Poema sobre a Seca
A dor.
Quando a terra evapora
não nasce uma semente
a seca fere e apavora
a dor que deveras sente
expulsa, mata e devora
o sonho de muita gente.
Olhos nos olhos,
Vejo um brilho no fundo do seu olhar,
A boca seca,
Quanto desejo a em um doce beijo.
A nossa dor.
Seca, sonho e desengano
vida que a fome destroça
nem parece ser humano
onde a lei faz vista grossa
e essa dor do africano
se confunde com a nossa.
A indústria da seca é um termo utilizado para designar a estratégia de alguns políticos, também conhecidos como "coronéis da água", que aproveitam a tragédia da seca na região nordeste do Brasil para ganho próprio. O termo começou a ser usado na década de 60 por Antônio Callado.
"Vidas Secas" de Graciliano Ramos demonstra a exploração do indivíduo nesse contexto.
Valores.
Essa é a vida pacata
deste pobre brasileiro
de onde a seca maltrata
assola o sertão inteiro
no nordeste a fome mata
e os políticos na mamata
gastando nosso dinheiro.
Minha sorte!
Terra seca e rachada
não tem quase nada
que alimente o sertão
é a sorte que vaga
sem ter quem lhe traga
um pedaço de pão!
Velho Chico….
Mata o calor, mata a sede
Mata a seca, encanta o ator…
deixando para sempre a saudade de quem aqui ficou…
Velho Chico que salva, mas também leva para a morada do Santo Senhor,a morte é dura, mais dela nunca nenhum homem escapou...
Que sua morada na casa do Senhor seja eterna ate o dia de sua volta para que possamos rever nossos queridos e viver com eles para eternidade.
Saudades Eternas
segue na paz...Domingos...
Ariana Aquino.
Mais um ano!
Tem seca por todo canto
o nordeste pede pressa
não se ouve nosso pranto
ou ninguém se interessa
quem pregou aqui de santo
a sua ajuda por enquanto
ficou mesmo na promessa.
Meu nordeste.
Não há nada que se faça
eu não fujo dessa guerra
nem a seca que amordaça
o cabrito que não berra
até a última carcaça
não vai ter uma desgraça
que me tire dessa terra.
Oração de fé
.Fiz aqui minha oração
pra Jesus Nosso Senhor
pra que a seca no sertão
não tire o verde da cor
e que a planta deste chão
brote a flor em cada grão
para o bem do produtor.
Fonte.
Que a seca não amedronte
os viventes do sertão
que a chuva não aponte
para outra direção
a esperança é a ponte
que abastece toda fonte
que alimenta o coração.
Minha luta.
Aqui mesmo que eu nasci
onde a seca cobre a serra
dos momentos que sofri
não perdi a fé na terra
e nessa luta eu aprendi
a chorar... depois sorrir
sem ter medo dessa guerra.
"Cabras danados são estes nordestinos,
ignoram a seca, a fome e a sede,
eles tem pressa companheiro
a família padece de fome
por isso ignoram o desprezo que os consome
e vão à luta de braços fortes
e nunca deitam em berço esplêndido."
Vem chuva.
É sol quente todo dia
a seca está castigando
a planta sem alegria
e a terra se ressecando
a chuva bem que podia
vir aqui de vez em quando.
Árvore seca, tempo confuso
Sombras de sombra
Sonoras, pulsantes, ecoantes
Sistema corrente trazendo o “outono”.
Mente que desprende
A lúcida e passageira arte!
Soberano em sua lástima
Astuta e polvorosa mácula do tempo.
Estações a mil
Loucas perspectivas de um instante louco
Insano, profano e largo universo.
A sua verdade se esconde em ti
Traços marcados no acaso.
Puro descaso do descontento
O zig-zag de uma vida no passar do tempo.
Oh caminho,destino
da minha alma,
livre,seca e pura,
que funde-se com o poeta,
tão feroz e suave como o albatroz.!!
A Seca
Estávamos sofrendo,
Uma terrível seca,
O solo rachado,
Os bichos morrendo de fome,
Eita seca sofrente,
Que mata e deixa agente,
Numa tristeza danada,
Muitas vezes condenada,
E quase sem esperança,
Mas o nordestino,
Cabra forte desde menino,
Assuporta, até morte,
Mas não há quem lhe tire,
Sua fé em Jesus,
Ele, passa fome, chora,
Se aperreia, esperneia,
Fica que da dó,
Mas num desiste por nada,
Ai chega dezembro, vem Jesus,
De manhã, tarde e noite, derrama,
Chuva, muita água,
Tá enchendo tudo,
Mas tu sabe o motivo
Foi a fé do matuto,
Orou, rezou, clamou,
Ao senhor dos exércitos,
Dono de tudo e de nós,
Para que se compadecesse,
Desse povo pequeno e sofrido,
Que ele ama e jamais esquece...
Poeta Matuto: Semeador da palavra de Deus, Francisco Junior da Silva Fernandes.
não há vagas Um gosto amargo, no doce que me cabe...
Uma garganta seca por palavras que te traga.
Riscos imersos de solidão...
INSTANTE DE PARAÍSO
Quando sentir o coração bater mais forte,
boca seca, vaga-lumes nos olhos,
borboletas no estômago e faltar lhe
o ar, se entregue.
Deixe-se levar pelo momento.
Que seja no colo, num beijo num amasso na lábia,
mas lave a alma.
Afinal, não é todo dia que alguém nos toma
para voar num instante de paraíso.
Agora a seca que faz aqui me inunda
todos os poros
e também os meus olhos marrons.
Ventos agustinos sopram o diabo.
Dezembro tão longe.