Poema palavras

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⁠As flores da Rabugem
tocadas pelo Sol,
O canto solene
do amável vento,
Um poema pleno
para quem lá está,
Juntos também
vamos para o Ceará.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Uma menipeia
é um poema
que em regra
nasceu para não dar
totalmente certo,
Porque ninguém ri
das mesmas coisas,
E sempre que isso
ocorre melhor
fazer um Rocambole.

(Caímos na rua da realidade,
e não há nunca que não tenha
dado uma gargalhada da queda).

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Linda Piúva-preta
és o real poema
feito para enfeitar
a vista do amor
da minha vida,
Empresta-me essa
beleza que fascina.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Caviúna-preta florescida
em São Paulo, meu poema,
Logo que eu chegar
te quero florescida plena
para com Versos Intimistas
vir a te celebrar inteira
com o coração e a alma serena.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Marreteiro florido
que enfeita o Paraná
com toda beleza,
No meu destino
é poema escrito
com Versos Intimistas
com toda a certeza
que supera até mesmo
o mais difícil teorema.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠No meio do Piauí
sob um Pau-d'arco
contemplando
as belezas da vida,
Escrevi um poema
visual com as flores
caídas no chão
e levei no coração
Versos Intimistas
em silenciação.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O poema sou eu
que me apresento,
te faço perdido
e encontrado comigo,
Você não conhece
mais outro caminho,
Sou eu o seu destino
escrito no chão
e também nas estrelas,
A tal eterna noiva
de Ariano vestida de Sol
e sempre com um manto de poemas.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Tudo o quê espero
é um poema que nos refaça
e nos faça sentir gente
o mais rápido novamente,
Ignoro o quê uns
dizem ser impossível,
Abismos, tirolesas,
navegar sobre mares
de fogo faz parte
rumo ao possível
em mim é inexorável.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠A eflorescência da Piúva-preta
escreve dentro dos meus olhos
mais de um poema
feito de Versos Intimistas,
amor e paixão,
Porque levo o Mato Grosso do Sul
no fundo do meu coração.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Naquela Campa -

Há um poema cansado
Nas rimas do meu sofrer
Mais um momento marcado
Pela vontade de morrer.

Há um silêncio que agito
No fundo dos meus sentidos
E o meu poema é um grito
São meus sonhos perdidos.

E o que ficou do que fomos
Está preso ao fado, à poesia
P'ra mim seremos e somos
Aquele amor que eu sentia.

Aquelas horas tão nossas
Só eu as guardo no peito
Talvez também 'inda possas,
Lembra-las tu ao teu jeito.

Naquela campa tão fria
Deixo uma rosa e um beijo
Que a Musa desta poesia
Fica virada p'ro Tejo.

(Poema escrito pelo Poeta junto ao túmulo da sua sua Inspiração, Celeste Rodrigues, no Cemitério dos Prazeres em Lisboa, no talhão dos artistas, virado para o Tejo)

Inserida por Eliot

Poema Triste -

Há uma musica triste, distante,
um quase silêncio
que me toca no rosto
que me acaricia a Alma,
uma angústia fria e vaga
uma sombra profunda
um grito cansado
um destino por viver
um sonho por sonhar.

Há uma voz doce, presente,
uma quase alegria
que me envolve o coração
um triturar de gestos quentes
um quase vento de asas
um leve entendimento
uma breve lonjura
um poema que acaba de nascer!

Inserida por Eliot

⁠- Versos no Espelho -

Ontem escrevi um poema
Guardei-o bem no peito
Sem passado nem presente
Ao meu gosto, ao meu jeito
Dormi com ele no meu leito!

Hoje sinto-me diferente ...
É que os versos são presságio
D'uma Alma sem descanso
Que se canta num Adágio
Profundo, triste e manso!

Amanhã a vida seguirá
Outros versos nascerão
O silêncio será voz
Vestirei a solidão
Estarei de novo a sós!

E depois? O que virá?
Terei Alma? Terei corpo?
Só Deus sabe o meu destino ...
E as maselas do meu rosto
Hei-de vê-las no caminho!

Inserida por Eliot

⁠Poema inacabado -

Numa praia distante
ficou meu corpo abandonado!

Sonho esquecido,
coração afogado,
naufrago perdido,
abraço não dado.

Numa praia longinqua
ficou este Fado, intimo gemido,
Poema inacabado ...

Inserida por Eliot

⁠A Noite de Évora -

A Noite de Évora escorre-me os Sentidos!
Meu intimo Poema, meu corpo de Saudade,
meu jardim feito de cedros, eternos e perdidos,
minha Terra dolorosa, sem Tempo nem Idade ...

A Noite de Évora grita-me ao ouvido!
Quadras, versos, Sonetos de solidão ...
Mortos os Poetas, vagueando sem sentido,
buscam pelas ruas um singelo Coração ...

A Noite de Évora é feita de Silêncio,
pausa e Silêncio, mil aromas d'açucenas
que arrastam pela Vida muitas penas ...

A Praça, a Fonte, o Templo, a Sé,
tudo em mim, oculto e presente,
tão perto, tão longe e tão distante ...

Inserida por Eliot

⁠Poema Controverso -

Lá longe, tão longe, por ti clama a minha voz!
Cá perto, tão perto, em ti meu pensamento!
Pensar, quão triste, pensando em nós,
dor, tão funda, o teu afastamento ...

Um nós, tão longe, não existe ...
Existe, é fim, meu triste coração!
Eterno e vago, instante que persiste,
numa triste, eterna e vaga solidão!

Triste meu pobre coração - tão triste -
sem destino ou direcção,
esmorece, pobre e escassa ilusão!

Minha Pátria, minha casa, meu deserto,
minha asa, meu orgulho, meu chão,
meu desejo incontrolado, meu poema controverso ...

Inserida por Eliot

⁠Retracto de Celeste -


És filha do Fado! Irmã do Tejo ...
Um verso de Poema! Uma guitarra ...
És silêncio de seda, Lisboa de mil beijos,
que sobre a vida se debruça e amarra!

És a glória do meu punho de poeta
que treme ao sentir o coração ...
És a cor de uma imensa aguarela
que alguém pinta ao vencer a solidão.

Teu cantar é de cetim, em mim, é saudade,
de Camões, a voz, num semblante Portuguez!
És poema inacabado, tempo sem idade,
que repousa no regaço da eterna D. Ignês!

Óh Celeste derradeira, Fonte de Leanor,
descalça pela cal da madrugada,
pisando lirios, alabastros, sobre a dor,
indo e caminhando pela vida, tão amada ...

tão amada ...


(Para Celeste Rodrigues)

Inserida por Eliot

⁠À Beira de um Poema -

À beira de um poema
lembro a noite que então havia ...
Fecho os olhos, morre o dia,
onde foste coração
num morrer que me doia?!
À beira de um destino
fui além do meu tormento
sem verdade nem tino
com a cruz no pensamento!
Num sentir que me tortura
num viver que não sentia
sobre a minha sepultura
nem uma cruz havia...

Inserida por Eliot

⁠De Poema em Poema -

Fui de poema em poema
à procura da razão
que me fazia ter por tema
a dor, a morte e a solidão.

Mas os versos não sabiam
o porquê dessa loucura,
só falavam, só diziam,
sempre cheios de amargura.

Digo aos gritos sem pudor
que meus versos são um pranto!
Mas o porquê de tanta dor,
tanta morte no seu canto?!

Talvez devesse procurar
a razão dessa agonia,
não nos versos, a chorar,
mas em mim, no dia a dia...

Inserida por Eliot

⁠Janeiro e Sol -

Janeiro, manhã cedo,
o Sol invade o horizonte
e a noite traz o medo
num poema dissonante.

Janeiro, tarde fria,
copas sem ramagem
vem a noite, vai o dia
e o amanhã é só miragem.

Num silêncio que me abriga
em tarde de mil escolhos
se é Janeiro alguém me diga!

E num Inverno que castiga
é Janeiro nos meus olhos
tão cansados pela Vida!

Inserida por Eliot

⁠Fiz um poema -

Fiz um poema:

Rimei esperança com virtude
saudade com cegueira
distância com regresso
nada com vazio
e água com poeira!

Fiz um poema:

Rimei silêncio com amor
alegria com paixão
medo com pavor
e o teu olhar
com coração!

Inserida por Eliot