Poema com mar
Indomável é o mar de resistência,
Verdadeiro reencontro da alma,
Incrível é a luz da [lembrança]...,
Relembro, respiro e me emociono;
Exilo o teu nome dos meus versos,
Assim assumo que sinto a tua falta.
Memorável é a nossa história,
Sublime convivência em paz,
Perpétua é a minha [presença]...,
Relembra, respira e se emociona;
Sente a minha ausência poética,
Assim convive com a tua dialética.
Amando-me intensamente calado,
Sofrendo todas as dores do [mundo,
Sou a flor que falta no teu canteiro,
Doendo lateja o teu [corpo,
Respirando a minha poesia,
Preenchendo o vazio das tuas horas,
Procurando-me até em desculpas
Só para eu não caber dentro do teu peito.
Dos teus olhos cheios de mar
do amor que mora em nós dois,
Temos um destino a cumprir
a vida para viver sorrindo,
O amor não vivido para cultivar.
Verdade, céu, inferno e amar,
no teu coração eu vou chegar.
Demos as mãos, vamos seguir
a vida não há de atentar...,
O Universo irá sereno se abrir.
Dos beijos que eu não lhe dei,
eu vou em versos contar:
- Meu delírio em noite de luar
Berço esplêndido de amar,
Riacho imenso e límpido;
É este corpo feito para navegar.
O amor virá para sempre ficar,
ainda que mui menino,
Tão lindo moreno e poeta do mar,
és meu seguro e secreto refúgio,
Doçura de (arrebatar),
Espero que venhas em breve,
Fazendo não só a dedicatória,
Escrevendo o meu poema
E me tirando para dançar.
Ao poeta do mar...
O vento fazendo música
com as águas do mar,
O vento trazendo o desejo
com a vontade de beijar,
O vento carregando a onda
sobeja retocando na areia,
A carícia em rebento
percorrendo a alisar,
A música que eu compûs,
e você ainda não ouviu;
A poesia misteriosa nasceu
de uma conversa que surgiu.
Sim, deste contentamento
da onda do mar beijando
as areias e tocando a canção
do vento - divino carrilhão;
São letras de chamamento
convite para tocar as estrelas
Nas noites de plena excitação.
Sim, do apelo poético ondino
da rosa a desabrochar no verão,
Provoquei-te a curiosidade menina
a olhar este rimário de dama despida,
Como se olha através da fechadura
A cada verso de paixão uma loucura:
- Escrevo para você cair em tentação.
Mantenha a alma atenta:
Premedita, goza e silencia
Diante do mar de violeta.
Desarma a alma inquieta:
Procura o Ano Novo
Brinde-o com bom gosto.
Suspenda a ânsia intensa:
Entrega, sorria e repouse
Somos feitos de poesia.
Liberta o prisioneiro:
Procura a liberdade
Celebre a vida em verdade.
Proponha a vontade tua:
Desafia, ritualize e vivencia
Diante da minha letra nua.
Enfeite com o quê mais fulgura,
Eterniza com a tua doçura,
Inscreva-me no teu peito ternura.
Trazes o signo da vida,
- o balanço do mar
Trazes o melhor de ti,
sabendo que estou aqui
Sempre a te esperar...
Onde você está? Não sei.
Talvez é preciso esperar?
Melhor se distanciar,
como quem procura conchas
Na beirinha do mar...
Trazes o soneto amante,
- a tatuagem indiscreta
Trazes a vontade secreta,
- envolvente e furtiva -
Determinada além do instante.
Não vou insistir,
Vou deixar fluir - seguir,
Escrever, dançar e pintar
- a nossa história -
Deixando ela livre para seguir.
Porque de mim tens o canto
E a pertença extrema,
De me amar em liberdade
- intensa -
Com toda a potência.
Além disso, tens a consciência:
De que toda a volúpia
E a sincera luxúria
São capazes de me mover
Além do anoitecer...
Tarde ensolarada à beira mar
E ritmada ao modo do vento,
No ir e vir do balanço do mar
Como o teu jeito manso,
A tua voz de suave encanto,
O teu riso aberto, sincero;
Trazendo a tua voz presente
Anunciando contente:
- a nossa reaproximação!
Os pássaros são anjos inteiros
De plumas adornados,
Cantores da anunciação,
Saudando o tempo e a distância;
Pela incapacidade de desfazerem
Uma verdadeira paixão.
Os divinos cantores
De asas abertas,
São ainda mais lindos
Anunciando a liberdade,
Que só o amor pode trazer
A verdadeira salvação.
Os sentimentos não se dissociam,
Amor e paixão tem uma fórmula
- secreta -
A nós foi nos dada à missão:
De sermos boticários da anunciação
De uma mística que Deus secreta.
Ali, logo ali está,
A vida a vibrar,
Bem no mangue,
Não tão distante,
E bem perto do mar;
Na Ilha dos Remédios,
Vou a cura procurar
Pela cura do mal de amor,
Devo ir, e se lá eu não for,
Comigo para sempre ficará
A repleta dor desse mal de amor,
- Que talvez nunca passará... -
Ali, bem dentro de ti,
Com o barulho do mar,
Sublime cantante,
Menestrel brilhante,
Indo sempre ao mangue,
Para a vida cultivar,
Nas carregadas redes de pesca,
Para enriquecer a festa e alimentar,
O povo que luta e ama,
Nessa terra que o mar balança,
Floresce no sorriso a alma açoriana.
A cor verdejante do mar,
O arrastar do olhar,
A rede prosseguindo...,
O pescador joga a rede,
A tainha ele foi pescar,
O mar espalha o canto,
A vegetação serena...
O Balneário se ilumina,
A vontade não é pequena.
A duna tão linda,
É fonte de vida,
Ela traz proteção,
É poema que segura
Toda a correnteza.
A festa tão bela,
Da Natureza,
Cada grão dessa areia
É pura beleza!
Expressão e vivaz certeza.
A hora está chegando,
O povo está esperando,
- a Festa da Tainha
É a festa barrasulense,
Do norte catarinense.
Alegria dos Anjos refletida
celebrando nas águas do mar
barrassulensse é o gentílico:
desse povo que é poesia,
e acredita na força da vida.
Felicidade dos Anjos espelhada
desabrochando nas espumas brancas
Balneário Barra do Sul é o destino:
de quem procura encantamento,
e deseja manhãs brandas.
Vitória dos Anjos escrita
emocionando até os inocentes siris,
Aqui é um paraíso que Deus desenhou:
- o meu coração escolheu -
e alma se apaixonou.
Paradisíaca canção angélica
bramindo com as ondas do mar,
Cidade coroada por um litoral
- verdejante -
Para sempre eu hei de te adorar!
Do nada comecei a cantar
Na beira do mar
Não tive como te abraçar
Pûs-me a escrever nas areias
O belo amanhecer
Recolhi carinhosas conchas
Lindos presentes das sereias
Vendo o barco passar
No balanço das ondas do mar.
Cantei algumas músicas
Todas em espanhol
O meu coração se abriu a sonata
A mais bela celebração apaixonada
Tentativas de quem não sabe
Mas de quem de coragem
De um dia aprender
E os mares cruzar
Só para te rever.
Acariciando o mar
Enternecido amanheceu o sol
E eu bem longe de você
Louca para te amar
Espantando o frio do outono
Resolvendo com tudo romper
A poesia praiana irá te ter
Como o Universo se abre para a Terra
Tens todo o meu amor e minh'alma
Que o Mal do mundo jamais encerra.
O Sol raiou dissipando o frio
O mar ainda persistente e bravio
- esbanjou -
A cor azul oceano se destacou
E o céu apaixonado sem engano
Beijou o mar conforme o plano.
O poema ali escrito nas dunas,
A praia de Salinas e das ternuras,
- escreveu -
A história do jeito que eu esperava:
Pude apreciar as tartarugas,
o ninho das corujas e as borboletas.
A nossa cidade tão cauta,
Tão repleta de alma,
Tão doce e calma,
É o Balneário longe do mundo,
- endereço do sossego
Que tenho por apego ao aconchego.
Balneário Barra do Sul,
Onde o beijo do céu azul
Beija o beijo do mar azul.
Faz de mim filha devota
- Da região Sul.
Derramada de tanta devoção,
Apaixonada pelas paisagens,
Carregando nas veias as origens,
Embalada por tanta paixão,
Carregando versos de amor,
Assim irei fazendo de mim uma canção.
O céu azul me convidou,
O vento me contou:
Que o teu amor me guardou.
O mar sussurrou,
Ele reverenciou,
As nossas pegadas,
Duas almas enamoradas,
Passeando à beira mar,
- alinhadas
Ah, como é bom namorar!...
O mar nos encantou,
A duna se deslocou,
E o pé do meu do meu amor tocou.
É muito lindo relembrar,
Nós dois à beira mar,
De mãos entrelaçadas,
E sorrindo sem parar,
Brincando de roda
- sem parar -
Os dois se deixando levar
Por essa loucura que dizem que é amar.
O mar tem a cor do pacífico,
De um jeito magnífico,
Sob o comando do céu,
Ora calmo, e ora bravio,
Beleza igual ninguém viu.
A Praia de Salinas,
É casa de artistas,
Abrigo das sereias,
Berço das poetisas.
Tão elegantes dunas,
Inspiram tantas doçuras,
O mar sempre abraça,
- não economiza -
Com quem aqui visita.
Fascinado fica,
Não se redime,
Por essa beleza brotada,
Primavera marinha contundente,
Por essa filha de Santa Catarina
- valente
De águas tão leves e suaves,
- atlânticas
Que marejam e inspiram
Poesias tão românticas...
As crianças brincando nas areias,
Na beirinha do mar,
Uma dádiva tão encantadora,
Não há como não admirar...
A vida, as marés e as suas fases,
Tão linda é a alegria,
- e o encanto
Que tu me trazes.
Essa crença enleva a minha fé,
E me dá força para amanhecer,
- resistir
E caminhar e me fortalecer.
Porque mesmo que atentem,
A Natureza mostra a sua força,
Assim aprendi a ser gente,
Com a força da Natureza,
Aprendi a ser valente.
Desencontrados,
O mar e a ventania,
Carregando as areias,
Esculpindo as dunas,
Celebrando o tempo,
Aqui na capitania.
Assim é a ampulheta,
Não te esqueça:
O tempo é um cometa.
A ventania e o mar,
Harmonizados,
De mãos dadas,
Criaturas e criação,
Fazendo da existência,
Uma vera celebração.
O barrasulensse é generoso,
Ele sabe ser alegria,
Carregando toda a poesia.
O nosso mar é paixão,
- e toda a prece
Exaltando as dunas em gratidão,
Porque elas tornam a vida segura
Fazendo-a ainda mais tremenda,
E fortalecendo as nossas terras.
Desencontrados,
O mar e a ventania,
Carregando as areias,
Esculpindo as dunas,
Celebrando o tempo,
Aqui na capitania.
Assim é a ampulheta,
Não te esqueça:
O tempo é um cometa.
A ventania e o mar,
Harmonizados,
De mãos dadas,
Criaturas e criação,
Fazendo da existência,
Uma vera celebração.
O barrasulensse é generoso,
Ele sabe ser alegria,
Carregando toda a poesia.
O nosso mar é paixão,
- e toda a prece
Exaltando as dunas em gratidão,
Porque elas tornam a vida segura
Fazendo-a ainda mais tremenda,
E fortalecendo as nossas terras.
° ೋ✿❤ As horas passam lentamente
Me perco em pensamentos
Navego num mar de sonhos
Me enlouqueço no teu amor
Sentimentos que me envolve
Me sinto levada por uma onda
Que me afoga no teu mar
Não adianta não te querer
Nem adianta fugir
Eu quero você até o fim.
ivα rσdrigυєs♡
Como Ave gentil,
Pousou a poesia,
Como gaivota,
À beira mar,
A contemplar,
E escutar,
O que o coração
Tem para falar.
Como Ave gentil,
Assim sou eu
No embalar,
Sempre a te esperar,
E cantarolar
Como as ondas do mar,
Cumprimentando sempre
O azul infinitamente anil.
Como ave gentil
A te espreitar,
Estou aqui,
Te buscando,
Devotadamente,
Sob a luz das estrelas,
Com uma saudade imensa,
Da tua paixão intensa...
Um sopro de amor
Um barulhinho do mar
Gostinho de tardinha
Pairando leve pelo ar
Tardinha de brisa
Cheiro de amor
Carinho a tardinha
Em pleno fragor
Tardinha sertaneja
De ternura e beleza
Colocando na mesa
A doçura de amor
Tardinha tão suave
Tão sua e tão minha
Tardinha, ai que maldade!
Já está deixando saudade...
Hoje fui caminhar na praia,
Saí em busca dos teus olhos,
- lindos olhos cor de (a)mar,
Bastou as ondas para lembrar
Do teu jeito de me desalinhar.
Deste teu jeito de fotografar,
Em letras registrar,
- esse poema
Sobre a mesa de trabalho,
Estou a inundar-te...,
- tal como um estuário
Sou eu a te assanhar...
Eu na praia, e você aí,
Sobre a mesa de trabalho,
Eu sou o teu verso ordinário,
E também o teu verso oratório;
O teu desejo longe de ser transitório.
A Velha Ponte
Hoje perto do mar lá estava
A solitária ponte a repousar
Em seu corpo a idade pesava,
Mas sobranceira estava a reinar.
O tempo, o sereno o ferrugem
Não poupam ponte que une terra,
Corroem o aço e ao fim urgem
Mostrando que a missão se encerra.
Foram tantas noites enluaradas,
Tantas estrelas brilharam suas vigas.
Tantas gaivotas e mil passaradas
Pousaram nos vértices da ponte amiga.
Carros que iam e voltavam nas pistas
No movimento rápido do vai e vem,
Passavam também pedestres e ciclistas
E algumas vezes, até carroça também.
O tempo passou e a velha senhora
Já não cumpre mais a sua missão,
Mas fica feliz do tempo de outrora
Que sobre o mar, uniu chão ao chão !
A velha ponte assim nos ensina,
A todos nós que envelhecemos,
Que quando a missão termina,
Resta lembrar, do bem que fizemos.
Edenice Fraga