Poema de Paixão
Nadando nas águas
doces do teu amor
sou Aruanã-prateado
no aquário da paixão,
Só fico na sua mão
se você aprender como
se trata o meu coração.
Bizunga é o meu coração
que bate tão leve de amor,
Em breve criará asas,
encontrará a paixão,
e se entregará a doce sedução.
A Paixão que Chora em Poesia
Na pena do poeta, a maldição se aninha,
Um laço de doçura e dor que nunca termina,
É a sina de sentir a paixão como lume ardente,
Pois só assim sua alma encontra a rima envolvente.
Cada verso que nasce traz lágrimas consigo,
Como pérolas salgadas do mar do seu abrigo,
A maldição que o aflige é também sua chama,
É a fonte da inspiração que lhe dá renome e fama.
Paixões não correspondidas, amores não partilhados,
São os espinhos que ele encontra nas estradas,
Mas a cada dor, uma joia ele extrai,
E em versos imortais, suas lágrimas desfaz.
Nos olhos do poeta, o mundo se reflete,
As alegrias e tristezas que o coração afeta,
A maldição é um fardo, um fio que o tece,
Ligando a dor profunda à beleza que floresce.
Sem a paixão que dilacera, não haveria versos,
Pois a maldição é também o vento que os dispersa,
Cada palavra, uma lágrima transformada em tinta,
Cada rima, uma melodia que sua alma instiga.
Ele chora em palavras, sua dor se faz poesia,
A maldição e bênção, em constante harmonia,
Nos traços das rimas, ele encontra redenção,
Transmutando tristeza em um eterno refrão.
E assim, o poeta segue nessa sina infinda,
Criando obras que tocam, que a alma comovem,
A maldição da paixão, que o faz sofrer e sonhar,
É a chama que ilumina seu caminho a trilhar.
Pois na teia de emoções que a paixão teceu,
Ele encontra a inspiração que jamais esmoreceu,
E suas lágrimas, como rios, fluem serenas,
Alimentando as palavras que ecoam em suas arenas.
Paixão
É só sentimento, ardente, latente,
De quem sentiu ou sente,
Por vezes escurece a mente,
Cresce repentinamente,
Ocorre repetidamente,
Ou unicamente,
Mas tenha em mente,
Ela requerer cuidado e atenção,
Senão desaparece de repente.
Paixão.
Paixão é...
Paixão é vulcão.
É o avesso do avesso.
Fim e começo.
Avançar sem sair do lugar...
Paixão é doença.
É cura e esperança...
Paixão não pertence.
Paixão é.
É o que não se define.
O que não tem espaço.
É a falta e o próprio tempo.
Pode ser matéria. Pode não ser...
Paixão é poder.
Poder de enxergar.
Fazer acontecer.
Do jeito que se quer.
Verdade ou mentira.
Não importa.
Por favor, paixão!
Bata em minha porta...
O Uirapuru posou
gentil na minha mão,
cantou uma canção
de amor e paixão
no ritmo do coração,
Algo tem me dito que
você se renderá a sedução.
A Matéria das Palavras
Na rua do teu peito
caminha a minha
enfurecida paixão
permitida e condenada
por uma mácula de sal
no exílio de uma lágrima
caída e despida por ti.
Nessa deriva em riste
como uma ilha crua
vertida no hino de pedra
que carrega no rosto
a velhice corrosiva
nos endereços da memória.
No caderno aberto do passado
à distância de um destino
no lado desfiado da carne
na rescisão do pacto com o tempo
desce a matéria das palavras
e na rua do meu peito
movem-se por sílabas
as artérias do teu nome.
Vou com letras, pois, brincar
escolher os sons melhores
vou também almodovar
na paixão que tu colores.
Sei que minhas letras são
alguns poucos versos mancos
como bolhas de sabão
desbravando os mansos flancos.
E parabéns pra você
Que me fez entender
Que minha paixão não é você
Obrigado por demonstrar
Esse amor falso
“O Dilema da Paixão”
Nunca conheci,
só ouvi falar.
Desejaria um dia
só poder te amar.
Ser amado ou estar apaixonado,
assim nunca amaram,
mas eu amei
como um dia também já sonhei.
Te ter em meus braços
e até te beijar,
eu poderei dizer que:
“Em teus bracos é o meu lugar”.
Sua boca é como mel
em que me delicio à vontade.
Seus cabelos como ondas
Em que posso navegar sem parar.
Meu coração um dia irei te dar
e você sempré poderá me amar.
E com isso termino este poema,
mas que um dia me deixará;
isso é só um dilema.
"Eu poderia jurar que vi o caos
de uma paixão sem limites
quando olhei pros teus olhos
vc tem jeito de quem gosta
de se atirar do alto de uma
montanha e abrir o paraquedas
quase no raso"
Tenho muitas teimosias,
muitas formas de achar que felicidade vem de você.
Mas o gosto da paixão não vem de seus beijos...
Logo mudo de ideia
e vejo que tenho vontades de que seus desejos se curvem
diante de mim.
Sinto que estou num complexo mundo de atritos ....
Estou me roendo por dentro;
numa vontade imensa de ter você.
09/01/2020
Cante para a natureza,
cante com paixão,
cante bem alto e em bom tom;
desfaça a ilusão que insiste em rondar o coração.
Cantar é bom,
proporciona maravilhosa sensação de alegria e bem estar.
Reze,
Reze, alto, baixo ou em silêncio.
A reza é vibração que se expande para o endereço de nossas intenções
Rezar é também ornamentar os jardins do coração para receber os eflúvios da fé.
Reze para agradecer, pedir, oferecer, doar ou qualquer razão, pois...
Rezar é passear de mãos dadas com a alma rumo aos desejos mais profundos do ser.
Lindo dia para você com seu canto que encanta e,
sua oração que à todos é oferecida como presente de benção e amor.
Paixão que arde no cair da noite.
Me lembro que você pode ser parte da minha carne .
Transcendendo a vida te amo muito...
Que te dizer tantas palavras de amor...
Te ver feliz...
Procura a luz dos seus olhos...
Clamo em meus sonhos...
Transpasso o teor do meu sentimento...
Brasília, cidade sem passado,
Criada para ser a capital do futuro,
Onde a saudade e a paixão se misturam,
Como em "Cem Anos de Solidão" de Gabriel Garcia Marquez.
Entre o concreto e o vazio,
Surge o amor, como um raio,
Que ilumina a alma e o coração,
Como em "O Amor nos Tempos do Cólera" de Márquez.
A paixão arde, como o sol do cerrado,
Envolvendo os amantes com seu fogo,
Mas também se esconde, como a lua no céu,
Como em "O Labirinto da Saudade" de Eduardo Lourenço.
Brasília, cidade das linhas e curvas,
Onde o passado e o presente se encontram,
E a saudade se torna poesia,
Como em "Fernando Pessoa: Obra Poética" de Pessoa.
O amor e a paixão, a saudade e a reflexão,
Em Brasília, se misturam em um só ser,
Como em "A Insustentável Leveza do Ser" de Milan Kundera,
Nessa cidade que não para de se reinventar.
Nas veredas da vida a minha alma não cansa...
Minha paixão aos céus é grata...
Enquanto caminho sobre as pedras caladas...
E todo este feitiço e esse enredo...
Há se essas mesmas pedras falassem...
Contariam as magias, os mistérios e tantos outros segredos...
Viram o nascer e a morte...
O inocente olhar...
O puro e o perverso...
Viram a lua e o seresteiro...
A matrona e o embusteiro...
Viram as mocinhas assanhadas...
O cio dos rapazotes...
Ouviram os gritos de dor...
Sob o fragelo do chicote...
Tanto viram e ouviram...
Mas nada testemunham...
Nem mesmo o sangue...
Escorrendo pela fronte...
Se se pode gritar a Verdade...
Por que escolhida essa sorte?
Minha terra...
Onde tenho o meu pão e a minha casa…
Minha terra onde meu pai nasceu…
Aonde a mãe que eu tive e que morreu...
Minha terra que fala onde nasce o dia...
E que as noites são cantadas...
Minha terra...
Minha pousada...
Onde caminho sobre as pedras tão caladas...
Sandro Paschoal Nogueira