Poema de Outono
OUTONO... Como avivar tuas marcas impressas em cada página que escrevo? Em cada crepúsculo que desenha o teu, o meu adormecer?
Aqui o velho piano já não quebra mais o silêncio das horas, nem a tosca lareira abriga chamas de outrora... Restam-me apenas alguns poucos momentos congelados na memória - quadros mudos que não fazem história - e as cinzas...
Ali calçada molhada, transeuntes sem manto, folhas ao vento, natureza em pranto... Até quando? Não sei...
Tristeza? Não! Melancolia, talvez...
É... Mais um ciclo se fecha, adormecem as sementes de um novo amanhã...
Maria Aparecida Giacomini Dóro
A idéia da folha voltar para o galho,
Onde no real outono,
Elas são sufocadas para o chão,
É simplesmente a idéia mais linda do amor existente!
FLORES
Mas a primavera vai voltar
E todas as flores que esse outono levou irão chegar
Bem mais belas e cheirosas
Ah, que saudade dessas flores graciosas
Quem sabe uma dessas flores é a que eu preciso
Logo eu, um alguém tão indeciso
Não sei se quero amor, paz ou solidão
Busco sempre alguma coisa pra acalmar meu coração
E quem sabe em um acidente a felicidade chega em mim
Com paciência e esperança, eu levo a vida. Essa vida tão ruim
Mas que há de melhorar
Quando a primavera chegar.
Só espero que a prima Vera não chegue antes que a sua prima a flor da idade
Porque a primaVera vai me trazer a linda flor da felicidade
E com ela não importa se está frio, quente ou temporal
Sempre vai haver um abrigo pra mim, até no meio do vendaval.
ODE AO OUTONO
É o tempo a passar e dele não existe projeção
Firmemente nos envolve e por nós,
Passa, em ação!
Alterna dias e noites através das horas
E nos pergunta:
- O que estamos fazendo agora,
Para que a felicidade
Venha a até nós, sem demora?
Claridade e escuridão!
Eis que o futuro está em nossas mãos!
Chuva de Outono
Cai a chuva da nova estação,
calçadas vazias, molhadas,
carros que passam apressados,
cobrindo o asfalto de reflexos.
São as chuvas de outono,
encharcando a cidade.
Debaixo dos guarda- chuvas
as pessoas andam rápidas,
sombras humanas abraçadas,
enquanto folhas flutuam ao vento
morrendo afogadas no chão.
Por detrás das vidraças olhos
acompanham sombras na névoa,
chuva e outono adentram a janela,
enquanto na rua transeuntes anônimos
correm para algum lugar qualquer.
Cai uma clara chuva de outono,
mudando as vestes, as cores,
numa vontade de não sorrir do céu.
Há um vento varrendo a cidade,
ônubus lotados, trânsito engarrafado,
Aqui dentro, um sentimento a toa,
canta uma melodia abatida,
inquieta chuva, vento, vida...
OUTONO DE ESPERANÇA
A esperança vive dentro de nós
Não se deixe levar por palavras de desânimo
Não aceite maus conselhos
Existe sempre uma saída para qualquer problema
Tenha fé por mais que nos pereça complexo e difícil
Não se esqueça que a nossa força está dentro de nós
Tenha sempre amor e fé no seu pensamento
Ele o ajudará a vencer todos os obstáculos
Olhe que o sol brilha e as ondas do mar são belas
A água do rio corre com força para abraçar o mar
Que o luar seja de prata e as andorinhas voltem na primavera
Que o vento sopre leve e as folhas das árvores estão caídas no chão
Continuam belas, perfumadas de várias cores no outono
As rosas e as suas pétalas são mantos de veludo coroadas pelo sol
A chuva miudinha que cai bate nas flores do jardim, é uma bênção do céu.!
Assim como as folhas secas de um outono ultrapassado
O vento foi me tirando em cada folha
A saudade desse passado
Que representas para mim
E em cada folha que o vento levava
Até parecia que eu me libertava
De um pedacinho
Do que algo foi na minha história
E no final desse outono
Após o vento passar por mim
Me limpando das folhas secas que foram vivas
Veio meu inverno onde procurei hibernando minha alma
Pude me limpar de muitas coisas
E hoje, ah! nessa primavera que desfruto
Novas flores, novos frutos novos desejos outros sonhos...
Brotam aqui de dentro de meu peito
E com esse novo cheiro de vida
Caminho enfeitando meu mundo
Com o amor de Deus em minha alma Minha primavera sempre brotando novas flores.
Entâo é aqui onde busco a cada dia
Ser mais uma vez...
Ser um homem cheio de amor...
José Ricardo
Vou devorando a minha vida
É tarde de outono e eu queria tanto andar na chuva
Quando eu vejo, o sol tá no horizonte
O dia tá desfeito em mar de fantasia
Às vezes quase eu durmo
De tanto querer que o sono venha
Há tantas vidas, difícil é ter outra a ter tantos quereres
No início é ter que costumar as vistas
É como estar em um pomar
E ver que o fruto e as folhas são da mesma cor
Vou fazendo de conta que conto pitangas no ar
Outono é tarde, estou noutra estação
Outro trem vai vir, há de passar
A noite chega em mim
A noite chega e se lastima assim
A dizer que o trem que vai passar não leva ao fim da linha
Eu digo à noite que a vida é uma lista
Eu peço à vida que seja da noite esse olhar pessimista
Apago da lista esse triste desejo
De chegar nessa manhã que tem jeito de tarde
Eu só escolho querer, numa vontade que não é minha
Tarde que andava na linha, rumo à próxima estação
Eu queria era andar, andar sem rumo e nem direção
Andar na chuva
Colhendo as pitangas que flutuavam
Pitangas amarelas, iguais àquelas
Que existiram nos fundos de algum quintal da minha infância
Onde eu ia devorando a vida
Um lugar, uma estação
Um trem que passava e tinha a companhia sempre lá
De alguém que te acompanha e leva pro infinito
E apanha frutos no ar, igual ao que a gente fazia
Quando o dia era desfeito em mar de fantasia
A gente sabe e cansa de saber que esse infinito acaba
E mesmo assim desata a rir
Num riso que não tem fim.
Nem precisa acabar.
Edson Ricardo Paiva.
Ao passarem pelo vale de Baca, fazem dele um lugar de fontes; as chuvas de outono também o enchem de cisternas.
Sl 84.6
Palavra que ouvi hoje...
Vale de baca significa vale de lágrimas...
Então pesquisei e descobri que nestes vales crescem as balsameiras, plantas que destilam, gotejam ou "choram” o bálsamo, uma resina de odor tão agradável que a palavra "bálsamo” veio a significar, figurativamente, "alívio”, "conforto”, "lenitivo”, que ou o que suaviza, acalma.
Que bom saber que mesmo quando passamos pelo vale de baca,Deus nos providencia o conforto necessário.
Dez/2020
Fui do outono a primavera uma doce ilusão.
2 estações.
Múltiplas incertezas.
Não sei ao certo se fui luz ou se fui sombra.
Sobretudo, eu fui verdade.
Sem fazer sentido, eu senti.
Sem permissão, me permiti sair.
SOU
Sou sede de rio, no
alto verão...
Sou lua de outono,
sou flor do sertão...
Sou estrela cadente,
no céu do oriente...
Sou riso,
sou verso,
sou norte de alguém...
Sou de alguns,
universo...
Sou de você, meu
bem!
Milla Northon.
22/12/2020
TEU OLHAR
Serenou em mim
poesia,
serena feito sol de
outono,
feito carinho de
anjo...
Serenou em mim teu
olhar!
Milla Northon
12/12/2020
Venha outono
Seu lindo
Seja bem-vindo
Eu já te escuto
Te sinto
E te vejo chegar
Me faça perder minhas folhas
Me passe uma brisa refrescante
Me perfume com suas belas flores
Me faça entender os teus sinais!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Outono
É puro estado de nostalgia
É estado latente da alma
É estado de introspecção
É estado de reflexão
Estado de meditação
E eu tenho estado pensativa
Emotiva
Sensitiva
Ativa
Em meus sentimentos
Perdendo a razão
Ganhando paixão
Alimentando as esperanças
Curando o coração
Limpando a aura
Observando o céu em negrito
E a lua cintilante
Aquietando o prazer
Realizando os desejos
Procurando sonhar
O resto é viver
As demais estações
Cada qual com as suas particularidades
E eu com as afinidades
E é por isso que eu escolho
Me recolher
Apesar de sempre
Espalhar amor ao universo!!!
Fernanda de Paula
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O outono é assim:
Dias mais curtos
E grossos
E noites mais longas
E delicadas
Folhas que caem sem parar
Flores que nascem para perfurmar
E lembrar que podemos florir
Em todas as estações
Sombra fria
E coração quente
Boca seca
E tempo de sequidão
Amor coberto de razão
Porém teria que ser de calor humano
Tempo de (des)enganos
E cabelos ao vento
E a luz se propaga
Com toda a velocidade
Para atingir a natureza
E nos livrar da escuridão!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
DIAS DE OUTONO!
(Bartolomeu Assis Souza)
Vai embora o barco da minha vida
Navegando em dias, horas e minutos
Calendário da vida...
Vai onda...onda...onda...
Como ficam distantes
os dias de outono!
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Perfume de Outono
Pretendia contigo amar pelas manhãs
Onde não houvesse oposições de nossa paixão
O leve frescor que toca o teu rosto
declinou-se ao colidir com o seu encanto
O encanto de sua ausência...
Saudade da sua presença
Que meu coração se ilumine como folhas de outono
Para que você chegue e floresça, enraíze em meus propósitos
Esquadrinhando meus olhos
Decifrando minhas artimanhas
Sabendo que sou um poeta sucinto, um homem natural
Que transmite uma alma suavizada ao lhe desejar
Ao encontrar-se contigo o anseio
Dos teus olhos lisonjeados amar... direcionados para mim
Um leve sol do amanhecer, pincelando nosso momento
Retratando um quadro perfumado
Ilustrando reações de um encontro...
Onde os céus suspendem um minuto do dia, colonizando meu coração em estima
Apreciando hábitos do seu caminhar
Maneiras na qual alinha delicados fios de seus cabelos
Em desígnios de conquistar...
Me amar...
Atrair...
Por um sentido no qual anseia pelos caminhos da vida
Um chamado predestinado, oculto em corações vazios
Iluminado e eternizado por aqueles que sonham em vivificar
Cativantes histórias sobre o amor...
Realizadas por afetuosas e serenas manhãs de outono
Onde no mais comum dia profundo és, lhe encontrar.
trago flores
de outono
de primaveras
de doçuras
de amores
de estações
nos corações
de outrora
por agora
te desejo
boa tarde
e beijos na alma!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Mesmo quando as flores caem,
e os caminhos do outono nos levam ao inverno,
ainda assim é uma beleza sem par,
ver o mar beijando a areia
e a lua beijando o mar!