Poema curto
Gabriela
Foi lá que eu achei.
Foi lá que achei ela.
Foi lá que conheci, Gabriela.
Embora não seja minha.
Para sempre serei dela.
Justamente por não ser minha.
Eu a terei para sempre bela.
Minha bela, Gabriela.
Vitrais
Poemas em pedacinhos coloridos nas paredes.
Escritos por poetas das artes.
Editados pela luz do sol...
Só você sabe,
nesse caminho,
o que plantou,
Pedras e pedaços que juntou.
Viva,
desabrochou minha flor.
Sua luz,
reluzente em amor.
Colhe agora minha menina,
O que um dia plantou.
Minha pequena
A vida te tirou para trilhar;
O que era oração,
ocupa seu lugar.
O vento batia na saia,
estremecia o estendedor,
a saia mudava de cor
na leveza da cambraia...
O vento batia na saia,
batia, batia, batia,
a saia o vento sentia,
o vento batia na saia.
“Escrever é vencer o tempo, cristalizar orações e memórias,
e fazer memória do que está dentro.
É permitir que o tempo não corroa tudo o que precisa ser lembrado.”
Desenredos
Qual o exato tamanho
da minha dor, da sua dor
da nossa dor?
Qual o momento certo
da felicidade, da sua
da nossa?
Sobra guerra, falta pólvora
sobra lágrima, falta
quem chora
Então, eu contemplei o mar
E foi tanto verde, foi tanto azul
Que dali, quando tirei meus olhos
Minh'alma não se afastou
Agora, para matar a saudade
Marejo de lágrimas o olhar
Para salgar a lembrança
... da maresia, e do mar
p.o.e.s.i.a
eu poderia viver sem a p.alavra feito bicho o.dioso,
intratável e e.goísta, mas não abriria mão
(essa acostumada às nuvens) do s.ilêncio,
que me escuta, da i.lha, que me abraça, e das a.lturas,
que me cobram comp.a.i.x.ã.o
Quando um texto esta pra nascer,
as palavras circundam a minha volta, como querendo dizer:
"usa-me aqui estou!"
E elas
iguais parteiras
oferecem suas frases e vErSoS,
para apanhar o poema.
***
✍️🌹💌
<<< Francisca Lucas >>>
O mundo só vai mudar
Quando tivermos a tática
De tudo que nós falarmos
Seja também nossa prática.
Santo Antôniodo Salto da Onça RN
Dizem que tudo na vida passa,
Não acredito que passe
Mas existe um grande impasse
E o que eu sinto por você não passa.
Tenho dado gole aos santos
Tenho virado as garrafas,
Tenho matado os copos nas mesas dos bares,
Sem conseguir esquecer o que a gente passou...
Chama-me
flor luminosa, cheia
de azul e verde, o ventre
criador de poemas, de sol, de
luzes, a rosa que respira... amor.