Poemas da Pátria
Bolo de Macaxeira
é bom a qualquer
hora do dia,
Quando é feito
para Festa Junina
não sei explicar
o porquê vira poesia.
A minha poesia
jamais precisa
de gente no meio,
é Correio elegante,
E cada verso meu
tem endereço
direto pro seu peito.
Como não tenho como
viajar pelas estradas,
Pego a minha Cuia
e a Erva-mate
para moldar o meu
Chimarrão Roda de Carreta,
Enquanto percorro
as linhas de um poema.
Meu Chimarrão Tradicional
é e sempre será a minha
inspiração fundamental
para as voltas que o mundo dá,
E mesmo que haja tempos
desafiadores ele sempre
será o meu companheiro
que comigo jamais falhará,
Pois quem tem o seu
Chimarrão Tradicional por
perto jamais sofrerá de dor
de amor por muito tempo
ou sequer padecerá
de solidão em pensamento.
Eu gosto de ficar de papo
enquanto preparo o meu
bom Chimarrão Tapado,
Porque não existe nada
que mantenha melhor
um coração tranquilizado.
O Lunistício sem dar alarde
chegou com os Solstícios
de ambos Hemisférios,
cada qual no seu céu poético
lidando com mistérios,
elegemos a querência
e a rota da coincidência.
Dançando em We Tripantu
somos como o Sol e a Lua
iluminando o antigo Pehuén,
nas asas dos ventos vamos
agarrados no embalador
encontro previsto entre
o rio, o mar e o amor.
Nesta história romântica
que está a se inaugurar,
não será preciso nada falar
porque o tempo e o destino
saberão por onde nos guiar,
porque tudo aquilo que nasceu
perfeito para nós eu acredito.
Ipê Amarelo da Serra
poético em noite
profunda de Lunistício
esperando pela vinda
do Solstício de Verão
e da tua amável poesia
que aquece o coração.
Magnífico Ipê Amarelo da Serra
florescido absoluto
no Médio Vale do Itajaí,
Meus olhos se fascinam
por ti até mesmo quando
florido não está
porque és expressão
de beleza terrena
e fonte de inspiração
a cada novo poema
patriótico que surge no coração.
Celebro o seu amor
quando floresce
o Ipê Amarelo da Serra
e me vejo florescendo
junto como poeta
nesta madrugada
serena que me inscreve
no livro da vida
como poema
e a felicidade me destina.
Sou do Sul do Sul que se encontra
baixo ao Hemisfério Celestial Sul,
Na minha terra se celebra o Solstício de Inverno e vive o Lunistício
em companhia do Chimarrão,
com o sabor do Pinhão,
e ouvindo músicas e cantando
as músicas da nossa tradição.
As araucárias do meu Sul
dançam com o Sol e a Lua
neste Solstício de Inverno
que coincide com o Lunistício
que está sendo vivido
pelos Hemisférios Norte e Sul,
Os dias serão mais longos
para sonhar com os meus olhos
abertos e traçar mistérios
para que todos os teus desidérios
no absoluto só encontrem os meus.
As flores do Ipê-Amarelo
saúdam o Lunísticio
neste Solstício de Inverno,
E eu aprendendo a lidar
com a poesia e seu mistério.
Antes do Lunísticio os deuses
dançaram nos Hemisférios
revelando as sublimes auroras,
A minha terra é onde nasce
o Pau-Brasil sob o condão
do Hemisfério Celestial Sul,
terra que pediria todas às vezes
para nascer quantas
vezes Deus me permitisse,
minha Pátria d'alma, de corpo
de coração e que nas águas
atlânticas perfazem a sua costa
azul, poética e majestosa.
Moro numa cidade do interior
do verdejante Médio Vale do Itajaí
onde as manhãs são saudadas
pelas harmoniosas badaladas
da secular Igreja Matriz
São Francisco de Assis,
Minha augusta Cidade de Rodeio
sob as bênçãos do Lunísticio
e do Solstício de Inverno
onde tenho o meu universo
poético que tenho por companhia
a tradição e o Pico do Montanhão
que reunidos mantém
inspirado o meu sensível coração
a espera de viver um romance
genuíno com amor e paixão.
Ver o nosso futuro
onde as estrelas são
mais visíveis é tudo
o que desejo neste
mundo sem buracos
na minha convicção,
O amor chegará
em tempo e com sede
de paixão ainda
neste de Lunísticio.
Antes do Lunisticio
e do Solstício de Inverno
que estamos vivendo,
eu te sinto mesmo em pensamento.
Dancei com os deuses
nos braços da Aurora Austral,
Agora ergo em direção
a Tata Inti o Taita Nina no meu ritual.
Agradeco a Mama Kocha
pela vida que se renova
no ventre de Pachamama,
a minha intuição jamais se engana.
Minhas raízes nesta Abya Yala
vivem nas minhas veias
mesmo que você não as veja
celebrando o Inti Raymi a vida inteira.
Poeticamente as minhas letras
têm as cores da Wiphala,
conheço bem a minha pertença
que segue o rumo da ancestral crença.
A manhã se ergueu iluminada
com o coro da passarada,
o Ipê-amarelo floresceu
no meio da mata fechada
para saudar a vida e o tempo
como um Sol esplendente
fazendo assim o coração
sorridente de quem passa
e o avista de longe na estrada.
O Ipê-amarelo amarelo brinda
carinhoso a tarde azulejada
pelo tempo aberto sob a benção
do amor e do Universo,
Eu sei que a sua vida agora não
há de ser mais a mesma,
E no mesmo sentido
assim será a minha porque
o amor tem feito a gente
nascer de novo todos os dias.