Poema de Tristeza
Sei que não sou poeta, sei que ninguém vai ler isso.
Só sei que queria um abraço
Um bom dia, um Como vai?
Que alguém se importasse
Que alguém me amasse
Tudo que eu queria era ser feliz
Ao menos um dia, saborear a alegria
Só queria sorrir, e ver alguém alegre
Só queria um mundo de paz...
Um sonho impossível,
Que pra muitos tanto faz
Queria encontrar alguém
que me entendesse...
Affs, quem se importa...
Para onde levou o sol?
Eu não sei mais Maria, o que fazer com estes dias que passam, mas nunca amanhecem.
É que eu estou sobrevivendo, mas não sinto mais intensidade e vitalidade, não sinto as gotas da chuva, e o sol para onde levou o sol?
Não me admiram, nem arrepiam-me mais as canções, tão débil parece o cheiro das flores agora, tão inconsistente o chão.
Seu corpo está distante do meu, abstenho-me então involuntariamente de amar qualquer coisa.
Perdi o juízo e as funções motoras, perdi a cabeça e a memória, não sei mais se seu nome é Maria ou felicidade, não sei mais o que fazer com esta saudade.
Com o tempo se faz passar a dor,
desilusões e sofrimento passaram e até mesmo o Amor,
Toda via, se o tempo para maioria é motivo de alegria de saber que o ruim vai passar,
Não seria também motivo de agonia por saber que a alegria pode não mas voltar?
Deve ser por isso que dizem "pra tudo tem dois lados",
Restará a nós decidirmos quais deles irá prevalecer,
A alegria de ganhar ou a tristeza de perder...
Foi preciso adentrar o túnel negro pelo qual acessava-se o poço
para eu cair na real e compreender que o poço não tem fundo - é apenas
o vazio abismal e sombrio em sua negritude tenebrosa e mortal. Foi então
que eu me voltei para meus dons naturais - dádivas de Deus -, e percebi
que neles residia meu resgate e minha salvação. Neles estavam a luz da
vida, e não podiam mais ser ignorados. Ou eu recorria a eles em busca
de abrigo e socorro naquele momento crucial, ou indubitável, inequívoca
e iminentemente sucumbiria ao caos absoluto numa sarjeta qualquer da vida.
Era enfim o tudo ou o nada. A sorte estava lançada para mim. Não tinha mais
como ignorar a covardia e o medo mórbidos que sempre haviam comandado
meus passos numa negativa constante e cega, resumidos num prazer doentio
e compassivo com a indolência que conduz à pobreza, ao desprezo dos
homens e à condenação dos deuses.
►28 de Fevereiro
As vezes me pego pensando nela
É difícil aceitar a ausência permanente dela
Relembrar dos momentos que vive com ela
E eu sei que estou sendo um idiota
Em escrever em forma de poema uma antiga história
Não conheço nenhum homem que faria o mesmo
Escrever poemas para o amor desfeito
Mas eu simplesmente não consigo parar
Já tentei, não consegui, então aceitei.
Fico tão triste quando me lembro daquele tempo
Lá no parque aproveitando, junto à ela, a brisa do vento
E que agora me encontro assentado relembrando dos momentos
Pior mesmo é saber que o sofrimento é em vão
Que ela provavelmente já está vivendo uma nova paixão
E eu afundando de vez na solidão
Mesmo com o carnaval reunindo uma multidão
Me encontro sem escutar batidas do meu coração
Pensei que escreveria um poema de alegria para o fim de Fevereiro
Mas simplesmente não esqueço o que vivi o ano passado inteiro
A tristeza, e o desânimo, se acomodaram sobre meus ombros
Que me deixam tonto, sem ter um plano, sem ter por onde caminhar
Acho que por hora não há nada para se fazer
Não consigo me ajudar, não sei como devo me convencer a viver.
Tenho o amor de meus pais e da minha tia
Mas por que que, apesar disso, eu não sinto alegria?
Por que não tenho autoestima?
Não sei mais o que é sorrir, me perdi
Sei muito bem que "é normal"
Hoje não consigo nem mesmo rimar
Acho melhor eu terminar aqui
Mas quero sorrir, só isso que gostaria de pedir...
O meu problema
Eu pude dormir essa noite
Mas me arrependo
Tive um sonho com você
Nele, estavam meus sentimentos reprimidos
A tristeza, a dor de enfrentar a mim mesma
Pois por você, eu larguei cada pingo de orgulho em mim
Para que eu pudesse correr atrás de você
Mesmo que em todas as vezes você tenha me abandonado
Todas as vezes que quis falar com você
Você me virava as costas
E em todas elas dava motivos pra não me ver
Por que você me desapontou tantas vezes?
Eu sentia que algo estava desmoronando em mim
Mas eu fui atrás de você
Mais vezes do que eu possa contar nos dedos
E agora estou aqui
Tentando reconstruir meu orgulho
Você continua a me virar as costas
E não se importa não é?
Se vocês não se importa, porque passamos tantos momentos juntos?
Eu podia ver o brilho dos seus olhos ao estarmos juntos
Mas esse sempre foi o meu problema:
Eu achava que podia ler as pessoas
Escritor Solitário
No cair da noite, o sussurro abafado paralisa a voz enfraquecida, e vão surgindo as primeiras palavras rabiscadas em um papel qualquer, que esvaziam da mente os pensamentos turbados e abranda a dor do coração ferido.
O papel e a caneta tornam-se amigos fieis das longas horas de solidão e vazio, onde por companhia, só se têm um travesseiro macio e salobras gotas quentes de lágrimas inocentes.
O tempo passa, e com ele se vão o encanto e a magia de um sonho fascinante, eternizando a força robusta do desejo frustrado.
As promessas de amor eterno são como nuvens escuras durante as tempestades fortes, que vem rapidamente, para tão logo partirem para sempre.
O vento forte sopra lá fora, uivando como uma música triste a embalar a melancolia do escritor, que mesmo não a vendo, escuta o som de sua voz o consolando no seu desafeto.
Toda a sua tristeza desaba nas vogais e consoantes como um furacão, que na formação das palavras, o transporta à um lugar seguro e feliz do mundo do faz de conta.
Amortiça a dor com a alegria das suas frases, que no momento tornaram-se o seu único e mais precioso tesouro.
E por companhia, só raça e a profunda solidão, que nos braços da saudade, e na melodia de fundo, reflete em seus versos poéticos, coragem e ousadia.
Nasce o sol, esconde a lua, inicia mais um dia, na aflição desse escritor, que para esquecer a sua dor, mistura música e cor, e na ternura de sua pena, a sua alma pequena, se cura com outro amor.
Eu rezo pros meus sonhos acontecerem, e tudo que eu ganho em troca é o oposto do que eu peço.
Se existe um Deus, ele me odeia!
Seja lá onde ele habita, deve assistir minha infelicidade comendo pipoca, com óculos 3d, rachando o bico da minha desgraça.
O Mau de Amar
O mau de amar é estar sozinho
È fechar os olhos e viajar em seu sentimento;
O mau de amar é saber que o coração lhe condenou
A sofrer por uma pessoa
A cada dia, a cada momento.
É ver o mundo girar parado,
Dando voltas no pensamento
É ver que o seu amor é como sangue
Que jorra de um ferimento
O mau de amar não é querer
O mau de amar é não poder
O mau de amar é ter fraqueza
É sentir sem ter certeza
É destrancar os cadeados,
Pra alguém roubar sua riqueza
O mau de amar é olhar sempre pro mesmo céu
Sempre em noite de lua cheia
É ver que o seu amor é tão grande
Quanto a imensidão que a lua clareia
O mau de amar é ser o menor ser
E ser o seu maior medo
O mau de amar é deitar sem sono
é amar um sonho
Ver o mundo em seu retrato,
é amar a quem jamais estará ao seu lado,
O mau de amar é viver um sonho acordado.
As vezes a gente é meio merthiolate,
somos procurados para curar os machucados dos outros,
Quando estes enfim,cicatrizam não servimos mais.
Enquanto nossa dor,a gente vai cuidando quietinho,
Vamos sendo merthiolates de nós mesmos,
até que um dia nossa ferida para de doer.
e ninguém sequer ficou sabendo do machucado.
Boa parte da vida a gente sofre mesmo é sozinho.
Enquanto vamos ajudando a curar tantas pessoas por aí.
Olhos Vazios...
Cansei de tentar te fazer entender
Que a distância não é a melhor solução
Ouvindo você me dizer
Que amanhã não estará em meu coração
E a noite se esvai
Quais as juras deixadas por ti
Remoendo em lembranças
Esse seu aprendiz
Nossas cartas de amor
Espalhadas sobre o cobertor
Dizem frases tão lindas
Entre estrelas, luares, batom
Quando o seu travesseiro
Fizer um estrago, enfim...
Vou rolar pela cama
Fazer sala pra mim
Não será tatuado em meu corpo
Nossa história, um caso vazio
Utopia de um amor
Que o tempo esqueceu
E o que resta no ninho
São detalhes perdidos
Qual bordado em toalhas
Eu e você...
Vai poeira levanta
Sopra pra lá seu mal querer
Te deixa bem longe
Teu mal me faz mal
Meus olhos não o querem
Para não chorar de dor
Faze sua tristeza voar
Bem alto pro céu levar
Traz o que me queiras bem
Assim como lindo é o mar
Infinitas são as águas a rolar
Me dê seu luar e seu mar
Mande a tristeza partir
Sem pegadas na areia
Nem lágrimas de um pássaro triste
Abre teu mais belo sorriso
Abre suas asas
Me acolhe
Escreva no céu
Seu mais belo traçado de amor
Seculo 21 onde o certo é proibido e o errado é legalizado,
Onde Suicídio é moda
Mais alegria é falsificada,
É uma geração problemática,
Doente, depressiva e desacreditada.
Desacreditada de tudo e de todo mundo,
Confiança não existe, nesse seculo e nem nesse mundo,
Epidemia dessa era e muito pior do que, a das eras passadas,
Doença de seculo não é aids, varíola, e nem malária,
Mais é pior que todas elas juntas.
Mais a maldita virou moda e esta entre todos
E até quem não tem,
Finge que tem.
Chegará o tempo em fim,
quando notaras que:
tão certo não estava assim,
tão justo não estava assim,
tão racional não estava assim,
mas injusto sim.
Escrevi a muito tempo
Entendo que não sentes minha falta,
Entendi perfeitamente e com o bônus da demora
Esta conseguindo, me fazer ir embora
sem a intenção estas a me magoar
Estou triste, decepcionada, desalentada
Se gostas de me ver ansiosa a te esperar
Nem te preocupes já não te espero, nem sonho mais
Nem me emociono, nem bate forte o coração
Esta tudo parado estagnado, esperando a emoção.
Se ainda tens tempo me fazer de novo vibrar?
Tens o tempo de fazer com carinho acordar
Todos os sentimentos que um dia fez questão
De no meu coração, corpo e alma despertar
Voltarem a me transformar com toda intensidade
Não morreram, não sumiram, estão dormindo, estão em coma
Mas somente você te o poder de fazê-los Reviver.
Pois eu vivo para te querer...
Genelucia
Da falta
Do improvável nasce o perturbador
Tomou dimensões insuperáveis
Massacrou enquanto pôde
Com o calor da sua presença
Partiu massacrando o que restava
Com o frio da sua ausência
Deixe Voar
Das imaturas lembranças
Hoje noites mal dormidas
Sonhos que nada valem
Das cinzas, renascença
Mas como é difícil ser Fênix
Com o frio da sua ausência
Deixe voar
Efêmeros, incontestavelmente
Da linha tênue entre amor e ódio
Você fez abismo
Lamentável avença
Que fez de mim passageiro
No frio da sua ausência
Um velho e o jardim
Às vezes me sinto como um velho,
Alguém a espera de um fim,
Sinto como se nessa vida,
Não houvesse mais nada feito pra mim.
Ai eu me pergunto, "por que se sentir assim?",
Embora meus bons dias estarem longe,
Ainda encontrarei minha fonte,
Ainda descobrirei meu jardim.
Muitas vezes, a gente tenta abraçar o mundo com todas as nossas forças, mas nem sempre isso é possível; por vezes, a nossa única solução é abrir os braços, e deixar que ele prossiga.
Nem tudo que queremos fazer, é o que deve ser feito.
Possa ser que não caiba tudo em um abraço, em uma ação, em um diálogo, talvez o "TODO" esteja fragmentado, pedaço por pedaço, dentro de cada um de nós, e talvez seja a resposta para muitos, que tentam compreender o porque do ser humano não estar satisfeito com nada, com ninguém, nem consigo mesmo, pois uma parte de si, ele procura em outro alguém.
Talvez, se os braços estivessem entrelaçados, não só com aqueles que gostamos, mas com todos, talvez esse abraço pudesse ser mais restaurador, a solução para juntar o que estava fragmentado, e todos os pedacinhos que estivesse em cada um de nós, seriam unificados, ai sim veríamos o poder de um verdadeiro abraço.
Talvez, abraçar o mundo também seja isso, estar unidos, mesmo que distantes, ligados em um propósito, e se não for, prefiro acreditar que sim, e eternizar essas palavras.
Eu abraço, mesmo que eu esteja só, mas com o seu, o abraço é bem maior.
Já cansei...
Cansei de dizer que estou bem
Cansei de estar em um local onde não estou
Acordar e não querer viver
Levantar e não querer existir
Sorri mas querer chorar
Dizer estou bem mas querer dizer socorro
Porque viver assim?
Porque não posso me confortar?
A dor das pessoas, as poucas pessoas que vão chorar por mim me consola
Não posso fazer tal coisa
Não posso apenas desistir depois de ter ajudado tantos a continuar
Como posso estar me entregando tão facilmente?
Eu, logo
Esses dois pensamentos lutam todos os dias
Não sei quem no final vai vencer
Nem quero saber
E assim como minha vida, esse poema ainda não terá um fim...
Hoje eu vivo do passado, respiro o seu cheiro onde eu passo, vejo seu rosto quando fecho os meus olhos...
A solidão me despertou, do que o orgulho me levou, fechei o meu o meu coração para um grande amor...