Poema Canção
Que nossas vidas se entrelacem como versos de uma canção,
Que cada momento seja um poema,
uma declaração.
Com você, descobri o verdadeiro
significado do amor,
E quero caminhar ao seu lado
para sempre, meu amor.
Raphael Denizart * 07/04/2024 * ReJ
Vieste de terras dos verdes campos!
Das terras onde se entoa, uma canção.
A música nos deste, ao coração.
Teus actos são tão lindos.
Tu cantora de poemas lindos...
De alma grande e pacífica.
O conhecimento do bem nos faz ricos,
Teu bem, connosco sempre fica.
Trazes contigo a força dos campos
Até que em nós pões encantos tantos.
Sim, tu filha das águas do rio lindo.
Nestas terras, dá-nos esse teu pão.
Partilha connosco, a tua canção...
Para que nosso ser fique sorrindo!!!
Dedicado
A Helena Guerreiro
Da Unidade de Longa Duração e Manutenção de Albufeira
Peixes
Sou como o vento, do campo,
Que vai aos montes cantar.
Canto uma canção, do amar!
Diante das aves aí canto!
Vou, também, dançar,
Na praia, do mar selvagem.
Canto e danço sem, parar,
Nesta longa e linda viagem.
Ó mar de sal salgado!
Tu desde, tempos, navegado.
Deixa os peixes dormir,
E a bela música, ouvir.
Até que voltem a nadar,
Nas águas de manso, mar!
SOFRENTE CANÇÃO
O tempo amarelou meu verso apaixonado
Porém, não afastou aquela ilusão sonante
Deixou o instante imaculado e no passado
De modo nostálgica a saudade sussurrante
E, cá, eu, pelas bandas desde meu cerrado
Com sensação no peito e emoção gigante
Tão distante, me vejo, num suspiro calado
Com uma faiscante aflição, tão devorante!
Que pena! Tudo parecia não ser engano
Teu olhar tinha o sonido dum suave piano
Trazendo aquele sossego para o coração...
Mas a poesia que aparentava mais sentido
Na privação o meu desejo tornou-se diluído
Em dor, em solidão e uma sofrente canção!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 de agosto, 2022, 16’58” – Araguari, MG
CENÁRIO
Se eu fosse poesia, poetava essa canção
Se fosse um desencantado, desfazê-lo-ia
Se fosse uma doce rima, então, rimá-lo-ia
Com o meu amor, e a dava ao teu coração
Se fosse versos, ó que paixão e sensação
Cantaria o cântico emotivo que te exaltaria
Assim, se eu fosse um bardo, assim o faria:
Deixava a prosa ornada de devota emoção
Se fosse uma roseira, uma rosa eu te dava
Se vida fosse, o ar pra ti, ah! quanta alegria
E da escuta do meu segredo não escapava
Se fosse aguerrido, como a confissão seria?
O romantismo, a bravura, para mim tomava
Então, a sedução em uma toada eu deixaria.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
24 maio de 2024, 17’27” – Araguari, MG
SOM DO CERRADO (soneto)
Escuto o cerrado a cantar, em atroada
Canção do vento, da sequidão, escuto
Numa trovoada, e a emoção em fruto
De silêncio, no coração em disparada
Cada uma melodia deste chão tão bruto
Rasga o planalto numa voz empoeirada
De cantigas pela caliandra emoldurada
De bela cena e de árido hino em tributo
As flores do ipê, caem em fúnebre toada
No ritmo do por do sol se pondo soluto
Orquestrando a vida diversa e iluminada
E pela estrada os sons no olhar arguto
Cantam e encantam, minuto a minuto
Os ruídos sonoros numa alma calada...
Luciano Spagnol
Agosto/ 2016
Cerrado goiano
UMA CANÇÃO (soneto)
Este meu trovar é para nós dois
Num poema aterrado no coração
Com versos cifrados na emoção
Ouça! E não o deixe para depois
É fruto da lembrança em inspiração
Que surge do que para mim tu sois
Não de um tal silêncio em vão, pois
Este, só faz saudosar e ter distinção
Se aqui no canto tem algum pranto
Saiba que é porque eu te amo tanto
E cada lágrima poetada é de paixão
Eis, então, a minha voz, entretanto
Leia nas entrelinhas só o encanto
E verás muito mais que uma canção!
Luciano Spagnol
21, agosto, 2016
Cerrado goiano
CANÇÃO ILUSÓRIA
No mistério do cerrado
estórias e mais contos
E, nos contos, alados
e, nos alados, pontos
nos pontos narrativa
e, elas, em confrontos
entre a quimera e o real
no voo da imaginação viva...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
CANÇÃO MÍNIMA
No cerrado do planalto
brotam quimeras de cetim
E, no teu traçado, asfalto
canteiros, em um jardim
E, no jardim, o horizonte
ao longo, ilusão sem fim
Assim, Brasília, sem monte
desabrocha na cor carmim...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro, 2017
Cerrado goiano
O amor é a paixão metamorfoseada em letra, poesia, e canção... Em um único ato...
© Luciano Spagnol
Poeta do Cerrado
Cerrado goiano
Desejo
Quem me dera ter vivido poeta
Ter olhos que veem a emoção
Mãos pra cantar a canção certa
Fazendo poemas da inspiração
Ah, quem me dera!
Saber rimar frases de amor
Compor rimas com quimera
E na quimera lapidar a dor
Quem me dera, ah!
Ter a estrofe certa pra paixão
Na quadra ter a sublime forma
E doces versos para o coração
Ah! Sonhador de ser poético
E neste sonho muito quisera
E o pouco que faço é sintético
Ser poeta? Ah, quem me dera!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Canção para o cerrado
Não basta ser anunciado
é preciso dele perceber
o teu chão encantado
diversos no seu haver
misterioso e intrigado
Não basta cantar a aurora
sem a volúpia do vário
do belo que é sua flora
cerrado, velho santuário
peão do sertão, pandora
Não basta uma olhadela
é essencial o banquete
amor doido fado canela
se doar em ramalhete
tal uma virginal donzela
Pra apreciar o cerrado!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Canção
Não te cies do fado, nem do meu olhar
que o vento nos puxa pela alma sedenta
que as estrelas no céu se põem a poetar...
E nosso desejo se faz eternidade juventa.
Apressa-te, amor, que o tempo é de amar
que amanhã não importa, te quero agora!
Não demora tão longe, não me deixe estar
sozinho, num nácar de silêncio, janela a fora
o pensamento, se fores sonho, quero sonhar!
Seja já! Mesmo que a estória fale de outrora
o coração traça rotas que nunca pude tatear.
Apressa-te, amor, dispa está solidão, és abrigo
pegue na mão, me abrace, e assim vamos estar.
Se não te disse, com os meus versos te digo:
Como foi bom poder te encontrar!… e ficar!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
05/04/2019
São Paulo
(um mês)
Disse um dia o poeta Cartola, em sua canção que ``O mundo é um moinho´´, eu reitero e afirmo, o mundo é um BALÃO com altos e baixos.
No alto vemos as planícies e seus habitantes com seus problemas.
De baixo experienciarmos as mesmas e aprendemos com seus erros e acertos, para logo depois alçarmos voo outra vez,
Guitarra à Luz de Velas
O amor é uma nua canção
dividida em curtos fados
pela súmula pulsante do coração
que se ouve nos mares cansados.
No estreito silêncio das flores
murmura o pólen das pétalas
desfolhadas pelos acordes indolores
no rosto duma guitarra à luz de velas.
As arcadas cegam os claustros
que sustêm as paredes calcinadas
das celestes melodias dos astros
cantadas no sangue da madrugada .
Move-se pelo esquecido poema
a voz calada do poeta
propaga a luz verbal do fonema
na elíptica cauda do cometa.
ETERNA CANÇÃO (soneto)
Tens, sempre, o fogo da emoção
Do fascínio: - que arde na viveza
Em ginga e encantos da pureza
Todo a magia do pecado da paixão
E, sobre esse senso, a doce beleza
Da atração, que brota no coração
Mansa poracé, inigualável razão
E então, alimento e escava reza
És suspiros e mimo, tinos, tal qual
Os beijos são desejos tão ardentes
E que vorazmente atinge o ideal...
Afinal, memoração e gozo aqui são
Permanentes, em olhares reluzentes
De este amor, uma eterna canção!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/03/2020, 08'18" - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
CANÇÃO DO DESEJO QUERER...
Eu desejo o teu amor queimando intenso
Pro anseio de meus braços nus. Te quero!
Desejo-te integral e assim eu te pertenço
Desejo a paixão, no bem querer, venero!
Quero o teu agrado num agrado imenso
De carinho, e em um sentimento sincero
Desejo suspirar cada uma vez que penso
Em ti. Quero o nosso amor em um bolero
Assim, espero, sim, com tal intensidade
Onde se possa vivenciar uma felicidade
Na qual de ti e eu possa assentir o nós...
Desejo-te! Te quero! Nas boas diretrizes
Se dor, alegria, cumplicidade: aprendizes
Pois, no amor desejo querer laço, não nos...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18/02/2021, 06’43” – Triângulo Mineiro
Canção Musicada Pra Velhice
Dizes-te tempo, entretanto
Em ti andejando, cada dia
Mais e tais, mais um canto
Mais algo, e mais ousadia
E a cada novo ano, passa
Indo a carcaça abarrotada
Aparência baça, com graça
Peleja, e generosa morada
Cada passo, renovo, brilho
A vida num prélio deveras
A juventude um trocadilho
E o desejo das primaveras
Sigo da vida a doce poesia
Se ventura eu fosse poeta
Dele apanharia mais magia
Velho, mas de alma repleta
Cada fio do cabelo já prata
E a saudade no peito forte
No olhar luz, a sina pacata
E, que o coração se importe
Porém, antes, porém, sorte
Caro tempo, aqui me esforço
É bem que se vai pra morte
Mas, que seja sem remorso...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13/09/2021, 15’40” – Araguari, MG
CHEIO DE GRAÇA
Eu gosto da prosa que se veste de paixão
De um coração cantante da canção exata
Dos olhares poetados cheios de sensação
Do peito suspirando numa doce serenata
Não gosto de sussurros numa inspiração
De choro que fere, incerto termo, bravata
Gosto de flor dada com genuína emoção
Então, que seja adorno de ouro ou prata
Gosto do abrigo do abraço que contagia
Que faz a alma dançante, com toda raça
Da poética do fado que traz a companhia
Em sendo assim, estar no acaso que passa
Trazendo aos versos aquela atração luzidia
Do amor, deixando o soneto cheio de graça
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 fevereiro, 2022, 18’26” – Araguari, MG
CANÇÃO À AUSENTE (soneto)
Pra te esquecer ensaiei minha saudade
Deixei então de pronunciar o teu nome
Me escondi no silêncio que me consome
Pra te esquecer ensaiei a minha vaidade
Pra te omitir ensaiei diverso pronome
Busquei na poesia uma profundidade
E na maldade do verso tu me invade
Pra te omitir ensaiei não ter de ti fome
Pra te esquecer ensaiei a minha razão
E no vão árduo o pensamento chorou
Para te omitir ensaiei o meu coração
Pra te esquecer e te omitir só sobrou
Um prazer agridoce e amarga ilusão
Para te omitir, esqueci.... acabou!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/03/2020, 19’10” - Cerrado goiano