Poema de Aniversário Filho 18 anos
Série: Minicontos
FILHO DA OUTRA
O menino trocou a aridez nordestina pela selva de pedras. Logo o mundo lhe acolhe. As mãos que lhe afagam o apedrejam, Mas a história se encarrega de cicatrizar o golpe. E a primavera promete florir...
Escrever é conceber um filho.
Encontramos prazer no fazer e no nascer
O limite do gozo é sempre o mesmo
No primeiro, no segundo e doravante
Assim como os filhos biológicos,
Amamos um a um mesmo em momentos distintos
De certo, alguns ganham maior destaque
Apenas para o mundo exterior.
Ao olhar genitor todos possuem
O mesmo cheiro e a mesma beleza.
Assim como a coruja disse ao gavião que seus filhos eram as mais belas criaturas da floresta
É o poeta para seus rebentos
Comandante Eterno,
são oito as floradas
da cattleya sem ti,
Três dessas oito
o teu filho dileto foi
levado ao calabouço.
Comandante Eterno,
eu sei que tu pode
ir aonde eu ainda não posso ir,
em Ramo Verde e onde
teus filhos precisam de ti.
Comandante Eterno,
são oito as floradas
da cattleya sem ti,
Três dessas oito
o teu General do povo
foi levado injustamente.
Comandante Eterno,
eu que tu pode
ir onde está impossível seguir,
em Ramo Verde e onde
teus filhos precisam de ti.
Comandante Eterno,
são oito as floradas
da cattleya sem ti,
Três dessas oito
tem sido de desgosto
dor e absurdo,
só peço que todos
sejam salvos do abismo profundo.
Prenderam a esposa
e o filho pequeno
como sempre
para forçar a barra
e a apresentação
(da justiça eles
têm sido a negação).
Este inferno não
só eu conheço,
e todos sabem
bem como eles são
(acima do Bem do Mal,
e de toda a razão).
O levaram para o tal
conhecido endereço
sem cinco estrelas,
o famoso inferno
de cinco letras:
Um jornalista sem
direito a ampla defesa
continua preso
vítima de uma história
sem pé nem cabeça:
(escrevo para que
ninguém esqueça).
E cada que vez que
uma história abate
algum peito é na dor
dela que me abraço
e com ela permaneço:
(porque é na dor do
mundo que me reconheço).
Assim tenho contado
tantas histórias desde
quando um General
injustamente foi preso
e até hoje contra ele não
há nada que justifique
permanecer a estúpida prisão;
(e assim segue a rima repartida
com todos os presos
de consciência em igual situação).
O meu Boi de Carnaval
é filho dos Bumbás
por onde danças,
súdito dos Reisados
que seguem os teus
animados passos
e dos Guerreiros por
onde tu tens tocado,
Cedo ou tarde,
sei que tu vens no tempo certo,
sem pressa e sem regresso
porque terá me encontrado
em nome de tudo aquilo
que a vida toda tens procurado.
Nas tuas veias tens
a mais linda herança
de todos os folguedos,
Do Guerreiro és o filho
que me levará contigo
para o paraíso protegido,
Com tua lança tu há
de guardar por dois
o ledo e fino sentimento
sob o sagrado juramento.
Ipê-amarelo-da-mata
filho de alguma estrela
dourada que numa noite
foi semeada na Terra
assim como eu: poeta.
A Dança do Barreado
que eu prefiro é
a que faço com ele no meu prato,
O Barreado é filho
do Entrudo e o quê
ele me deu e ainda
me dá quando é preparado
mantém o meu coração completamente apaixonado,
Não vai demorar muito
tempo para servir um bem
saboroso para colocar
no meu e no seu prato.
Filho da casualidade,
Nasceu soneto,
Sobre os mares,
Sonhando, desbravando,
- e cantando
E a sua rota traçando,
Flutua a caravela,
Procurando aportar
Em terra firme;
O amor não tem limite.
Prosseguindo a embarcação,
Desenhando espumas,
E tatuando o coração,
- a saudade
Nem o vento a tomba,
As brumas não a amedronta.
Herdeiro da verdade,
Eu te escuto,
No tilintar das estrelas,
No beijar dos cometas,
No dobrar das forças,
Eu te pertenço,
E para sempre irei ser tua
Por toda a eternidade...
Tenho no Filho a minha certeza
De sempre e tanto
Todo o meu maior amor
E todo encanto
Repleto de serenidade, e entrega.
Crendo sempre na caridade
Orante e expansiva,
Ela nos perfuma e nos dá liberdade,
É missão até na clausura,
Verdade que se perpetua,
E dá o tom de plena felicidade,
E nos coloca nos degraus de santidade.
Tenho no Pai a minha direção
Atemporal e atenta
Ao apelo desse amor
Que me chama
Ao serviço de realizar
Uma passagem serena.
O recolhimento é paradoxal
Diante do olhar
Dos que o chamam de descontentamento;
Ele é contentamento espiritual,
É chamamento a experiência
- anônima -
De oração e sentimento.
Tenho no Espírito Santo, sempre
A minha inspiração
- todo o meu canto -
Secretíssimo,
Sacratíssimo,
E verdadeiro;
Por todos os amores
Pelos espinhos e dores
Estou solicita a te servir eternamente.
Começou o Carnaval
O samba é coisa boa
Filho do Carnaval
Até debaixo da garoa
O choro que chora
Não chora só a dor
Ele é feito de amor
Que também perdoa
Na ponta da sandália
Da bela mulata
Com o corpo pintado
Com tinta cor-de-prata
Na cadência de cada passo
Ela vai iluminando
O Rio segue sambando
O Brasil inteiro empolgando
Mulata que faz o homem penar
E as mulheres invejar
Faz o coração do povo sambar
É samba-mulher a encantar
Mulata Carnaval
É enredo
Mulata tão linda
Que chega a colocar medo
Mulata me empresta
Um pouco do teu perfume
Só para provocar
E ver se o meu amor sente ciúme
Mulata me ensina o seu rebolado
Só para enfeitiçar
E endoidecer o meu namorado
Para deixar ele apaixonado
O Brasil gosta de samba
Esqueceu o samba perdido
Um tipo de samba esquecido
Chamado samba de partido
Mulata que é pagode
Mulata que é samba
Mulata que é choro
Mulata que é samba de partido
Mulata você é um perigo
Mulata você é o Carnaval inteiro
Mulata que é samba enredo
Mulata me ensina o seu segredo...
Menino, menino!
Dorme meu filho,
Nesse teu sono, tranquílo
De pequenino...
Dorme, dorme criança!
Nessa tua infância...
Dorme! Porque o vento, ainda não sopra.
Só o rouxinol, música sua, toca.
E quando fores homem,
Sê menino, ainda,
Nesse estado de ordem...
Ouve música d´arpa!
Por campos, verdes, faz tua saída!
Continua, brincando na neve alva!
Bondoso Deus
Rogo-te que esteja adiante
de cada passo de meu filho.
Que ele seja prudente sempre
que possível e ousado
quando necessário.
Ao dormir,
que seus sonhos sejam suaves.
Ao acordar
não lhe falte o sorriso de gratidão.
Que ele acolha
bondade e fé como regras práticas
E finalmente,
que jamais desista
de nenhum de seus sonhos.
Amém.
(uma mãe que escreve preces)
O nosso HUMANO nascer…
Em nós, todo o nascer, filho de um POBRE;
Sempre teve um, destinar, pra servir;
Vamos por tal retirar, tal sentir;
Vamos em tais, implantar um mais nobre!
Vamos apostar mais, na educação;
Levando-a a todos, em nós, pobrezinhos;
Sentindo-os, humanos, não coitadinhos;
Pra acabarmos, com tão má criação.
Má criação, num tão roubar, a pobre;
Lugar ao sol, na sociedade;
Pra esse mesmo entregar, a um qualquer rico!...
Por ERRO, que não tem nada de nobre;
Por não ter, o respeitar, da IGUALDADE;
Que existe em nascer, com; ou sem penico.
Pela em nós, igualdade de direitos e deveres;
Eu sou mais um ungido
Ou como diz o significado
Cristo
Também sou um mortal, ou filho do homem
Meu verdadeiro pai é Deus
Meu Pai
O Rei Adonias
E eu o seu príncipe Melquisedeque
Me fez sentar no seu trono
E me deu um cetro (de ouro)
Um cetro que toca música, um alaúde
Vou cantar as palavras do rolo
O Tesouro Inteiro da Luz
Para os moradores das mansões de Salém
Se seu filho dá trabalho,
É criança bem arteira,
Dê-lhe muita atenção,
Junte-se à brincadeira.
Tudo ele memoriza,
E se você o prioriza,
Ele o ama a vida inteira.
Sou forte
Sou guerreiro
Sou filho da mata
E das flores
Da lua
E das estrelas
Sou poeta
A minha alma é a terra
Que insiste em renovar
Minha pele
Meus cabelos
Minha mente
O fogo me queima, me consome
Me destrói
A água vem em forma de banho
De chuva e me reconstrói
Conto a história através
Da poesia
Que emparelha e cruza
Os fatos através do versos
Com ou sem rimas
Sou poeta
EU dei meu Filho,
para te Salvar.
EU Sou DEUS,
EU Sou Jeová.
Cuide da minha Obra,
que da sua casa,
EU vou cuidar.
Me perdoa por não ser o equivalente ao filho que tu comparas, mas sim ser uma borboleta voando incansavelmente em busca de um abrigo para descansar essas asas que carrego com tanto esforço;
Me perdoa por não me estregastes totalmente, mas me destruí em inúmeras batalhas que me rendi.
Em meus olhos perdi o brilho,
Em meus ouvidos parei de escuta as palavras calmas e sintonizadas, para escutar palavras dolorosas e vazias.
Sinto que estou me despindo, desmoronando e quebrando. Meu coração machucado está, minhas costas estão a carregar uma carga inigualável de desesperança e meu pé a andar em busca de um novo caminhar.
Mas aonde encontrarei digna sobra para me ausenta e finalmente respira.