Poema de Criança
Quando criança,
guardamos os sonhos,
na caixinha da esperança.
Muitas vezes,
eles permanecem lá...
Pra sempre
na lembrança.
A criança decide explorar, este sendo o maior de seus hábitos em uma imensidão de cheiros e gostos. A inocência é abrigada em um corpo frágil, um ser quase recém parido, já é capaz de tantas influências: um capricho, um trocar de fraldas ou um abraço; desconhece ainda das malícias que aguardam.
Ainda depois de muito tempo, é certo que não estará preparado, confiar em alguém neste mundo maldito é como se agarrar a uma árvore em meio à enchente, você não sabe se terá segurança ou se as raízes te jogarão novamente na correnteza.
Alguém que teve tudo nas mãos não conhece a dificuldade de conquistar, sabe-se que desistir é mais fácil, jogar fora aquilo que os outros almejam não lhe acarretará problema algum. Mas quando jogado na imensidão, se apavora, não sabe lidar; quando precisa enfrentar problemas chora, ninguém vai ouvir, ninguém quer ouvir; como o pássaro engaiolado que resmunga em canções, ouvidos alheios apreciam sua dor.
As regras são tomadas no café da manhã, o julgamento de certo ou errado determinados pelo ponto de vista de um cabresto, é ingerido a seco. O cotidiano se torna uma bagagem extensa, os detalhes que diferem as vezes passam despercebidos e quando não passam são classificados como insignificantes.
A violência está agregada, ser corrupto algumas vezes certamente é normal, o prazer da carne ultrapassa a razão e a criança que agarrava com admiração algo distinto, agora, adulto abomina, carregando consigo uma porção incontável de desafetos.
A rosa ensina, apesar de tua beleza que preenchem os olhos, quem a colhe sem pensar se surpreende com os espinhos, talvez seja necessário um ou alguns espinhos para que aprenda de fato como admirá-la, como conviver com ela. A vida é assim, sem cautela ou aviso prévio, haverão inúmeros tropeços, se acontecerão da mesma forma só depende de quem os comete.
Ah, estas larvas! Seriam futuras borboletas ou para simples putrefação?
Balanço sem criança
Rede sem preguiça
Bandeirolas de roupas
Ferrugem na decomposição
Tapete verde em desuso
Camada de girassóis ao chão
São ipês amarelos da remissão
Um click que pára o tempo
Pára o espaço
Esboça a forma
A pintura que não borra
A doce magia da criação
Moldura nítida da memória
Em traços finos da emoção
Quem confia em Deus, confia como criança
De olhos fechados
De coração aberto
Se o pai nos observa
Mesmo com medo,
com os joelhos ralados,
E a vida zombando da gente...
Já ganhamos na brincadeira!
Relações é como brincar na gangorra!
As vezes de um lado, a criança quer desfrutar o prazer de ir o mais alto possível, do outro lado a criança as vezes, por medo ou simplesmente por não gostar, preferem subir não tão alto.
Dali então começam a discutirem um com o outro por seus próprios desejos, uma quer ir ao alto e a outra não. Em alguns casos, mesmo com medo a criança vai ao alto para satisfazer a outra, ou se contenta com o baixo para assim brincarem juntas. Um ou outro estará contrariada, no alto ou no baixo para fins de satisfazer o parceiro.
Assim funciona a maioria das relações. E em um parque sempre há várias crianças, mas ficam juntas quem se conhecem e se gostam, apesar das desavença.
As vezes, por sorte ou por fato verídico do destino, sempre chegam outras crianças ao parque, que gostam de ir ao alto com a mesma intensidade. Dali então brincam felizes e riem o resto da tarde.
Devemos tomar cuidado; em minha infância presenciei crianças que subia a outra na máxima altura e depois soltava o brinquedo fazendo assim com que a outra fosse ao chão de uma vez só. Essas são pessoas egoístas e brincam consigo mesmo com dores das outras.
Novamente falando, acabamos por brincar com a outra por não haver outra opção até que outra criança chegue no parque e brinque com a mesma intensidade.
A culpa não é de nenhuma, pois cada uma tem seu valor próprio, seu direito de escolha e seu direito de escolher quantos metros vai subir do chão. Assim como tem seu direito de escolha quanto a crianças que gostam de serem levantadas com a mesma intensidade.
Não brinque contrariado, não se relacione contrariado. Outros amores sempre vem e se encaixam. Assim como as crianças no parque!
Nossa criança interior.
Com o passar do tempo,vamos percebendo,que muitas coisas que acreditávamos como certas ,não são !
O tempo e a existência são nossos aliados em nossa jornada!
Há necessidade de decifrarmos a linguagem da Vida !
Nossa sensibilidade e percepção são instrumentos que nos levam à perceber as sutilezas,dos movimentos da Natureza contribuindo para que fluamos com ela!
O Mestre Jesus,já dizia: -"Para entrar no reino de Deus,precisamos ser como às crianças!"
Cada ser humano tem essa criança,porém,ela está adormecida!
Um dia fomos crianças,mas podemos voltar à sermos,só que uma criança desperta,consciente de sua pureza e divindade!
O melhor caminho para isso é a simplicidade ,a pureza, a contemplação e a comunicação sincera com a Vida !
À todo momento a Vida conversa conosco ,mas não entendemos!
Novamente,lembrando que o Mestre Jesus,dizia:"Temos olhos e não vemos , ouvidos e não escutamos!
Passamos,pela vida esquecendo de nós mesmos,o que dirá dos outros e do nosso planeta !
Somos Espíritos se expressando através de nossa Alma Humana!
Nosso Espírito busca essa conexão ,porém,nos distanciamos Dele ao nos apegarmos,totalmente ,a materialidade, como se não existisse mais nada, além da matéria.
Quando nos abrimos à nossa verdadeira, Realidade,transformamos nossa visão e percepção sobre a Vida e nossa Humanidade !
Sejamos como as CRIANÇAS ! Elas enxergam beleza e novidade em tudo !
Por Deise Aur
Não chora não
Não chore, minha doce criança… Ele ainda não sabe o que é amor, mas ele vai saber e vai lembrar de você. Ele vai estar com ela numa noite fria embaixo do cobertor e então vai pensar que nada poderia aquecê-lo melhor do que o seu coração. Ele vai beijá-la e uma lembrança sua vai passar pela cabeça dele, ele vai desejar saber onde você está, vai ter nojo de beijá-la e vai te procurar. Só que quando ele te encontrar você vai estar aquecida nos braços de quem sempre soube lhe amar. Não chore, minha querida… Você vai ter todo o amor do mundo, você vai ser a mulher mais feliz que ele já conheceu na vida. Você vai descobrir que amor, amor de verdade mesmo, só é amor quando é compartilhado… Amor não tem posse, amor deixa ir só pra ver o outro feliz, mas amor não vai embora quando alguém pede pra ficar. Você vai aprender muito sobre a vida ainda, mas não chore, minha pequena… Você é a melhor mulher que ele poderia conhecer em toda a vida.
O QUE E SER CRIANÇA
Ser criança é achar que o mundo é feito de fantasias, sorrisos e brincadeiras.
Ser criança é comer algodão doce e se lambuzar.
O seu tempo é mágico.
Bruxas, fadas, duendes povoam seus sonhos.
Na sua realidade os brinquedos ganham vida e tanta fantasia,
As vezes, espanta, nos encanta.
De seu sorriso puro, de sua ingenuidade, a mentira não faz parte.
Você não tem vergonha de extravasar sua sensibilidade.
Brinca, pula, grita, chora, reclama, abraça, faz graça, não guarda rancor.
Não entende a dor, o abandono, pois você criança é amor
Ser criança é acreditar num mundo cor-de-rosa, cheio de pipocas.
Ser criança é olhar e não ver o perigo. Ser criança é sorrir e fazer sorrir.
Ser criança é chorar sem saber por quê.
Ser criança é querer ser feliz. Ser criança é se esconder para nos preocupar.
Ser criança é errar e não assumir o erro.
Ser criança é pedir com os olhos.
Ser criança é derramar uma lágrima para nos sensibilizar.
É nos ensinar que a vida, apesar de difícil, pode tornar-se fácil com um simples sorriso.
É nos ensinar que criança só quer carinho e afeto.
É nos ensinar que, para sermos felizes, basta apenas olharmos para uma criança
Sonhe criança, cresça, mostre ao homem que sua lição de verdade pode conduzir à fraternidade.
Meu Emaús
Quando criança amava um Deus metafísico
como um filho ama ao pai.
Cresci. Amei o Cristo.
Mas lhe amei como um súdito a seu rei.
Agora, no desabrochar de minha juventude,
na minha vadiagem piedosa
e na minha viadagem altruísta,
amei a Deus como homem,
amo o Cristo como quem ama
um homem.
Eu sou criança
tenho medo não adianta
tenho medo de ser destruído por esse mundo tão obscuro destruindo quem esta encima do muro quem não tem uma opinião própria e prefere se esconder
e não ser quem é de verdade
Caso
O pai acabou de limpar o local,
A criança entrou a seguir sujando o que estava limpo,
O pai ia repreender o pequeno quando....
A mãe argumentou:
_Deixe querido, foi apenas um anjinho distraído!
Criança
Criança que brinca na varanda, na casa ou na rua,
Sua imaginação voa do chão ao espaço,
Imagina carro, avião e dinossauro,
Tudo que imaginar parece real,
Sem se preocupar com nada,
Corre, pula, deita e rola até tardezinha,
Quem é? Mamãe chamando para entrar,
Amanhã é dia de brincar.
Ouvi quando criança que o coração é sempre capaz de amar.
Aprendi como adulto a parte prática do processo, o quão doloroso e necessário é passar por isso.
Agora, sem dúvidas, penso que de nada valeria viver, qualquer que seja a situação ou risco, sem que houvesse esse sentimento enigmático e tão confortante, que é o amor.
SANTUÁRIO
Durma sobre os meus pés essa noite, pequena criança.
Teu santuário esta caído, nem portas e nem janelas restaram em meio as ruínas. Destroços machucaram seus calcanhares até aqui, vejo a dor em tuas lágrimas caídas, mas elas um dia secarão. O santuário estava frágil demais para se cometer erros e não aguentou tuas atitudes, chore, chore até não aguentar mais. E então assumirá teus erros diante de ti mesmo.
Venha criança, deixe que minhas asas negras te proteja de seu próprio caos.
Ser mãe é muito
mais que trazer ao mundo
uma criança ,é assumir
perante Deus e a vida que
amara até o ultimo dia de
sua vida de maneira
incondicional esse ser
que Deus te
confiou !
Em uma pequena rua, eu paraliso
Olhando para uma criança
Me lembro, do seu lindo sorriso
E vejo, o quanto eu a amo
Não importa, oque eu faça agora
Nunca irei me esquecer
Dakela exata hora
Que me apaixonei
Pelo seu jeito sedutora
É penssando em ti
Que eu aprendi
Que, o sorriso mais belo
É akele por quem eu zelo
......M
Se eu pudesse
Ser o mundo
eu me vestiria
de criança ,
calçaria a sabedoria dos mais velhos
e me pintaria
com a humildade da natureza .
Só para ver o Amor
e a Paz brotando
em manhãs
com infinda grandeza.
laço de fita
Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...
Prendi meus afetos, formosa Pepita.
Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!
Não rias, prendi-me
Num laço de fita.
Na selva sombria de tuas madeixas,
Nos negros cabelos da moça bonita,
Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,
Formoso enroscava-se
O laço de fita.
Meu ser, que voava nas luzes da festa,
Qual pássaro bravo, que os ares agita,
Eu vi de repente cativo, submisso
Rolar prisioneiro
Num laço de fita.
E agora enleada na tênue cadeia
Debalde minh'alma se embate, se irrita...
O braço, que rompe cadeias de ferro,
Não quebra teus elos,
Ó laço de fita!
Meu Deusl As falenas têm asas de opala,
Os astros se libram na plaga infinita.
Os anjos repousam nas penas brilhantes...
Mas tu... tens por asas
Um laço de fita.
Há pouco voavas na célere valsa,
Na valsa que anseia, que estua e palpita.
Por que é que tremeste? Não eram meus lábios...
Beijava-te apenas...
Teu laço de fita.
Mas ai! findo o baile, despindo os adornos
N'alcova onde a vela ciosa... crepita,
Talvez da cadeia libertes as tranças
Mas eu... fico preso
No laço de fita.
Pois bem! Quando um dia na sombra do vale
Abrirem-me a cova... formosa Pepital
Ao menos arranca meus louros da fronte,
E dá-me por c'roa...
Teu laço de fita.
Castro Alves ALVES, C., Espumas Flutuantes, 1870.
A velha casa do meu avô
(Devaneios de um jovem)
Ah, meus tempos de criança, dos momentos que vivi e hoje me recordo na casa grande do meu avô. Me lembro que à noite ficava na varanda da casa, no primeiro andar, me pendurava na grade pra ver a rua e o mais lindo era ver os navios ao longe, com suas lindas luzes amareladas e brilhantes no mar. Entre as imediações da praia do Janga e Olinda, lá eu via eles passarem, como uma simples coisa me deixava tão feliz e ainda me deixa, ah como aquilo era bom, e me maravilho porque isso ainda vive dentro de mim, bons tempos passei naquela casa, naquela rua D sete. Lembro também das vezes em que meu avô me pedia para tirar seus belos cabelos brancos, um a um, para parecer mais jovem, ó céus, como isso tudo era gostoso. E a minha vó, com o seu amor, como era mimosa e amorosa minha vó, sinto tantas saudades dela, nela eu acreditava que tudo era um mundo sereno de paz e tranquilidade. Bom sentir esses devaneios de pura intencidade da melhor época da vida de um ser humano. Como eu era feliz na velha casa do meu avô.
Quando eu era criança, morava em uma cidadezinha do interior, caminho do Paraná. Cresci indo todos os domingos à igreja presbiteriana com minha família. Minha mãe era costureira e fazia as camisas e calças do jeito que eu queria, meu pai era músico e tocava no coreto da praça principal, saíamos da igreja e íamos espera-lo terminar o concerto. Eu me lembro da primeira vez, eu assistia meu pai e eu estava comendo pipoca com pimenta com os meus cabelos penteados, com a minha camisa alinhada ao lado de minha mãe e meu amigo, depois meu pai vinha e íamos felizes para casa assistir uma série que ele gostava muito, você nem vai se lembrar, é muito antigo: Cyborg o homem de 100 milhões de dólares...rsrs ...aí orávamos e íamos dormir, as luzes se apagavam e o domingo terminava, era sempre assim!
Você tem os olhos cheios de esperança
De uma cor que mais ninguém possui
Me traz meu passado e as lembranças
Coisas que eu quis ser e não fui
Eu já li os teus olhos nas fotos, são negros e brilhantes, porém oblíquos e dissimulados...