Poemas da Pátria
Ainda existem flores
que não pertencem
a grande Pátria Austral
e a América Central
Flores símbolos
de outras terras
que criaram territórios
ultra-marinos
Não posso fingir
que não as vejo e sinto,
que eu adoro flores admito
Flores das circunstâncias
ainda que nosso tempo
não têm nenhum cabimento.
Na sua companhia
celebrar a vida ao redor
do Pino amarillo
do nosso destino
Festejar a Pátria de amor
em algum lugar esquecido
nos braços da serenidade
sedutora do silêncio
Sem se importar com
o mundo exterior faremos
festa sem ninguém ao redor
Porque a paz de ficar
a sós nos merecemos
do jeito que quisermos.
Flamboyant levada
para estabelecer
uma linda Pátria
sempre linda de ver
Também tenho
os meus códigos
de Flamboyant que
é só aprender a ler
Até o final sonhos
a cumprir e nós
sem tipos e sem nós
Estou levando a sério
porque te quero
como o rumo certo.
A poesia tem
endereço fácil,
É a Pátria
da Ibirapitanga
e do Sabiá-laranjeira
e tem como berço
a imensa Soberana
América do Sul
sob o manto estelar
do Hemisfério Celestial Sul.
A música celestial
e a dança do Hemisfério
sobre a Pátria Austral
estão ao redor de mim
de maneira sobrenatural.
Profundamente reconheço
igual como quem assiste
a um baile, lê um livro
ou até mesmo desperta
no meio da noite
após ter um sonho bom.
Há em mim a liberdade
igual a do Condor andino
que enfrenta a tempestade
e assiste o mundo todo
ruindo do alto do seu ninho.
Resistindo olhar um outro
curso do destino,
nunca parei de desejar
e nem de imaginar
como devem os olhos
que em secreto povoam
o desejo perpétuo que carrego.
(Olhos recatados que provocam
sonhos intensos de elucidação
no meu selvagem coração).
Ave mítica da Mata Atlântica
desta nossa Pátria romântica
do coração de quem jamais
esquece ou desaparece
com os próprios símbolos;
O Mutum-do-nordeste
nas pontas das suas penas
carrega a cor das estrelas
azuis que no ar escrevem poemas
que a incivilização conspirou deter.
Minha Pátria profunda,
eu te coloco no meu
amor mais absoluto,
No verdor das tuas
florestas eu tenho
o meu poético mundo,
No amarelo das tuas
riquezas tenho
a glória do destino,
No azul do teu Céu
tenho o abrigo
mais sublime e lindo,
E sob a proteção das tuas
vinte e sete alvas estrelas
confio na tua guarda
plena e altaneira
da nossa Independência
e deste peito de Sabiá-Laranjeira.
Mata Atlântica
Adorada Mata Atlântica,
cinturão verde esmeraldino
da minha Pátria Romântica,
Amada Mata Atlântica,
olhar para as copas das árvores
e se derreter de amor
por suas bromélias, orquídeas
e me cobrir com suas poesias
pelo Divino desígnio sempre
esteve escrito no meu destino.
Palhaçada nacional
Vamos eleger um salvador da pátria
Torcendo para um milagre acontecer
Vamos votar no nosso bobo da corte
E, no dia seguinte, da opção esquecer
Em outubro, terá palhaçada nacional
Mesmo os debates são uma diversão
Leva vantagem quem grita mais alto
Enquanto o público cogita abstenção
País do Futuro só se for bem distante
Estamos exaustos de vagas promessas
A depressão tomou conta do território
Nunca as fronteiras foram tão abertas
Não é recomendável ficar sóbrio aqui
Ávido por festa, o povo quer tumulto
Candidato bom sabe promover briga
Deixando os poucos sensatos de luto.
Como poetisa de muitas luas
fundei a minha pátria
na América do Sul profunda
onde só no teu coração
tenho a mais doce morada,
e tua alma só ficará sossegada
quando entre meus braços
você se pôr como o sol
entre as estrelas para descansar.
Ibirapitangas floridas
esbanjam nesta
manhã azul poesias
na Mata Atlântica
da nossa Pátria Romântica.
Ibirapitanga florescida
de amor assim sou,
De ti minha Pátria
amada jamais vou,
Parte de ti minha
Pátria amada eu sou,
Nesta tarde plena
de tudo e muito mais
assumo que sou
e serei aquela que
feliz ou triste
sempre te amou,
e a mão jamais abrirá.
Beleza compartilhada
com a nossa Pátria,
Fascinante Polca Paraguaia
que nos faz unidos
nesta Pátria América do Sul
de maneira sem igual,
acorde profundo e inspirador
que escreve o sentimental
nas linhas do meu coração
brasileiro a poesia magistral.
As inspirações convidam
no meio da noite profunda
a vestir-me plena com
o ouro da minha Pátria
absoluta e romântica
que possui tudo e muito mais
da poética Mata Atlântica
para saudar o Ipê-Amarelo
que é a árvore sublime
da flor nacional brasileira.
A minha Pátria sob
a dança do Sol e da Lua
neste Solstício de Inverno
é a Pátria que se identifica
por duas árvores de flores
amarelas que sempre
que florescem parecem
com pequenos sóis
suspensos e atraem
os mais lindos sentimentos.
A liberdade seja aqui na Pátria
do Sabiá-Laranjeira ou em qualquer
outro lugar nem sempre assume
caminhos convencionais,
e sempre é imprescindível e cara,
Reafirmo que nos vale muito
a nossa República proclamada.
Em mim há o inevitável
e o indissolúvel neste coração
de Ipê-Amarelo em flor,
a vontade de seguir adiante
com todo o sublime meu amor.
escrevendo o perene romance.
Em mim há voto pujante
e valente no amanhã,
nas veias a cor vibrante
do Pau-Brasil em flor
para insistir nesta nossa
com todo o meu profundo
amor sem data e sem hora.
Porque o meu compromisso
é compromisso de quem
elegeu o Brasil para viver,
e também o compromisso
enraizado ancestral que
aqui Deus semeou e fez nascer.
(Se eu tivesse que escolher
nascer no Brasil,
escolheria para sempre escolher).
Aqui no Brasil, nós somos alegres mas nós não somos felizes. Existe toda uma melancolia e uma saudade que a gente herdou dos portugueses e que a gente ainda nem começou a resolver. A gente não sabe o que é esse nosso país.
A diferença entre o Brasil e a República Checa é que a República Checa tem o governo em Praga e o Brasil tem essa praga no governo.