Poemas Corpo
Viver e digerir
o paradoxo da existência humana:
a alma (eterna) é apenas inquilina do corpo (efêmero)
Se for recíproco, se entregue.
Se for recíproco, entregue-se de corpo e alma. Não há nada mais bonito do que a reciprocidade, quando ambos se permitem mergulhar de forma genuína no sentimento, na confiança e na cumplicidade. Se o que você oferece é acolhido com o mesmo carinho, deixe que o amor, a amizade ou qualquer laço que estiverem construindo floresça sem medo.
Entregar-se, quando o outro também se entrega, é criar uma conexão verdadeira, onde a troca de energia, respeito e afeto se fortalece dia após dia. Não há espaço para dúvidas quando o caminho é de duas vias, então deixe as inseguranças de lado e permita-se viver intensamente tudo o que a reciprocidade tem a oferecer.
Porque, no final, o que realmente vale é viver o que é mútuo e sincero, onde ambos se nutrem e crescem juntos. Se for recíproco, abrace essa oportunidade e entregue-se com a certeza de que está construindo algo especial e duradouro.
Quando a minha alma se agita e o meu corpo grita, o que me acalma é o silêncio escondido no amanhecer: é ouvir o vento, é sentir o sol, é saber que existe um novo começo mesmo quando tudo parece finito.
A vida se renova em meio às pedras da estrada, se refaz, se floresce de novo e de novo, até que tudo encontre o lugar de ser.
Nada é ao acaso, nem a dor, nem o sorrir, tudo na vida é para a gente crescer e evoluir.
Nildinha Freitas
Ouve-me
Ouve meu falar
Ouve meu traços em conexão
Ouve meu corpo
Ouve meu pulsar em movimento
Ouve as sensações que deliram.
SUBURBANA
Veio desfilando
Na calçada do meu peito
Com um sorriso imenso
Um corpo opulento.
Pele cor de ébano
Uma bata africana
Turbante na cabeça
Linda, suburbana.
A Inscrição do Silêncio
As palavras são folhas do meu caderno por dentro do corpo.
As anotações registradas na minha alma
Tocam música,
Plasmada do silêncio que eu sou.
(Suzete Brainer).
Só avisa para o racista o seguinte: quando o corpo dele virar pó, terá a mesma cor que a minha.
Isso não me incomoda nenhum pouco!
Bem-vindo.
Todos os segredos
serão encontrados
a sete mares,
mas teu corpo
é a única onda
que decifrará
qualquer tempestade.
quero deitar em você
Beber o suor desse rosto
E no cansaço dos abraços
Agarrar o teu corpo
Sem medir o pudor
Sentir o quanto é bom o teu cheiro, perfume de mulher,
Agonia de uma noite até o amor do nascer do dia
Elas
Quando quer copular, seus sentidos se conectam;
Seu corpo pulsa, e ele divaga floresta adentro
a liberar sua lascívia por onde passa.
Logo algumas fêmeas o farejam e o encontram;
Iniciam, então, um enrosco frenético e libidinoso.
Ele penetra suas entradas úmidas: uma a uma.
Suas vozes ecoam,
A natureza sussurra, transpira: goza.
Satisfeitas, elas o abandonam e retornam para seus habitats,
Enquanto regressam, devoram plantas afrodisíacas encontradas caminho afora.
Mais tarde repousam exaustas.
Até o dia seguinte,
Porque é certo: logo, outros virão.
As pessoas falam muito sobre autocuidado, priorizando a estética do corpo para se encaixar nos padrões da sociedade.
No entanto, raramente investem na manutenção de suas qualidades internas para se tornarem seres humanos melhores.
Cultivar afeto e empatia pelo próximo também faz parte do autocuidado, pois o que está dentro de nós influencia o que está ao nosso redor.
The Vincit (Klaus)
o corpo fraco
a falta de alimento
a respiração
o calor
sem destino
vertigem
o pensamento
o medo da queda
seguir em frente ou parar?
Os Alquimistas
Nos recantos misteriosos do corpo humano
Os alquimistas da felicidade reinam soberanos
Dopamina, a recompensa do amor
Endorfina, aliviando toda dor
Oxitocina, no abraço que conforta e aquece
Serotonina, nas ondas de alegria que tece
Juntos dançam num balé hormonal
Construindo um amor, sentimento imortal
Cada nota, um impulso, cada acorde, uma reação
Na química do amor, vibram nosso coração
Em cada toque, um segredo, em cada beijo, um porquê
Os alquimistas do amor, sempre ao nosso dispor
Os alquimistas da felicidade
Regulam nossa emoção, nossa verdade
Dopamina, endorfina, oxitocina, serotonina
Nosso amor, nossa paixão, nossa sina.
"Quando deixar-te este mundo, este corpo de carne e ossos, só uma única coisa restará"...
Consciência!!
"Nosso beijo fervoroso e o corpo suado.
Nossas roupas espalhadas pela casa e suas lágrimas, se desfazendo, no chão daquele quarto.
Lágrimas de emoção, prazer, arrependimento? Não sei. O que sei? Sua indiferença, tem um gosto amargo.
Saudades, de lhe ter em meus braços.
Lembro-me, dos seus abraços.
Onde eu era Rei e escravo;
Pecador; perdoado;
Amante e odiado;
Deus e o próprio diabo;
Curador de lágrimas e motivo do pranto, derramado.
Levanto na madrugada, vislumbro o seu corpo nu e não entendo o motivo do chão encharcado.
Será o suor de nossos corpos? O prazer causado?
Ou as lágrimas, o seu pranto, derramado?"
Por onde for integre suas partes, viva em totalidade.
Por onde for esteja presente, e seja corpo e alma.
Por onde for se observe, se encontre através do ambiente,
ou no olhar do outro.
Por onde for contemple as belezas e a imperfeição de ser quem é.
Por onde for encontre...
E se encontre!!
A vida é o que fazemos e o que somos
Enquanto o corpo respira e a alma habita
Muitos morrem e continuam vivos
Outros vivem como se nunca tivessem morrido.
VAZIO
Demétrio Sena - Magé
Meu cansaço não conta rodagens do corpo;
a vertigem dos braços, a pressa dos pés
nem o quanto, até dez, conto vezes infindas
ou de quantos cansaços meu cansaço é feito...
Na verdade não somo incontáveis esforços;
os meus nervos não tremem de vastos fazeres,
tenho até meus prazeres discretos e rasos,
que me fazem sentir um apego por algo...
Há um peso na alma, que ataca na carne;
uma carga dos anos que não são nem tantos,
mas arrastam encantos rachados de secos...
Um cansaço invasor; que disfarça que jaz,
mas cansou do cansaço que jamais senti;
ah, que falta me faz o que me faça falta!
... ... ...
Respeite autorias. É lei
-Corpo Sob a Chuva
Estou caminhando na chuva, sem rumo e sem direção, Realmente um dia eu fui a sua maior paixão?
Queria não estar caminhando agora com o coração na mão.
Observo o céu, observo o chão. Olho pro solo molhado, Enquanto imagino como seria se você estivesse ao meu lado.
Sem direção, E a cada passo tentando pensar em uma solução.
Em uma solução de tentar não me sentir tão mal assim, Em uma solução de saber que você ainda me quer mesmo assim.
Mas afinal, Quem iria olhar pra mim?!
Finalmente, estou na ponta da estrada. Mas ainda sem direção, estou caminhando sob a chuva e mais uma vez com meu coração na mão.
Vejo um carro vindo em minha direção, A luz do farol me mostrando lembranças de uma quase decepção, meus olhos se fecham e você aparece e isso se inicia mais uma vez..