Poemas da Pátria
Vasco da Gama
Como Vasco da Gama,
Em busca de gloriosos ideais,
saiu da pátria lusitana.
Mostrando ao mundo,
seus feitos especiais .
Terras da India alcançou,
feliz ficou...
Por mais além chegar,
e a sua fama asim se realizar.
Assim quero eu mais alcançar!
Mas oh gentes lusitanas,
sabei no entanto, que as terras,
Que minha alma deseja,
são mais puritanas ?
Elas são do céu!
Nao têm guerras...
E com Deus estão!...
Série Minicontos
ABSTRUSO
Na pátria dos segregados, paradoxalmente sua elite resiste ao distanciamento social. Construto dos liberais...
PÁTRIA SERRA:
Na subida da ladeira dos bosques babaçuais
Vão-se os sonhos franzinos nas quebradas dos mortais
O pequeno e o menor, o que vai e o que fica
Os que descem outros que sobem como se os imortais.
Homens comendo homens feito como canibais
No cume do monte serra a pátria serra encerra
Os filhos das findas viúvas na quebranta dos cocais
De que sorte assim se faz?
Se nem ao bronco machado
Poucos sonhos se refaz
Série minicontos
PÁTRIA MÃE GENTIL
À luz das lentes formais, mães e crianças sobre os lixões dos abutres, disputam com urubus sua sobrevivencia. À espreita daquela cena, os olhos da Rolleiflex fatura...
As flores do Ipê-Amarelo
ornam a minha fronte,
A minha Pátria é una
indivisível e tem nome.
Três são as minhas
inquebrantáveis Forças,
e elas são inseparáveis.
Há obscuras intrigas
que impedem que tu orças
o tamanho do estrago
que provocam as ofensas.
No meu sangue correm
a cor do Pau-Brasil
e este amor vibrante.
Cinco são as minhas
regiões que meu espírito
de Sábia-Laranjeira não
permite conviver com divisões.
(A minha Nação é brasileira
ou brasileira que não aceita
nenhuma metade porque
nasceu numa Pátria inteira).
Vejo pessoas de outros
lugares do mundo lutando
para ter direito a sua Pátria,
o seu Idioma, a sua Bandeira,
a sua Fé e a sua Cultura,
Há quem finge que não perceba
contribuindo com o aumento
do absurdo, da dor e da tormenta.
Mesmo diante das adversidades
nada é capaz de apagar
com o afeto e a ternura
de quem está no front da luta
do seu direito de existência.
Nós temos tudo e muito mais
para viver melhor e em paz,
e que para muita gente para ter
o direito de existir quanta falta faz.
Se você não gosta disso ou daquilo,
faça por si mesmo o quê que
você deseja sem ser depreciativo
com tudo aquilo que temos
e por tudo aquilo que foi construído.
Ergueu-se o Sol sob o céu
da nossa Pátria Amada
neste tempo Bicentenário,
hoje é dia de recordar
as lições do Pacificador
que se deu incansavelmente
ao Brasil por profundo amor.
Duque de Caxias escreveu
a História na Balaiada,
nos Farrapos, na Guerra
do Paraguai e em outras
revoltas conduzindo
o estabelecimento da paz
e da ordem necessárias.
Para o bem da nossa Nação,
Duque de Caxias não cedeu
para que a guerra fixasse
morada no coração da tropa,
fez da paz a maior escola
e a deixou como legado
perpétuo para cada soldado.
Duque de Caxias, o Pacificador
e Patrono do Exército Brasileiro,
o reflexo desta herança atemporal
virou marcante signo espiritual
e brio dos nossos valentes soldados
que fascinam o mundo inteiro,
e orgulham todos nós brasileiros.
Quando se abdica
Da própria vida
Em prol da Pátria,
As cobranças são
Bem mais duras
Do que o costume,
Me dou com toda
A mística a minha
Voz aos leais,
Porque soldados
Para os tiranos
Não são humanos,
E só servem
Para serviçais.
A voz da tropa
Elevada contra
A tirania sempre
É mais perseguida
Do que as demais,
Porque quem se
Dá ao povo de peito
Aberto sempre acaba
Sofrendo bem mais.
Não há mais como
ocultar a preocupação,
Pois há um mal acordo
a caminho da segunda
Pátria que atrairá o Deus
da Guerra para dançar
Sobre o continente.
O Arcanjo se encontra
amarrado e com ele
uma legião de Anjos,
O tirano não entende
que precisamos deles
Em liberdade para nos
proteger de todo o Mal,
E que a reconciliação
tem tudo de celestial.
Eis a letra torturada
que escorre das mãos
Do cirurgião que foram
cruelmente quebradas,
Eis a oração de joelhos
da esposa do missionário,
Assim segue o poemário.
Azovstal
Não há nada que dimensione
o sentimento sobrenatural
de entrega total a Pátria
vítima de uma invasão brutal.
Na batalha final ser um dos últimos
a resistir enquanto o socorro
não vem em Azovstal que cercada
da covardia da tropa inimiga
continua sem nenhuma guarida.
A Lei da Vida precede a Lei da Guerra,
resgatar uma tropa ferida
é uma máxima que sempre deveria
ser seguida em toda a Face da Terra.
Wittmarsum
Wittmarsum, adorada,
és o meu torrão poético
da nossa Pátria amada.
Descanso dos guerreiros
no jardim do príncipe,
Minha poesia sublime,
Nova África e estrela azul
talvez que amo a cada
dia mais mês a mês.
Wittmarsum, adorada,
és o meu torrão de ternura
da nossa Pátria amada.
Com apego as origens,
garra e união aqui
no nosso Vale Europeu
ergueram cidade
nesta Pátria sagrada
onde vive a liberdade.
Wittmarsum, adorada,
és o meu torrão de paixão
da nossa Pátria amada.
Reverencio a sua gente
que sabe ser acolhedora,
a Natureza embaladora
e os teus sabores bem
postos na mesa e tudo
aquilo que fostes, és e serás.
Wittmarsum, adorada,
és o meu torrão amor
da nossa Pátria amada.
A Pátria não é minha,
mas dela sou a vizinha,
A tropa não é minha,
dela tenho sido a poesia,
A História não é minha,
mas a memória sou
a zeladoria para que
não se fale deles
nenhuma covardia.
Dói o meu tornozelo,
e eu não posso voar,
Bem que eu gostaria,
creio que a poesia
vem cumprindo
melhor a mística
missão de reclamar.
Ali estão detidos
13 membros
Da Aviação Militar,
é de desesperar;
Não se tem nem
ideia quando este
pesadelo irá acabar.
Não sei do General,
notícias dele não há,
Não sei nem se ele
está sendo tratado
bem o suficiente
para melhorar.
Sou o verbo
que denuncia
abertamente
na boca do
jovem tenente.
Nesta Pátria
há quem
nela durma
e que se
desencontra
na esquina
do destino
indiferente
ou conivente.
Não me importo
nadar contra
a corrente,
vou escrevendo
nas páginas
da vida
que estou
descontente
porque estão
arruinando
o General,
e acho que
nem sei mais
o quê é poesia.
Anseio libertar
a tropa mesmo
sem ter a ideia
de como fazer,
só sei que não
há mais tempo
a perder,
o maltrato
rompeu todo
o limite humano.
A minha poesia
se transformou
na epopeia
dos militares
injustiçados,
da Pátria ferida
mesmo não
sendo a minha,
Os meus versos
estão tristes
a cada dia
mais um pouco.
Não sei quem
é o novo
advogado
do General,
Não sei como
se encontra
o estado
físico dele,
Só sei que isso
tudo me inquieta,
e escandaliza,
Porque esse
absurdo não tem
nenhum cabimento
de manter preso
em precárias
condições,
ele que deu a vida
inteira à Pátria.
Só sei que
na imprensa
saiu que forjaram
um expediente
falso contra ele,
e assim vem
sendo contra
muitos outros
militares presos,
E isso tudo tem
me horrorizado
frequentemente,
Não sei o quê
será deles
daqui para frente,
Só sei que daqui
de longe vou
sendo poesia
para que a verdade
não seja esquecida.
Não se
prende um
inocente
e leal
soldado
da Pátria,
não se
maltrata
o físico
de quem
em missão
a vida toda
ao povo
entregou,
e à ele nunca
se recusou.
É a epopéia
e indignação
de quem
sabe de
quem se
trata,
e tem
aleveza
que pela
liberdade
de quem
merece
não cruzou
os braços,
e a boca
jamais calou.
Não é
a primeira,
e nem será
a última
vez que
declaro
que da
trincheira
sou o último
soldado
mesmo que
ninguém
em mim
acredite,
sou a tal
poesia que
ultrapassa
a fronteira
mesmo
que se
encontre
fechada
para tocar
o coração
e pedir por
Humanidade.
A nossa Pátria
vem sendo
destruída,
desde o
dia que uma
estratégia
macabra
foi despejada.
Ela caiu na
boca do povo
que fez bem
o famoso
o refrão que
fez mal para
cada um
de nós
o engendrado
eco sinistro:
- Eu odeio
o Brasil!
Não paraste
para pensar
aonde está
a soberania
dos artigos,
parágrafos
e alíneas;
ela que
deveríamos
resguardar;
e entender
que urge
por nós
mesmos
respeitar.
A verdade é
que nunca
estiveram
do nosso
lado desde
a época que
ensinaram
comer
enlatado,
colocando
assim
o homem
do campo
enlutado,
e o lançando
a diáspora
sem ter
a chance
de para
as raízes
regressar.
Às vezes percebo que
tenho vivido assim:
rumo à uma Pátria
desconhecida.
Mulheres rebeldes
fazem história
ou viram poesia.
"...e se alguém me chegar com esse papo de: Deus, Pátria, Família;
Eu disco o 190!
É GOLPE!"
19.01.23
PÁTRIA NADA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
A indústria do medo fabricou heróis
que não têm heroísmo; só conveniência;
foram muitas as iscas em belos anzóis
nestas águas eivadas de funda carência...
Patriotas doentes, beirando à demência
se deixaram levar como ciscos na foz,
pelas águas raivosas da falsa decência
que lhes deu a quimera de povo com voz...
Os heróis de festim rasgam toda fachada;
pátria amada Brasil se tornou pátria nada;
o poder é carrasco em todos escalões...
Brasileiros vendados ainda risonhos
perdem tino, sentido, remendam seus sonhos
e rejeitam saber que os heróis são vilões...