Poemas da Pátria

Cerca de 11344 poemas da Pátria

⁠Quem pensa em
rebelar-se contra
o bem que faz
morada no coração,
Acaba virando
Quibungo de si
mesmo neste mundo,
E depois do feito
não tem mais jeito.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Nesta roda com nossos
amigos, sapateando
e dando voltas contigo
dançando Nhô-Chico,
Você sabe o poder
do teu charme fogoso
e que não consigo
mais por muito tempo
fingir que não resisto.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Maio trouxe o seu véu branco
sobre o Pico do Montanhão,
Fumegam as chaminés dos fogões
de lenha nesta manhã outonal,
Inspiração é algo que não
falta por aqui por tantas belezas
desta nossa cidade de Rodeio
neste Médio Vale do Itajaí.

O silêncio do feriado,
o canto dos pássaros,
o clima ameno e a paz
que falta pelo mundo afora,
Trazem a pausa benfazeja
para quem aqui mora,
e para quem escreve como
eu sempre acaba virando poema.

Diante de tudo que ainda
tenho para escrever
é difícil ter um um livro terminado,
Ando mesmo com o coração
compromissado com
o tempo deste poético itinerário
para o quê é de poesia,
sublime e inefável
da minha mão não escapar
e pela vida não se perder.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O som da Congada da Lapa
ainda soa na memória,
O doce da infância ainda
guardo na História,
Os heróis ainda vivem
em mim também,
O velho teatro não
saiu do coração,
Algo me diz que
vamos juntos até lá,
Só não sei quando,
Eu só sei que nós vamos.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Todos os dias você
tem me colocado dentro
do seu coração
superando a própria razão,
A viola de fandango
traduz esta crescente paixão
e imparável sensação
de flutuação quando
você vê qualquer sinal meu,
O adufe e a rabeca são
testemunhas do teu charme
dançando este Fandango Caiçara
no tablado e que por mim
você está apaixonado,
Você não quer que eu faça
par com mais ninguém,
e só de me ver dançando
com outro você fica inquietado.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠⁠Existem pessoas que acham
que até nas leis da Natureza
podem mandar,
Que a vida alheia não
devem respeitar
e por onde passam o que veem
na frente vivem para estragar.

Este tipo de gente o Barba Ruiva,
a Cabra Cabriola, o Cabeça de Cuia
e o Papa-Figo podem
nos fazer o favor de carregar:

(Porque gente assim nunca irá fazer falta porque a civilização
para elas nunca será o real lugar).

Eis poesia que abençoa e que
também é capaz de amaldiçoar,
Quem procura acha,
e depois da vida não pode reclamar.

A verdade foi feita para falar
e cada um se coloque no seu lugar.

As lendas existem também para educar os adultos que estão a teimar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠A Dança do Barreado
que eu prefiro é
a que faço com ele no meu prato,
O Barreado é filho
do Entrudo e o quê
ele me deu e ainda
me dá quando é preparado
mantém o meu coração completamente apaixonado,
Não vai demorar muito
tempo para servir um bem
saboroso para colocar
no meu e no seu prato.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Você não precisa me afrontar
com a sua microbiografia,
e até querer impôr a quantidade
de versos para me ensinar
que os teus poemas são
mais poemas do que os meus.

Escrevo sem compromisso,
sem data, sem hora marcada
e sem querer chegar a algum lugar,
se escrevo poema ou poesia
só saberei quando a travessia acabar.

Escrevo porque escrevo
se sou poeta ou não,
o problema é somente meu,
e não é o seu assédio poético
que vai me determinar ou obrigar
a ler o quê não me interesso.

A minha Língua é muito
bem usada porque a uso
para cuidar da minha própria vida,
defender a herança Pátria
e ser solidária com quem precisa.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Nenhum deles chega
perto da tua sutileza
e do tato das tuas mãos,
No sentido conotativo
venho me portando
como Alamoa o tempo
todo por bom senso
e autopreservação,
Porque em nossa jaça
secreta, atlântica e sagrada,
Tenho te esperado absoluto
para que ocupe com tudo
e sem o desejo de regresso.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Juro sob o testemunho
do meu generoso
Médio Vale do Itajaí
que se eu tivesse
nascer de novo como
poetisa eu escolheria
o mesmo idioma
como berço esplêndido
para cantar o mesmo
Hino Nacional Brasileiro.

Tenho na minha Língua
o meu passaporte
para onde quero,
a minha balada romântica
o meu descanso e meu protesto.

A minha Língua é Pátria
gigante celebrada
daqui da cidade de Rodeio
onde a celebro com poesia,
honro Santa Catarina
e reverencio o Brasil inteiro.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O Fandango Caiçara nos levou
sem pensar no viracorpo poético, caímos um no gosto do outro,
o toque de pele nos incendiou,
decidimos não mais neste
amoroso baile nos largar
e viramos oceano de amar.

Na hora do pega-na-bota você
tirou do bolso a rosa cor-de-rosa,
colocou na minha orelha
e dançamos a noite inteira.

O Fandango Caiçara trouxe
o antídoto para o quebra-chifre,
para nós dois foi apresentado
o amor mais bonito que existe,
nos envolvemos e encantados
de primeira nos declaramos:
predestinados ao nosso amor
sem saber nós já estávamos.

Neste pula-sela você veio
com jeitinho todo encantador,
e desde o começo já havia
percebido que era teu o meu amor.

Meu mandadinho és só no passo,
na vida virou meu amadinho,
e nunca será o suficiente
te dar muito e todo o denguinho;
te cubrir com carinho é o imperativo
porque é o amor quem anda
ditando o compasso, o contrapasso
e cada romântico passo:
o amor estará sempre do nosso lado.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Com a Língua Portuguesa
nado de bruços, boio
e nado de borboleta
escrevendo o meu poema
pelo Rio Itajaí-Açu adentro,
Até hoje não tenho
conhecimento de outro
teorema que me faça
descrer que a minha Língua
não seja a mais língua
poética do mundo e poema.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠A minha Língua Portuguesa
é a língua mais poética do mundo,
Cheia de poesia ela é lâmina
que corta, se afia, se desfia, desafia
e desliza pelas verdejantes
montanhas do Médio Vale do Itajaí,
Como pluma do espírito
é corda que se afina com entonação
carinhosa e palavra fina,
e mergulhando pela imensidão
alcança o brilhante do coração.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Seja nadando no Rio Itajaí-Açu
ou flutuando por aqui
pelo Médio Vale do Itajaí,
Na Língua Portuguesa
encontro o meu gentil
e verdejante poema de cada dia,
e é no Pico do Montanhão
que fica em Rodeio é que
se esplende o corolário da poesia.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Resolvi escutar
a Lia de Itamaracá,
Enquanto olhava
as estrelas a cirandar
e comigo você não está,
Como estratégia
de forma que nem
mesmo você perceba;
Optei ser sorrateira
e te coloquei entre
os meus poemas
até o dia que decida
comigo encontrar,
juntos estrelar
e o amor aceitar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Olhando nos meus olhos
as tuas mãos se entrelaçaram
com as minhas mãos
para dançar a ciranda praiana
dos nossos destinos,
Você me deseja do tamanho
que te desejo todos os dias,
Com balanço e amor atlântico
um traz o outro fascinado
pelo naufrágio divino
nos beijos tão desejados
e de outros tipos de astúcias
que permitidas só aos apaixonados.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Dos versos, das pausas
e das consequências,
Me ocupo mais das consequências
do que com os versos,
Falar de amor só combina
mesmo é com a pausas
feitas olhos nos olhos,
e não com pausas literais.

Onde umas se preocupam
em se autoamaldiçoar
tornando-se Princesas-Cobras
e para virar gente sugar
o sangue do outro
para existir testando os limites.

Prefiro ser Janaína flutuando
no oceano do teu amor,
Em vez de erguer uma
cidade encantada,
Sou mais é erguer fortalezas
que nos abriguem
com poesia e tranquilidade
para ver a tempestade
dançar o seu baile e passar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Acendi o candeeiro,
Santino Cirandeiro
cantou "É Hora",
e me fez pensar na vida
que é o nosso ponto
de chegada e partida.

O amor é um mistério
que as vezes não
sentimos por perto,
para uns ele está longe,
porque na verdade
tudo acontece dentro.

A ciranda do tempo
nem sempre resolve
por perto porque
a regra não existe,
porque mesmo longe
é preciso estar dentro.

O amor é um mistério
que as vezes não
se ama por perto,
porque na verdade
se ama é por dentro
num acordo com o tempo.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Igual no Sul Brasileiro
o meu amor primeiro
é meu amor derradeiro
em terras catarinenses,
também sendo escrito
aqui na cidade de Rodeio
no Médio Vale do Itajaí.

A Língua Portuguesa
é o maior poema
do Hemisfério Sul,
que por mim e por todos
continua sendo escrito,
[mesmo que passe
por alguns despercebido].

O nosso amor indelével
primeiro e derradeiro que
tem asas de Sabiá-Laranjeira
rimando na Língua Portuguesa,
signo da Pátria Brasileira,
[que traz a devoção perfeita
de portar este estandarte,
guia e inabalável poema].

Idioma nascido do espírito,
escrito pelo atlântico destino,
que por nós sendo falado,
estudado, lido, escrito,
cantado, pintado, esculpido,
traduzido, conhecido, vívido
e orgulhado por cada
peito enamorado reunido.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Na água joguei perfume,
você está vindo só pelo cheiro,
Você sabe que sou a Icamiaba
e você é meu guerreiro,
No final de tudo vou te dar
o Muiraquitã para não me
tirar do coração e do pensamento
nunca mais por nenhum momento.

Inserida por anna_flavia_schmitt