Poema curto
As Caviúnas com graça
o caminho enfeitam,
As suas sombras fazem
artes de muitas luas,
Te amar com poesia
silenciosa faz parte,
Você não quer outra
coisa comigo que
a não ser compromisso.
O Araribá-Amarelo
quando floresce
é sempre um elogio
ao Céu e a Terra,
É uma memória
poética que muitas
vezes deixamos de fazer:
elogiar quem merece
é também na vida bendizer.
Cada rima minha
tem a ligeireza
de uma Cutia,
Eu sou Poetisa,
e se você prestar
atenção escrevo
mais de uma
poesia todo dia.
Rodeio no friozinho
Tenho saudades de caminhar
bem rente ao Rio Itajaí-Açu,
Rodeio neste friozinho
é um convite no final da tarde
para um café bem quentinho
com um bolo feito com carinho.
A moça que dançou
depois de morta
escreveu no seu coração,
Deixou o seu casaco
na tumba e escreveu a História
com a tinta da eternidade
nesta vida que ainda continua.
Quando você me vê
percebo que fica todo
estremecido que até
parece um Caxinguelê,
E eu finjo que não vejo
porque também amo você.
Rodeio no Inverno
A neblina acaricia
com máxima poesia
o Médio Vale do Itajaí,
Rodeio no Inverno
ao som das músicas
das minhas origens,
com café fresco e pão quente
oferece tranquilidade
que acaricia o coração da gente.
Se por acaso você
cruzar com uma
bela moça no seu
caminho é aconselhável,
Não se aproximar
e não tocar na flor,
porque ela pode
assumir o seu lugar,
Este poema conta uma
lenda para te avisar:
cada um no seu lugar.
O Sonho da Fortuna
mostra que não é lenda
que as aparências enganam,
E os sonhos muitas
das vezes nos avisam.
Debaixo de uma Sapuva
sob a bênção da mansa Lua
você me trouxe uma Camélia
que é o símbolo da Abolição,
e entregou para mim o coração.
Pode me chamar
de louca quando
cobiço a sua boca,
É claro que quero
te beijar como
quem consome um
delicioso Cambucá,
Não estou aí agora,
é a poesia quem está.
A cavalgada mágica
dos cavalos selvagens
do Céu fizeram ventar,
as pétalas amorosas
da Chuva de Ouro caíram
sobre os nossos ombros
e ao redor se espalharam,
Nesta vereda romântica
minh'alma se entrega
e a sua retribui entretida.
Um Vassourão-Preto
esplendendo na campina,
Pensamento esvoaçante
é poesia a Céu aberto,
Te querer por perto
dia e noite pode ser
para alguns alucinação,
Você cedo ou tarde
vai se entrega de coração.
As flores da Vassoura-Vermelha
coroam com nobreza o azul
do Hemisfério Celestial Sul,
Dessa paixão recolhida
você tem me tornado
a poesia dos seus dias,
Depois de mim a sua vida
nunca mais será a mesma:
Em ti sou a chama amorosa
acesa e absolutamente intensa.
Juqueris poéticos acenam
para nós na estrada
ensolarada da vida,
Te entrego a minha
mão e todo o coração.
Saudades da época
que eu ríamos de tudo
e de ver dormideiras
por todo o lugar,
A gente precisa resgatar
a mesma delicadeza,
o contentamento
e a leveza da infância
ao brincar com as dormideiras
e ao lidar uns com
os outros mesmo sendo
tão diferentes no pensamento.
A amorosa Sangra D'água
inunda o olhar com poesia,
O Sol do teu sublime amor
me aquece com energia,
Só de estar ao seu lado
me preenche de alegria.
Cercados pelo cortejo
da florada dos Maricás,
Não ocultamos o desejo
e assim nos presenteamos
com um apaixonado beijo.
A florada do Juqueri
de amarelo brinda,
Existe poesia por aqui
e você há de ser
a minha novidade
sempre e todo dia,
E eu hei de te mimar
com toda a carícia.