28 poemas sobre a infância para reviver essa fase mágica da vida
Saudades!
saudades, tenho sim,
de uns belos anos atrás,
saudades de quando,
eu saia para brincar
sem me preocupar
com nada mais.
saudades de quando,
não precisava trabalhar,
de quando,
tudo era motivo para gargalhar.
saudades de sentar na esquina
com meus amigos, para conversar,
saudades de quando
meu único motivo para chorar,
era o fato de não me comportar.
saudades das grandes noites dormidas,
de todas minhas experiências vividas,
de tudo que no passado ficou,
e saudades
foi tudo que me restou.
mas eu sei que fui feliz,
que tive uma infância
muito bem aproveitada,
e dessas memórias em minha mente,
não desperdiçarei nada.
são lembranças de um tempo,
que não voltará mais.
são lembranças de um tempo,
que não me esquecerei jamais!
Enquanto há adultos imaturos
Querendo ser criança
Há crianças totalmente maduras
Cuja sociedade
Roubou-lhe sua infância
Os celulares são legais
São ótimos
Sinônimos de facilidade
Utilizados sem piedade
Tornando neuróticos
Os que mexem demais.
Mais legal seria
Se apenas
Por um momento
Fossem deixados em esquecimento
Sendo a pena
Instantes de alegria.
Por que alegria?
Porque relembramos
D'onde viemos
Dos tempos de pequeno
Em cujos planos
Não entrava a tecnologia.
Ah, doce nostalgia.
Tempos bons!
Naquela terra batida
cada amigo era um irmão
tinha escola garantida
tinha saúde e educação
se valorizava a vida
e a infância era vivida
brincando de pé no chão.
ESTAÇÕES DA VIDA
Ela era feliz com a vida que tinha quando ele cruzou seu caminho
naquela tarde encalorada da primavera da vida,
na juventude mal iniciada dos dois.
Sua felicidade aumentou de tamanho, mal cabia no peito.
De início se encontravam às escondidas,
faziam planos ousados,
casar, ter filhos, emprego estável, bens materiais.
o tempo passou...
o seu amor por ele solidificou
e numa tarde quente no final do verão da vida
ele a deixou...
mudou de casa,
juntou suas coisas,
a deixou desamparada.
Pobre menina
Ultimamente seu coração está apertado, dolorido, em frangalhos.
É que o amor bateu na porta, entrou em casa, trocou os móveis de lugar e foi embora.
Restaram a ausência, a carência, a saudade e a casa vazia de gente.
Restaram os móveis empoeirados na sala, encobertos com tecidos encardidos pelo tempo.
Um amigo lhe dissera que é assim mesmo, o amor às vezes nos prega peças, nos faz sofrer sem querer porque buscamos o melhor e ficamos na pior.
Vou trancar as portas do meu coração disse ela revoltada.
Desilusão dos sonhadores.
E ela ficava debruçada na janela daquela casa
olhando para o horizonte distante,
como quem procura respostas no lugar errado.
O tempo passou e numa manhã de frescor do outono da vida ele voltou, entrou pela porta do fundo e ela nem viu.
A porta estava trancada com correntes mas ele tinha a chave do cadeado.
E quando ela se deu conta os móveis já estavam arrumados,
a casa estava perfumada,
e lá estava ele sentado naquele sofá empoeirado a observá-la.
Ela olhou nos seus olhos e caiu em seus braços,
deitou-o em seu colo e pediu para que ele ficasse.
E sonhou...
E chorou...
E sorriu...
E ele fez promessas vãs.
E ingênua que ainda é.
tem a esperança de se casar no próximo inverno,
num asilo qualquer.
Alegria...
Como o doce ao paladar, assim é a alegria que desfrutamos quando ainda criança e que se perpetua na vida adulta.....
Por isso, não podemos esquecer que a doçura da infância, precisa ser provada por toda a vida.
Quando eu era garoto,eu via os pais dos meus amigos e colegas todas as tardes
irem buscar seus filhos depois das aulas.
Eu retornava pra casa de a pé mesmo,ou de ônibus,quando eu chegavá na frente de casa e la via o belo carro do meu pai parado
Eu perguntava para ele.
Pai porque o senhor nunca me busca na escola ?
Ele respondia-meu filho quando você for um pouco maior E mais velho eu te explico,então você irá me entender
Eu deixava passar
Quando meus
amigos se juntavam pra sair
Eu,eu nao podia ir pois meu mais
me falava sempre as mesmas palavras
Se você quer sair conquiste seu dinheiro
para fazer péssimo aproveitamento
Eu ficava bravo e então não saía
ficava no meu quarto furioso
Fiquei quieto e triste muitas vezes
E ele sempre com as mesmas
Respostas;filho quando você for maiôs e mais velho vai entender quando eu explicar
você vai ver que será diferente de todos os seus amigos e colegas
Hoje todos nós crescemos e nos tornamos adultos.
Alguns amigos da época da escola
ainda moram com seus pais
Não trabalham,e estão sem dinheiro
dependem de seus pais para se vestirem
E para poderem sair
Hoje meu pai me abraça e diz
filho como tenho orgulho de ver
como você aprendeu a nunca depender
dos outros,eu disse que você seria
diferentes de muitos
Descriançar-se
No fundo, no fundo, somos todos aquela criança que se negou a crescer. Apenas aprendemos a disfarçar. O mundo nos forçou a isso. Nós nos descriançamos. Convenceram-nos de que o recreio acabou. Como num pique-esconde, escondemo-nos atrás de nossa profissão, do diploma universitário, da religiosidade, e dos diversos papéis sociais que nos são atribuídos.
Mas sob todo este verniz, ela ainda está lá, à espera de quem a encontre, perdida no labirinto dos nossos sentimentos.
Como toda criança, ela quer experimentar. Quer sentir novos sabores, texturas, cheiros, sensações. Por mais crescida que seja, ela ainda sonha ser um super-herói. Chega mesmo a acreditar que um dia vai surpreender todo mundo e sair voando por aí.
Por onde anda, busca outra criança com quem possa brincar. Mas todos parecem tão normais. Estão todos tão ocupados fingindo ser gente grande... e fingem tão bem que convencem até a si mesmos. Mas lá no fundo... são mesmo crianças... indefesas... curiosas... manhosas... às vezes pirracentas.
Até que um dia encontramos alguém com a coragem de revelar seu rosto infantil. Mas infelizmente, assim como nós, também tem que manter a pose. Ninguém pode perceber que aquela criança está viva. Para todos os efeitos, ela foi sacrificada no altar da vaidade. O culto à performance exige isso. Todavia, ela está ali, vivíssima, procurando por outra criança para brincar. Esperando um momento de distração dos adultos para extravasar sua meninice. Nem que por um instante... mas um instante que traga a semente da eternidade. Pelo jeito, estamos todos condenados a ser crianças para sempre. Se assim for, o céu é um playground onde brincaremos por toda a eternidade.
O inferno é para os adultos. Para os que se levam a sério demais. Para os que abusaram do próprio ser. Os que se negaram a ser crianças para entrar no reino dos céus.
E aí... bora brincar?
Já fui criança,
Agora adulto sou;
Fui as vinte mil léguas submarinas,
Sentindo uma adrenalina,
Pra pegar uma bola
Que lá no fundo ficou.
Minha mente era estranha,
Eu me sentia criança
Que lá no fundo ficou.
Entusiasmado com os adventos,
Criava meus próprios inventos;
Cheguei até consertar um helicóptero
Que em Nárnia ficou.
Subi numa árvore
E vi uma lua girando entorno de mim,
Eram meu Aforismos,
Que se diziam meus amigos;
Mas que no passado os esqueci.
Desde a infância
Já era uma criança
Que com esperança
Ia do início ao fim.
Hoje cresci,
E meus pensamentos
Ficaram segmentados,
Corro de volta ao passado;
Mas já atormentado,
Não sei se é o início ou fim.
Você se lembra?
Lembra como a gente era feliz?
Vivia cantarolando uma canção dançante,
marca eterna de um coração pulsante!
Lembra da menina debruçada na janela?
Carinha sonhadora,
esperando, sonhando...
A serenata ao luar,
o pai se fazendo de bravo a espionar...
Lembra do lampião a gás?
Crianças felizes, na rua a brincar?
E dos bondes nos trilhos a deslizar?
Lembra dos tempos de escola,
daquelas colas riscadas nos braços?
E os laços?
Tantas fitas nos cabelos a enfeitar...
E os bailes de formaturas?
Lembra das orquestras?
Waldomiro Lemke, Radamés Gnattali Silvio Mazzuca, Zezinho,
ninguém ficava num canto sozinho!
Lembra das festas em famíla?
Os homens num canto contando piadas infames, as mulheres, lindas madames, fofocando... Os modelitos copiados das revistas mostrando...
Lembra de alguém ter depressão?
Síndrome do pânico,
mal de ação?
Eu confesso que não...
BONS TEMPOS!
"Quem não viveu, não sabe o que é paz e amor!"
E pensar que ainda somos os mesmos,
mas não mais vivemos como os nossos pais...
Sobre girassóis clandestinos e borboletas sem asas
No quintal dos nossos sonhos, plantamos o que quisermos. Nos meus, moram girassóis clandestinos. São nascidos de sementes especiais que lhes dão o poder de olhar para onde haja luz. Mas, ao contrário do esperado, eles miram para as mais diversas direções. Brilham ao ficar frente a frente com um parceiro, reluzem ao perceber seus próprios movimentos suaves, sorriem para o sol, mas também vibram para a lua.
No quintal dos meus sonhos, moram borboletas sem asas. Elas não têm asas porque sabem que sensibilidade pede casulo e, após breves momentos de realidade, voltam-se para seus espaços, e crescem, amadurecem, num infinito ciclo evolutivo. Suas asas? Ah, essas estão dentro de si.
Dizem que só as veem quem tem olhar encantado e sabe ver beleza de avesso.
No quintal dos meus sonhos, moram crianças sem idade. Elas sabem que a pureza essencial pede a permanência do próprio sonho. Elas rodopiam em rodas de esperança e jogam amarelinha com o vento.
Não querem crescer, pois crescer mata sonhos. Permanecem brincando, alheias ao mundo que está além do quintal.
E é lá, no quintal dos meus sonhos, onde girassol é clandestino, borboleta não tem asas e criança não quer crescer, que
Quisera eu poder me transfigurar
E no meu silêncio ser percebido
Sem gesticular ser compreendido
E impedir que feridas sejam abertas!
Mesmo na opulência da natureza
Me devoras sem piedade e frieza
Não escuta meu clamor de socorro
Mata a ti mesmo e por ti eu morro.
Quando lhe vier o último suspiro
Lembranças terás desde a infância,
O ar que te propus falta lhe fará,
Agora me transfiguro em ti, em clamor
Aos outros, por essa triste lembrança!
No tempo em que tudo eram possibilidades.
Não alimentávamos medos e dúvidas atrozes.
As coisas eram simples, fáceis e realizáveis...
Desconhecíamos as mesquinharias dos homens,
e o contentamento nos fazia companhia...
Às vezes fico deitado em minha cama nessa escuridão total, aí paro e penso, "como será a minha morte? ".
Sei, isso é a maior besteira de se pensar, mas imagino que no dia em que eu morrer irá passar um filme em minha mente e lá eu ficarei, a melhor fase da minha vida, aquela onde vivia sorrindo, então voltarei a ser criança, voltarei a brincar no lago sorrindo, voltarei a brincar com os meus amigos e sorrindo,voltarei a andar de cavalo e sorrindo. Nossa Deus como eu era feliz!
Se eu pudesse pedir a Deus uma única coisa seria pra viajar no tempo, pois iria atrás da minha felicidade de novo, sei que minha vida não é das piores que no mundo existe pessoas em más situações, mas Deus como queria isso, pra sorrir de novo.
Em nossa formação pessoal importamos ideias de pessoas com as quais simpatizamos ou julgamos dignas de respeito. Essas pessoas podem entrar em contato conosco diretamente ou através dos diversos meios de comunicação, sendo o mais comum o livro que lemos em nossa infância ou na adolescência. Essas ideias importadas - preconceitos na verdade,
transformam-se nos "princípios" que regem nossa vida.
E, de fato, pouca gente deveria usar a expressão "meus princípios", pois de fato não são seus. Mais acertadamente deveria usar a expressão "meus preconceitos".
Crônica do Ratinho
Cresci assistindo, os salvadores, Bernardo e Bianca. O Topo Gigio era meu amigo. Chorei com Fievel, quando ele se perdeu e vibrei quando, finalmente, encontrou sua família. Adotei, também, o Stuart Little. Corria com o Ligeirinho. Sempre torcia pro Jerry, embora gostasse do Tom.
Meu super herói? Supermouse. Planejei dominar o mundo com Pink e Cérebro.
Quem não queria um amigo como o Timóteo? Sentia inveja do Dumbo.
E a Cinderella? Cuidava de seus amigos como ninguém; costurava, alimentava, protegia e cantava para eles.
Rémy, doce Rémy. Me fez entender o mundo da culinária. Me fez acreditar que poderia cozinhar, me fez querer comer Ratatuille.
Quem não conhece o Mickey Mouse? E a Minnie? Que garota não queria usar aquele laço na cabeça? Hein?!
E, hoje, estava lá, o corpo estirado, daquele que poderia ser um cozinheiro, ou detetive, ou um mago, ou, se tivesse chance, nosso super herói.
Foi-se a fantasia e o drama se instalou.
Superar, Papai Noel, foi fácil, não encontrei ele morto, não precisei ser mandante do seu assassinato.
Crescer, às vezes, é muito cruel.
Num dia você está sentada, vendo seu ratinho preferido e comendo pipoca; no outro, você está vivendo, como num filme de terror, com um rato de verdade, morto de verdade; muitos gritos e ranger de dentes.
Não me restou outra opção, a não ser: Pedir perdão aos deuses da fantasia, cobrir os olhos da minha menininha interna e seguir velando, de cima da cadeira, o pobre cadáver morto, mortinho da silva.
Saudades das brincadeiras de pega-pega com a turma da rua de cima, de esconde-esconde na hora do recreio da quarta série
Saudade daquela amiga inocente que sentava no fundo da sala de aula, hoje ela é o "furacão sexy" da rede social
Saudade daquele amigo engraçado e bacana que hoje sofre de depressão
Saudades das cartinhas no portão,
Saudade de uma época que não precisava ou importava estar na moda para sair de casa
Saudade de receber uma ligação de um amigo querido ou um parente no telefone fixo porque celular era raridade
Saudade de quando se matava a saudade fazendo ou recebendo uma visita de alguém querido
Saudade
Saudades
De um tempo em que tudo era assim, daquele jeito meio sem jeito
poemas retalhos
Hoje vi a vida.
Parecia feliz!
Tinha um belo sorriso no rosto
enquanto flutuava pela rua.
Hoje quando cheguei...
Estava a maior confusão.
Ufa!
Um sufoco.
Hoje não conseguia falar,
repeti duas vezes.
Não sobrou histórias
para contar.
Parei
para curtir
o último pedaço
de ser criança.
O lado doce de minh'alma
Não mate a criança que habita o teu ser, brinque com ela, sorria junto com ela, e ela o ajudará a ser um adulto melhor.
Um pontinho de luz em meio a
escuridão, céu estrelado. Sonhos feitos de arco-íris, dias cobertos de ternura, o afeto e a inocência de colorir o mundo mesmo estando nublado,a alegria de tocar nas nuvens sem muito esforço. São dias curtos,
fugazes, cheios de contentamento. O sabor da infância que nunca escapa dos nossos lábios e a lembrança que abraça cheia de saudade.
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