Poema Casa
A casa de minha infância
Uma cidadezinha na verdade uma vila
Quase esquecida
Por alguma propriedade rural engolida
Das poucas ruas posso lembrar-me do lado esquerdo
Da casinha quase na esquina
Não é essa aqui
Aquela La subindo a Rua La em cima
Com pintura a cal amarela desbotada
Partes que já caiu o reboco
O celebro se agita a recordação vem aos poucos
A rua de terra batida
Época de muita poeira
Em outrora uma massa vermelha grudadeira
A frente um pé de sete copas dos grandes
Cerca de madeira
Há estou vivendo de novo
Num pequeno cômodo uma velha tarimba
Em cima um colchão de palha
Na parede pendurado num prego
Meu picuá e estilingue
Pela a janela vejo onde hoje é pasto
Já foi uma grande palhada
Ao pé de macaúba me vejo a sua sombra
Apanhando coco muito usado em casada.
Sonho sem sono
Cara de sono cachorro sem dono
De casa fugiu
Cansado e com fume arrego pediu
Sem colo, o homem sozinho se viu.
Longe do aconchego pó ai pelo o beco sentindo frio
Lembranças do olhar meigo
Perdeu o sossego
O amor reagiu
Vagando em fim, sem solução.
Abrindo os olhos, vendo a ilusão.
A saudade aperta minha porta aberta
Do seu amor ainda sou dono
Sonho sem sono dono do seu coração
numa casa com aluguel atrasado
falamos da chuva de granizo
numa casa movediça
o despertador toca mais cedo
de uma casa com incêndio
você talvez não saia a tempo
numa casa no deslizamento
morremos pensando que pena
numa casa pequena
não cabem os panos de prato
sem uma casa arejada
você cheira a cachorro molhado
numa casa sem amor
todos arrumam outros planos
numa casa às pressas
tem coisas que você deixa
numa casa por ano
é melhor nem abrir essas caixas
Navegantes
A pobre casa de taipa adormece em Guamaré.
De barro e madeira, cheia de hóspedes.
Guardiã das tristes estrelas na alta maré.
As redes de pescadores penduradas nas paredes.
Nas tábuas de um aparador desbotado,
Onde humildes pratos repousam como amigos.
Uma grande rede, com cores de um tempo passado,
Estende-se perto do colchão sobre velhos bancos.
Há nove crianças, almas jogadas ao vento.
O fogão de lenha cheio de chamas nos trópicos,
Curva-se diante do teto escuro e sem mantimento.
Uma mulher de joelhos reza para Santa Conceição.
É a mãe. E lá fora, redemoinhos de poeira dançam.
No céu, os ventos, as rochas, as dunas, o coração.
Na sombra, as ondas sinistras do mar soluçam.
Vc foi a alegria da sua mãe, correndo pela casa, pra lá e pra cá em cima de uma motoca.
Vc é a razão dos suspiros diários dela.
Seu cheiro conforta os sentidos dela.
Seu modo de ser e de agir
é um brilho nos olhos dela.
Seu perfume..
Meu pupilo, Filho ❤
Quando a formiga cria asas, ela não se perde apenas de casa,
muda a cena e ela se encontra perdida no céu, eu pergunto...
Cadê o mel?
Carrilhão
Na casa calma o carrilhão toca
O carrilhão na casa então canta
Teu sussurro que no ar carpanta
Alto, em altas horas dorminhoca
O carrilhão toca. Na casa espanta
O silêncio, assim, faz uma troca
Em reza tal a uma velha coroca
Prum ritmo numa batida santa
Toca, santa, canta, uma maçaroca
Chora afiado o carrilhão, encanta.
E na casa calma e vazia e ampla
O carrilhão chora e ali agiganta
Carrilhão, a que horas você levanta?
O coração triste e vazio aqui potoca
Em cada batida pulsa tal badalhoca
O que espera mais... Carrilhão canta!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2018
Cerrado goiano
Geração de homem
.
Geração de homem mimado
Que quer chegar
E encontrar
Casa
Roupa
Comida
Tudo pronto
Tudo lavado
.
Geração de homem
Que não enxerga
A mulher
A parceira que tem
Que exige
E nada em troca faz
.
Que fala
Que manda
Que quer
E pronto
É assim
E será assim
.
Geração de homem
Que merece
Ficar sozinho
Sem ninguém
.
Que a mulher enxergue
O quão grandiosa ela é
E não aceite
Não se sujeite
Não permita
Que homem nenhum
Mande
Ordene
Diga o que ela deva fazer
Levante a voz
Ou a mão
Não permita
Tenha vez
Tenha voz
.
Fale o que pense
Se expresse
Seja mulher
.
Geração de homem mimado
Que olha
Assobia
Busca a marca a calcinha
Falta com respeito
Para inflar o ego
Machista
.
Mulher
Que você
Tenha o respeito
A admiração
A valorização
Seja cuidada
Não por precisar
Mas por reciprocidade
.
Mulher
Não permita
Que a geração de homem mimado
A impeça
De sorrir
De viver
De fazer
O seu melhor!
.
Levante
E vá longe!
.
~ Henrique Ferreira - @dullcesilencio
Piscar de Olhos
Num piscar de olhos e o início aconteceu, em cada canto da casa respiro sentimentos,
os teus encantos causam muitos efeitos bons em mim, o teu calor transmite muita alegria, paz e vitalidade para a minha alma,
antes da tua chegada tudo na minha vida era tão trivial, agora tudo é tão especial, extraordinário,
deve haver alguma tradução para o meu Sol esta brilhando tanto, se a Lua já era linda, imagina como a vejo hoje,
o teu amor me envolve diariamente em uma camada perfeita de sonhos e emoções reais, ele me transforma,
não há adjetivos para compor a minha frase, não há flores mais bonitas para homenagear este sentimento, o meu amor é invisível apenas para os que não querem ver, sem mais rodeios.
Eu te amo! E sempre estarei te amando incansavelmente.
Paira sobre mim -
Paira sobre mim
a tua voz de silêncio
naquela casa d'onde vim
caiada de Sol e Madrugada !
Visto a dor em meu corpo ...
Algo há de oculto,
meu barco, meu porto,
minha noite sem esperança!
Nada vejo ... nada escuto ...
Há vazio e nada em meu redor,
o eco do silêncio que deixaste
na voz muda das Estrelas.
Aquela casa abandonada
grita por dentro, sem fim,
e a tua voz, cansada,
chama de longe, por mim.
Como tudo entre nós está mudado ...
Tenho frio ... estou gelado!
O meu marido
saiu de casa no dia
25 de Janeiro. Levava uma bicicleta
a pedais, caixa de ferramenta de pedreiro,
vestia calças azuis de zuarte, camisa verde,
blusão cinzento, tipo militar, e calçava
botas de borracha e tinha chapéu cinzento
e levava na bicicleta um saco com uma manta
e uma pele de ovelha, um fogão a petróleo
e uma panela de esmalte azul.
Como não tive mais notícias, espero o pior.
Seu zumbi é santo sim que eu sei
Caxixi, agdavi, capoeira
Casa de batuque e toque na mesa
Linda santa Iansã da pureza
Vira fogo, atraca, atraca, se chegue
Vi Nanã dentro da mata do jejê
Brasa acesa na pisada do frevo
Arrepia o corpo inteiro
Quando você for ver o mar
Seus olhos mergulhar na casa de Iemanjá
A Bahia de todos os santos vão abençoar
E verá seu interior festejar
A lembrança de ser livre
Na selva
No barro
No mangue
Nas dunas de um corpo que baila
No canto que o vento espalha
Segue o barco
Segue o rumo
Infinito !!
Eu acabei de mandar as estrelinhas para sua casa, para mostrar o seu brilho, o qto vc é radiante.
Acabei tb de mandar a lua, para mostrar a sua beleza, leveza, nobreza.
Agora vc tem as estrelinhas e a lua, e deixo que vc me pergunte:
E o céu, vc não vai falar nada?
Me reverencio diante de tamanhã beleza, grandeza e te respondo.
Claro que sim !!
Este é meu amor por vc, infinito. Infinitoooooo
Simone Vercosa.
Longe de Casa
Já consigo ver a rosa criada à luz do sol
Já consigo chorar um passado cruelmente lindo
Já sinto um vazio concreto denso que me forma aquela casa
Já senti saudade duma mesa torta
Jamais porém dum leito umbílico que em minha alma toca
Sonhei dos momentos que pareciam vício
dum hábito que quase postulado sacro
podia dizer que a vida é isso
Mas acordei e virgem entendi a pista
dum sonoro choro nesse sangue amado
Olhei pra frente vi uma rocha grande
quem é esse homem que amanhã acorda?
que escolheu alar um grande mastro
Será que esqueceu de não trancar a porta
que ainda lembra de sempre dar a volta
Será que ainda sabe do postulado sacro
Minha casa volante
De vazio e sonho.
O trapézio em que
Me equilibro desde
O dia em que nasci.
A jaula das feras
Com que convivo.
Os palhaços que
Nos reproduzem.
Os domadores que
A nem todos domam.
As amazonas que
Não sabem amar.
O público que não
Nos vê e não aplaude.
Circo: círculo
Concêntrico desta
Roda viva
De purgação
E espera.
Mas se o circo parte
Fico ainda mais só.
Quem é o dono da sua casa?
Tudo o que está no céu e na terra é Seu. -
1 Crônicas 29:11
Escritura de hoje : 1 Crônicas 29: 10-15
Minha esposa e eu compramos nossa primeira casa quando nos mudamos para Grand Rapids, Michigan. Durante meus anos no pastorado, sempre havia sido oferecido um presbitério. Lembro-me da sensação quando assinei uma hipoteca de 30 anos. Parecia que eu estava me comprometendo com uma vida inteira de dívidas.
Outro pensamento tomou conta de mim recentemente - nunca vou ser dono de minha casa, mesmo quando a hipoteca é paga. Veja bem, Deus é o verdadeiro detentor do título. Tudo pertence a ele.
Essas reflexões levantam uma questão vital em nossa cultura altamente materialista. Nós, como cristãos, devemos reconhecer que Deus é o legítimo dono de nossos bens, ou eles serão uma causa de frustração. Nossa atitude será refletida no que lhes acontece. Um entalhe na para-choque do nosso carro novo, por exemplo, pode nos deixar fora de forma. Um derramamento de café nos móveis pode manchar nossa atitude. Um roubo pode facilmente nos roubar a paz.
Precisamos renunciar aos direitos de propriedade e levar a sério nossas responsabilidades de mordomia. Isso não significa adotar uma atitude casual e inútil em relação às coisas materiais. Em nossos corações, devemos fazer uma transferência de nossos bens para Deus e, em seguida, lembrar-nos de quem realmente os possui (1 Crônicas 29:11). Isso nos ajudará a usar as coisas com sabedoria, segurá-las com leveza e aproveitá-las plenamente.
Refletir e orar
Deus possui o ouro em todas as minas,
o gado nas colinas,
e em sua graça soberana, ele dá
conforme a sua vontade. -D. De Haan
A verdadeira medida de nossa riqueza é o tesouro que temos no céu. Dennis J. DeHaan
Boas intenções
O éfode tornou-se uma armadilha para Gideão e sua casa. - Juízes 8:27
Escritura de hoje : Juízes 8: 22-27
Você já teve um daqueles momentos em que eu estava apenas tentando ajudar? Talvez você tenha se oferecido para levar o bolo para a mesa e o tenha deixado cair. Ou talvez você se ofereceu para cuidar do cão do cão do vizinho e o carinha fugiu.
Nos juízes 8, parece que Gideão tentou fazer uma coisa boa. Mas o resultado foi trágico. Impressionados com suas façanhas militares, os homens de Israel pediram a Gideão que fosse seu rei. Para seu crédito, ele recusou (Juízes 8: 22-23). Mas então ele pediu que eles doassem brincos de ouro, que ele transformou em um "éfode" (v.27). Era uma roupa sagrada usada pelo sumo sacerdote ou algum tipo de imagem. Por que ele fez isso? Não sabemos ao certo, mas Gideon pode estar tentando fornecer liderança espiritual. Qualquer que fosse o motivo, Deus não havia dito para ele fazer isso.
Quando Gideão estabeleceu o éfode em Ofra, desviou a atenção do povo da adoração ao Senhor e os levou à idolatria (v.27). E assim que Gideão morreu, o povo achou fácil voltar a adorar os Baals (v.33).
Gideão pode ter tido boas intenções, mas cometeu o erro de agir sem consultar o Senhor. Sejamos cuidadosos para não deixar que nada desvie nossos olhos de nosso Deus santo e amoroso - ou isso nos desviará e outros.
Refletir e orar
A Palavra de Deus fornece a luz
. Precisamos ver o caminho;
Se obedecermos ao que Deus disse,
não seremos desviados. —Sper
Boas intenções não substituem a obediência. Dave Branon
EU SEREI SEU TEMPO
Trago um coração partido.
Guardado nessa casa em que habito.
Então, teus olhos... verei nas estrelas,
ao anoitecer, até nos fundirmos
e tornarmo-nos UM.
E quando chover, se chover,
o verei nas nuvens sangrando
a molhar meu rosto.
Eu serei seu tempo
e você o meu.
Ou serei a chuva e você as nuvens!
mas quem sabe as flores,
e você, o jardim onde me plantarem.
E será bom caminhar descalço
na terra molhada quando chover,
se chover.
Eu serei seu tempo e você o meu.
NOSSA CASA
Nosso amor nasceu das notas do cantar
da andorinha no galho seco da aroeira,
frente à casa velha...
Era uma canção com notas qual fino linho
e fita dourada nas mãos de uma criança.
E daquela janela com nossos sonhos,
olharíamos a chuva e a flor outonal
nos campos a brotar, e o gado pastando,
parecendo ruminar nossos pensamentos!
E nós, as nossas memórias remoendo
os sonhos envoltos em fino tecido, trazidos
por um anjo: a andorinha que cantava
no galho da aroeira defronte à casa velha!
E nunca mais deixei de olhar pela janela,
a flor do campo, tão amarela, e às vezes
tão verde, e às vezes tão da cor da terra!
Da cor do nada.
23/04/18