Poema sobre Cultura
O medo sem amor nos coloca a beira de um abismo imaginário. A indecisão de pular e de ficar, correspondem as nossa veladas inseguranças que não respondemos pelos caminhos. A tênue diferença entre existir e viver. Viva enquanto tem tempo.
Fácil é ter medo da vida e das suas múltiplas complexidades emocionais. Afinal agregamos interesses e empatia em direções e reações presumíveis.
Mundo social interferente. Se nós nos perdoamos por completo quem tem por mérito e autoridade, nos condenar. Muitos acertos advém do erro.
Para meu conceito não existe o novo na arte. Existem sim novas maneiras de ver o que em submersão, submissão, coexistia, fazia parte mas não era notado como valor e referencia, que de repente por uma nova leitura emerge.
O contemporâneo como o que é do tempo atual, sempre foi contemporâneo em algum momento da historia da arte na evolução humana. Hoje passaram a ser referencias tradicionais mas em seu tempo eram ousadias do que pré existiam e eram concebidas como atuais.
O 4RT3 é a arte em desconstrução da palavra escrita na nova constituição tecnológica alfanumérica. Assim como OV00, que voa com mais agilidade como algoritmos na lógica de programação. Na verdade um novo dialeto informático se constrói e atende mais rápido como idéia o que significa.
Os algoritmos assim como as expressões alfanuméricas nas técnicas de imagem-palavra nas técnicas de programação ainda são livres, subjetivas e derivam diversas interpretações. Diferentemente dos ideogramas orientais tradicionais que revelam por si, uma única idéia inquestionável e absoluta.
Depois de anos batendo na mesma tecla, me alegro hoje que as artes plásticas e visuais contemporâneas brasileiras descobrem a cultura indígena como tema e minimalismo. Enfim o Brasil conhecendo o Brasil.
Existir conjuga se na primeira pessoa e é um ato solitário individual sempre mas viver no mundo é uma ação comunitária e só se conjuga sempre no plural.
Os falsos padrões de mesmice impostos pela sociedade de consumo fácil, hoje, afastam nos das nossas diferentes habilidades, individualistas, criativas, geniais e saudáveis que habitam silenciosamente ocultas por murmúrios em nossas múltiplas personalidades.
A cidade do Rio de Janeiro gerenciada sem investimentos nas festas, no carnaval, no turfe, nos jogos legais de cassinos, nas artes e na cultura, passa a ser mais uma bela cidade brasileira com atrativos naturais de hospedagem.
A boa arte nada tem haver com o pano pintado e o arame contorcido. Mas os valores altos nada tem haver com a qualidade, são movimentos autônomos do mercado de arte, segue e acredita quem quer.
A vida com o medo, concorrente e opressora, inclusive dentro do militarismo e pelas poucas oportunidades, convida ao domínio e a passividade se afastando da verdadeira liberdade. O consumo passa a fazer parte da felicidade como a insegurança do depois a arbitraria eternidade. Tudo hoje a qualquer preço pois os valores envelheceram e ficaram perdidos no passado.
Por mais que seja difícil entender dentro da logica atual, não existem os recebimentos e a graças sem a espontânea caridade e a generosidade. Pela lei da vibração quântica universal imutável, a abundancia só existe de fato em uma mesma freqüência, o dar e o receber são variações métricas de uma mesma onda.
A caricatura de mim mesmo redesenho em personagens a cada passo. A vida é pouco séria para eu poder ser e ter uma só identidade.
Cabe a arte contemporânea e a tecnológica alcançar novos admiradores com interlocuções de todos os sentidos e os museus se adequarem.
Cabe a curadoria de arte, ir além do universo privado e particular do artista e sua obra e encontrar uma nova conexão com o olhar publico inclusivo de todos os espectadores. Com isto provocar novos diálogos entre a obra, o tema, o tempo e o espaço.