Poema curto
Caipira que é caipira
no Arraial come pão
com a salsicha ou a linguiça
feita da maneira tradicional,
Porque sabe o valor
do esforço da cultura local.
Pipoca explodindo
no tacho no ritmo
do nosso arraial
sendo feita com
carinho sem igual,
Daqui a pouco vai sair
pipoca doce e salgada
com pedacinhos
de queijo da roça
que você vai provar
e se empolgar
até a Lua ir dormir,
o Sol sorridente raiar
e ainda não cansar.
Amendoim torrado
e receitas com ele
não podem faltar,
porque aquecem
do frio e fazem
a disposição disparar
para dançar no arraiá.
És o meu amado Sol
e eu sou a tua Lua
entre avancês e anarriês
no arraiá da vida
com os nossos balancês
quem sabe gente se aproxima.
Um anarriê poético
de tudo aquilo
que não nos faz falta
e que nos permita
olhar no fundo d'alma
de um e do outro,
nos permitir se apaixonar
e dar fuga para a fantasia
de tudo o quê é confuso.
Brigadeiro de Paçoca
para você provar
entrar no modo arraiá,
Com toda certeza
você vai adorar
e comigo tu vai ser par.
Caldinho de Costela
feito com carinho
e do jeito caipira,
É poesia, sim senhô,
para recarregar
a energia do meu amô,
que vai dançar comigo
de novo até o Sol raiar.
“Tantos foram os que partiram
Jamais uma carta nos redigiram.
Nunca mais uma
Expressão de amor
Nunca mais sentimos seu calor.
E depois disso alguém nasce,
Amanhã, o Sol renasce.”
“Seu sofrimento lhe lembra de Jesus
Por isso se põe a rezar
Tamanha Sua dor na cruz
De algum lugar Deus o ouvirá.”
“Nada poderá ser revivido
Mas há uma segunda chance
Tudo poderá ser corrigido
Sua alma ganha uma nova nuance.”
“Vivia como se o tempo parasse
Sem querer adormeci
Não havia quem eu não amasse
Acordei e vi que cresci.”
“Sono profundo
A vida direciona-se à morte
Carrego nas costas o mundo
Para viver preciso de sorte.”