, na verdade, particular. É o sofrimento bem perto. De um só conhecido. Os extremos medonhos da agonia são sofridos pelo homem isoladamente, e nunca pelo homem na multidão.
Vazio de tudo, cheio de nada. Transbordando por dentro daquilo que não existe fora. Me esvaindo aos poucos sem motivo algum pra continuar. O que sinto me preenche de agonia. Agora, o vazio.
Através da vidraça os olhos já não alcançam
o horizonte em detalhes acinzentados,
descortina-se lá fora a visão da liberdade,
embora ali dentro existam braços acorrentados
Sobre a mesa simples a louça especial,
ornando com a toalha de renda branca e linda,
tingida por pétalas de flores caídas,
apenas lembranças, outra tarde quase finda...
O corpo transpirou e quase dormente
deixou agitar o coração em desarmonia,
n'alma os sonhos, aos poucos, sucumbiram...
Percebeu grande vazio, tão de repente !
flutuando nesse escuro vácuo de agonia,
ao amor que se ausentou, lágrimas surgiram...
Quinta-feira, um dia incomum
dentro do comum, o tempo não passa,
de repente ele para.
Angustia no peito, que demora,
sempre querendo ir embora,
ficar só, junto dos seus.
Mas os seus não se dão,
é ficar só no meio da multidão.
'A MORTE'
Inevitável, silenciosa e profunda,
A morte nos envolve em seus braços gélidos.
É a derradeira viagem, a travessia
Para o ignoto, onde o tempo se dissolve.
Sob o manto da noite, ela nos conduz,
Além das estrelas, além dos sonhos.
Ali, achamos o descanso almejado,
Onde não existe dor, temor ou pranto.
A morte é o derradeiro baile, o último alento,
A despedida da vida e do mundo que nos é familiar.
Mas, quem sabe, ela possa ser também
O prelúdio de algo novo, um percurso sem fim.
Assim, quando a penumbra vier ao nosso encontro,
Que possamos estender a mão com bravura e paz.
Pois na morte, porventura descubramos a verdade,
O esclarecimento dos enigmas que nos rodeiam.
E agora Louro José!
A festa não acabou.Pois, No céu Deus te chamou!
E Agora Ana Maria!Viveu esta agonia.
Na TV choraste em demasia.
Louro José, tu foste para longe.
No infinito! Te avistei no horizonte.
José – Tu és Tom Veiga
Tua voz tão meiga.Animava a criançada
Com sua cara animada.
Louro José era a nossa alegria.
Estou farto!
Já não aguento mais...
Será se realmente estou vivendo ou esperando o dia da morte?
Pensamentos vem e vão da minha mente e parece que não penso em nada
Tenho certeza? Ou incertezas infundadas...
Em meio a um período de transição vieram-me vislumbre de anseios que guardo no fundo do meu coração
E então afundei num mar de duvidas
Ó dúvida porque não me deixas em paz?
Passo por um período de paz e sinto medo, pois calmaria e tranquilidade não são sentimentos corriqueiro para quem está sempre em alto mar.
Preciso de ajudar! Ajuda? Será se posso encontrar ajudar a não ser em si mesmo?
Vivendo e se escondendo dos problemas e se esquivando de seus ataques.
Agora só me resta esperar... esperar e confiar que o tempo irá me trazer certezas
Certezas essas que me afastaram das dúvidas? Talvez não! Mas me trarão uma leve sensação de segurança.
Certezas eu terei quando eu realmente tiver de coragem de sair da minha zona de conforto, e nadar no rio da aprendizagem, e após muitas correntezas torcer para que no final.
Eu possa aprender que viver não é fácil, e as dúvidas são ferramentas usada pelo destino, para nos fazer prosseguir em busca dos nossos sonhos.
Pode ser que os dias passem com tempestades, que a neblina te envolva num momento onde você não enxerga nada e fique completamente cego apenas vendo a dor e o sofrimento.
A dor é intensa, e o sofrimento machuca, algo que você sente que sufoca, se sente acorrentado como se não pudesse fugir, como se apenas existisse um lugar que da agonia.
Tudo começa com a raiva, sentimento que não devemos cultivar mesmo não sentindo você sente a necessidade de se punir porque na verdade você não quer sentir raiva com a agonia, você só quer ser livre e ter paz e parece que esse sentimento de alegria e paz nunca vão chegar.
O coração acelera a respiração ofegante te domina e quando você menos espera uma lagrima começa escorrer pelo seu rosto, tenta segurar e desaba em choro como criança e parece que com o choro vai toda a agonia, tristeza e raiva, porém fica aquela sensação de estar dolorido como se tivesse levado uma surra apenas sente a tristeza envolvendo seu corpo e a cabeça pesa com tanta amargura dentro do seu peito.
No fundo sabe que não passa de uma grande mentira. Vive enganando a si mesma, dizendo aquilo que seus ouvidos querem ouvir para se sentir melhor.
Tenta desesperadamente abafar o grito do seu coração, enquanto ele se contorce por dentro. Canta belas mentiras pra disfarçar a agonia causadas por suas próprias decisões.
Se vê jogando fora aquilo que mais quer, por puro capricho, enquanto se distrai com aquilo que no fundo sabe que não será para sempre.
Tudo que é meu agora não me consola , nem as frases tão banais quanto meus pensamentos ..
Restos que me surgem como abismos cegos
o fruto já não é mais proibido ...
As vontades que eu tenho já não me saciam ..
meu abrigo a minha calma, a minha agonia
meu pobre coração abandonado ...
salvo pelas falsas sensações de saudade ...´´
ACABASTE
Acabou!
Acabou o sonho!
Acabou o pesadelo!
Acabou a eternidade!
Passou o passageiro!
Acabou a agonia!
Partiu o ano inteiro!
Acabou a fantasia!
Adeus ao desespero!
Tu não me deste nada
Tu não me deste tudo
Roubaste o que eu nem tinha
Agora, me lanço ao mundo
Porque acabou o início
E acabou o meio
Acabou o fim
Acabou em mim
Para quem fica, esperando por quem vai
Com o fim do dia,
as coisas são o que são;
chegava a monotonia,
o contacto com a cama fria,
vazia,
a mão procurava a mão,
em vão,
a alma entristecia
e, na solidão,
o corpo esperava
inerte no colchão,
por novo dia,
enquanto o sono
não aparecia
e o sonho se construía
nas brumas da fantasia,
que ia e vinha,
vinha e ia,
embalado nas ondas da agonia
de um mar que se desfazia,
durante a noite
que ia, ia e ia
até ser dia.
Seria este o dia?
Seria…