Poema Eterna Magia
Amor pode não ser amor,
Se a qualquer dificuldade ele se altere,
Amor é uma sensação eterna e soberana,
Que enfrenta a qualquer tempestade que irá de vir,
Nem mesmo os astros conseguem dizer o que é amor,
O amor não teme o tempo como dizia Shakespeare,
O amor não se transforma de segundo a segundo,
Ele predomina as nossas atitudes,
Todas as conversas fazem sentido,
Todos os sorrisos fazem a diferença,
E o amor assegura a eternidade.
Barreiras.
Se a paixão for grande,
a espera não será eterna.
Problemas não serão dilemas.
Barreiras serão vencidas.
Se a confiança existir,
dúvidas desaparecerão.
Perguntas serão respondidas,
palavras irão ser ditas,
Loucuras realizadas.
Se o respeito prevalecer,
Carinhos serão suaves,
Abraços serão confortantes,
E beijos serão profundos.
Se a compreensão insistir,
Brigas fortalecerão, fatos alegrarão
e os diálogos serão gravados
em nossa memória.
Barreiras impostas pela vida,
Barreiras impostas pela ocasião.
Barreiras físicas, anímicas,
ascéticas e transcendentais.
Não temer escolhas nos amplifica.
Nos faz intensamente vívidos.
Nossa inexperiência e escolhas
nos dão coragem.
Coragem pra quebrar barreiras,
atravessá-las.
Coragem pra quebrar o tempo,
a distância e o medo.
Talvez não seja eterno.
Talvez não seja duradouro.
Talvez não seja ideal.
Mas sim algo verdadeiro.
Algo não doentio de pouca
explicação.
Talvez seja paixão.
Quebremos nossas barreiras.
O QUE É DEUS?
Ainda que os séculos dobrem,
na sucessão eterna do tempo,
Ainda que o pulso das horas,
me conduza ao big bang!
Se viajasse em retorno
no giro das nebulosas...
ouvisse o eco das eras sem fim
tudo em vão, seria para mim.
Quem poderá entender os arcanos divinos
da linguagem das esferas?
Quem verá as obviedades das equações,
Na inumerável diversidade da Natureza?
Por que duvidam os "eus"?
A causa de todo efeito é o que chamamos DEUS!
Eni Gonçalves
14/06/2015
Eterna Amiga
A fria palavra do escuro no canto
congelava, proliferava e ardia
incessante.
Sob corpo quebrável a minha sonolência tétrica
alastra como doença o gelo em meu rosto
Deprimindo, debilitando, abatendo descanso.
Oculto, as paredes sussurram mortas
e antipáticas gotas delas escorrem.
Minhas conhecidas por mim não choram.
O que me move?
O que me move? Uma eterna ânsia de viver...
A incerteza do futuro, do amanhã me coloca em um estado constante de liberdade...Liberdade de ir ou vir onde meu coração mandar. De voltar, quando ele me chamar. De sorrir de situações inusitadas, de bobagens, de tudo e até de mim mesma. Sorrir, sorrir e sorrir...porque não???
Liberdade de ser quem sou, sem medo de errar ou de me sentir tolhida quanto aos meus desejos, atos ou escolhas. Liberdade de chorar quando o coração sufocar de dor, de tristeza, de mágoa, de saudade, de alegria, de emoção. Liberdade de bradar a quem quiser e quando quiser meus sentimentos sem medo de mostrar quem sou. De gritar, dar gargalhadas, sem medo de ser julgada por isso. De ser criança e olhar o mundo estupefata, maravilhada com as coisas mais simples. Liberdade de não ter medo de arriscar quando penso que realmente vale a pena. De fazer escolhas que pra mim soam como prenúncio de felicidade. Ser livre pra pensar, agir, ser... Se a felicidade existe, ela só pode ser alcançada enquanto um estado de liberdade plena. Mas não uma liberdade isenta de respeito pelo outro. Uma liberdade egoísta é eterna prisão ...
As certezas que o agora pode virar cinzas amanhã, mas eu gosto de pensar que tudo deve ser feito na hora em que se tem vontade e com a euforia de um nascimento. E elas, as coisas, verdadeiramente são vida...
Vanessa Fontana
SAUDADES DO RIO
Rio, de longe, uma saudade
Amizade, eterna recordação
Das cidades sua majestade
Tu pulsa no meu coração...
Tuas ruas, varia a felicidade
Vivo bem longe, de ti solidão
No bem querer, divindade...
Se algum dia voltar, será enfim,
Pra nunca te deixar,
E bem junto há ti. Ficar assim!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano
A Dor Da Vida
A ânsia pela vida
Eterna é contínua
E as lutas para não
Morrer são constantes
Na ganância que domina
Seus mais
Velhos mistérios
Sempre estou
Perdendo resquícios
Para alguns
Delírios amantes
Agora que
Conquistei a sina
Dos meus mais
Novos impérios
Sou majestoso
Nesse meu
Eterno caminho
Vencendo os pesadelos
Do meu
Próprio destino
Antes da
Minha
Existência
Havia uma
Grande magia
Sem lembranças
Do que era
Sem sonhos
Sem dores
Sem alegria
Se enquanto
Eu não existia
Eu não sofria
Antes de ter
Nascido
Viverei para
Realmente esperar
A eterna Morte e me livrar
Desse sofrimento
Perdido
Jeazi Pinheiro, "A Dor Da Vida" in "Último Poema"
Bebe este vinho da realeza e vive a vida, esta é a vida eterna. Tudo o que a juventude, o amor, aventura, paixão ardente e a amizade traz.
É a estação do vinho e da realeza e da vida com o esplendor do inverno, das rosas e dos amigos e dos apaixonados juntos embriagados de felicidade e aventura.
Sê feliz por este momento. Este momento é a tua vida.
Rosa Eterna
És poesia em mim em línguas sem fim,
Minha rosa com espinhos, dás-me o juízo perdido,
Perco-me no labirinto das curvas do teu corpo esculpido.
O efémero da vida em ti se revela,
Mas quão infinita é a felicidade nos teus braços,
Nos teus cabelos, brisas de madrugada se enredam,
No teu toque, encontro a paz, sem embaraços.
És a melodia silenciosa dos meus dias,
O verso oculto que ilumina a escuridão,
Na tua presença, o tempo se dissipa,
A eternidade vive em nossa junção.
Teu olhar guarda segredos das estrelas,
Teu sorriso, sol que desabrocha em sonhos meus,
Entre espinhos e flores da nossa imaginação,
És o poema que escrevo com o coração.
Entre a realidade dura e a fantasia,
És o universo onde me perco e me encontro,
És a essência que em versos confio,
No labirinto da vida, teu nome entoo com encanto.
A primavera lá não passa,
É jovem para sempre,
Eterna e suprema
A monja blanca recatada
Não menos esplendorosa;
Brilhante estrela radiosa
Que ilumina
A rota determinada:
- Rumo a Guatemala!
A primavera sendo eterna,
Possui o sorriso cândido
Da estrela ali plantada,
Deste alvor que me fascina
Protejo-a com poesia encantada.
A primavera sendo terra:
Respira aurora perfumada.
Da flor caída do céu,
Com o candor que abraça
Reverenciando a Monja Blanca.
Poesia que ressoa eterna
nas vozes dos cordelistas,
repentistas e nos passos
dos 'Enfeitados e do Mascarados',
não troco por nada a festa
com o meu querido
'Boi Calemba Pintadinho'
nem por um milhão de diamantes.
Tenho um pouco de tudo
e de todos, sou Mestre,
sou as Damas e sou os Galantes,
quando você entrar
nesta dança dos brincantes
nada na tua vida nunca
mais será como antes.
Olhos no olhos entre todos
os Enfeitados e Mascarados,
o meu coração que é
Boi de Reis leva para dançar
'o Birico, o Mateus e a Catirina',
só ainda não tirou para dançar
quem me estremece e fascina.
Sim, o meu coração que é
Boi Calemba Pintadinho
e que te chama para dançar
com todo o jeitinho
junto com 'a Burrinha, o Bode,
o Gigante e o Jaraguá',
e te deseja com todo amor e carinho.
Epitáfio
Como inimiga frontal
de toda a guerra,
Sou eu a Poetisa eterna
que sempre amará esta Terra,
Não se esqueçam disso:
estarei pela eternidade
enterrando sempre
que for preciso toda a guerra.
Versos Intimistas
em eterna Primavera
que não passa
e nos agostos de ipês
que florescem por
você com a cor rosa
de cada nova aurora.
Piúna-roxa em floração
na bela Mato Grosso
eterna do meu coração
e dos meus Versos Intimistas
que hão de ser cantados
um dia com amor e paixão.
...não é fácil pra ninguém viver uma vida esperando.
Quanto mais o tempo passa, mais se espera e o ciclo não se completa.
O tempo nos mostra
A hora de parar.
As vezes insistimos
Achando que o tempo está errado
Mas o tempo não erra.
Temos que acreditar nos sinais
Nos toques que a vida nos dá.
As vezes uma presença nos instiga a ficar
Mas os sinais mostram
É hora de parar.
Foi sempre eu, a me esquivar
Foi sempre eu, a correr de ti
Nunca tive coragem de tocar
Nunca tive coragem de te sentir
Quando o mais perto cheguei
Quase desfaleci.
Não vi nada em minha frente
Corri pra bem longe de ti.
Não se pode tocar um Deus
Ou algo assim semelhante
O que é proibido na terra
No céu te vejo distante.
A fábrica do poema
SONHO O POEMA DE ARQUITETURA IDEAL
CUJA PRÓPRIA NATA DE CIMENTO
ENCAIXA PALAVRA POR PALAVRA, TORNEI-ME PERITO EM
EXTRAIR
FAÍSCAS DAS BRITAS E LEITE DAS PEDRAS.
ACORDO;
E O POEMA TODO SE ESFARRAPA, FIAPO POR FIAPO.
ACORDO;
O PRÉDIO, PEDRA E CAL, ESVOAÇA
COMO UM LEVE PAPEL SOLTO À MERCÊ DO VENTO E EVOLA-SE,
CINZA DE UM CORPO ESVAÍDO DE QUALQUER SENTIDO
ACORDO, E O POEMA-MIRAGEM SE DESFAZ
DESCONSTRUÍDO COMO SE NUNCA HOUVERA SIDO.
ACORDO! OS OLHOS CHUMBADOS PELO MINGAU DAS ALMAS
E OS OUVIDOS MOUCOS,
ASSIM É QUE SAIO DOS SUCESSIVOS SONOS:
VÃO-SE OS ANÉIS DE FUMO DE ÓPIO
E FICAM-ME OS DEDOS ESTARRECIDOS.
METONÍMIAS, ALITERAÇÕES, METÁFORAS, OXÍMOROS
SUMIDOS NO SORVEDOURO.
NÃO DEVE ADIANTAR GRANDE COISA PERMANECER À ESPREITA
NO TOPO FANTASMA DA TORRE DE VIGIA
NEM A SIMULAÇÃO DE SE AFUNDAR NO SONO.
NEM DORMIR DEVERAS.
POIS A QUESTÃO-CHAVE É:
SOB QUE MÁSCARA RETORNARÁ O RECALCADO?