Poemas da Pátria
Ainda espero por dias
de Céu de Cianita Azul,
Para que eu possa ser
ainda mais poética,
mergulhar na mística
do meu Hemisfério Sul
e audaciosamente
entrar na sua mente
e ocupar o seu coração.
Te coloquei no meu mistério
das mil e uma noites entre
as nuvens cor de hematita,
Conduzindo a sua atenção
para aquilo que fascina,
Não precisarei ir longe
porque eu sei que moro dentro;
Não tenho pressa de nada
e sei que não tenho
nem mesmo a necessidade
de pedir que venha,
porque eu tenho certeza
que você virá a tempo.
Olhando um hipnótico
pingente feito de Euclase,
A poesia sem retoque
é o meu melhor pertence,
a inspiração o mundo
e você o meu amor profundo;
A liberdade indomável
nos une arrebatadoramente:
encaixamos um com
o outro inquestionavelmente.
Balança o pêndulo
feito de Quartzo Rosa,
A Primavera chegou
poética e chuvosa,
Para mim o quê
realmente importa
é tudo aquilo
que não me tire
dos teus olhos lindos,
do teu coração
e que não exista outro
motivo para ser
a razão do seu sorriso.
Ambicionar ter a mesma
tinta dos grandes poetas
na vida para te encantar,
Ter grossulárias lapidadas
de várias cores para adornar
o nosso jardim interior
para que nunca falte
sedução e muito amor,
Assistir na sua companhia
o Sol nascente como o maior acontecimento e se chover
a gente se deixar molhar
com grande agradecimento:
Não paro de pensar em nós
dois em nenhum momento.
Pedi emprestada
a beleza das musas
porque a vontade
não pode ser represada,
Convicta pedi a audácia
das poetisas porque
nada mais se cala,
Coloquei a minha
pulseira de Sodalita
e com a caneta de ponta
fina escrevi a minha poesia
de entrega, devoção e amor,
para que eu te flutue
e você me leve para onde for.
O verde dos pampas
da memória recordam
que as suas cores
pareciam de Titanita,
O gaúcho sabe que tem
também origem indígena,
A sua cultura surgiu
ainda quando as suas
fronteiras ainda
não eram estabelecidas,
As influências de outros
povos na música e na dança
sempre são reconhecidas,
Nas veias do gaúcho ninguém
desfaz o tropeirismo,
e nada apaga o romantismo
que vibra no peito faça Sol
ou até mesmo a pior chuva,
Porque a coragem é o seu maior
traço e inquebrantável laço,
Não há como negar que
o gaúcho é pela América do Sul completamente apaixonado,
é filho de Sepé Tiaraju devotado.
Uma identidade cultural
é construída ao longo
do tempo com a soma
de erros e acertos dialogando
com a História, com o lendário,
com tudo aquilo que pode vir
a ser por cada um descoberto
e saudando até o Quero-quero.
A Cultura de um povo
deveria ser tratada como sagrada,
e não ser tergiversada
para a finalidade de dominação,
tentar diminuir ou tirar a Cultura
de um povo é deixar ele sem chão,
é furtar o brilho dos olhos,
a ternura do coração e tirar
a esperança perene de construção.
O gaúcho desde o mais pequeno rincão conhece as suas
histórias farroupilhas,
conta os butiás que caem do bolso,
sabe da lenda amorosa de como
nasceu o primeiro gaúcho,
canta e dança para honrar a tradição
e não será ninguém que vai ditar
como o gaúcho deve celebrar ou não.
O teu amor seja
no Céu ou na Terra
é mais valioso
do que ser coberta
por todas as pérolas
dos mares do Sul,
Não deixo nenhum
minuto de pensar
no teu sentir profundo
que coincide com o meu,
Como rito afetivo e lento
tenho ignorado o calendário,
porque o quê sinto optei
preservar e deixar pronto
para quando você chegar.
Te entrego o melhor
de mim como quem
encontra alegremente
a pérola marajoara,
Porque além do tempo
sei que serei a sua amada.
Entreguei nas tuas mãos
a pérola dourada e mística
da minha profunda poesia
para ser embalada no teu
coração em todos os planos
inabalavelmente românticos,
Muito além de tudo o quê
você esperava do destino
e muito mais do que imaginava,
O seu coração e a sua atenção
não querem pedir ao Céu mais nada.
Coberta por pérolas
de água doce ser
a Iara mergulhada
no seu rio profundo,
E descobrir como
lidar com o tesouro
do seu amor que é
o mais precioso do mundo.
Quando o rio
do destino
se encontrar
com o mar
do nosso amor,
Olharemos
para o alto
e veremos
pérolas arroz
caindo sobre nós.
Navegando com convicção
e a multidão de sonhos
no oceano da Via Láctea
quando a Lua atingir
o esplendor do seu Nácar,
Você vai encontrar
o caminho que irá mostrar
a tenda do meu amor
para buscar abrigo,
porque sem amor na vida
nada mais tem feito sentido.
Sempre quando o Sol
da Terra vai descansar
é para que possamos
com potência observar
a profunda nobreza
da Pérola negra do Universo
que cabe no poema,
para seguir aspirando
a calma e a fortuna poética
da inequívoca inspiração
de manter firme e forte
a indispensável esperança
para o melhor da vida
continuar com toda
a disposição soberana
e persistente de se multiplicar.
Os meus quadris
cobertos por
pérolas blister,
Ânsia de ter
proximidade
bem no ritmo
do seu amor,
Poema do destino
que saberemos
como pôr e o quê fazer
com ele por onde for:
Não temos tempo a perder.
Mergulhar entre
pérolas akoya
em busca de tudo
aquilo que nos
mantém profundos,
ligados e amorosos,
Você sabe que
nos pertencemos,
O fio inequívoco
da vida nos une
e a poesia consagra
o sentimento que
ocupa um continente
e o hemisfério regente.
A poesia se aproxima
muito da Abalone
que para existir busca
ser como se fosse uma
orelha para ouvir
o mar que a cerca,
para escrever com exatidão
o quê embeleza o coração
sem se importar com o quê
terá de enfrentar para ser
ouvida no meio da multidão:
(a essência é ser anunciação
concordando com ela ou não).