Poema sobre Identidade
"Eu não gosto do bom gosto, gosto sim dos quem tem fome e morrem de vontade e de sua autenticidade natural, visceral. Eles não conseguem esconder suas verdades, pois são guiados pela necessidade e seguem a vida assim, registrando no mundo sua identidade."
Realmente não serei pai, ou mãe, de alguém que não existe dentro de mim. Sair do corpo é muito fácil, entrar em outro é impossível.
" Se faz produto sob encomenda, mas não arte. Arte é uma coisa diferente. Arte é aquela coisa que toma os seus olhos tanto no dia comum quanto nas horas dedicadas a ela, é uma coisa que vem sabe Deus de onde e que expõe tanto seu criador que na maioria das vezes, gera vergonha da exposição. Quando afirmada, gera o maior dos orgulhos – antecedido pelo frio na barriga mais único do mundo. É o paradoxo da segurança e do risco. É mais que algo a se fazer, é uma identidade inata. Ninguém escolhe, mas é. Pode fingir ser, mas só quem nasceu sendo, é. Pode achar que não é, mas é. Pode não exercer como a Beyoncé ou fazer sucesso como Clarice – mas ainda assim, é. Mesmo que os pés estejam longe da pista, as mãos longe do papel, a voz aquietada e deixada em stand-by. Ainda é. E vai ser, para sempre. "
O eu é a imagem provinda da interpretação da substância pensante sobre a estruturação geométrica vital, que está, tal interpretação, sobre a influência de outras imagens, isto é, eus e de suas obras (sociedade, cultura e etc.).
Temos o dever moral de resgatar o africano de si mesmo, pois, foi-lhe incutido na mente o ódio contra si mesmo, contra o outro africano e contra a sua história.
É imperioso redescobrir e desenterrar a sua identidade cultural.
A vantagem da medicina é poder ser quem quiser, santa, desonesta, anarquista, patriota, bipolar, batista ou ateia, penso e sinto o que eu quiser com estetoscópio no pescoço, quem trata não sou eu, é o protocolo, apenas seguir o roteiro da observação clínica, os casos são mais ou menos os mesmos.
Em meio a tantos padrões sociais, nossa maior expressão de liberdade é aproveitar a graça de ser e ter a si mesmo. Lembremo-nos que carregamos uma identidade singularizante e é justamente isso que nos faz colher a alegria de, em todo tempo, provar o melhor daquele "melhor que nos é possível".
Li em um livro recentemente; que o ladrão da subjetividade é aquele que com uma opinião, pode estar transformando o outro, impedindo-o de fazer suas próprias escolhas. É fato que tudo ao nosso redor influência ou não para alguma mudança de comportamento, descartando então a ideia inicial, porquê tudo colabora para algum tipo de desenvolvimento, independente de pessoa, lugar ou ocasião. Desta forma reforço a ideia de que inicialmente todo ser humano deve ter amor próprio, e se construir primeiramente como pessoa ímpar antes de ser par. A pessoa que não tem amor próprio é manipulável, aceita tudo que o outro fala como verdade e deixa de expor seus próprios sentimentos. É possível que um sequestrador da subjetividade não saiba que está sendo um, porquê o par se coloca em posição de vítima e não defende seu ponto de vista, estrangulando seus pensamentos mais internos, mesmo que lhe seja dado o direito de dialogar. As falsas promessas mesmo que sejam feitas com a melhor das intenções para fazer o outro feliz, uma hora é descoberta. E é onde toda a situação pode mudar, de forma que o sequestrador da subjetividade passa a ser vítima da situação, após infinitas vezes ter sido sincero e ter esperado desesperadamente ter a mesma sinceridade retribuída. De forma a perceber que o que se diz não estar sendo quem é, nem vivendo como quer, permanece no estado inicial a que se encontrava rodeado de pessoas a quem diz amar. E o acusado de ser ladrão de subjetividade se encontra perdido e sem identidade, quando percebe que era ele quem estava deixando de ser ele mesmo, e se depara com uma situação em quê, não sabe ser mais quem era antes de ser par, porquê no atual momento está sozinho. Quando somos par, é saudável fazer sacrifícios pelo outro, mas apenas quando ambos se sacrificam, pois se apenas um o fizer, será ele que ficará sozinho.
Beleza não é sinônimo de felicidade. Porque para o Pai Celestial o importante não é a beleza do corpo, mas a Luz que brilha sobre a tua alma. São os teus gestos diários e atitudes diante da vida e do mundo que farão sentido para a construção da tua verdadeira identidade e evolução do ser que habita em ti. É claro que deves cuidar das vestes que te cobre a alma, seu corpo, mas não sobreponha as vestes que lhe foram emprestadas à tua real existência!
A verdadeira questão é: você pode amar o verdadeiro eu? Não a pessoa perfeita que quer que eu seja, não a imagem que tinha de mim, mas quem eu realmente sou.
O verdadeiro ser de um homem está escondido atrás da parede de carne e sangue dos olhos de todos os outros, incluindo dos dele próprio.
Penny acreditava de todo coração que havia momentos – instâncias cruciais – que definiam quem alguém seria. Havia pistas ou sinais, e você não queria perdê-los.
Você pode se distanciar de algumas dores, mas uma dor de cabeça se dá exatamente na essência do que somos.
Pra ser outro, há que se olhar em volta e duvidar de si e ensaiar mudar. Há também de se gastar o que se é e oferecer o que se tem.
Passei tanto tempo construindo uma imagem de mim mesma na escola – uma máscara bidimensional indestrutível – que às vezes esqueço que só eu consigo ver por trás dela, ver quem realmente sou.
Um futuro indigno para à cultura brasileira que abandona por vez seus patrimônios e bens passados poucos remotos.
"Infelizmente a autenticidade incomoda e causa inveja aos que usam uma máscara para esconder o Eu. Porém eu não posso passar pela vida, deixando uma falsa identidade ou perfil, EU SoU o Que Sou, doa ou alegre a quem quiser".