Poema de Criança
“Volte a ser criança, ou seja a criança que não lhe permitiram ser; confiante e cheia de entusiasmos.” Fefe
Vejo a vida como uma peça única, quando nasce estreia, quando criança aprende, quando adulto pensa e logo cria sua história no decorrer do tempo. Por isso permita-se a criar uma nova história e descubra o quanto será valorosa sua peça deste palco mundo que nos foi presenteado. Chorar, cantar, sorrir, dançar, sentir emoções e sentimentos sentirá somente quem se arrisca de fazer da peça uma grande história de vida. Quando a cortina desse palco fechar, deixe caminhos para que os sábios possam seguir e aprender com a história que criastes com amor e dedicação.
A criança perdoa, se libera da mágoa, do rancor, da dúvida, do medo, da tristeza de forma simples, sem criar conflitos internos e duradouros. Nós, quando crescemos, criamos monstros que não podemos combater e, às vezes, ficamos tentando escondê-los. O melhor é soltá-los e buscar a essência interior para manter as responsabilidades do adulto e as ações da criança no que diz respeito ao perdão, amor, entrega, ousadia, coragem e confiança.
Os adultos deveriam sempre colocar uma moldura de todos os sonhos quando sonhavam enquanto criança diante de si. Só assim, lembrariam de fazer feliz toda criança que dependesse das ações que executa as mãos deles.
Quando eu era criança morria de medo do escuro , pois acreditava que existiam espíritos vagando pela casa. Hoje eu prefiro o escuro , pois acredito que os espíritos não são capazes de nos fazer mal, quanto a nós mesmos.
as histórias que gostaria de ter ouvido contar em criança e nunca tive esse privilégio, hoje madura de mil sóis, crio-as para compensar a falta de quando era criança, vivem na minha imaginação desde outros tempos, são como pássaros que voam do coração, em palavras se abrem em flor e, é como se semeasse essências pelo jardim, entretanto vou sonhando...assim! como se renascesse de novo...
Quando paro e observo a inocência de uma criança, eu volto a acreditar que sempre haverá um futuro.
Com 20 anos tive que escolher: Ou eu matava a minha criança interior, ou ela me mataria. Então comecei a enterrá-la viva, e hoje com 40 descobri que ela ainda não morreu.
Por trás da mão que pega o lápis, dos olhos que olham, dos ouvidos que escutam, há uma criança que pensa.
Há um sorriso escondido no brilho dos olhos de uma criança africana, que despida pela fome e a miséria que assola a sua vivência, não descarta a possibilidade de ser feliz, ainda que esta vivência e felicidade ínfima se resuma apenas a emoção de estar ao lado dos seus pais.
O medo nos faz chorar, e assim, vamos percebendo que ser adulto é apenas um ato de tornar a criança um ser com suas obrigações advindas dos nossos desejos.
As vezes parece que sei muito da vida, e outras vezes parece que sou apenas uma criança com seu Nescau tentando acertar.
Para me curar de mim tive que, primeiro, curar a criança que em mim habita, e as crianças daquelas pessoas que atravessaram a minha estrada ao longo da caminhada...