Poemas da Pátria
Os peixes das nuvens
nascem de ovos escondidos
no fundo das amáveis lagoas,
São anjinhos que nadam
e que brotam sempre
quando as cheias retornam,
e na Terra escrevem os seus
gentis poemas do Céu que dão
as asas para a nossa imaginação.
Divina Arraia-Aramaçá
que se oculta sem perder
a beleza na profundeza,
De ti tenho a lição
precisa que o mistério
também escreve a poesia.
Trutas dançam
nas águas frias,
Enquanto eu
escrevo poesias
buscando me tornar
a mais amorosa
e ser a sua companhia.
A Arraia-de-Fogo
ensina que é preciso
estar sempre atento
no caminho para não
perder a inspiração
de viver o poema da vida.
Tem pessoa que
é como o Candiru,
Capaz de entrar
na vida de uma
pessoa sem precaução
só para causar destruição.
O Neon é um bonito
cardumeiro seja no rio
ou no aquário o ano inteiro,
Mesmo que você mal
me leia os meus poemas
também têm nadadeiras:
(Um Neon não é diferente
de gente que gosta
de viver grudada com gente),
Se um Neon fosse gente,
ele iria viver de micareta
em micareta o ano inteiro,
Prefiro mesmo é ficar
na minha e viver de poema
em poema até chegar o dia
de encontrar o coração
de cada pessoa que sinta
que está sozinha na vida.
Durante o período
da infância no interior
não existe ninguém que
foi criança feliz ou triste
que não tenha ouvido
alguma lenda ao redor
de um Mussum num rio,
Eis a nostalgia de uma Pátria
ingênua de um destino
que não volta nunca mais:
(Uma memória de quem viveu
na roça para que também
não seja apagada esta singela
história de um tempo que
éramos felizes e não sabíamos).
A minha poesia de vez
em quando acorda
afiada como um
Cachorra-facão
mostrando o dentão
para quem gosta
de causar perturbação.
Fiquei sabendo
de uma pessoa que
conseguiu fotografar
eles aqui em Rodeio
no Médio Vale do Itajaí
(não é a primeira
vez que eu ouvi falar)
Algumas vezes não
dá para enxergar e ouvi
dizer que dá para sentir vibrar,
Quando eu ver estes
Ovnis por aqui vou
pedir para me levar
porque pelo Universo quero navegar
(a poesia sempre me dá o luxo
de fugir deste mundo e imaginar).
Um Brinco-de-Princesa
é um bonito poema suspenso
capaz de atrair um
Beija-flor-de-garganta-verde
no mundo que vive
com indiferença em desborde:
(uma garrafinha de água
com açúcar sempre limpa
com ternura para ele resolve)
Ser salva pelos teus beijos
diários equivalem o mesmo
para manter o Beija-Flor vivo,
Se está escrito para você
pertencer ao meu caminho,
Deixo sob a confiança
do Senhor do nosso destino.
Beija-flor-da-praia
poesia agitada
com sua sublimes asas,
Eu estou apaixonada,
Diz para ele que
desejo ser por amada.
Beija-flor-de-peito-azul
e anjo da América do Sul,
que com a sua presença
brinda a aurora matutina
na Bela Santa Catarina,
Diz para o amor da minha
vida que todo dia penso
nele e escrevo uma poesia.
Um Beija-flor-de-faixa-branca
feliz batendo as suas
asinhas por ter encontrado
a sua saborosa flor,
É um bonito poema de amor.
O Beija-flor-de-banda-branca
me deu um bom dia
e foi beber água na garrafinha,
Não é preciso explicar
que isso também é poesia.
Bizunga é o meu coração
que bate tão leve de amor,
Em breve criará asas,
encontrará a paixão,
e se entregará a doce sedução.
Colibri-cinzento
deste solo gentil
e brasileiro,
De ti tenho o beijo
a utopia e a poesia
inspiradora de cada dia.
Beija-flor-verde-ouro,
meu poético tesouro,
Não tenho medo do desdouro
porque quando o amor vier sei
que poderei confiar em dobro.
Meu Beija-flor-de-bico-vermelho,
juro que quando o amor chegar
na minha vida jamais terei medo,
Enquanto o amor não vem
sigo tecendo o poético enredo.