Poema curto
"Tenho as costas largas. Lacei meus pés na arruda. Risquei o chão com a espada de São Jorge e fugi para o deserto."
"Assu, pátria amada do meu sertão, ressecada, sem inverno e de verão. Calor não falta, suor e 'fogueirão'. Brasa tem de sobra para esquentar nossa paixão. Quero ver derretidinho o seu lindo coração."
A linguagem verbal é o milagre maior do Logos, oceano comum-comunicante, mare nostrum antrópico onde a prosa nada enquanto a poesia navega.
"Colocar alguém em destaque é dar domínio sobre a sua vida. Você passa a se sentir devedora para com alguém que nem te deu a vida"
"Negligenciar a imperícia do imprudente e' a mesma coisa que um cego se permitir conduzir por outro".
Lembre-se, se a vida te der um chute na canela olhe bem nos olhos dela e diga... vou contar pra minha mãe! E saia chorando feliz e contente com o problema resolvido.
"Por um segundo, vibrei numa frequência que não era a minha.
Por um segundo Deus falou comigo. Deus e' tudo, e ainda omnia."
"Reflexão não e' uma amaciada no ego, isto e' elogio; reflexão e' um balde de água fria quando se esta' dopado das percepções."
Em meio as águas calmas tudo flui na beira mar, mas de repente a nuvem condensa e urge precipitar.
A gota cai no chão e lá se vão um milhão de ondas inquietas que perturbavam teu mar.
O anseio ou engodo supremo da poesia, essa arte suprema do verbo, é, paradoxalmente, acessar a dimensão pré-verbal, aquela que o verbo mesmo nos roubou. E Sísifo fantasia-se de Orfeu, e Narciso, de Jasão, e embriagam-se de desespero e máscara.
Viajo em pensamentos, com memórias de um passado que se tornou ausente, deixando de viver o presente pois nada mais o deixa contente e vive com a ansiedade do que o futuro lhe resguarda, quem sabe encontrar novamente sua amada?