Poema sobre Consumismo
Essa obsessão humana pela posse leva ao absurdo de alguns almejarem possuir mais felicidade. Como se fosse uma coisa que podemos comprar, clamar como nossa, consumir como uma fonte inesgotável e ter sempre como garantida.
As pessoas precisam de coisas e motivos para serem felizes. Já a frustração, a angústia e insatisfação só precisam de alguém que tenha medo de perder as razões da sua felicidade. Entendeu a diferença? Esse desespero que as pessoas sentem acerca da felicidade é porque elas não conseguem se desprender de suas posses, sendo então elas felizes apenas pelo que possuem e não pelo que são. O que leva os seres humanos a serem tão falhos nessa busca, pois para se sentirem suficientes e excepcionais, necessitam estar sempre preenchendo suas vidas com coisas e circunstâncias que não dependam delas, e que possam perder a qualquer momento. E quanto mais eles têm, mais vazios se sentem. Mais lacunas se abrem e a necessidade de preencher com uma nova busca. Está no trabalho que nunca satisfaz, no bem material que em pouco tempo é substituído em busca de outro, ou em um novo parceiro. E isso os leva também sempre a insatisfação: quando seus objetivos não são atingidos, ou mesmo quando atingidos, ao descobrir que não era aquilo que precisavam, ou simplesmente quando perdem. Já enquanto se é verdadeiramente feliz, não há medos constantes, tampouco expectativas e desejos que, por conseguinte, levam à tristeza. O ideal é não se prender a nada que te faça esperar demais. Espere apenas por hoje, pelo que está por vir. O agora. Pergunte-se: você esperaria a chuva passar para correr em busca de seus sonhos nesse exato momento? Ou se molharia, enfrentando-a, assim como qualquer outro obstáculo? Não tenha medo de ser feliz. Tenha muita pressa, sim, para se desprender de tudo aquilo que não te pertence. Ame sem esperar nada em troca. Aja como se não houvesse mais nada.
Segue-se a humanidade hipnotizada, alienada, zumbificada, ludibriada e alheia a teia que os prendem ao ciclo do consumismo que os consomem."
Ser feliz hoje é uma busca absolutamente frustrante de dá conta de acessar um certo bom, bonito e barato de cuja notícia temos pela internet, pela televisão. E eu afirmo para provocar nesses ambientes de debate acadêmico que esta é a única coisa realmente globalizada.
SOMOS TODOS BICHOS
- A agressividade masculina nos define como bicho em igual proporção a vaidade feminina. Ambos são essência da nossa natureza, porém um é coibido e o outro incentivado, pela simples necessidade de consumo da sociedade que vivemos.
“Antes de levar uma vida apenas para adquirir bens materiais, pense seriamente em buscar-se a si próprio; esta é sua real satisfação.”
Ultimamente o ser humano tem se tornado um escravo da sociedade de consumo, associando seu grau de felicidade aos seus bens materiais, por isso que nunca estão satisfeitos com suas vidas. A razão é que simplesmente nenhum aspecto externo é o suficiente: nem o dinheiro, nem o sucesso, nem o poder, nem a família, nem mesmo o fato de ser amado por fulano ou beltrano. Questione a si mesmo, você tem amor a sua vida? Eu estou dizendo “amor à vida”, estando feliz ou infeliz, e não à felicidade, pois qualquer um é capaz de amar a felicidade. Mas se é a felicidade que você ama, você só estará contente com a vida apenas quando estiver feliz, e quanto mais você for, maior será seu medo de não o ser mais. Assim como nos relacionamentos: As pessoas cometem o erro fútil de atribuir o grau de relevância apenas pelo que o outro é capaz de proporcionar a elas e não pelo que elas são, ignorando características e fatores que podem ser decisivos pra uma relação de sucesso. Escolhem seus parceiros baseados nos seus sentimentos e atributos superficiais, e quando começam a surgir os conflitos e diferenças entre si, sofrem por não terem suprido suas expectativas, até findarem. Esquecem que o amor é, na verdade, uma decisão moral, e que o desenvolvemos na medida que nos dedicamos e imergimos nele. Caso contrário, o amor como conhecemos é puro egoísmo. Amaríamos as pessoas apenas pelo simples fato de retribuição ou enquanto estes satisfazem nossas vontades. E amaríamos a vida somente por desfrutarmos de algumas alegrias, nos distanciando, então, completamente da felicidade.
Praticar o consumo consciente é comprar aquilo que realmente necessitamos e promove satisfação, já o consumismo é comprar para além do necessário, que além de escravizar, promove sentimento de culpa.
“Sabidamente, nestes tempos de consumismos, formam-se facilmente nos corações abundancias de medos e invejas indeclaráveis que juntas produzem as mais variadas formas de frustrações, distorcendo a realidade e cegando o suficiente para que não se possa reconhecer que como indivíduos somos responsáveis a cada ação, a cada decisão que tomamos por suas inevitáveis consequências; e que naturalmente refletem o que somos e a vida que temos. Engana-se quem pensa poder culpar a política, a religião ou a economia pelo mal que faz e permite em si mesmo.”
Mais importante, temos que parar de fingir que existe algum caminho de volta possível aquela bela, exuberante e confortável Terra que deixamos para trás em algum ponto do século XX. Quanto mais avançarmos no sentido de manter as coisas funcionando da maneira habitual, mais estaremos perdidos
Não poucas vezes o simples é também o mais belo. Mas, muita vezes a beleza em nós se perde, quando vencidos, nos enveredamos no entusiasmo delirante, da realização pessoal através do consumismo; que nos é apresentado e oferecido no mundo pós-moderno.
Mantenha as suas engrenagens acreditando que um dia também poderão ser relógios, e então elas nunca pararão de girar.
As palavras de ordem da antiga geração eram amor, paz e liberdade mas as palavras de ordem da nova geração hoje são egoísmo, vantagem e libertinagem.
"A propaganda é a alma do negócio", desde que o negócio tenha qualidade, bom atendimento e preço justo; do contrário é fake e consumismo desenfreado.
Deus tá vendo vc fazendo novena pra Santa Edviges e estourando os limites de cinco cartões de crédito pra viajar no feriado.
Pouco a pouco o pouco pode se tornar muito, ooou muiiito pouco. E isso vale para qualquer coisa, não só pra Economia. Tá pouco❔🤔
Cada vez mais, estamos nos adaptando às demandas das entidades consumistas e, como resultado, perdendo nossa própria identidade.