Poema da Fome
Minha ambição é querer cada dia sentir mais o prazer pelo conhecimento, e ter fome de sempre querer saber mais...conhecer mais lugares,pessoas e culturas novas...
Sem ambição, somos seres passivos e sem vontade de ir além, de ver o outro lado, de conhecer mais.
E cada um tem suas ambições, e está tudo bem... Devemos ser felizes da maneira que nossa alma anseia...
Povo livre em uma terra presa
Em um país onde a fome predomina,
Onde o índice de analfabetismo é muito grande,
Onde existe um grande desnível social;
Existe um grande patriotismo em torno de seus habitantes.
Pessoas acostumadas com as injustiças sociais,
Não tendo como negar o sacrifício do dia a dia,
Através das rugas em seus rostos.
Povo que apesar de tudo
Ainda leva o Brasil no peito,
Faz com que esse país seja um país feliz, vibrante
E deixam transparecer em seus semblantes,
Orgulho de serem brasileiros.
País do carnaval, país do futebol,
País onde a liberdade é tão restrita,
Onde pessoas se submetem a salários indignos,
A grande espera em filas públicas,
Mas não se deixam abater, pois são pessoas corajosas.
É muito fácil perceber um brasileiro,
Basta notar a pessoa alegre, vibrante,
Que não projeta as marcas de sofrimento em ninguém.
Onde quer que se vá, sempre irá ter um brasileiro,
Não importando sua raça, cor ou religião,
Ele sempre se postará contente,
Pois, liberdade é uma questão pessoal
E será sempre permeada pelos brasileiros.
LUZ DAS ESTRELAS
Certa feita estive numa aldeia.
Lá me deparei com uma menina,
Sua fome me olhava atentamente.
Tinha o nome de luz das estrelas.
Seu pai não se sabia e sua mãe não vinha.
Perguntei-lhe se sonhava. Disse-me que não.
Mas que quando deixasse de ser miúda,
iria ser médica para cuidar das pessoas e dos que vão nascer.
Você sabe o que é poesia?
Não, não a conheço, interpelou-me rapidamente.
Poesia é feita pra gente?
Passei a visitá-la.
Numa manhã que chovia, nova indagação.
Do que você gosta? Prontamente me disse:
Gosto de comida, de escola e de brincar de casinha quando faz frio.
E vou lhe confessar algo.
- Também brinco de agarrar nuvens com as mãos
Carlos Daniel Dojja
Para Luz das Estrelas, em Angola.
A família está com fome
Está desprotegida
Os fazendeiros
Os caçadores
Em alerta
Sabem que os bichos fugiram
Para perto da cidade
Em busca de água
De alimento
Tantos os humanos e animais
Estão expostos
A cadeia alimentar
Está corrompida
Temos que dar um jeito
Aqui perto tem um frigorífico
Nunca pensei que iria me tornar
Em contraventora, mas,
Não tenho escolha
Câmaras frias lotadas
De carnes .... alimentos
Meu lobo ainda anda com dificuldades
Mas já entendeu o que quero
Vamos invadir
Sorrateiramente, isso ele sabe ser
Chegaremos nas portas
E vamos roubar...pasmem....roubar
As carnes
Prometo que não serão muitas vezes
Somente o necessário
Feito entramos, está tão frio
Peças por peças
Vamos levar
Umas cinco idas e vindas é o suficiente
Ver a família alimentada
Descansando ao relento
É animador
Estou Feliz, mesmo indo contra meus princípios
Eu e meu lobo no luar
Agora humanos
E tão apaixonados
Até a lua brilha mais
Com nossos beijos e carícias
Um belo fim de noite
Para nós
A Grande Questão -
Por que ainda há no mundo
pessoas morrendo em decorrência dafome?
Não há alimentos suficiente
para todos?
Quem fabrica as cédulas
e moedas — necessárias para
se ter os alimentos?
Que material é usado na fabricação das cédulas e moedas?
Esse material usado é mais
raro e importante que as milhares de vidasperdidas diariamente?
NÃO HÁ DESCULPAS!
A violência não irá
acabar.
Os conflitos, as guerras,
infelizmente,
continuarão a acontecer.
O preconceito, a intolerância,
a injustiça, a desigualdade,
todas essas coisas,
provavelmente nunca serão,
tatalmente extintas.
Acidentes, doenças, catástrofes continuarão a ceifar vidas.
Mas a grande questão é uma:
POR QUE AINDA HÁ NO MUNDO PESSOAS MORRENDO EM DECORRÊNCIA DA FOME?
Nós somos de um mundo de máquinas
Cópias imperfeitas de uns
Lutando contra a fome e a guerra
Só pra salvar nosso mundo
Nós somos filhos dessa terra
Enfrentamos tudo
Superamos os perigos
Destruímos os nossos muros
Nós não sabemos de nada
Mas fazemos de tudo
Pra acabar com o preconceito
Ou começar o fim mundo
Nós fazemos absurdo
Dizendo que é pro bem do mundo
Criando armas pra guerra
Que acabam com tudo
Como vamos acreditar
Que tudo pode mudar
Se o fogo arrasa tudo
E não quer mais parar
Árvores estão morrendo
Plantas e animais
Correndo contra o tempo
Esperando a paz
Faca é faca
Pão é pão
Fome é fome
Amor é amor
Estranho desígnio das coisas
De serem exatamente elas
Quando as olhamos sem paixão.
Estou com fome
Do seu amor
Sacia-me
Estou com sede
Da sua pegada
Sedenta-me
Estou com saudade
Das suas caricias
Sossega-me
Estou com vontade de você
Devora-me
Estou carente de você
Possua-me!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
O desejo excedeu sua fome, com o prazer em chamas que se chama pelo nome
Mas ainda sim, seus princípios têm a ansiedade de superar a própria dor
Sem medo e com intensa coragem, gritando por amor
E se o desejo se apresenta como amor, então os sentimentos virão onde quer você for
Portanto o amor vestido de prazer, veio se deliciar e brincar com você, com a sua inocência
Em uma dura frequência
E que em minhas poesias escreveu em reticências...
E mesmo assim, ainda acredito no amor!
Se não fosse você !
Quando estive em São Paulo,
Muita fome não passei,
Agradeço a uma garota,
Com a qual eu namorei.
Ela morava em Guarujá,
Em Manoel Pernelelas,
Meu bem ainda me lembro,
A cor da sua janela.
O seu ato, nunca irei esquecer,
O que seria de mim, se não fosse você.
Eu tenho fé em Deus, de uma registrar,
Está composição e a censura aprovar,
Eu quero que tu saibas, que nunca esqueci,
E que sou agradecido, pelo bem que fez a mim.
Fome e sede/Degustação
Mesmo sem bagagens,
Vou vivendo degustando sabores...
Na composição,
Edito sorrindo ou chorando.
Tenho facilidade de sorrir
Tenho facilidade de chorar.
Afinal de contas!
Alguém nunca chorou?
Me chamo/ canção.
Pseudônimo /refrão.
Sobre nome /inspiração.
Na frase\...Onde estão os achados perdidos?
Estou em todas as linhas que ela se expõem..
Pequenos pecadinhos de estimação vou me livrando.
Do sereno orvalho que caí na madrugada,
Bebo dele até do mel que sobra da neve que caí na invernada....
Degustar a vida como ela é,
A nobre atitude pega rumos que ao chegar da noite...
Até o travesseiro companheiro é agradecido pelo dia bem aproveitado..
Se é para ostentar;
Ostento sorrindo mesmo até quando eu me, cansar....
O chocolate para mim é apenas um condimento qualquer...
O sal,
É o sabor dado pelo Criador...
Minha fome e sede tem nome..
Ela está acima do absoluto ou bem além do pintar as nuvens
E as poesias que ainda farei na vida,
Não caberá as palavras desse,
Nome.....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Fica tão triste a minha cidade !
Quando a criança que passa fome, tromba, rouba
se marginaliza e não vê perspectivas.
Quando quem pode não faz, quem faz quase nunca pode.
Fica tão triste a minha cidade !
Quando embriagado pelo poder,
o homem engana, trapaça e mente
Quando crescem os prédios e diminuem o verde.
Quando a desgraça bate à porta de uma família
e os vizinhos fecham as suas para não ouvirem os gritos.
Quando faz frio e não há manta ; faz calor e não há água.
Fica tão triste a minha cidade !
Quando quem deveria dar exemplo, peca.
Quem deveria dar segurança, oprime,
Quando há doces e brinquedos na vitrine,
A criança pedindo e o pai, no bar, bebendo,
Fica tão triste a minha cidade !
Quando a mentira é amiga do dia
e a vergonha se esconde na noite.
Quando a coragem termina e
a testemunha não comparece.
Quando o barulho ultrapassa a capacidade do sentido
e o ar quase impossível de se respirar , é vida.
Quando aos domingos e feriados suas ruas ficam desertas
Fica tão triste a minha cidade !
Quando há na segunda-feira, o choro, o cheiro da morte.
o carro batido, o cansaço, a estrada e a velocidade.
Quando o ônibus passa de manhã e a tarde,
com gente pendurada, com os pés dentro e o corpo fora.
Quando a alegria é a síntese de um momento bom,
e a desgraça é duradora, analítica e densa ..
Quando há o grito de gol e a alegria se agita,
a torcida se irrita, o pai de família e a criança,
antes de voltarem para casa passam no pronto-socorro.
Fica tão triste a minha cidade !
Quando o homem é triste,
pois a cidade triste é o homem triste.
Viva e contemple a miséria
Viva e prove da dor
Sucumba ao desespero
Sinta a fome doer
Sinta o desprazer de está vivo
Se beneficie de promessas
E limite sua existência
Torne-a insignificante
Para almeja o paraíso que tanto prometem
Comtemple quase que imutavelmente
Seu desejo pela morte
E desista graças ao medo.
agora que é agosto
e nós já sentimos
sono e sede
fome e angústia
agora que seguimos
vivas neste país
a febre dos trópicos
o inverno da guerra
agora que o ano
já escorregou em
definitivo para o
lado do fim
eu coloco meu corpo
voltado cada vez mais
ao sul do mundo
e aceno com os
braços cansados
enquanto sussurro
boas-vindas
ela vem
para me lembrar
que dor é matéria
de pegar
com as mãos
para me lembrar que
dor se contém
que dor também se
traça
igual cabelo
BEM-ME-QUER
Sou alimento que chega à tua mesa nas horas mindinhas, eu, que sacio a fome dos teus e, ensino teu estômago a pensar.
Sou o calçado novo do teu filho, tuas botas confortáveis que acaricia teus pés, mas te impeço o caminhar.
Sou óculos de grau que te revela o argueiro, mas, te esconde o leão, sou venda de seda, sou grade, prisão.
Sou passagem aérea em avião de luxo, banco de couro, cálice de ouro, copo de vinho, sou conforto, sou torto, maquiado, sou O cala-boca.
Sou ultrassom, tomografia, ressonância, endoscopia, teste de aids, cesariana, vasectomia, bengala, dentadura, cadeira de rodas, não sou cura.
Sou abraço vazio, beijo gelado, dono do gado, chicote estalado, cerca de arame farpado, muro e cadeado.
Sou grande e pequena, do Norte, do Sul, de todas as regiões, sou fascista, imperialista, capitalista, racista, sexista, vampiro, sou mulher, sou homem, gigante e “anão”, da academia, do povão, sou ditoso, religioso.
Se eu fosse você não me queria, sou às oligarquias.
um dia, acordei esfomeado
troquei o coração por maçãs..
perdi a fome e a alegria das manhãs
e morri, tardes e noites, sem fim
Quando a saudade toca o ser
No momento o desfaz
Corrói o cabra por dentro
Com sua fome voraz
E como se fosse vidraça
Quando quebra despedaça
E juntar, não junta mais.
A cegueira da fome
Uns dizem que é um cenário escuro,
Outros dizem que é um cenário daquilo que plantamos,
No conhecimento de uma gramática,
Maldita é a serpente que predomina nos olhos humanos,
Essas barricadas que nós adquirimos no olhar,
Sonolenta não é essa minha inspiração,
Nesse paraíso formal,
Não é tão assim um colossal como dizem,
Numa coleção de pensamentos meus,
Vão se misturando ideias e opiniões,
Filtro então,
O que é do ceu,
E o que é da terra,
Não falo da fome só de alimentos não,
Falo de uma fome que muitos não enxergam,
Na conjunção de algumas frases,
Simples e notórias aos olhos da luz,
Adianta gritar e dizer;
Barriiiigaaaaassssssss,
E claro que não,
Essa vida não é só arroz e feijão não,
Aqui ou em qualquer lugar,
Sempre teremos poetas cegos,
Políticos cegos,
Jornalistas cegos,
Pais e mães cegos,
Filhos cegos,
Os poderes nas mãos maus apagado,
E não deixando abrir os seus olhos,
Dos pobres que já estão cegos,
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Cabra, só Deus sabe da minha má fase
Tinha fome e devorava o som
Guardo cada face, cada frase
Como base pra não ser em vão
Cada porta que abre é um milagre
Só me cabe ser muito mais que bom
Vou chegar ao céu mantendo os pés no chão
Quando componho tenho o mundo em minhas mãos
- RAPadura Xique-Chico