Poema da Fome
Se não fosse você !
Quando estive em São Paulo,
Muita fome não passei,
Agradeço a uma garota,
Com a qual eu namorei.
Ela morava em Guarujá,
Em Manoel Pernelelas,
Meu bem ainda me lembro,
A cor da sua janela.
O seu ato, nunca irei esquecer,
O que seria de mim, se não fosse você.
Eu tenho fé em Deus, de uma registrar,
Está composição e a censura aprovar,
Eu quero que tu saibas, que nunca esqueci,
E que sou agradecido, pelo bem que fez a mim.
Fome e sede/Degustação
Mesmo sem bagagens,
Vou vivendo degustando sabores...
Na composição,
Edito sorrindo ou chorando.
Tenho facilidade de sorrir
Tenho facilidade de chorar.
Afinal de contas!
Alguém nunca chorou?
Me chamo/ canção.
Pseudônimo /refrão.
Sobre nome /inspiração.
Na frase\...Onde estão os achados perdidos?
Estou em todas as linhas que ela se expõem..
Pequenos pecadinhos de estimação vou me livrando.
Do sereno orvalho que caí na madrugada,
Bebo dele até do mel que sobra da neve que caí na invernada....
Degustar a vida como ela é,
A nobre atitude pega rumos que ao chegar da noite...
Até o travesseiro companheiro é agradecido pelo dia bem aproveitado..
Se é para ostentar;
Ostento sorrindo mesmo até quando eu me, cansar....
O chocolate para mim é apenas um condimento qualquer...
O sal,
É o sabor dado pelo Criador...
Minha fome e sede tem nome..
Ela está acima do absoluto ou bem além do pintar as nuvens
E as poesias que ainda farei na vida,
Não caberá as palavras desse,
Nome.....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Fica tão triste a minha cidade !
Quando a criança que passa fome, tromba, rouba
se marginaliza e não vê perspectivas.
Quando quem pode não faz, quem faz quase nunca pode.
Fica tão triste a minha cidade !
Quando embriagado pelo poder,
o homem engana, trapaça e mente
Quando crescem os prédios e diminuem o verde.
Quando a desgraça bate à porta de uma família
e os vizinhos fecham as suas para não ouvirem os gritos.
Quando faz frio e não há manta ; faz calor e não há água.
Fica tão triste a minha cidade !
Quando quem deveria dar exemplo, peca.
Quem deveria dar segurança, oprime,
Quando há doces e brinquedos na vitrine,
A criança pedindo e o pai, no bar, bebendo,
Fica tão triste a minha cidade !
Quando a mentira é amiga do dia
e a vergonha se esconde na noite.
Quando a coragem termina e
a testemunha não comparece.
Quando o barulho ultrapassa a capacidade do sentido
e o ar quase impossível de se respirar , é vida.
Quando aos domingos e feriados suas ruas ficam desertas
Fica tão triste a minha cidade !
Quando há na segunda-feira, o choro, o cheiro da morte.
o carro batido, o cansaço, a estrada e a velocidade.
Quando o ônibus passa de manhã e a tarde,
com gente pendurada, com os pés dentro e o corpo fora.
Quando a alegria é a síntese de um momento bom,
e a desgraça é duradora, analítica e densa ..
Quando há o grito de gol e a alegria se agita,
a torcida se irrita, o pai de família e a criança,
antes de voltarem para casa passam no pronto-socorro.
Fica tão triste a minha cidade !
Quando o homem é triste,
pois a cidade triste é o homem triste.
Viva e contemple a miséria
Viva e prove da dor
Sucumba ao desespero
Sinta a fome doer
Sinta o desprazer de está vivo
Se beneficie de promessas
E limite sua existência
Torne-a insignificante
Para almeja o paraíso que tanto prometem
Comtemple quase que imutavelmente
Seu desejo pela morte
E desista graças ao medo.
agora que é agosto
e nós já sentimos
sono e sede
fome e angústia
agora que seguimos
vivas neste país
a febre dos trópicos
o inverno da guerra
agora que o ano
já escorregou em
definitivo para o
lado do fim
eu coloco meu corpo
voltado cada vez mais
ao sul do mundo
e aceno com os
braços cansados
enquanto sussurro
boas-vindas
ela vem
para me lembrar
que dor é matéria
de pegar
com as mãos
para me lembrar que
dor se contém
que dor também se
traça
igual cabelo
BEM-ME-QUER
Sou alimento que chega à tua mesa nas horas mindinhas, eu, que sacio a fome dos teus e, ensino teu estômago a pensar.
Sou o calçado novo do teu filho, tuas botas confortáveis que acaricia teus pés, mas te impeço o caminhar.
Sou óculos de grau que te revela o argueiro, mas, te esconde o leão, sou venda de seda, sou grade, prisão.
Sou passagem aérea em avião de luxo, banco de couro, cálice de ouro, copo de vinho, sou conforto, sou torto, maquiado, sou O cala-boca.
Sou ultrassom, tomografia, ressonância, endoscopia, teste de aids, cesariana, vasectomia, bengala, dentadura, cadeira de rodas, não sou cura.
Sou abraço vazio, beijo gelado, dono do gado, chicote estalado, cerca de arame farpado, muro e cadeado.
Sou grande e pequena, do Norte, do Sul, de todas as regiões, sou fascista, imperialista, capitalista, racista, sexista, vampiro, sou mulher, sou homem, gigante e “anão”, da academia, do povão, sou ditoso, religioso.
Se eu fosse você não me queria, sou às oligarquias.
Piedade de mim,
Que meus olhos sejam abertos,
Piedade de mim,
Que minha fome seja matada pela boa comida que sacia a alma,
A fé do povo que acende a vela,
A dor do povo que chora na capela,
A fome do povo que morre na panela,
A alegria do povo que sacode a canela,
A esperança do povo que navega na caravela,
O amor que mora no peito que é só dela,
***
O Desespero botou a cara na rua
E estava tão feliz, pois matou a saudade
Do Medo e da Fome de quem tem
Sob os aplausos dos ditos “cidadãos de bem”.
E foi tanto brado e tanta festança
Do coro civil puxado pela D. Ignorância
Que afugentou personas non gratas
Como a Empatia, a Educação e a Tolerância.
O DÍZIMO
A QUEM PRECISA
Separe o seu dízimo com discricão e dirija-se aos locais onde há
Fome, Frio e Enfermos.
Distribua-o criteriosamente entre os necessitados.
Dê a cada um segundo as suas necessidades
Cuide para que ninguém veja o que fazes.
Não revele quem tu és
Não espere recompensas ou agradecimentos
Simplesmente
AJUDE.
Eu tô do lado da criança com fome, desnutrida
Que dá bote na burguesa e corre na avenida...Quem viu a mãe pedindo esmola tem sangue no raciocínio
Meu ódio, meu verso, combinação perfeita
A revolta do meu povo é o veneno da letra
Menos violenta que um prato com migalha...É uma gota de sangue em cada depoimento
Infelizmente é rap violento
Sofro de falta d'amor
Fome me escapa da pele
Pele sofre de fome
Fome mata a dor
Dor alimenta a fome
A fome me desespera
Também desespero a fome
Sou filha da sua quimera
Não raro ela me esconde
No fundo do seu penhor
Na casa da sua janela
O poço que me cavou
Sem por onde ela some
No barco da sua procela
A fome só me consome
Refúgio que me faz dela
Triste é quando a gente quer comer um sanduíche e não pode pagar.
Triste é a fome!
Nildinha Freitas
Fruto Proibido
A carne adocicada da fruta-pele
desliza ao céu da boca
amaciando a fome com seu gume
tirando lascas da língua
inocente de sua safra
chega ao estômago mostrando
ter apenas sabor idêntico,
e num simples deslizar sorrateiro de garganta
se desfaz de suas cascas de alimento
revelando ser fruto proibido
pronto pra saciar a vida
do degustador sedento pelo seu
sumo.
"Poema: Egoísmo mundial
Primeiro a ser independente,
E quase o último a ser descente.
Fome, sofrimentos e miséria,
Mas para vocês não é uma coisa séria!
Ricos se afogando em dinheiro,
As vezes até em exagero!
No Haiti pra você não há sofrimento,
Até porque você fecha os olhos
Para esse movimento,
Fome, miséria e pobreza,
Infelizmente pra você tá tudo beleza!
Nós temos que fluir, se não a coisa não vai evoluir!
Políticos mentirosos, na verdade eles são muito mais tenebrosos!
Eles não têm o mínimo, e nós exigindo o máximo!
O país atingido por um terremoto,
Fora devastado e logo perdeu-se!
A nação mundial não decorre a ajudar, estamos a falhar!
Todos são fúteis, até mesmo inúteis!
O Haiti precisa de ajuda!
Juntem todas as Nações, e o ajudem!
Ajudem o mundo, ou todo será imundo!
Vocês e preocupam com o seu dinheiro, riqueza e patrimônio?
Com toda certeza vocês são absolutamente o demônio!
(autora: Tainá Carvalho 1ºD 2019
Eu fui a São Paulo, para trabalhar.
Passei tanta fome, cheguei a chorar.
Partir para Santos, depois Guarujá.
Cheguei a dormir nas praias de lá.
Querida São Paulo, que decepção.
Aqui na Bahia eu não choro não.
Eu nunca chorei e nem fome passei.
Mas em ti , São Paulo, eu me machuquei.
Eu tenho fome de ti.
Eu amo o jeito que me decifra, mesmo quando me escondo.
Eu amo que ame meu jeito mofado e velho.
Eu amo que ame me ver reclamando de tudo.
Eu amo como me acalma quando estou indo para meu mundo louco e triste.
Eu amo quando diz que tenho olhos de jaboticabas. Faróis baixos.
Eu amo te olhar olhando para o nada. Amo porque sei que habito esses pensamentos perdidos. Em algum lugar, eu hábito em ti.
Amo que me deixa ser eu mesma, mesmo eu sendo uma bagunça.
Amo quando olha nos meu olhos e pede para me entregar, e me entrego.
Perdi o medo de te amar, você me mostrou que amar é simples e leve. Ri do meu medo, me faz ter coragem.
Corro até você, você sorri e me abraça. Fico segura e sei que meu lugar é dentro desse abraço.
• Ass: Noju.
estremecimentos distais
as unhas se mantêm
é uma fome tolerante à sua vez
cachos de miçangas fazendo o caminho da Guia
o pescoço é guidão em direção
ao triunfo
ao novo
Doces Momentos
Os dias passam…
Me arrasto desta fome
Em busca do desejo
Desta partilha
Os dias passam…
Mas a saudade aumenta
Neste coração
Que só deseja amar
Os dias passam…
E vamos à beira
Do encontro caloroso
De amor e desejo
Os dias passam…
E nós nesta busca
Nos entrelaçamos
Para o rito final do desejo de amor!
Assim -
Tenho sede de amor
tenho fome de ti
em meu corpo de dor
os teus olhos vesti.
E vesti amargura
plantei-a em mim
esperar-te é loucura
nesta fome sem fim.
E vesti o vazio
como a noite que chega
vou morrendo de frio
esteja eu onde esteja.
No meu corpo de dor
na verdade senti
tanta sede de amor
tanta fome de ti.