28 poemas sobre a infância para reviver essa fase mágica da vida
Monsaraz da minha Infância -
Monsaraz da minha infância, clara estância,
céu azul, verdes campos, negra bruma,
no horizonte desse monte com distância
revejo minha Vida que se esfuma ...
Fica na memória! A Alma alcance-a,
guarde Monsaraz, branca como a espuma
na solidão do velho barco da infância,
porque a amo tanto, mais que mulher alguma!
Foi lá onde nasci, lá me irei a enterrar,
e se vivê-la é um imenso recordar,
recorda-la também é triste sofrer!
Aí Monsaraz dos olhos meus que trago nos sentidos,
devo-te quem sou, quem tenho sido,
da alvorada em que nasci ao meu triste anoitecer!
Poema de infância.
Uma folha de papel
Creio eu que era de pão
Nem chegava a ser folha inteira
Acho que meia folha não era
Creio eu que era quase meia
Era infância ainda
Talvez fosse um dia de verão
Creio eu que era primavera
Só me lembro que fazia uma tarde linda
Creio eu que depois choveu
Faz muito tempo aquele dia
E, se é que choveu
A chuva foi mais linda ainda
Era um tempo de paz, talvez
Não existe certeza de mais nada
Hoje eu penso que paz nunca houve
Então eu desenhei um peixe no papel
Me deixem chamá-lo assim, de peixe
Pode ser que fosse um golfinho
Pois não caberia uma baleia
Numa folha tão pequena, diminuta
Que não chegava nem a ser meia
Daquelas que, na alegria da infância
Se cata na ventania
E guarda pra sempre na alma
Com a calma dos anos passados
Mas agora eu compreendo
Que momentos bobos assim
São os que vão ficar eternizados
Uma tarde chuvosa
Num papel amassado
O mesmo sol, que hoje arde no céu
Mas compreenda
Que há tardes em que brilha diferente
O Sol, o céu, o golfinho, a felicidade
Na verdade essas coisas existem
Muito menos neste mundo em que vivemos
E muito mais
Aqui, no coração da gente.
Edson Ricardo Paiva.
No Enterro da minha Gente -
Sou ultimo vivente
d'uma infancia mal fadada
e recordo essa gente
numa fria madrugada
onde minh'alma sò
se via sem nada! ...
Minha vida foi diferente
do que queria a minha gente!
Eles nunca me entenderam...
Eles nunca me sentiram...
Eles não me deram nada ...
E a repulsa que lhes tive,
amargura que senti
fez de mim estrangeiro em casa ...
E o que ficou dessa ferida,
nessa fria madrugada,
entre a casa abandonada
e a minh'alma sem nada?!
Ficou a morte dessa infância
no enterro da minha gente ...
E alguém mais sofrerá a dor desta distancia?!
Haverá alguém mais que assim sente?!
Qu'importa?!
Sepulto os mortos do meu sangue
nessa casa abandonada.
E repouso por fim em paz, nesta hora,
no frio da madrugada...
Eles nunca me entenderam...
Eles não me deram nada ...
O Leque Rendilhado da Infância -
Recordo um tempo que passou
da minha infância tão longínqua!
Quando vivia acompanhado mas tão só ...
E alembro o olhar doce de meu Avô
sobre o rosto de minha Avó!
Mas minha Alma fica amargurada
ao sabe-lo morto, tão distante,
e minha Avó, ao vê-la, tão velhinha,
em ultima jornada!
Que lúgubres caminhos!
Que solidões ardentes!
Vendaval de lívidos horrores
onde nem as orações já salvam
os seus crentes!
Que triste sonho o meu!
Vejo-me sozinho!
Sem ninguém que me conforte!
Nas tristes ilusões do meu caminho
só já pressinto as lágrimas da morte!
Que triste sorte!!!
Os anos vão passando ...
E essa branca Senhora, serena, minha Avó,
que sempre vi atrás de mim chorando,
no decorrer da minha curta Vida,
vai a cada dia, a Deus, sua Alma entregando ...
Recordo o leque preto, rendilhado,
que nas suas alvas mãos, tão delicadas,
lhe refrescava o colo, na Igreja!
Com ele, tapava as lágrimas choradas,
nas longas Orações, rezadas, tão sentidas,
que fazia à Senhora da Orada ...
Era branca, minha Avó,
como as esculturas
dos mármores Cristãos!
E em suas pálidas mãos,
tinha o leque preto, rendilhado,
sempre refrescando o Coração ...
Ai aquele leque!
O leque preto da Avó!
O leque rendilhado da infância!
Que ao recordar
me deixa menos só!
A criança que mora em mim vez ou outra abre um sorriso e lembra da infância e com certeza com muita saudades, de um tempo que não volta mais.
Cheirinho de comida da vovó saindo quentinha com o tempero do amor.
Cheirinho da mãe, de dormir agarradinho nela, até a coberta tinha o cheiro dela, onde ela agasalhava e a noite era tranquila e segura ao lado dela.
A criança que mora em mim contempla o céu, as estrelas, a lua e o sol.
Contempla as flores, os pássaros e brinca com nos animais na mais sintonia pureza e inocência.
A criança que mora em mim faz oração ao Papai do céu e pede um mundo melhor.
Essa criança que mora em mim ainda acredita no amor ao próximo e que juntos podemos fazer o mundo um paraíso.
Liddy Viana.🌻✍
Será mesmo que nossas crianças têm infância?
Ou será que fomos nós adultos os responsáveis em tirar o direito de as crianças terem infâncias?
Quem é o responsável das atitudes do modo de viver das crianças, será delas mesmo?
Ou será que nós adultos em querer felicitar nosso dia-a-dia tiramos os direitos das crianças.
Será que percebemos o que estamos fazendo para colaborar para o futuro das crianças?
Estamos mesmo educando e servindo de exemplos para nossas crianças, sendo responsável pela educação inserindo na infância a moralidade, decência, poder brincar, ter honra e princípios, independente que seja pais, parentes, amigos, colegas, conhecido e desconhecidos?
Será que estamos cientes que nós fomos crianças no passado e a forma que fomos educados servil como influencia para que educamos nossos filhos hoje e que em um futuro não tão distante, eles vão ser pais e terão de educar seus filhos com base na educação que receberam de nós?
Tanto se fala que as crianças de hoje não têm infância, sem perceber que nós adultos colaboramos para este fato!
Nossas crianças perderam a inocência, seu jeito de ser transformou em uma metamorfose de querer ser adulto em um corpo de menino e menina sedo de mais!
"Verídico...
No auge da minha infância vi o céu se abrir... E vi anjos movendo-se lentamente no ar a flutuar.
Roupas leves de cores claras dedos longos e pele clara quase transparente.
Eu era só uma criança e não entendi nada.
As vezes o abraço que faltou na sua infância te ensinou a não esperar muito do outro e não ser carente dos sentimentos alheios. As vezes o carinho ou a conversar que faltou quando era criança, te ensinaram que as vezes precisamos ser fortes e que muitas vezes palavras e afeto não serão tudo na nossa vida.
Não reclame dos pais por serem distantes sentimentalmente... eles estão te ensinando a viver lá fora, para quando você criar asas e voar, consiga sobreviver na selva sem eles por perto.
Pais criem seus filhos pra vida, não pra vocês. Um dia nos não estaremos mais aqui.
Gosto de infância
E fazia do meu quintal
o meu reino encantado
E do meu pé de mangas,
o meu castelo alado.
Cada galho, era um aposento
cheio de personagens...
Num agrupamento
que se apresentavam um a um para mim.
No meu castelo eram realizados lindos bailes
Com direito a príncipes e reis,
pricesas e rainhas...
Dançando em plena harmonia.
Não existia nenhuma desavença
Acredite, ninguém queria correr o risco
de conhecer o calabouço
e se deparar com alguma doença...
Ficava horas me divertindo
com a realeza...
Até ser despertada
pelos gritos da rainha mãe
Me chamando para ir comprar o pão.
Eita mundo fantástico!
Mundo de criança. Mundo da imaginação...
Havia uma nuvem pintada
Numa parede da minha infância
Eu olhava pra tela e pensava
Que nuvens pintadas não chovem
Não se movem com o vento
Não matam a sede e nem fazem crescer as flores
Passa o tempo, isso arrepia!
As pessoas partem noutras nuvens frias
E as imagens que trazemos
Vivem à margem dessa nossa realidade
Mas, como eu disse, o tempo passa
Enquanto isso, nós passamos juntos
Apesar de juntos, sós
As nuvens de verdade, elas choveram todas
Num ciclo eternamente interminável
O mar arrebenta
Mas aquela velha amiga nuvenzinha
Ainda ostenta a mesma idade
Meu Deus, se ela me visse agora
Talvez fosse a vez dela, então, se perguntar
Por que é mesmo que as pessoas choram
Por que o tempo não demora um pouco mais
Mas, cada coisa tem o seu lugar
no espaço e no tempo
Hoje, logo cedo, os dois sairam pra brincar
Lembrança guardada
Se meus braços te alcançassem
Se hoje meus olhos te vissem
Como a vejo em meus olhares
Hoje eu te diria, minha amiga nuvem
Que é bem pouca a diferença
Nessa dimensão, cá onde estou
O tempo lento passa mais depressa
Chego mesmo a ter a impressão
Que ele, cruel, nos atravessa
Enquanto isso, você
No perene silêncio do seu céu de nuvem pintada
Atravessou comigo um universo e a vida
Choveu nos meus dias
Regou sim, muitas flores
Em cada poesia que eu lia, era ela
Soprando, nos ventos que as moviam
E foram muitas as sedes saciadas
Sim, de alguma maneira e apesar da distância
Também veio junta
Desde aquela vez, na infância
Pois não há nada na vida
Cuja função seja nada.
Edson Ricardo Paiva.
A infância logo passa,
feito avião de papel,
voa rápido no céu.
Brinque e de tudo faça,
pois logo perde a graça.
Solte pipa e peão,
com papel faça avião.
Essa fase passará,
um dia só haverá
lembranças no coração.
Nova Fátima.
Minha terra minha infância,
Nova Fátima das Fátimas,
Minha terra legal,
Suave foi eu viver aí,
Foram dias e madrugadas,
Capa de neve no capim,
Lugar fresco de águas mansas,
Suave cheiro de jasmim,
De manhã cedo era o leite que eu tirava,
Montava no alazão e no lambari,
Cavalo branco sereno,
Suas redias eram de cetim,
De tardezinha era o potro preto,
Seu nome era guarani,
Égua tigela,
Seu irmão baião e o ventania,
Populares da redondeza,
Vinham pedir frutas no pomar,
Minha terra que eu não esqueço
Lá da minha terra eu saí,
Minha terra meu amor,
Vivi anos sem terror,
Terra vermelha e terra roxa,
A poeira não tinha estopim,
Era chão batido de piçarra,
Troncos de cercas de angelim,
Peroba sem defeitos,
Madeira de lei e com verniz,
Terra minha terra nossa,
Na palhoça sem cupim,
Era paz era vida,
Naquele lugar era tudo,
Que sonhei e que eu quis para mim...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Infância...
Deixarei os versos
Deixarei de ter o pensamento
De que nada sou além de um pensar
Tantas vezes tenho sido infantil e absurdo
O mundo hoje feito em pedras
Eu ainda moro num castelo de areia
Resistindo ao sofrer de coisas ridículas
Vejo nos olhares cegos dos que me rodeiam.
Nasci num ontem de muito tempo
Eu queria estar hoje aqui,
Hoje, gostaria de estar lá na criança de onde vim
Não contenta-me ver tanta gente que se afoga
Sem a gerência dos sentimentos.
Meus versos deixarei
Para que não me perturbem
Para que não sejam eu.
Não quero ser o que sinto
O que só os meus olhos veem
Pereço a dor de um sobrevivente
Um pedaço de cada dor do mundo
Não aprendi com a dor
Não mudei com a decepção
Não deixei de ser o meu pensar
Nem vejo o que "penso" ver.
Ainda um menino nas mãos de um gigante
Não são fadas e princesas
Apenas o morrer de um eu
É apenas o mar da ilusão a tocar o meu rosto.
[Onde está a Vó Madrinha Laura /?]
[Onde está o poço dos fundos/ ]
"A goiabeira do quintal e meu cão Duque?"
"Onde estão os figos/"
[Onde está o Padrinho Vô Luiz/ ]
...Onde estão todos Mãe/?
Minha casa não é mais portuguesa
Não há fadas príncipes e nem princesas.
Somente um pequeno Portugal em mim
O que me faz sentir uma Tia.
O que me faz viver e sonhar.
Talvez o verso que ainda vive em mim.
Mas...
Foi um delírio da alma.
Um estúpido delírio da antiga alma,
Que ainda é criança...
Que morrerá criança.
"Não posso mais guardar o tempo"
Ninguém pode!
Zé Poeta.
A Descrição da Saudade
Infância, adolescência,
hoje adulto lembro-me dessas fases de minha existência,
tempo em que enxergava a vida naquilo que transparecia pela aparência, parte do processo de amadurecimento da consciência.
Seja sozinho, seja com alguém,
seja em meio à multidão ou para além,
lembranças do passado surgem como num passe de mágica,
simplesmente elas sobrevém.
Envolvem e me impulsionam como o soar da melodia,
a realizar uma viagem em forma de poesia,
trazendo esses bons momentos de nostalgia,
em sussurros e até suspiros chego a dizer: Que tempo lindo! Quanta euforia!
De repente, não me contendo,
em algumas situações, invadido pela emoção,
lágrimas brotam e saem escorrendo,
enquanto essas lembranças vêm tomando forma na memória, revivendo,
até que se vão, como se em mim estivessem desprendendo.
De cara para o presente, na realidade,
me dou conta de que, na vida, devo dar continuidade,
deixo de lado, por um momento, a saudade,
mas com a certeza de que ela, muito em breve voltará,
sem mais nem menos, numa outra ocasionalidade.
Soneto De Infância
Infância é uma flor que ainda não desabrochou
Criança é um amor que ainda não amou
Sua ingenuidade é aprender sem saber
Feliz é quem cresce sem nunca crescer.
Brincar, sem nunca cansar.
Começar, para nunca cessar.
Descobrir, mas nunca omitir.
Viver a vida leve e a sorrir.
Então o mar da vida se apresenta, furioso
Esperando encontrar um marinheiro corajoso
Disposto a enfrentar as tempestades da vida.
Corajoso, porque vive a infância eternamente,
Sem medo de errar e ser julgado pela gente
Porque vive uma vida colorida, infantil e divertida.
saudades da minha infância
e da minha inocência.
várias brincadeiras boas
e momentos bons,
sem preocupação nenhuma.
saudades de dormir
assistindo desenhos,
e quando acordava
já estava na cama,
pensava que era mágica.
saudades de mim antes,
uma menina alegre
que ria de tudo
e fazia todos rirem.
saudades do meu coração,
bom e inteiro,
quando ninguém tinha
o machucado ou ferido.
Espero que a morte
seja como ser carregado
para o quarto na infância,
depois de adormecer no sofá em meio a uma festa em família.
Espero que ainda se possa
ouvir o riso alegre vindo
do outro cômodo.
A infância no paraíso a nova Jerusalém.
Nesta cidade a Nova Jerusalém a cidade Celestial do Rei Jesus Cristo, vai ser a melhor coisa já vista por olhos humanos, será tão aprazível e agradável, que jamais um ser vivente tirará da mente o que lhe foi concebido, crianças que chegaram lá, crescerão em plena alegria, e todo sofrimento passado, seja ele qual for, pois muitos diziam onde estava Deus neste momento de sofrimento desta criança... Lá saberemos o fim, ou o começo, pois será a melhor infância já vivida, será uma benção tão maravilhosa que jamais será apagada na memória deste ser vivente, que irá crescer com esta impressão tão maravilhosa, que não dará em outra, um ser tão belo , que já mais existirá em lugar algum, pois a infância é informação valiosa e quem assar nesse lugar jamais esquecerá....é o prêmio da consolação de todos os séculos é a infância mais brilhante já vista , o nosso Deus é bom o tempo todo e o nosso Rei Jesus é justo e verdadeiro eternamente.
Poesias Líricas ao Rei Jesus.
Há na memória, um rio onde navega os barcos da infância,
as memórias de criança,
e o segredo da alegria.
Quero voltar a ser criança.
Saudades de correr descalço,
Rua acima, rua abaixo,
E de manhã madrugar,
Para os joelhos esfular.
É o sabor á infância,
E que saudades de ser criança.
Criaturas imagináveis que gostavam de saltar á corda,
Adorámos adormecer no sofá, para sermos carregados até á cama,
Ah ... E que saudades do colo da minha mãe.
Mas crescemos,
Tornamo-nos tão só,
Nós e o mundo,
E as memórias de infância.
Acaba-se o segredo da alegria,
Deixamos de bater á porta do vizinho
Deixamos de passear na nossa nave espacial feita de madeira,
Mas continuamos a ser criaturas imagináveis.
E esta é a parte menos bonita da nossa infância,
E que nunca nos esqueçamos
Da casa onde fomos felizes.
A trajetória da vida passa
pela a infância e pela velhice
o intervalo você é livre para
fazer da vida o que sempre sonhou;