Poema de Outono
Todos os dias são de primavera com flores
Todos os dias são outono e as folhas cai
Todos os dias são inverno com vento e chuva
Todos os dias são de verão com sol a brilhar
Dos os dias são de todas as estações
Com flores coloridas e folhas caindo
De sol com chuva
Todos os dias as estações são para te amar...
Estações do amor
Assim como as árvores lançam suas folhas no outono, preparando-se para renascer na primavera, os fracassos semeiam a renovação da alma. Eles nos concedem a oportunidade de abandonar antigas crenças, florescendo com perspectivas renovadas, enquanto fortalecemos nossa essência como uma raiz que penetra ainda mais profundamente para aquilo que chamamos de vida.
(@marcellodesouza_oficial)
Deves ser belo como a brisa das manhãs de outono,
um sussurro suave que acaricia as folhas,
pintando o ar com a paleta dourada do fim,
mas sob essa doçura, esconde-se o veneno.
Como a cobra Naja, elegante em seu deslizar,
ou o Viúvo negro, com seu manto de sombras,
a beleza que seduz, um abismo a despertar,
onde o toque é um convite e o aviso, um silêncio.
OCASO DA VIDA
Vai, folha seca, vai, desgarrada
Ao vento em fascinante magia
Vai, que o outono, já evidencia
No fatal balé, de poética toada
Cumpre o destino, meta sagrada
Mudada: sem cor, árida sinfonia
Sem viço, sem a gala da energia
E, a tua pálida força, já crestada
No tempo, a tua mocidade palia
Deixando-te no calor da saudade
Vai, folha delicada, doce poesia
Baila pelo ar desta final liberdade
Realizou a sua crucial biografia...
Ímpar e, cada um de nós há-de.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 agosto 2024, 16’23” – Araguari, MG
Um coração magoado chora em silêncio,
Coberto de lágrimas que caem ao vento.
No outono sombrio, as folhas se vão,
Levando consigo a última ilusão.
O frio se instala, endurece a paixão,
E o amor já não encontra mais chão.
As flores murcharam, o riso calou,
A primavera, quem sabe, nunca chegou.
Mas no ciclo da vida há sempre um renascer,
Mesmo no peito que teme sofrer.
Sob as cinzas do outono, a esperança refaz,
E um novo amor brota na estação da paz.
No verão semea-se
No inverno a terra germina
A primavera traz colheita
No outono tudo se renova
A planta do justo - É um caminho de nobreza, em toda estação sua colheita é brilhante como a luz da aurora, brilha dia após dia no céu, para sua vida
e abundância.
No outono te quero amor
No verão quero queimadinha
Na primavera te quero uma flor
No outono te quero só minha
O PAVÃO
Por lá o Outono chega anunciado
pelos gritos agudos do pavão
dilacerando o ar; é só então
que se percebe o dardo
vindo da sombra, o arpão
da última luz nas folhas de um para o outro lado.
O outro lado das sombras que se estiram no chão
como mais um bordado
de Penélope fria que tece a escuridão.
Pobre animal! Começa o baile temporão
e ele anuncia aos gritos, seu leque depenado
pluma por pluma na penúltima estação…
Quando acabar de se fechar a mão
que a luz cadente estende ao povoado
das sombras que não vão
a parte alguma, o último emblema do Verão
irá ciscar sozinho, como que envergonhado,
nas agulhas caídas do pinheiral gelado.
É por isso, por causa da desaparição
de um Estio tão breve num bailado
tão rápido, é por isso que o pavão
trespassa o ar, grito por grito apaixonado,
e a reverberação
da luz nas folhas se parece tanto a um dardo.
Outono sem fruto e vento
Árvore sem folha e flor
Pessoas perdidas ao relento
Buscando um novo amor
O outono é uma estação que encanta os olhos de quem aprecia a paisagem demoradamente...
É o momento em que as folhas lentamente vão alterando suas nuances em seus belos coloridos, amarelo, alaranjado e vermelho, para depois aos poucos, desprenderem-se dos galhos das árvores e formarem um lindo tapete para serem admirados pelos olhos de quem expressa sensibilidade.
MURMÚRIOS DE AMOR
O versar ao cair das folhas pelo outono
suspiroso por tu, cheio de aflitivo canto
lastimando o afeto, de outrora encanto
como um cântico tortuoso sem entono
Ó rudeza de solidão seca no abandono
o ocaso entristece o verso com pranto
sentido, regado em lágrima, enquanto
tombam as folhas maçadas e sem tono
São suspiros que nascem de um jeito
e largam o coração apertado e estreito
nos versos tão choramingados na dor
Ó sensação! Este destino tão amolado
e o sentimento com o recordar fadado.
Faz murmurar saudades, de um amor!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 junho 2024, 16’02” – Araguari, MG
Lá se vai mais um outono....꧁
ღ❀☆❀♡
Leve embora as folhas secas e todas as lembranças do por do sol.
Leve.
Que o inverno traga o frio gelado do esquecimento.
Para que em noites frias eu seja acalento.
E tire todos os sonhos do relento.
Ventos e maresias.
Se unem em melodia.
Hip! HOP e jazz.
Tocarão para nós dois.
E o amanhecer será suave.
Com o café quentinho.
E assim por diante.
Até a volta do outono.
E outrem.
Que vai e vem.
༺❀✩༻
Manhã de outono
A chuva que cai suavemente molhando as almas que carecem de purificação
lentamente buscam as almas perdidas para inundar seu coração
Nessa doce e suave manhã de outono
Umedecem as árvores antes tão mortas
Agora tão verdes e firmes
Se regozijam de alegria
As folhas velhas se perdem no chão e buscam seu próprio caminho
Enquanto as novas vão brotando gradativamente no intenso, leve e sutil desencadear dos anos
Pouco a pouco
Anjos cantam um cântico bucólico no coração da floresta secretamente envolvendo com ternura o cativante ar desse momento
Ao passo que durante tudo isso,
Observo melancolicamente pela janela do quarto a solidão que atinge os nossos seres paulatinamente
sem roubar a paz que um momento como esse traz aos nossos íntimos
Resguardando e guardando a saudade do que ficou
O ar frio e clima seco que percorre todo o ambiente vai invadindo esse espaço vazio nas ruas que ninguém preenche, mas todos passam por ele, silenciosamente
Sem dizer nada
Como se não existisse
Mas ele sempre esteve ali
E a beleza do céu nublado, o canto dos pássaros é o que enfeita e ressalta ainda mais a beleza dos dias tristes
Que sofrem por eles mesmos serem assim
Mas que fazem parte e às vezes tomam toda a tarde,
a sala de estar que habitam
Sem fazer alarde
Melancolia também é vida
Melancolia também é arte
Folhas secas
Esqueça tudo que não deu certo
Esqueça o tempo...
Permita que o vento do outono
Carregue suas folhas secas, fortaleça suas raízes...
Sempre haverá um novo dia
Novas esperanças.
Que a felicidade está a espera
de seu renascer.
"O que seria de mim sem o outono
Sem as cores, sem as folhas, sem a chuva
E sem você na memória?..."
Trova
A saudade, em sua essência,
lembra outono e primavera;
ora é fruto da existência,
ora é flor junto da espera.
A ira irá se acabar de vez,
o vulto pálido se extinguirá,
essa noite de outono escrevo,
um poema sem claustro ou dono,
respingado no céu de estrelas.
Outono
As folhas caem, proporcionando a renovação das árvores.
Os doces sabores da terra, se multiplicam. E a gente faz o mesmo. Aprendendo com a natureza que a melhor forma de se estar neste planeta é praticando o ciclo das estações na nossa vida.
Ano a ano, devemos qualificar a aplicação deste método, provadamente eficiente, que resulta no aperfeiçoamento do nosso comportamento, das nossas relações, no nosso ponto de vista, e do nosso bem estar no mundo.