Poema de Pablo Neruda Crepusculario

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⁠Piraíba vai escrevendo
os seus versos na beira
do rio em busca da poesia
certa que ainda não veio,
Quem sabe um dia você
aparece assim sou eu no rio
desta vida de prece em prece.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Pirapitinga se deixando
levar pelo rio de poesia,
Quem sabe um dia
mesmo que tarde demais
você aprenda a me amar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠As flores do Ipê-Amarelo
ornam a minha fronte,
A minha Pátria é una
indivisível e tem nome.

Três são as minhas
inquebrantáveis Forças,
e elas são inseparáveis.

Há obscuras intrigas
que impedem que tu orças
o tamanho do estrago
que provocam as ofensas.

No meu sangue correm
a cor do Pau-Brasil
e este amor vibrante.

Cinco são as minhas
regiões que meu espírito
de Sábia-Laranjeira não
permite conviver com divisões.

(A minha Nação é brasileira
ou brasileira que não aceita
nenhuma metade porque
nasceu numa Pátria inteira).

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Um Capapari
iluminado pela Lua
no canal do rio
próximo a praia,
Um doce desafio
sob o testemunho
das estrelas:

(Lançar poemas
para quem sabe se
o teu amor capturo),

E nas tuas mãos
talvez vire Iara
e nas minhas quem sabe
tu se entregará em disparada.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠A Corvina tem
uma linda pedra
preciosa na cabeça,
E a própria hora
para ser pescada,
Pescar fora de hora
ela não vai te servir
para muita coisa,
Espera a hora certa
não apenas com ela,
Mas em tudo nesta
vida que você deseja
fazer uma boa pescaria,
Ser pescador também
é uma boa maneira
na vida de escrever poesia.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O Curimbatá vive
em todo o Brasil,
Do mesmo modo
que a minha poesia,
Os versos de cada
dia têm feito parte
do mesmo e de outros
cardumes em busca
de oxigênio, de inspiração
e de algumas luzes
para continuar
a sorrir e aliviar cruzes.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Para você entender
o quê é poesia visual,
Observe o cardume
de Pirinampus no rio,
Contei o número
de dezesseis e peguei
a caneta antes de escrever
este poema para vocês,

(Porque número será
sempre quantidade),
e poesia terá vida
a ver com qualidade.

Depois de contar
quantos Pirinampus
haviam no cardume,
Escrevi o numeral
porque depois da quantidade
contada sempre será

(representada por
palavra ou símbolo),

Tudo aquilo que vem
do espírito permite se
criar um novo símbolo
ou até mesmo brincar
com o quê está estabelecido.

Como foram contado
dezesseis Pirinampus,
e sempre

(o número
ou numeral à partir
de dez sempre será
chamado de algorismo).

Poesia visual é
e não é Matemática,
Nela pode ser usada
além de números, letras,
ausências, formas
e até mesmo "convergências":

É lógica, ilógica, conceito
leitura iliterata e tática,

(Cada um chama
do que quiser
e se deixa ser
chamada como convier).

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠A Cachara escreve
a poesia na assemia do rio,
Ficar sem ouvir a sua
voz é um potente desafio.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠A minha poética é tipo
Bicuda amazônica
nadando rumo ao destino
das águas rápidas

(do consciente para o inconsciente)

individual e coletivo,

Porque todos sem exceção
nascemos como cardumes
deste Planeta d'água,
e sequer tomamos conhecimento,
O tempo não perdoa
e depois não adianta
mais fazer nenhum lamento.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O Guaru encontrou
o seu cardume,
Passou o barquinho
do pescador artesanal,
O quê não passa
é o impulso de te querer
no meu destino,
Falar de amor é e sempre
será sobre tudo isso.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Toda a poesia é
como uma Saicanga
nas linhas da correnteza
de um rio bravio
escrevendo com a sua
poligrafia silenciosa
sobre a vida e sendo
resistência pacífica
em nome daquilo
que a impele e acredita.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Um Saguiru se juntou
ao cardume prateado,
E seguiram cintilando
as águas nesta noite,
Não consigo parar
de mergulhar no rio
profundo dos teus olhos,
E a cada novo poema
te proclamo o dono
dos meus amorosos sonhos.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Mandubé vai seguindo
na Bacia Amazônica,
procurando ouvir
a sinfonia da passarada
para ver se dela escapa.

Há Mandubé vivendo
no Araguaia-Tocantins
bem no profundo
coração do nosso país.

Na Bacia do Prata
há Mandubé cumprindo
também o desígnio do destino
que dele absolutamente
ninguém escapa seja na bênção
ou até mesmo na desgraça:

(A fé é a única que o nó desata).

Inserida por anna_flavia_schmitt

Mandi nômade
das nossas abundantes
bacias hidrográficas,
Contigo mergulho
até o fundo das poesias
mais profundas
das cinco regiões,
Juntos escrevemos
com as nossas emoções
poligrafias secretas
por todas as correntezas.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Matrinxã errante
desta Bacia Amazônica
adorada que a cruza
em dias de Sol
e em noites de Lua,
Te celebro poema
escamado e misterioso,
e em ti me inspiro
a continuar seguindo
com força o destino.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Tem gente que não
sabe que Onça-parda
da terra também
ela se torna guarda,
então tenho uma
história para contar:

no meio da mata
saiu a Onça-parda
e abateu a Ovelha,
caçadora e presa,
de conhecido instinto
animal desesperado

(por sobrevivência
neste mundo que
exige de qualquer um
sobrenatural resiliência),

Consciente disso
da vida eu busco
sempre o entendimento,
A nossa cabeça foi
feita para pensar:
está escrito o poema.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Piranambu no fundo
do leito escuro do rio,
Sou eu submersa
nesta interminável
poética enquanto vejo
o mundo se arrastando,
Às vezes finjo que nada
sinto mesmo sentindo
tudo e a dor me desafiando.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Piracanjuba gentil
enamorado pela Lua,
Rio de poesia tranquilo
que anda me inspirando
como vir a ser só tua
pactuando todo o dia
com o mistério do destino.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Nadando o Piabanha
contra a correnteza,
Agradeço ao Bom
Deus pela Natureza,
Transformo tudo
o quê vejo em poema,
Quando o amor vier
quero carinho e gentileza.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Pintado colorindo
a paleta d'água do Rio,
Amor sublime amor,
não sei onde você
nesta vida se encontra,
Te encontrar é o meu desafio.

Inserida por anna_flavia_schmitt