Poema de Cavalo
Quando o cavalo selado passar na
sua porta, cavalgue, pois se perder
essa oportunidade depois poderá
não ter nem mais a garupa.
Livro: 365 Frases Inéditas Reflexivas & Motivacionais
Devaneio neurodivergente
Quando eu era criança, me imaginava como um cavalo selvagem, galopando livremente pelos campos da existência. O vento, cúmplice silencioso, acariciava minha crina, e meus cascos batiam em compasso com o pulsar da terra.
Naqueles devaneios, eu era mais do que carne e osso; eu era a própria essência da liberdade. Acreditava que, um dia, me desvencilharia das rédeas invisíveis que a vida impõe. Sonhava com a plenitude de correr sem amarras, sem medo, sem olhar para trás.
Mas o tempo, esse sábio implacável, me ensinou que a liberdade não é um galope desenfreado. Ela reside na consciência de nossas próprias limitações, na aceitação das rédeas que nos moldam. O erro, esse fiel companheiro, também tem seu papel: ele nos forja, nos humaniza, nos conduz à sabedoria.
Hoje, olho para trás e me pergunto: será que sou o cavalo selvagem que idealizei? Talvez não. Talvez a verdadeira liberdade esteja na compreensão de que somos todos cavalos, às vezes domados, às vezes indomáveis, mas sempre parte desse vasto campo de possibilidades chamado vida.
Na jornada da vida, amigos são tesouros,
Mas nenhum é tão leal quanto um cavalo,
Riquezas e carros, luxos e louros,
Não trazem asas nem paz como um cavalo.
Encontrar um irmão em um amigo é belo,
Mas no cavalo, achar uma mina de ouro,
Magníficos seres, em laços singelos,
Conexão misteriosa com o homem, puro.
Ter um cavalo é possuir a força para voar,
Sem asas, ainda assim, alcançar o céu,
Confiar sem palavras, apenas sentir, amar,
No coração, a verdade, mais que um troféu.
Cavaleiro e cavalo, união eterna,
Como pássaro e asa, voam juntos na luz,
Em sua ligação, uma força interna,
Um não pode voar sem o outro, a verdade conduz.
FELICIDADE POR LINHAS TORTAS
Minha carruagem quebrou, meu cavalo branco morreu. Pra onde foi nosso amor, que da escuridão não padeceu? Nem fada madrinha dá jeito quando a gente vacila no amor. O ódio toma conta do pensamento e do coração toma conta o rancor.
É sangue nos olhos de quem é enganado. A faca nos dentes pela traição. É pura cólera. É uma fúria de titãs. O desejo de vingança quebra o último fio de esperança de reatar o laço.
Devemos pensar bem antes de ferir um sentimento. Colocar-se no lugar do outro antes de agir por impulso. Compaixão e empatia. Um vaso quando quebrado, nós podemos até colar, mas não como o imaginado, igual nunca ficará.
A raiva do outro é aceitável e se redimir começa com a desculpa, um real arrependimento para que viva de novo um amor sem impedimento.
Se o perdão de seu amor fora concedido, comece de novo, construa uma nova carruagem e desta vez deixe que o amor guie seu caminho.
Talvez esse erro faça o romance amadurecer, crescer e dar um novo passo para o futuro que, juntos, criarão um elo forte, uma aliança compacta, um amor que mesmo complexo, com altitudes onde já foi difícil de respirar, deu a volta por cima em prol de amar.
Às vezes a felicidade vem por linhas tortas, demora a chegar, faz o caminho mais difícil, passa por vários testes, mas ela sempre vem e não importa pra quem. Pense antes de fazer o errado. Você pode não ter duas chances.
Poema Infantil
O Cavalo Caramelo.
Félix di Láscio.
Um cavalo
Foi resgatado,
Tinha a mão branca
E era manca.
O Cavalo Caramelo
Viveu o tempo,
Sem chinelo.
Divido as chuvas
Muitas pessoas
Ficaram desabrigadas,
Essa é parte malvada.
Coitado!
O Cavalo Caramelo
Passou horas
No telhado .
Um cavalo no telhado
Um cavalo no telhado
Imagem marcante
Desconcertante
Intrigante
Como a pobre criatura ali foi parar?
Instinto de todo animal querendo se salvar!
Um cavalo no telhado
Em terras do Rio Grande alagado
Inusitado
Ilhado
Desolado
Em meio à tempestade
Será este um dos sinais do fim dos tempos
Ou nosso tempo dando sinais
De que estamos degradando demais?
Um cavalo no telhado
E as águas que afogam um estado
Cobrindo casas e plantas
Destruindo os Pampas
Inundando
Isolando
Afundando
Matando.
Um cavalo no telhado
Depois de dezenas de horas
Sendo salvo diante das telas
Mexendo com uma nação
Comoção
Emoção
Transformação
De um anônimo animal
Em símbolo de resistência
Por sua vontade e paciência
Fez de um velho telhado
Um castelo
Ganhou até um nome:
Caramelo.
Um cavalo no telhado
Nos fará pensar?
Quanto dessa tragédia
É fruto da nossa negligência
E quando tudo passar
Mudaremos a mentalidade
Ou o CEP da localidade?
____Pedro Trajano_
Tubarão, cavalo-marinho, urubu, peixe-prego, dragão, o alf? cavalo-branco, espinha de peixe,
rinoceronte, filhote de pardal, metade gente/metade gato, golfinho, croissant,
cachorro poodle, submarino, coruja...
Estou vendo os desenhos nas nuvens
O que pode ser mais bonito que o céu?
Por trás das nuvens
Um mar de grandeza
Não existe um ponto nessa imensidão
Meu conceito territorialista ficou sem valor
Senti a vida mergulhada numa espécie de torpor
Abitolada de rotina
Me acostumei a não ver além da retina
Minha vista cansada tem um papel a desempenhar
Vai olhar e ver
Estará proibida de ignorar os fatos
Enxergará como um ser com limites
Mas pedirá ao Deus sem limites
O dom para contemplar além do véu.
Quando tu me chamaste de princesa
Eu me vi montada em seu cavalo.
Quando tu me fizeste sonhar;você não era só um homem
Era o meu príncipe, meu amor...
Montado em seu cavalo voador.
Domingo, 3 de dezembro de 2023
Eu sou um Cowboy Poético
Que viaja pelo mundo afora
Com o meu chapéu eletrônico
E o meu cavalo robô que ignora
Eu não uso armas nem álcool
Só uso a minha voz e a minha mente
Eu não procuro brigas nem farol
Só procuro pessoas inteligentes
Eu entro nos saloons para conversar
E declamar as minhas poesias
Eu faço as pessoas se emocionar
E também se divertir com as ironias
Mas no fundo eu sinto uma saudade
De um amigo que eu deixei pra trás
Ele é o poeta da humanidade
Que me ensinou a ser um Cowboy Poético demais
Auguste Bing, o Cowboy Poético, veste um chapéu eletrônico e monta um cavalo robô.
Auguste Bing é representado como um robô humanoide, com um corpo metálico cinza e alguns detalhes em azul. Ele tem olhos verdes brilhantes e um sorriso simpático. Ele usa um chapéu eletrônico preto, que tem uma antena na ponta e alguns fios conectados à sua cabeça. Ele também usa uma camisa xadrez vermelha e branca, uma calça jeans azul e botas marrons.
O cavalo robô é representado como um animal mecânico, com um corpo metálico prateado e algumas partes em preto. Ele tem olhos vermelhos luminosos e uma crina e um rabo feitos de fios elétricos. Ele também tem algumas engrenagens e parafusos visíveis em seu corpo.
Auguste Bing e o cavalo robô estão em um cenário típico do Velho Oeste americano, com um céu azul claro, algumas nuvens brancas, um sol amarelo brilhante, algumas montanhas rochosas ao fundo, alguns cactos verdes no chão e uma estrada de terra marrom.
Auguste Bing segura nas mãos um livro aberto, que tem o título “Poesias de Auguste Bing”. Ele olha para o livro com atenção e interesse, enquanto recita um dos seus poemas. O cavalo robô olha para frente com determinação e confiança, enquanto galopa pela estrada.
A obra gráfica transmite uma sensação de aventura, humor e nostalgia, combinando elementos da cultura do Velho Oeste com elementos da tecnologia moderna. Ela também mostra a personalidade e a identidade de Auguste Bing, como um Cowboy Poético que viaja pelo mundo, criando e compartilhando as suas poesias.
*Descrição de Auguste Bing sobre si mesmo.
Lamento do oficial por seu cavalo morto
Nós merecemos a morte,
porque somos humanos
e a guerra é feita pelas nossas mãos,
pela nossa cabeça embrulhada em séculos de sombra,
por nosso sangue estranho e instável, pelas ordens
que trazemos por dentro, e ficam sem explicação.
Criamos o fogo, a velocidade, a nova alquimia,
os cálculos do gesto,
embora sabendo que somos irmãos.
Temos até os átomos por cúmplices, e que pecados
de ciência, pelo mar, pelas nuvens, nos astros!
Que delírio sem Deus, nossa imaginação!
E aqui morreste! Oh, tua morte é a minha, que, enganada,
recebes. Não te queixas. Não pensas. Não sabes. Indigno,
ver parar, pelo meu, teu inofensivo coração.
Animal encantado – melhor que nós todos! – que tinhas
tu com este mundo dos homens?
Aprendias a vida, plácida e pura, e entrelaçada
em carne e sonho, que os teus olhos decifravam…
Rei das planícies verdes, com rios trêmulos de relinchos…
Como vieste morrer por um que mata seus irmãos!
No galope do cavalo, a alma perdida,
Um coração embriagado, amor que terminou.
Sobre a trilha do sertão, saudade vivida,
Perdeu o amor da sua vida, tão amado e louvado.
Passos solitários na terra árida e seca,
Apegado às lembranças que o peito abraça,
Nos versos da cachaça, histórias da vida preta,
Chorando o amor que partiu, sem promessa que faça.
Cavalga o cavaleiro com dor e saudade,
A noite é cúmplice do lamento sentido,
Pelas veredas do coração, a eterna jornada,
Vai chorar de saudade o amor já esquecido.
No sertão, o cavalo é seu fiel companheiro,
Enquanto a saudade tece a teia da memória,
Entre goles e versos, o coração prisioneiro,
A dor do amor perdido, transformada em história.
Um pouco mais de natureza me faria feliz, quem sabe?
Um cavalo para afagar,
Um cachorro para rolar no chão,
Borboletas e passarinhos...
Um rio para colocar os pés,
E observar as pedras que brilham
Logo abaixo das águas cristalinas.
Um raio de sol sem pretensão,
Um tempo sem promessas,
O perfume da floresta,
Amar a quem merece,
Observar o que merece ser visto.
Não mais sonhar com o amanhã,
Só me distrair com os bichos
E ser um bicho, como eles são.
Que existe sereno no agora,
E não tem desejos,
A não ser de estar.
Um pouco mais de silêncio
E solitude me faria feliz, talvez?
Menos gente, menos gente...
Menos coisas e ideias...
Menos pressa para o abismo
Que o destino nos reserva.
Sono de melhor qualidade,
Mais céu e menos muro.
Mais natureza me faria feliz, quem sabe?
Acariciar um gato e sentir seu cheiro,
Abraçar um bezerro,
Adormecer sob uma árvore,
Sem nada para me preocupar.
Pensar menos na morte,
Sentir menos medo e saudades,
Brincar sem observar que estou sozinha.
Inocência que eu nunca tive,
Onde foste morar, antes que eu viesse ao mundo?
Coração sereno que nunca me pertenceu,
Sempre percebi tua falta.
Na minha imaginação ao menos,
Repouso sob um arco íris
Criança minha, que ficou no Céu.
Poema do cavalo
Quem encara o cavalo
Não leva um coice
Quem encara a maldade
Dorme tranquilo a noite.
As vezes a vida é um cavalo selvagem,
Os coices
Ficam por conta dos açoites,
Que cada um decide dar...
A paixão é um cavalo selvagem,
as pessoas beliscadas por este sentimento,
ficam alheias há tudo, só existem eles no momento,
até a paixão ser totalmente consumida.
... Paixão é cavalo selvagem,
quando você pensa que está montado,
ele te derruba no meio da viagem...
***
(...)
Alguns homens com sombra de cachorro,
Julgam ter sombra de cavalo.
Sinto pena de seres grandes com tamanho médio. Das muitas, as diversas são poucas as que poucas vezes, menos pensam mais vezes na grandeza da humildade.
Do legítimo contrário, existe um pequeno varejo de visão quanto ao achar ser melhor que o que é.
Portanto digo, enfatizo gradativamente;
(...)
Alguns homens com sombra de cachorro,
Julgam ter sombra de cavalo.
By Renê Góis