Poema sobre Aniversário Amor

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O amor começa pelo amor; não se pode passar de uma forte amizade senão para um amor fraco.

O amor que enlouquece e permite que se abram intercadências de luz no espírito, para que a saudade rebrilhe na escuridão da demência, é incomparavelmente mais funesto que o amor fulminante.

Fazer consistir a força do casamento na do amor é desconhecer o espírito desta instituição.

Aqueles que dispõem de meios pensam que a coisa mais importante do mundo seja o amor. Os pobres sabem que é o dinheiro.

Diante do amor existem três tipos de mulher: aquelas com as quais nos casamos, aquelas que amamos e aquelas que pagamos. Todas essas podem muito bem estar numa só. Começamos por pagá-la, depois a amá-la e, por fim, casamo-nos com ela.

Considera como maior infâmia preferir a vida à honra / e por amor àquela, perder a razão de viver.

À medida que os sentidos avançam e se desencadeiam numa direcção, o amor verdadeiro exaure e retira-se. Quanto mais os sentidos se tornam pródigos e fáceis, mais o amor se contém, empobrece ou se torna avaro.

Com o amor dá-se o mesmo que com o vinho. Perdoem-me as leitoras o pouco delicado da confrontação; mas bem vêem que ambos embriagam.

Não há amor da parte de um ser sem liberdade. Ao que ele chama o seu amor é à paixão dessa liberdade.

Os bens que a ambição promete são como os do amor, melhores imaginados que conseguidos.

Um amoroso é um homem que se empenha em ter mais amor do que lhe é possível ter, e essa é a razão por que todos os homens amorosos parecem ridículos.

É preciso dar o nome do amor a todos os sentimentos ternos que temos. Mas nunca saberemos se é mesmo ele.

Passamos muitas vezes do amor à ambição, mas nunca regressamos da ambição ao amor.

O amor é muito mais exigente do que ele próprio supõe: nove décimos do amor estão no enamoramento, um décimo na substância amor.

É mais fácil perdoar os danos do nosso interesse que os agravos do nosso amor-próprio.

A obstinação nas disputas é quase sempre efeito do nosso amor-próprio: julgamo-nos humilhados se nos confessamos convencidos.

A constância no amor é uma bigorna que, quanto mais é batida, mais dura se torna.

É necessário ter amor pela vida para o prosseguimento vigoroso de qualquer intento.

Para criar deve existir uma força dinâmica, e que força é mais potente que o amor?

Nenhum gênero epistolar é menos difícil do que uma carta de amor: apenas é preciso amor.