Poema curto
Sagrado Butiazeiro
és da América do Sul,
e também do meu
amado Brasil Brasileiro,
O teu delicioso sabor
deixa faceiro o meu peito.
As estrelas tocaram
uma fascinante
sonata no absoluto
da Via Láctea
para a chegada
da irmã Lua
mais brilhante
do que nunca
no Hemisfério Austral.
Cabeçudos com os seus
frutos amadurecendo,
Eu danço como o balanço
do cantante vento,
Penso em você
a todo momento.
Foi um dia marcante
que te conheci por foto
Passei a te querer todo,
Você parecia uma miragem
no meio de uma paisagem
e se fixou em mim como tatuagem.
A Paineira-vermelha
com amor verdadeiro
e suas estrelas de Rubi
beijam docemente o céu
e quem passa por aqui.
Não era uma idiota
para lidar com assuntos
de paz e guerra,
Era uma sereia
que no lugar de caneca
usa um caracol,
Senhora de si a sua
biblioteca era um atol
e a sua família escova
de cabelos era feita
toda de madrepérola
para a sua essência poética.
Nada supera a beleza
da Paina-de-seda
beijada pela ventania
que até parece um
castelo de fadas e poesia.
A Paineira-fêmea
espalha as suas
flores e a sua lenda
pelo caminho,
e eu espalho poemas
com todo o carinho.
Quero que as sumaúmas
enfeitem com flores
os meus longos cabelos,
quero ser a dona
de todos os seus desejos.