Poemas da Pátria
Tarde sublime e serena
com o Pequiá-amarelo
balançando no pé,
E o coração balançando
no meu peito,
Te brindo com toda
a paixão e o meu mais
secreto e amoroso desejo.
Madrugada altaneira
e eu pensando
na sutil maneira
de seguir te alcançando,
Você é meu como
o Pequiá-amarelo
está para a flor e os meus
Versos Intimistas
estão para o seu amor..
Noite de Versos Intimistas
e de Pequiá-amarelo em flor,
E eu continuo aqui sozinha
pronta para quando chegar
o meu tão adorado amor,
Porque é assim que me preparo
todos os dias para quando
ele vier pronto e eu com ele for.
Manhã com o Sol
dando aceno
ao Pequiá-amarelo,
Amor tremendo
e Versos Intimistas
no coração estão
se escrevendo
junto com a sedução,
o inefável e a paixão
fechando o cerco.
Sob um Quebracho
Colorado Chaqueño com você
no meu coração e no pensamento
mateando junto com a alvorada
Permaneço a mesma apaixonada
porque sei que sou parte de ti mesmo
sem você sentir que sou a predestinada
além deste nosso estranho tempo
Nesta primícia da Primavera Austral
que segue ainda que encoberta por
fumaça e cinza floresce o celestial
Porque em nós não há nada no mundo
que faça a gente desistir deste pendor
de resguardar tudo desta Pátria de amor.
Aurora matutina
que celebra
o Pequiá-amarelo
se parece até
comigo quando
escrevo que
em Versos Intimistas
que te quero
sem nenhum mistério,
Ainda no peito te celebro.
Pequiá-amarelo
sob a aurora vespertina
traz para a poesia
que a alma precisa
para continuar sempre
com tudo aquilo que fascina
com Versos Intimistas
feitos da folia que te cativa.
No Sul do meu Sul é normal
matear as ideias de igual
jeito como o Ceibo foi eleito
para pertencer as duas terras.
Lá no rio dos pássaros pintados
o Ceibo tudo ele reconhece
e Anahí ainda segue viva na memória
porque decidi contar esta História.
Para resistir o ar que não vem sendo
mais o mesmo e para respirar vou a galope
sem parar suportando todo o golpe forte.
Para com espírito de baile te traga para
bem perto e o faça o gaúcho mais realizado do Pampa ancestral que é o nosso Universo.
Debaixo de um Mburucuyá
pronto para ser colhido
nesta Primavera Austral
do nosso amoroso destino
Continuo bebendo da história
de um amor sofrido que deu
origem a flor que hoje é símbolo
e de uma lenda que o eternizou
Você sente o quê eu sinto
e está fazendo de tudo
para ser parte do meu caminho
Finjo que não percebo e até
que nada eu estou sentindo,
ultimamente ando me flagrando sorrindo.
Eflorescido o Tajy Hû colorindo
de rosa a terra dos guaranis
onde se ouve como harpa o rio
e me deixo nas mãos do destino.
A imensa dor do Chaco também
me pertence e a coragem igualmente
de colocar cada qual no seu lugar,
não vou esquecer e custe o quê custar.
Pertenço a um alguém que também
me pertence com tudo aquilo
o quê sinto mesmo que ele venha demorar.
Pode não ser nesta Primavera Austral,
mas na próxima nada vai mais nos atrasar
porque já será chegado o tempo de amar.
Lado a lado com você
sob a proteção de uma
Palmeira de Cera Quindío
silenciosos permanecer
Cercados pelo Atlântico
num lugar romântico
para do mundo esquecer,
é assim que quero viver
Não nego que quero tudo
com você no intenso
curso do ir e vir das marés
E deixar que você escreva
em mim e eu em você o quê não temos dominio se fosse um poema.
Colher mais de uma
Cattleya Trianae
não apenas para ter
e sim para multiplicar
Para quem sabe
na hora certa fazer
uma tiara e um buquê
assim que você chegar
O endereço certo você
tem mim como lugar
para sempre morar
E eu em ti para não ir,
e nem nunca mais nesta
vida pensar em partir.
Um olhar irrenunciável
como o mar voltado
para o Oceano Pacífico
nesta América Austral
ainda me cobre de infinito
E é o único capaz de fazer
o meu coração rendido.
Demore o tempo que for
terei absoluta paciência
para esperar pelo seu amor.
Entre o céu e a terra
o Qatu ainda colore
com o seu florescer
duas amadas terras
Pétalas que concedem
inspirações poéticas
o tempo todo de tudo
ser somente para você
Do amanhecer ao anoitecer
fazendo no amor vir
que vale a pena crer
Porque algo diz que no final
baixo os desígnios do céu
austral seremos eu e você.
Perpetuar orgulhosos a Cascarilla
Poesia intocável sobre duas terras
Não travar nem queda de braço
Manter o coração encantado
Se desviar da última consequência
Não buscar o quê cria atribulados
Como rito íntimo andar despojados
Não seguir jamais os deslumbrados
Um ser para o outro o porto seguro
Ser a cura, dar a mão ou o ombro
Estar prontos para se dar refúgio
Não deixar a delicadeza se evadir
Manter como regra a chama a luzir
Congregar-se com a rota a seguir.
Todos os monstros
que tentaram colocar
no meu coração por todos
estes anos eu fiz
questão de não alimentar,
e eu não mudei e nem vou mudar.
A Chuquiragua é a mágica
flor dos caminhantes de três
terras seja aqueles moram
ou apenas por ali passam.
Só sei que algo colorido dela
carrego porque também desta
Primavera Austral do Hemisfério
sou o maior inevitável desidério.
Erguendo em ti românticas ambições
como aqueles que fundaram civilizações
coroarei todos os dias com emoções.
O amor como Primavera que não
passa chegou com as canções
da época para espalhar a florada na terra.
Há vestígios do pesadelo
em curso na atmosfera
que as correntes de ar
a respiração carrega
não só em Rodeio
no Médio Vale do Itajaí,
O Sol diante dos olhos
discretamente a sua
cor carrega em comparação
aquilo que se vive por aí,
Está muito melhor por aqui.
Preservar-nos como
quem perpetua a Flor de Maio
da Cordilheira da Costa
é o motivo pelo qual nada falo.
Onde as estrelas sempre
serão mais visíveis nesta Pátria
imensa é ali onde o coração
nasce com a Cattleya Mossiae.
É com frescor dessas pétalas
roxas que guardo tudo aquilo,
reservado e bem protegido.
Você virá com o teu Cuatro
cantando sem pedir ao destino
porque assim sei que está escrito.
Os teus olhos
condoreiros
sempre atentos
bem sucedidos
me sossegam.
Vivo sonhando
como são
os seus beijos.
Os teus olhos fazem
a minha bagagem
e não são miragem.
Você em matéria
de povoar desejos
domina absoluto
e tem me feito
habitante do seu mundo.