Poema com mar
Para bem viver, devemos saber
viver com amor no coração...
SAIBA VIVER COM AMOR NO CORAÇÃO
Marcial Salaverry
Se estás te sentindo cansada,
procure forças no amor, que ele te acalma...
Olhe ao redor... saiba apreciar a paisagem...
Veja a beleza que existe nessa viagem...
A luz do amor, mostrará o caminho com nitidez...
Está em teu coração, por toda a passagem...
Aproveite da vida e do amor toda a beleza,
sendo da vida esta a real natureza...
Momentos felizes viverás com emoção
junto ao amor que te espera...
Basta abrir os olhos e o coração...
e poderá sentir uma doce emoção.
Nunca teria essa necessidade,
e poderia encher tua vida de felicidade...
Tenha apenas do amor, plena certeza,
e saiba sentir da vida, toda sua beleza...
Sinta o coração bater feliz e contente...
Com o amor, só podes sentir ventura...
Não se amargure com o que já se passou...
O que já foi e passou, recordar não tem serventia...
Essa mágoa que restou, e que também passará,
será apenas lembrança desagradável...
Não queiras mais entregar-se às mágoas,
e simplesmente, saiba entregar-se ao amor...
Marcial Salaverry
Estações
Sonhei que eu poderia te amar
Sonhei que a gente iria ser feliz
Sonhei ver o mar se agitar
Sorri ao apagar a cicatriz
O amor tem sede de se dar
Animal tem sede de beber
A paixão nasce até de um olhar
Para depois em amor se transformar
Passarinho quer ninho para dormir
O universo é sequioso sem o mar
A gente quer viver para existir
Qual a lua, que clareia,
Tão singela, tão em si,
Quando, no céu, cercada de estrelas está.
A brisa fria me tocou pela manhã
Era inverno e depois veio a primavera
Tão magistral como o noturno de Chopim
Compondo sons, um mundo em cores,
Beleza rara de uma linda aquarela.
Sublime estação das flores.
Sol de verão é tão quente no sertão
O outono é só mais uma estação
É ilusão achar que o amor tem perfeição
Só sabe disso quem faz uso da razão.
Para desaguar em você
Eu queria ser um rio
pra desaguar no teu mar,
Ser o sol que ilumina
o brilho do seu olhar
Enfrentar o desafio
De ao seu lado viver
Partilhar a alegria
E para sempre aqui lhe ter
Te amar e de nostalgia
Não mais padecer.
Nem ficar longe de você
Que alegra o meu ser.
ser a fonte que sustenta
o brilho do seu olhar.
À transbordar alegria
Em cada novo despertar.
O mar, meu amado, minha fonte de inspiração
Tu és a calma que enche o meu coração
Juntos, esquecemos todas as dores e tormentos
Amor ao mar, amo te amar
Amor ao mar, oceano sem fim
Teu abraço me envolve como doce brisa ao ar
Amor ao mar, és meu refúgio e paz
No teu azul, ouverde mar sou livre para amar.
O pescador
Gosto do mar
sou pescador
Encontrei lá meu grande amor
Eu vi de lá a lua cheia
Olha que o luar clareia
E a lua começa a brilhar
E quando à noite cai
No céu, gente pode ver
A lua prateada, o infinito
As estrelas e da aurora o alvorecer
E em meu pensamento
A saudade é de você
Volto pra casa só pra te ver.
Um Soneto de Amor
Para você, Jaci, um soneto de estrelas e mar,
Nas linhas da poesia, seu encanto a declarar.
Seu nome que dança no vento,
Em cada letra, um toque de encantamento.
Sua presença, um farol na imensidão,
Em seu sorriso, a pura expressão da emoção.
Nos olhos de Jaci, brilha a luz da sabedoria,
Como estrelas que guiam na noite fria.
Sua voz, melodia que serena o coração,
Em cada palavra, uma doce canção.
Passos que desenham caminhos de luz,
Em quem a esperança traduz.
Com a força suave de um amor sincero,
Transforma o cotidiano em um céu aberto.
Em teu ser, um universo a explorar,
No teu amor, um constante aprender e ensinar.
Em cada verso, tua essência tento capturar,
Jaci, eterna musa a inspirar.
Além das Ondas
Em horizontes distantes, busco abrigo,
O vento sopra, acariciando o mar,
Entre lembranças e suspiros antigos,
Um vazio que persiste em me acompanhar.
Planos tecidos com fios de ilusão,
Olhares compartilhados na mesma direção,
No silêncio, o eco daquela conexão,
Um sentimento etéreo, uma eterna recordação.
Os passos do tempo, em descompasso,
Deixando marcas de saudade e desalento,
Mas em cada brisa que toca meu rosto,
Encontro força para seguir adiante, no momento.
Cuidar de mim, em meio às lembranças,
Encontrar a paz no abraço do horizonte,
Uma ausência silente que enlaça esperanças,
Enquanto a vida segue seu curso, passo a passo, monte a monte.
Assim, nas entrelinhas desse poema escrito,
A dor de uma perda, palavras não ditas,
Aos olhos sensíveis, o significado é descoberto,
Uma história de amor eterno, onde a presença se agita.
Meu barquinho é feito
de milagre e de Timbaúva,
A poesia cruza junto o rio
que deságua no mar,
Gosto de ver Timbaúvas
lendárias de pé para barcos
nesta vida nunca nos faltar,
Gosto quando você fala
comigo porque me faz flutuar.
Os olhos cristalinos que refletem as estrelas,
que refletem a mais profunda e linda água do mar,
que refletem o mais intenso brilho do sol.
Mas, depois de tanto admirar seus olhos,
eu percebi que não sou refletido neles...
''Viver não é respirar
Não é pensar
É uma brasa, no fundo do mar
É transbordar vazio
É um amanhecer tardio
É recomeçar
Deixar ser e se deixar.''
Solidão no mar de incertezas
Socorro!
Não consigo respirar
Neste mar de incertezas
Cheio de monstros
E há poucos marinheiros confiáveis.
Sou só eu em meu barco
Navegando por onde o vento me levar
Explorando ilhas desconhecidas
Experimentando novos sabores
Lutando contra monstros
Mas no final, estou sempre só
Enfrentando o vazio sozinha
E ele está me consumindo
Logo, não serei mais eu.
Uma tempestade se aproxima
Não há como escapar
Eu encaro a tempestade
E com bravura continuo
Não tenho mais nada a perder
Além da minha vida.
As enormes ondas vem
Destruindo e engolindo tudo
Sinto a força do mar sobre mim
Me empurrando
Enchendo meus pulmões de água
Inutilmente luto para voltar a superfície
Meus braços e pernas exaustos
Não tenho mais forças
Estou me afogando
Em minha mente eu rezo
E clamo por socorro.
Haverá um deus para me salvar?
Um bom marinheiro?
Eu fecho os olhos e aceito meu destino.
"Para ti que estás a ler isto..."
Nem tudo é um mar de rosas,
Nada nos sai como a gente quer,
Mas em tudo o que respirasTudo,
mas tudo te faz ter...
Mas ter o quê?
Nenhuma vida é perfeita,
A cada erro te perguntas "porquê"
De escolhas já decididas, feitas...
Cada ser humano tem o direito de errar,
Mas precisa primeiro de pensar.
Será que de tudo que viveste,
De nada te arrependeste?
Entre o certo e o errado,
Só tu podes decidir o que escolher.
Porque de cada sonho desperdiçado
Uma parte tu podes perder...
Mas e o bem?
Nem tudo roda em torno do mal.
Se ficasses refém
Tudo se tornaria fatal...
Para ti que estás a ler isto,
De algo te serviu?
Daqui me despisto,
Para ver se isto te caiu...
Se algo percebeste
Viste que algo tentei.
Mas se com isto algo aprendeste
Em alguma coisa ajudei!
Fui te buscar mergulhando...
Submerso...
E inerte
Nesse mar, onde a beleza da Poesia cantou...
Aí...
A poesia em ti falou...
Mergulhada em emoções puras...
Sua existência acordou...
Eu...
Morto por dentro...
Cego por fora...
Perdido na escuridão...
Sem o raio do Sol...
Sem o raio da luz...
O que havia em mim...
Era apenas estradas tortuosas...
Pois a cegueira era tanta...
Que mal eu não conseguia enxergar a luz...
Desumano....
E quase que sem alma...
Não me existia mais...
Adormecido e sem vida
Até mesmo a minha alma já havia fugido de mim...
E como um conto de fadas...
Adormecida mas ativa...
E mergulhada nas certezas...
Nesse mundo sem chão...
Sua ação...
Foi mais que uma valentia...
Te beijei em longa distância...
Senti teus lábios nos meus...
Tocando um som que apenas seu coração ouvia....
Em meu coração tocou...
Despertaste a minha alma morta...
O que era inerte...
Apareceu...
Por ti, por mim e pela Poesia ...
Porque o dia hoje...
Eu posso dizer.....
O que há...
Requer felicidade
E ser feliz por ti...
E por nós...
E mais que primordial
Então....
Vamos lá...?
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que voa.
O céu,as estrelas,e a lua
Fico feliz em admira-los
O mar,as montanhas e toda
A natureza me alegra e me
Encanta
Até o soar do vento;
Pra ser feliz não preciso
De muito
Amar, dançar,cantar
Sentir a natureza
Escrever meus poemas e
Minhas poesias,
Viajar nos meus devaneios
No mundo da fantasia.
[mar]
Omar é misterioso, intenso e cauteloso.
Falta o ar só de olhar. É como se o corpo começasse a inundar no seco. É um mergulho de fora pra dentro. São litros de mar percorrendo as veias do mais puro sangue. Os poros começam a expelir apenas sal. O que resta é nadar dentro do seu nada. Se afogar é opcional.
Agora se é o mais bravo dos marinheiros. Aquele que o desequilíbrio traz o equilibro; o erro traz o acerto; a tristeza traz a felicidade e a contradição traz a razão.
À beira mar se reza para os deuses. Seu Deus pode ser Poseidon ou Iemanjá. De joelhos, com os dedos fincados na areia, busca criar raízes de alma, e ter suas orações atendidas na mais pura calma.
Se deita na areia molhada, buscando se banhar com as espumas que o mar lhe dá. Coloca o coração em repouso, em posição de descanso, e sente que o mar é amar.
Me encontro perdido em meus pensamentos,
Viajando por entre o saber,
A navegar pelo mar da solidão.
Tento me expressar em um papel,
Demonstrar meus sentimentos.
Não há quem me compreenda,
Pois o que eu escrevo é medonho.
No entanto, um alívio me vem
Por poder expressar além do além
Ouve o som que te acalma
Vê do que transpassa a alma
E caminha devagar nas ondas do teu próprio mar
Nada melhor que uma praia nesse calor.
Nos braços do mar me levo ao infinito, tranquilo e sereno assim eu me sinto, mergulho nas águas e meu interior eu limpo, deixando por lá meus medos e revigorando meus extintos.
Camarote na Aldeia:
Eu morei algumas vezes de frente para o mar e também para jardins e áreas verdes. Por último, agora mudei para um apartamento no terceiro andar e vejo um mar de tetos de casas residenciais, copas de algumas árvores em ruas ainda não verticalizadas, que colorem a cortina de vidro da minha nova sala. Ao fundo, o que seria mar ou montanha, vejo arranha-céus.
Todas as manhãs ouço galos e o som das maritacas, que invadem o meu quarto e se vou até a janela, posso ver também os gatos, espreguiçando-se sobre os telhados.
Eu não sei como cheguei até aqui, mas posso dizer que a vida me deu um camarote na Aldeia, ou melhor, na aldeota.
Sim! Eu sou desses que transforma qualquer coisa à sua frente em algo belo só com o olhar. Por isso já fui tão desafiado pela vida. Ela confia no meu "taco".
Fico olhando o teto das casas e imaginando o que tá rolando ali embaixo, a chuva de emoções, sonhos, fantasias, tesões palpitantes sobre as camas ou pias da cozinha e até mesmo pessoas lavando pratos.
Quando as folhas das árvores balançam com o vento eu fico procurando pássaros: deve ser incomodo estar no galho na hora do vento. Tem que ter equilíbrio para não cair, já que os pés dos pássaros são tão pequenos, não é mesmo?
Ah! Tinha esquecido: Tem uma igreja bem ao fundo, já próximo da barreira dos prédios, um pouco longe, mas todos os dias da para ouvir na hora do "Ângelus" vespertino um fundo musical sacro, às vezes, Ave Maria! Mas sempre instrumental...
Quando chove eu vejo a água escorrer pelas ruas ou pelos tetos das casas, os galhos molhados das árvores, aves mudando de galho...
E antes, eu que achava poético o curto cenário das varandas da praia, limitado a pessoas no vai e vem do calçadão, o mar batendo na areia e em linha reta ao fundo, mas agora, agora eu vejo e sinto essa riqueza de vida pulsante longe do mar.