Poema de Criança
- Lembro-me bem, quando ainda criança, sobre os questionamentos, dos mais adultos, do que eu queria ser quando crescer.
- Confesso que nunca soube seguramente o que responder, ainda hoje eu não sei, estou vivendo cada dia, um por vez, um novo momento, uma nova oportunidade. Sei que estou a mais tempo do que sou, quase a minha vida inteira.
- Porém, eu sei exatamente o que eu não almejo em minha vida!
Ser criança
Como é engraçado ser criança,
crianças morrem de medo do escuro,
e por incrível que pareça, da solidão.
Crianças choram para não dormirem sozinhas,
dão birra para os pais não saírem do quarto
quando apagam a luz.
Ah, como é bom ser criança!
E como é assustador descobrir que engraçado é crescer,
ter que conviver com solidões bem piores
e partidas que nos deixam tão no escuro
quanto uma luz apagada no quarto.
Como é luz ser criança,
daquelas que clareiam a nossa vida
quando nos deparamos com a solidão diária de ter que crescer.
Quando eu era criança
Sempre desenhava Sóis sorrindo
e nuvens com cara de nuvens boas
A vida foi passando
E tempo escoou por entre os dedos
Que há tempos não mais desenham
O Mundo não parece mais
Ser daquele jeito lindo que eu via
O coração anda cansado de bater à toa
Um minuto passa lento
e outro voa
A tristeza me maltrata com certo requinte
E eu chego a esquecer os minutos
Quando a gente vê, passaram vinte
Andei divagando
Lembrando de um pé de pitanga
Perdido nas mangas do tempo
Longas horas passei sob ele
Aguardando a chegada dos domingos
Que era quando eu sumia
Nunca mais houve tanta alegria
Nunca mais houve quase nada
Além de medo
Que não existia, naquele mundo encantado
Meus dedos não sabem mais
desenhar nenhum sorriso
Nem tecer nenhum poema
Que fale sobre flores
Nuvens boas ou paz
Viver ou não
hoje em dia tanto faz
Amar alguém que te faz bem
Que te faz recordar da infância
Que te faz voltar a ser criança
Amar alguém que não te julga
Que te dá mais do que recebe
Que te dá o que você merece
Amar alguém tem o valor de se sentir correspondido, o contato diário que conquista a confiança e que renova sua fé
Amar alguém é relembrar do passado, viver o presente e confiar no futuro é ter esperança no amor
SONHOS DE MARIA.
Márcio Souza.
Menina criança,
Que brinca e se agita,
Que recorda a infância,
És Maria Bonita.
Que de roda brincavas,
Que na rua corrias,
Eras tu que sonhavas,
Tu, menina Maria.
Tu sempre meiga e querida,
Tudo era só alegria,
Tu eras livre, na vida,
Na vida pura inocência, da inocente Maria.
Não havia cercas nem muros,
Tu eras livre e sorrias,
Não tinhas medos do escuro,
Aquele era tudo, era o mundo, da pequenina Maria.
Teus braços eram tuas asas,
Voavas suavemente, esbanjando simpatia,
Era o sonho de criança, era tudo que sonhavas,
Era o sonho de voar, sempre os sonhos de Maria.
A menina se fez moça, donzela e bela cresceu,
Transformou e se fez flor,
Desabrochou e floresceu,
Para os teus sonhos de amor.
Foi-se a menina flor, inocente botão criança,
Transformaste em flor mulher, sem medos e destemida,
O que fora fantasias, restaram meras lembranças,
Descobriste com os anos, todas as verdades da vida.
Maria alcançou o mundo, que o futuro apresentou,
Um mundo bem diferente, do teu mundo fantasia,
Venceste os obstáculos e com garra e fé superou,
Tu és Maria Bonita ou, simplesmente, Maria.
E à medida que a vida passa, ao tempo vai resistir,
Tua amizade fantástica é aconchego e abrigo,
Por isso digo e confirmo enquanto Maria existir,
Haverá sempre paz e amor e estarás cercada de amigos.
Márcio Souza
Quero continuar olhando o céu
e vento no seu azulado universo
o sorriso de uma criança
Há esperança, há esperança!
Elas ainda nascem pra alegrar
nossas vidas.
Sei que chorei quando nasci
talvez não quisesse vim pra
esse mundo imundo
Não teria visto o sofrimento
da rosa de Hiroshima
Mas mesmo em um mundo atômico
Ainda vejo sorrisos
Estupidas guerras, egoístas, fundamentalistas
imbecis que fedem em jardins sem rosas
infâncias interrompidas
despertando no vento o cheiro
da morte, apagando sorrisos
Quero continuar olhando o céu
ainda há esperança, há esperança
no sorriso de uma criança.
Elas ainda nascem em jardins sem
rosas,sem cor e sem perfumes
Elas ainda nascem! Há esperança.
Em quanto nascer crianças.
Há esperança.
Antonia Diniz
Descriançar-se
No fundo, no fundo, somos todos aquela criança que se negou a crescer. Apenas aprendemos a disfarçar. O mundo nos forçou a isso. Nós nos descriançamos. Convenceram-nos de que o recreio acabou. Como num pique-esconde, escondemo-nos atrás de nossa profissão, do diploma universitário, da religiosidade, e dos diversos papéis sociais que nos são atribuídos.
Mas sob todo este verniz, ela ainda está lá, à espera de quem a encontre, perdida no labirinto dos nossos sentimentos.
Como toda criança, ela quer experimentar. Quer sentir novos sabores, texturas, cheiros, sensações. Por mais crescida que seja, ela ainda sonha ser um super-herói. Chega mesmo a acreditar que um dia vai surpreender todo mundo e sair voando por aí.
Por onde anda, busca outra criança com quem possa brincar. Mas todos parecem tão normais. Estão todos tão ocupados fingindo ser gente grande... e fingem tão bem que convencem até a si mesmos. Mas lá no fundo... são mesmo crianças... indefesas... curiosas... manhosas... às vezes pirracentas.
Até que um dia encontramos alguém com a coragem de revelar seu rosto infantil. Mas infelizmente, assim como nós, também tem que manter a pose. Ninguém pode perceber que aquela criança está viva. Para todos os efeitos, ela foi sacrificada no altar da vaidade. O culto à performance exige isso. Todavia, ela está ali, vivíssima, procurando por outra criança para brincar. Esperando um momento de distração dos adultos para extravasar sua meninice. Nem que por um instante... mas um instante que traga a semente da eternidade. Pelo jeito, estamos todos condenados a ser crianças para sempre. Se assim for, o céu é um playground onde brincaremos por toda a eternidade.
O inferno é para os adultos. Para os que se levam a sério demais. Para os que abusaram do próprio ser. Os que se negaram a ser crianças para entrar no reino dos céus.
E aí... bora brincar?
Trago comigo a lembrança
Do tem que eu era criança
Do tempo que o povo tinha esperança
A palavra tinha valor
Tudo tinha outro sabor
O mundo chorava menos de dor
Naquele tempo tinha mais amor
Hoje está tudo diferente
É só dor e sofrimento
É só pranto e lamento
Mas um dia espero tudo mudar
Que as pessoas de novo possa se alegrar.
Qual é seu papel?
De criança inocente vítima dos pais.
Esposa que se sacrifica.
De pai, que se mata para manter o lar.
Trabalhador explorado pelo patrão, pela vida, etc...
Vítima do destino.
Todo drama, quanto mais forte, mais próximo fica do cômico.
Qual é? Vítima? Dramático?
Pare de ser coitado...só.
Amor maduro, o que pode se dizer sobre amor maduro?
Digo que amo alguém com o meu lado criança.
Criança é sincera, se ama, ama!
Essa coisa de amor de adulto é meio complicado.
Adulto que sofre de adultice procura um tal de amor que compense, recompense e que e não peça muito em troca.
Cada um ama da forma que sabe, que pode e que quer. Será isso amor?
Hummmmmmmmm
Cada um que responda por si!
Ser criança é pensar que
o mundo é um parque de diversão.
Ser criança é devorar sorvetes,
chocolates,doces,pipocas...
sem medo de ganhar peso
Ser criança é não saber disfarçar,
mudar de assunto por medo
de ser surpreendido mentindo.
Num mundo onde papai noel
vai chegar,o super-herói vai pegar
o vilão.
Ser criança é falar tudo o que sente.
A inocência de uma criança
está estampada na sua sinceridade.
Milton Sérgio Paiva.
Quando a gente era criança
Ele foi pra mim um Gigante
Que me guiaria pelas mãos
Nos caminhos da vida afora
Ele cantava pra eu dormir
Ele me mostrou o compasso
Ele indicou pra mim a régua
Ele caminhava sobre a água
Ele tinha o braço mais forte
Pulava mais alto e sorria
E ele estava ali todo dia
E era eu que não dormia
Se ele não estivesse em casa
O tempo passou, não houve apelo
E de alguma forma ele realmente
Me guiou pelas mãos, foi meu modelo
Desde adolescente me ensinou
A pegar cedo no batente
E a viver sempre contente
Indiferente ao que houvesse
Eu tentei seguir seus passos
Queria ser como ele era
E passaram-se muitas primaveras
Mas permaneceu aquele olhar sereno
Mesmo que hoje ele seja pequeno
Perto de mim ele ainda é gigante
E seus exemplos me calam fundo
Pois desde os primeiros instantes
Ele continua sendo
O Maior irmão deste Mundo.
Inocente como uma criança
que tapa os olhos para se esconder.
O adulto tolo que foge
esperando superar o que o aflige.
Já fui criança,
Agora adulto sou;
Fui as vinte mil léguas submarinas,
Sentindo uma adrenalina,
Pra pegar uma bola
Que lá no fundo ficou.
Minha mente era estranha,
Eu me sentia criança
Que lá no fundo ficou.
Entusiasmado com os adventos,
Criava meus próprios inventos;
Cheguei até consertar um helicóptero
Que em Nárnia ficou.
Subi numa árvore
E vi uma lua girando entorno de mim,
Eram meu Aforismos,
Que se diziam meus amigos;
Mas que no passado os esqueci.
Desde a infância
Já era uma criança
Que com esperança
Ia do início ao fim.
Hoje cresci,
E meus pensamentos
Ficaram segmentados,
Corro de volta ao passado;
Mas já atormentado,
Não sei se é o início ou fim.
Seja ridículo
Volte a ser criança, brinque rabisque faça coisas engraçadas.
Não tenha de ser medo de você
Seja como o Quasimodo, saia em um dia de folia, se mostre como você é, não tenha medo de ser o ridículo
Não tenha medo do ridículo, aliás quem te disse que você é ridículo?
Isso é apanas um rotulo, pra quem se preocupar com isso?
Rótulos saem com água e sabão, então esqueça
invente e se reinvente sempre!
Não imposta quem você é, sempre seja você , seja original
Seja como criança que faz coisas estranhas, esquisitas
Aprenda e reaprenda a ser feliz com suas imperfeições ou perfeição, pois tudo é uma questão de opinião, então pare com essa discutível Perfeição,
Quando nós mostramos como somos sem essa armadura forçada pela sociedade, aprendemos a viver aprendemos a correr riscos.
Aprende a sair em um dia de folia e se permitir a ganhar a coroa do ridículo, sabe porque?
Porque assim aprendemos a ser nós mesmo e não á coisa melhor que isso
E quem sabe quando passamos a ser nós mesmo talvez, só talvez nós inspiramos outros a serem eles mesmos
Seja ridículo o mundo precisa de mais pessoas assim!
O amor e a criança...
(Nilo Ribeiro)
Foi fogo, foi paixão,
um belo enredo,
era feliz o coração,
uma criança com brinquedo
comparar nosso amor,
chega a ser sofrido,
passamos por tanta dor,
que eu preferia ter morrido
hoje só há lembrança,
não há mais esperança,
foi tanta desconfiança
que quebrou o brinquedo da criança
não dá para resgatar,
dois lados inseguros,
a criança vai ficar sem brincar,
tadinha, ela vai para o quarto escuro
não é poesia lúdica,
é relato sem hipocrisia,
ficamos sem a nossa música,
a criança ficou sem alegria
criança e amor,
não vejo comparação,
tente explicar meu nobre escritor,
a que ponto vai sua imaginação
não sou persuasivo,
nem mesmo convincente,
só penso que o amor é tão divino,
quanto criança inocente
o poeta precisa amar,
para se sentir mais verdadeiro,
como pra criança brincar,
ela precisa de brinquedo
para ser feliz uma criança,
ela tem que viver de brincadeira,
para o poeta viver de esperança,
ele tem amar a vida inteira
amei de verdade,
isto não é segredo,
hoje verso a saudade,
ela virou meu brinquedo...
Poeta escreve e chora
Poeta escreve e chora, depois ri,
como criança confunde sentimentos
quando erra não sabe a quem recorrer
sua poesia é oração que não se ouve
a musa foge e o verso quebra
a mão se eleva… Deus não escuta.
CRIANÇAS – MAIORES VÍTIMAS
Sou apenas uma criança que o mundo não soube me esconder das atrocidades.
SER CRIANÇA
Se um dia eu vencer na vida, vou recordar sempre que já fui uma criança assim como as outras de qualquer lugar do mundo.