Poemas da Pátria
Uma coisa é a repetição da lógica opressora da segregação e a criação de guetos que não respeitam a diversidade.
Outra coisa é o radicalismo, por muitas vezes, necessários na luta por espaços e direitos iguais para população negra em nosso país, marcado por um racismo individual, institucional e estrutural.
Hoje no dia da saudade, gostaria de sentir saudades de fatos bons que vivenciei no passado, mas o que está acontecendo no presente no Amazonas é muito triste, e isto me faz refletir muito sobre este momento em que estamos presenciando hoje no Brasil.
Gostaria muito de ter uma razão para acreditar que vamos sair logo deste labirinto em que nos encontramos, mais a minha fé e esperança me faz acreditar nas boas intenções de pessoas que apesar das dobras da vida, não desistem da luta e mantém a convicção que vamos vencer as dificuldades que estamos passando e que depois deste dilúvio em forma de pandemia e descaso, possamos voltar a sorrir...
Uma Nação é formada pelo seu povo, cada cidadão é como se fosse uma engrenagem, que movimenta essa máquina chamada Nação.
Tem engrenagens bem pequenas, um pouco maiores, outras bem maiores e outras bem grandes.
O Presidente desta Nação tem que lubrificar muito bem todas as engrenagens dessa máquina chamada Nação.
Caso lubrificar apenas algumas destas engrenagens, a máquina vai travar e conseqüentemente QUEBRAR!
Um Governante tem que Governar para todos e não só para um grupo em particular de pessoas!!!!!
No auge da guerra, em 1943, todas as comunidades de imigrantes italianos eram fiscalizadas de forma severa pelas autoridades, causando desconforto e tristeza para muitos que, de certa forma, ficavam impedidos de manifestar o amor pela “Terra Mãe” – eram períodos
sombrios e perigosos. Somente anos depois do fim da guerra, quando foi elevada à categoria de cidade no ano
de 1958, que Nova Veneza voltou a ter o nome devolvido.
“A justiça tarda, mas não falha”, diziam os venezianos que dali em diante poderiam ter o nome que escolheram para a cidade na certidão de nascimento dos filhos.
[miséria diz]
Aflora, dignidade,
pois quanta maldade eu vejo aflorar
a noite afora
no frio, no vácuo
morre na ponte
cai do telhado
queimado, sem teto
Aflora, dignidade,
pois toda a miséria é indigna
em casa, a forra
no seco, coberto
digno de gestos
cai da boca migalhas,
todo o pão
Pensamentos do Barão
A burrice é a principal categoria do pensamento nacional; por isso nosso subdesenvolvimento é tão pujante!
QUADRAGÉSIMO HEXÁSTICO
revela teu caráter ético
transmigrando do único “si”
e revela o “si” coletivo
verbo da ossatura do ser
que te fará sujeito númeno
nos campos trigais da existência
Me sinto amado.
Amado amante que,
Cria estória e finge ser amado,
Vivendo uma grande história de amor.
POEMA É TODA LIBERDADE
De João Batista do Lago
Há novos sofistas por aí!...
Preceptores de falsas imagens
Formando coros de aedos,
Papagaios de falsas mensagens.
Sujeitam o poema aos grilhões
Dum isotropismo arcaico e rude,
Forjando a palavra como ferradura,
Ofertando ao intelecto como moldura.
Aos tolos imprimem valor denotativo
E cravam no coração do imaginário
A mentira como princípio ativo:
A metáfora como essência do poema!
Ainda que prostrado no chão diz o poema:
“‒ A essência que me há é toda liberdade de imaginação.”.
AUTORRETORNO
Eis um póstumo chegando aos esgotos do paraíso para viver sua eternidade!
“Recevez en retour cet être qui est votre création.” – assim falei para um barbudo
sisudo sentado sobre uma nuvem de merdas…
Claro! Descarreguei minha raiva porque não queria estar ali
naquela situação idiotizada, diante duma besta que me pretendia julgar
pelos feitos – bons e maus – duma vida que só queria que fosse minha.
O canalha divinizado ouviu-me impassível como se Deus fora!
Olhou-me e descarregou uma gargalhada celestial – mas demoníaca!
Pasmo fiquei diante daquela insanidade divinal, de miserável sabedoria.
Afinal, quem pensara ele fosse para me dar – a mim – aquele tratamento!?
Porventura, não sabia aquele idiota – que tudo sabe! – ser-me um poeta!?
Imaginei-me estar diante do meu outro Demiurgo – tão criador!… tão criatura!…
E logo percebi que aquele demônio era pura e tão somente uma ilusão!
Merda suculenta nos esgotos das veias da Hybris de nossas criaturas.
O que te engana?
Um rolê na Cracolândia ou passear em Copacabana?
Brigar por futebol ou um assassino a paisana?
Um pega no careta ou dois pega na bagana?
Me fala o que te engana?
Me conta o que te engana?
Você olha pra mim, e me diz não entendi
Isso me tira o sono, acordei e nem dormi
Mas nunca desanimo, não esqueço o que vi
Ainda longe do fim, burro é cada um por si
Mesmo na queda lado a lado Oxossi e Exú
Matando a fome a adoidado, ração é angu
Tá pro governo carniça, dinheiro urubu
Humanidade, sem depender da Onu!
Agora eu sou a mosca que pousa na sua sopa
A mosca que lhe abusa e perturba o seu sono
A mosca no teu quarto e no teu ouvido a zumbizar
Fdp nem Ddt agora podem me parar!
Eu canto pra você que absorve a mensagem
Que enfrenta o dia a dia
Com a cara e a coragem
Que acredita na mudança
Sabe que não é bobagem
E quer encher nosso país
Com mais justiça e mais verdade!
Eu boto mais pilha e fogo na parada
Então peço truco e torno a jogada
Sem 6, 9 ou 12 com sorte regada
Caiu na minha isca então sente a fisgada
Segura a peteca não queima a largada
Ordem denegada pela madrugada!
Informação e conhecimento
Quase que cai no esquecimento
Bibliotecas, verdades em livros
Pela internet substituídos
O tempo passa mais acelerado
E cada dia o pão mais salgado
Dos parlamentos o salário aumentado
Pras nossas famílias impostos criados
Nesse exato momento
Lá fora, no frio e no vento
A morte consome
Mais uma criança que morre com fome!
Nesse exato momento
Lá fora, no frio e no vento
Nossas crianças morrem de fome
Num piscar de olhos
Mais uma que some
Tenho vitória, brindo aguardente
Linda ilusão me faz mais contente
Ciclo se repete anualmente
Resolvo problemas algebricamente
Mentes brasileiras são infinitas
Com suas criações mais que bonitas