Poema de Pablo Neruda Crepusculario
O encanto desta noite
e a Lua Rósea nômade
no infinito estão erguidas,
em ti tenho o cardeal
ponto e orientação:
o amor traz a direção.
Ainda que não me veja,
o meu peito não mente,
a tua alma me sente;
o meu silêncio é letra
e muralha do continente.
Daqui para frente há
de ser tudo ou nada,
trago e oferto os signos
da audácia, a mística
da liberdade universal
e a pira predestinada.
A seda escura desta noite
ondulante entre as estrelas,
dervixe sideral que porta
a eternidade e antecipa
na imensidade a aurora.
Da lembrança nada
apaga as memórias
nem tão românticas,
nas linhas atlânticas
tenho me distraído
porque sei que tudo
na vida pode mudar.
Com a esperança
convivo com o quê
insiste em caçar
as minhas utopias,
a fé e a leal crença
de que não se deve
perder a essência
de tudo o quê me
fez resistir até aqui.
Da temperança nada
e ninguém me tira,
do desejo de ter você
comigo além desta
Lua Cheia de abril
plantada como rosa
no jardim sidéreo:
do destino és mistério.
Longe de quem insiste
em furtar no mundo
a misericórdia, o sorriso
e a bondade da gente;
resolvi quebrar a corrente
com o quê faz respirar
para o coração continuar
como um refrão de amor
para você me encontrar.
Das reprovações
que nascem
do teu casto amor,
nenhuma delas
me aborrecem,
e sim enternecem.
Tal como a Lua
aguarda pelo Sol,
te quero com todo
o calor do amor;
você é o meu feito
mais enlouquecedor.
Teus olhos feitos
de Via Láctea
são o meu pendor,
você é o quê há
de mais provocador,
e mel doce de amor.
Do sutil destino
das quatro fortalezas,
nunca irá sossegar
se não alcançar;
teu lugar de amar
é comigo e não
há mais como negar.
Sobre as estrelas,
tantos segredos
e ritos interiores,
as pétalas de flores
viraram poemas
nestas correntezas
porque do teu amor
jamais me perderei.
Muito distante
de ser uma ilha
segundo o poeta
de Timboema
busquei por ti
para falar tudo
o quê eu senti
sobre o quê vi.
Desta vez foi
muito diferente
para nós dois,
não sei se foi
a Lua ou o quê
aconteceu,
(só sei que você
não saiu mais
da minha mente).
Transformaste
a tranquilidade
em inquietação,
meu precioso
(olhar de azeviche
e doçura insana
que me incendiou
de ciúme e gana).
Desta vez para
nós foi diferente,
pois não saí de ti
simplesmente;
a solidão não
é e nem nunca
foi feita para gente,
(você não tem
saído da mente).
Tornada a tua
Eta Aquarídeas,
a tal dançarina
em celebração,
divindade elegida,
no teu Universo
(não passageira,
ocupação sensorial,
romântica e etérea).
Você me chama
e só o tempo dirá
se de mãos dadas,
almas aninhadas
e idéias alinhadas
em tempo aberto
(abraçados e ternos
na Fortaleza de Santa
Cruz de Anhatomirim).
O cometa Halley
está passando,
um mistério que
anda brincando
com os anseios.
Da constelação
de Aquário a Lua
anda mais perto
o ano inteiro,
um sonho de amor
íntegro e secreto.
Sem você comigo
não ando tendo
nenhum segundo
sequer de sossego,
por nós não arredo.
Estar do teu lado
agora é o meu
desejo discreto,
a Eta Aquáridas
riscando estão
o véu do Universo.
Do mesmo jeito
que me deseja
é o meu desejo
intenso além
da noite de poder,
ninguém jamais
fará eu esquecer.
Não há mais jeito,
bem ali no Forte
de Naufragados
seremos náufragos
a salvo de tudo
pelos nossos beijos.
Há flores de Gaza
nos meus cabelos
em tempo de trégua,
Não me distraio
nem por sutil enleio;
A paz faz morada
em mim e forajo
de todo desnorteio.
Para receber o teu
amor me preparo
a todo momento,
Faltam poucos dias
para a Lua Cheia
e você ainda não veio,
Sim, pétalas foram
levadas pelo vento;
Que não nos surja mais
outro mau engendro
te quero com exagero
e espero além do tempo.
O punhal do destino
coloquei na cintura,
Porque amar requer
audácia e bravura,
e assim veio a dança.
No indelével paraíso
do coração em sigilo
resguardo o teu beijo
no rosto que tocou
este coração intenso.
O tempo não constrói
para nós dois o limite,
O lótus do teu amor
divino seguro firme
com as duas mãos.
No esperado porvir
desta Lua das Flores
que de nós se aproxima,
os olhos atentos se
voltam para a Caxemira.
Com os olhos buscando
na imensidão do oceano
as crianças de Marrocos,
Sou sempre a mesma
contra a correnteza
num mundo que piorou;
A Lua das Flores floriu
sobre nossas cabeças
e caem frias as pétalas.
A espera de Saturno
choro o silêncio
dos órfãos do meu país,
Tem gente que crendo
nas próprias mentiras
faz outros escreverem
poemas de protesto;
O poder seja na Colômbia
ou no Monte Everest
se nutre do ódio a juventude,
Dos escombros da guerra
pavimento o regresso
as origens que algo me dizia
que algum dia as encontraria;
O nosso amor será a lei,
universo, éden e religião,
e contigo nele me encontrarei.
Hipnotizado pelos
meus olhos feitos
de azeitona rara
e lábios de cereja.
Fostes hábil captor
das outras colheitas
que poderia conquistar,
mas o quê eu quero
você não pode me dar.
Você me viu como
a fada das bochechas
de maçã sem saber
como é de fato o meu
hálito feito de hortelã.
Como Saturno ao redor
da Lua você veio
com todo o seu amor,
me levando pela mão.
Você me amou e nada
havia prometido te
deixar na vida faltar,
você me permitiu
com o coração falar.
Orientada pelo dom
que o Universo deu
só fico onde o amor
for inteiro e meu,
e a vitória for régia.
Como a Lua ao redor
de Saturno te quis,
mas não podemos
no alinhar no espaço.
Passei o dia inteiro
com meus princípios,
dores no meu peito
e em profundo silêncio
chorei e fui dormir;
parece que comigo
você só quis se distrair.
Fui despertar do nada
durante a tempestade
em plena madrugada,
me peguei vidrada
em totalmente em você,
o tempo se encarregará
deste feitiço desfazer.
Como você não pode
me amar como mereço,
tirar a minha foto debaixo
dos teus olhos foi
a melhor opção a fazer,
mas você não precisava
ter mostrado para me ferir.
Contei a minha vida
e você sem perguntar
me arremessou
aos anéis de Saturno,
e nem era noite de luar:
os espinhos do roseiral
estão no corpo sideral.
Amo as rosas a ponto
de ignorar os espinhos,
lambi as minhas feridas,
porque prefiro o meu
coração limpo para
um amor sem jogos
de sedução perversos.
Não sei em que ponto
o teu amor é real,
só que agora tenho
percebido o provável
e talvez o surreal,
porque não permite
sequer a sua imagem
atual ser alcançável.
Você disse para mim
com símbolos que
ao trocar a foto não
me tirou do coração,
que trancou o meu
coração junto ao seu
e atirou a chave no mar.
Não tenho mais os anos
e o viço da noiva fresca,
tenho signo marcante
das mulheres eternas;
longe de mim ser uma
mulher sem nenhuma
postura neste continente
onde estamos sozinhas
e entregues nas mãos
do destino desprotegidas.
Você sabe lidar com
o seu poder onde Saturno
e a Lua se alinham,
e os romances se assanham.
Ainda sou menina
para muitas coisas nessa vida,
assim conservo a chama
que mora em mim viva.
Você não pode e não deve
nunca me amar como tua,
não há e nem houve outro
em seu lugar a não ser
o uso da razão fazendo lugar,
o quê você levará para si
faz morada mim porque
o melhor para nós queremos.
Te pedi com a mesma
pureza da tua orquídea
que me ame como amiga e poetisa,
o amor que quero para mim jamais
será edificado sobre a ruína de outro coração partido.
Não adianta virar
o rosto que nos
teus poros sei
tornei-me chama
que não se apaga,
e sou o Exército
de uma pessoa
que não se rende.
O amor o tempo
todo tem feito
governo em nós
acima das luas,
e muito além
dos solstícios
eis-me rebelião
sedutora e em
ti sou ocupação.
Com o mistério
dos teus olhos
para nós tenho
feito estratégias
cheias de amor
que você não leu:
com fortaleza
o meu amor é teu.
Você disse que
sempre me viu
como os seus,
dos olhos meus
uma lágrima
de amor floriu
e o coração
se fundiu ainda
mais doce ao seu.
Com o silêncio
mística e rito
o peito indômito
está batendo,
e o teu peito
não esquece
jamais do seu,
sei que és meu.
O amor está
acontecendo,
tu pode ir e sei
que sempre
volta no giro
veloz do mundo
o amor nasceu,
abriu as portas,
e nos surpreendeu...
Não sei mesmo
nem quais
são as canções
que embalam
as tuas emoções,
e sem dominar
a mim mesma
vejo querendo
tudo com você.
Sem nada saber
os teus olhos
são meu único
o refúgio do mundo
onde deixaram
o sonho se perder.
Como rito interior
de paixão e amor
ouço músicas que
me tragam perto
do teu Universo,
e imagino qual é
o destino certo
que leve até você.
Nem mesmo o céu
fechado ou quando
o Sol tem se posto
me impedem de ir
rumo ao teu encontro
do lado de dentro.
A nossa distância
tem sido oceânica,
para quem nasceu
Lua de porcelana
em plena noite fria
nesta torre erguida
por minhas mãos.
Venho sendo a poeta
da carinhosa janela
onde se enamoram
pelos romances
que vivo inventando
sempre a tua espera.
Rejeitando prever
as consequências,
Tenho me dedicado
a desmobilização
das resistências;
em busca de fazer
o amor nos encontrar.
Não tenho certeza
se você existe,
se é feito de verão,
fruto da imaginação
ou de fato a paixão;
Só sei que você tem
tudo para ser o dono
até da minha razão.
Sem saber como
será o nosso amanhã
tento adivinhar qual
é o sabor da maçã,
Em segredo passo
horas entretida com
o teu elegante olhar,
e você sabe encantar.
O chá de Xarıbülbül
neste Hemisfério Sul
o coração aquietaria,
Como não tenho ele
e nem você por perto:
só posso é mergulhar
na mais sutil poesia.
Perto de completar
algumas horas
para o Dia dos Namorados
para você deixo pistas,
e milhões recados;
Não é segredo nem
mesmo para a Lua
que estamos apaixonados.
O céu da noite se veste
com as rosas universais
para a festa dos casais,
a minha alma se despe
para falar de amor porque
muitos não sabem mais.
A pureza do romantismo
é urgência a ser intacta,
e assim vou por onde
a inspiração está sob
conjugação da Lua, Vênus,
Marte e a estrela Pollux.
No sagrado entendimento
mútuo busco o refugio,
não é segredo que no rio
do teu augusto olhar por
horas a fio vivo a mergulhar:
amar de verdade é respirar.
O enigma dos teus cílios
me inunda e enternece,
ele faz o tempo todo
me recordar das matas
acarinhadas pelo vento
na beira do Rio Esequibo.
No silêncio ante as dúvidas
deixo o curso da vida fluir,
a carinhosa liberdade seja
o ponto cardeal a te seguir
onde quer que o destino
leve é contigo que quero ir.
Tudo o quê me der
receberá de volta,
Você pode me pintar
com as cores que
moram na tua alma.
Tudo isso tem a ver
com recíproca,
Você ouviu a minha
voz como pediu,
e resolvi não jogar.
Da vida foi feita
uma pista de corrida,
e a transformamos
numa pista de dança;
Nunca foi certo
correr sem olhar
a paisagem de perto.
O seu coração se
une ao meu que
te leva para dançar,
em mim não vai
mais parar de pensar.
Do amor a colheita
das flores e frutos
a nós nos pertencem,
Os giros dos astros
e da Lua os afagos
por obra do destino
estamos reunidos.
O amor chegou
de vez para ficar,
com o quê faz
flutuar e canções
só para te mimar.
Porque o Universo
parou para nos olhar,
Estamos amando
a cada dia com
pressa e devagar.
Ao ter dito que te
dei o paraíso por ter
ouvido a minha voz,
invadiu este coração
uma sublime paz
com muita sedução
e fez perceber que
não mais pertenço.
A nossa memória
amorosa é o quê
tem me aquecido
na solidão da noite
na cidade coberta
ao som chuva fina
e envolvida pela
atmosfera gelada.
Os olhos buscam
por você ao som
de antigas e novas
canções românticas
que fazem prever
que numa travessia
que vou embarcar
para a terra onde
vou me encontrar.
O teu casto amor
me reconduziu
ao caminho certo
e através de você
me fez renascer,
e sinto que muito
em breve estarei
sob o seu poder
de Lua e Estrela
irei corresponder.
O amor é caminhar
no seu deserto,
E se alegrar com
o seu florescimento
no próprio tempo.
Onde nasce o Sol,
giram os astros
e se ergue a Lua;
O martírio não
pesa a quem ama.
Estar longe e perto
assim é o amor,
E por ele se vive
a entrega por dentro
sem medir o limite.
Onde nada foi dito
ali não é para ficar,
Porque quem ama
reconhece onde é
de fato o seu lugar.
Da Rota da Seda
dele é o aroma,
A astúcia do amor
brinca de mistério
e escapa em silêncio.
Algumas vezes a inspiração da minha poesia eu encontro no momento e nas histórias dos amores dos outros.
O meu gênero abraçado está na fronteira do lirismo com o romantismo e possui toques de simbolismo.
De tudo aquilo que escrevo o quê realmente me representa poeticamente são todos os poemas que dedico para o amor que virá.
Os poemas de validade emocional são aqueles que escrevo mesmo para mim e para o amor que virá.
O amor que virá realmente é o quê me importa. O amor que virá é a fonte de inspiração. Ele vai cruzar as mais altas, duras e distantes fronteiras pelo nosso romance.
As únicas críticas que acolho com bondade são as críticas referentes ao uso da norma culta e quando eu erro na digitação.
Se os símbolos e a escrita que uso nos meus poemas não agradam, qualquer crítica mesquinha será respondida em salto e altura, porque não sou generosa com quem não merece.
Escrevo não para 'aparecer', mas para esclarecer porque não gosto de escândalo e nem de confusão. Eu sou uma pessoa literalmente de boa paz, não importa o ambiente que eu me encontre no mundo real ou virtual.
Diante dos efusivos capítulos da cena política do nosso país, sinto a necessidade de esclarecer de que ando vendo militantes políticos reproduzindo as minhas frases e poemas nas redes sociais e isso anda me preocupando porque pode dar uma idéia equivocada a meu respeito nesta época que as pessoas fazem questão de não ter conhecimento e nem limite.
Nesta Era onde se cobra (lado) ideologia e tem transformado simples cidadãos em escravos de ideologias que sequer têm conhecimento e militantes em tempo integral, eu optei ser transcendentalista e nacionalista romântica.
Eu respeito todo mundo e pedir o mesmo respeito não é demais.