Poema curto
o poema
é pequeno
e cabe na mão
no coração,
no livro
dentro do bolso
na mente,
o poema é livre
e anda por onde quiser!
em cada batida
palpitação...
em cada partida
inquietação...
em cada poema
antes de mais nada,
INSPIRAÇÃO.
o poema não chega
por mais que eu insista
por mais que eu exista
por mais ou menos
a hora é a guerra
e eu perco todo o meu tempo
quando penso demais.
entra no poema
que no caminho
te explico.
segue aquele poeta
aquela vida
siga em frente
não pare!
na próxima esquina
o futuro.
no poema cabe revolta
pela injustiça do cotidiano.
uma voz gritando por liberdade!
no poema-vida-real
a guerra martiriza
o terror destrói
e o inocente paga caro
sem ter culpa,
poesia não é só amor e flores
é dor e devastação.
escrevo um poema
como se fosse um enigma
vou decifrando palavra por palavra
até descobrir que tudo
é passado, acabou o momento
e não sobrou lembrança de nada
a vida passageira
e eu perdi o tempo
esperando você voltar.
POESIA, POETA, LEDOR
Eu poeto!
Ele poema!
Poesia em soneto
Soneto em dilema
Prosa do alfabeto
Rima no teorema
Teorema secreto
Trova suprema...
Poesia sem ledor
É verso sem gema
Poeta sem amor!
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
É para você, este poema
Entitulado: - "pro amigo"
Nele a afeição é o tema
Nosso carinho, eu bendigo...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
...Tal como o suspiro carece da atmosfera
A lágrima necessitar da emoção
Em cada poema há quimera
Em cada quimera oblação...
Poema sonoro
(DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI)
Um sentimento de DÓ
Quando o amor da RÉ
Na alma MI faz vibrar
São notas que FÁ
O poema ficar SOL
Na vida em sinfonia...
Se a paixão se perde LÁ.
SIlencia...
Quando estiveres lendo este poema
Na rima o meu doce amor pressinta
Composto de apaixonado teorema
Não fale nada. Leia. Somente sinta
ABACAXI
Espinhada coroa
Casca grossa, fonte tupi
De versos tão atoa
Um poema, um abacaxi!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
Uma rosa é uma rosa,
de uma beleza caprichosa...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
do poema "Uma Rosa"
— O que vieste aqui fazer ao meu poema?
— Vim buscar o meu corpo.
— Para quê?
— Para despir as tuas noites.
Se eu pudesse transformar
o meu poema em realidade
escolheria aquela parte
onde não existe realidade.
Poema à Deriva
Sou um
poema
à deriva
nesta ondulante
planície salgada.
Abrigo-me
na copa das
tépidas estrelas
onde repouso
o meu rosto
nas ruínas
que pulsam
no meu peito.