Poema curto
tenho ciência da morte
mas aproveito a viagem
antes de ser digerido
assim como a minhoca
no bico do passarinho
A morte é inevitável, nem vale a pena questionar…
Já todos sabemos que vamos desaparecer…
Mas enquanto muitos se limitam ao simples factos de existir,
Eu optei por tentar viver.
O primeiro erro da minha vida foi logo quando nasci…
Mas como todo o ser o humano, vou aprendendo…
Feliz ou infelizmente ainda nem comecei a viver,
E aos poucos já vou morrendo…
As vezes è so pensar
Tentar imaginar
Olhar para frente
E talvez arriscar
Pois quem não arriscar nunca irá conseguir ganhar
Tirar inspiração em alguèm...
Em alguèm que você goste
Em pessoas que te façam bem...
A alegria em seus olhos
Me faz ter vontade de viver.
Seu sorriso meio fechado
Me faz te querer.
Ó quem dera poder beijar-te
Beijar-te até morrer.
Existem amores que nos arroubam de improviso
Existem olhares que nos prendem sem sobreaviso
E o pior é que não existe uma placa de perigo
Advertência!
Nem sei ao certo onde piso...
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in: Dama de Cabelos Negros - O Resgate da Subjetividade Ed. Viva
Peças desgarradas
Pensei em tudo que pude ser.
Pensei em tudo que disse ser.
E no fim eu vi que nada sei fazer.
A poesia está ali no canto
Invisível ao olho arrogante
A poesia está ali nas ruas
Sozinha, triste e vagando
A poesia está ali no beco
Sem ninguém que acalme seu medo
A poesia morreu no banco
Mas no céu virou encanto!
Seu sorriso continua...
Tímido, mas atraente.
Hora triste, hora contente
Mas ele sempre
Se faz presente.
a pele dela era a estrada
mais perigosa
que já havia andado
cada curva
mostrava que o destino
era pra poucos.
eu quero de ver
nos meus olhos
eu quero de ter
nos meus braços
e ver o sol nascer
eu quero de querer
na minha cama
eu quero de viver
ao seu lado
e ver a lua renascer
Que os bons ventos!
Para este mar, boas ondas me tragam.
Que os bons ventos!
Tempestades não me tragam.
Que os bons ventos!
Guiem minhas asas ao voar.
Que os bons ventos!
A calmaria me tragam.
Que esses mesmo bons ventos!
Me tragam, também você.
Na ponta do verso
escrevo teu silêncio.
Poemo.
Rabisco.
Rasuro teu corpo.
me ama.
te amo.
componho-me em teus desejos.
BR 232
Nessa BR dois três dois
Muita gente vai e vem
A estrada tem saudade
E quem passa nela também
Pois quem fica sente falta
E quem vai deixa em alguém
(Jefferson Moraes)
Arcoverde, Pernambuco
07/07/2014
Quase dez horas da noite
Num sítio perto do Ambô
No chão, sanfona e forró
No céu, a bela lua de hoje
No peito, a força do coice
Que a saudade vem dando
Só me resta ir lembrando
De quem não está comigo
No frio, falta-me o abrigo
Do abraço de quem eu amo.
O tempo que me guia...
O vento me acalma...
Como um baseado...
É quente...
A vida voa..
As lembranças..
São só lembranças..
Como o sentimento..
Felicidade?
Não passa por aqui,,
Ela se foi..
Foi como ela..
Sozinho...
E.. É..
É.
À cada espectador ao silêncio tornando
Àos assobios em ecos distanciando
As cortinas de rubro vivo irei fechar
O show acabou...
Uma vida de reclusão,
trancafiado na minha própria mente,
num surto de ilusão,
libertou-se veemente sensação
de saber realmente
oque fazia ali, quem, e qual era sua missão.
Cessaram as guerras.
Nunca voltaras a ser quem eras.
Erras a eras, e nada aprendes ?