Poema com cachorro
Há 14 anos, fui adotado por um cachorro de rua. Ele entrou em nossa casa, ficou debaixo da mesa e não saiu mais. Comeu a comida da Fedoca e da Pirenta (Valeska Poposuda). Adivinhem por que elas se chamavam assim?
Neste momento, tínhamos três cachorros: Fedoca, Pirenta e Marley. Chute por que o Marley se chamava assim. Ele foi trocado por um papelote de droga na boca de fumo. Neste momento, o Cuequinha entrou em nossas vidas e ficou. Ele nos amou com todo o seu amor.
Mas a vida é um mistério. A vida não, a morte é o mistério. Será se há algo depois deste mundo? Para alguns sim, para mim, não existe mais nada.
Acredito que meus cachorros, papagaios e tartarugas vivem. Vivem em minhas lembranças. Eu que morri para eles...
Amo-te meu Cuequinha, Fedoca e Pirenta.
Agora só nos resta a lembrança.
Minha noite tem sonos picados,
e sonhos sem fio na faca cega que segue afiada.
Um cachorro late na alvorada amarga,
nos travesseiros do peito
com palavras encravadas.
Um cachorro chamado segredo
Tenho um segredo
Um cachorro chamado Segredo
Lhe dei esse nome por causa dos olhos.
Sinceros, castanhos e profundos, Pareciam guardar um segredo.
E com certeza guardavam.
Ele me olhava e olhava,
Parecia querer contar.
E com certeza queria,
Mas não podia.
O segredo não pode falar.
E um segredo nunca se pode contar.
Quanta sabedoria seus olhos mostravam,
Olhos grandes, lindos e brilhantes.
A inocência, em essência
Lembramos que não a temos,
Daí, tão graciosa.
O Segredo guardava um segredo,
Mas não podia contar.
Então, estava sempre ao meu lado,
Na sua forma de compartilhar.
Às vezes acho que o segredo
É a forma correta de amar.
Outras vezes penso que seja
Como o céu alcançar.
E assim vamos vivendo,
Eu e meu amigo,
Um cachorro chamado Segredo,
Que vive correndo e latindo,
E sempre que eu o abraço,
Aconchego meus segredos nos dele.
Nada precisa dizer, ou latir.
Nada preciso saber, ou ouvir.
É segredo.
Eu tenho um cachorro que é o meu melhor amigo. Ele é fiel, carinhoso e divertido. Ele adora brincar comigo e com o seu brinquedo favorito: uma bola de borracha. Ele não larga a bola por nada, nem mesmo para comer ou dormir. Ele fica com ela na boca, nas patas, no colo. Ele a leva para todo lado, como se fosse um tesouro.
Mas eu sei que ele não ama a bola como eu amo ele. Ele é curioso, aventureiro e desobediente. Ele gosta de explorar o mundo e viver muitas peripécias. Ele às vezes foge de casa e deixa a bola para trás. Ele vai atrás de outros cachorros, de outros brinquedos, de outras coisas. Ele se esquece da bola, mas não se esquece de mim.
Eu tenho um cachorro que é o meu maior problema. Ele é teimoso, bagunceiro e barulhento. Ele me faz passar muitos apuros e preocupações. Ele rasga as minhas roupas, suja a minha casa, late para os meus vizinhos. Ele me desafia, me irrita, me enlouquece.
Mas eu sei que ele me ama como eu amo ele. Ele é leal, protetor e companheiro. Ele me faz sentir muitas alegrias e emoções. Ele me abraça, me beija, me consola. Ele me obedece, me admira, me respeita.
Bicho, que escapou
Aproximou-se de mim com a agilidade de um cachorro selvagem. Contudo, logo percebi que sua natureza ia além da aparência. Não era um cachorro, tampouco um gato. O Bicho carregava uma aura misteriosa e única.
O aspecto dele lembrava uma minhoca, uma forma intrigante que contrastava com a pele mole que o revestia. Surpreendentemente, mesmo com essa aparência, o Bicho exibia uma resistência inesperada.
O Bicho, o enigma vivo. Ele me tocou, e naquele momento, um grito escapou dos meus lábios. Entretanto, para minha surpresa, o Bicho não me causou dano algum. Sua natureza dócil se assemelhava à de um pássaro sereno.
Ele me envolveu por completo, despertando uma sensação de deslumbramento, e eu não pude conter o grito que ecoou. Então, com a mesma calma que se aproximou, o Bicho partiu, libertando-me de seu toque.
O Bicho, o ser intrigante. Ele partiu, deixando para trás uma marca indelével. Aquela marca permanece, uma lembrança silenciosa da natureza misteriosa e gentil do Bicho, que escapou como um sussurro na brisa.
Oh! Saudades
Verso cachorro,
Teu latido dói no estampido.
Imaginação cachola, dedos que coçam nas cordas dessa Viola.
Oh! Saudade,
Saudades do arado rasgando terras.
Oh! Barbaridade,
Saudades, machuca, tortura a alma de verdade.
Oh! Garoa fina, rega o solo que lá vem a semente menina.
Não demora muito, o broto começa mostrar sua sina.
Oh! Carro de boi, tempo bom que se foi.
Germina, exala o teu choro na partida.
Lavoura, trigo arroz e natureza boa, poesia ainda não lida...
Engole o choro Poeta,
Cala tua boca.
Tu,
És um analista do passado, pisa firme no enredo sapateando que engata nesse improviso coitado...
Vai,
Bate suas mãos do corpo desse instrumento, indolente...
Rios afluente...
Cama, berçário, arranca o poema que ficou no teu armário.
Bate no peito, dedilha tua inspiração com muito jeito.
Oh! Afinação bruta...
Tuas rugas tem histórias.
Dias que não saí de sua memória,
Os dias que viveu, colhendo frutos, alface, cebolinha e chicória..
Canta lá no roçado, o canário e a coleirinha...
No pomar, o princípe sabiá,
Na tuia, a coruja coroa.
Na gruta, a saracura..
E aqui, canta o poeta compositor sem suas luvas...
Oh! Nostálgica melancolia.
Danada, tomas de mim esses versos sem fim...
Leva-os...
Ou mate de vez, essas lembranças que não tem fim...
Antes, era tudo manual, tudo mudou.
Que pena!
Agora,
É a vez do trator...
Autor : Ricardo Melo
O Poeta que Voa
O desabafo de um cachorro
Ei,
Nobre humano(a),
Não corras de mim.
Não sou bravo, mal nenhum te farei.
Sou apenas um cachorro.
Observe, toque em uma de minhas patas,
Eu amo as pessoas.
E por elas, eu até morro.
Moro em qualquer lugar, as vezes, por ter sido abandonado ou até por ter tido a infelicidade de já ter nascido sem um lar. Muitos não me aceitam em suas casas e até me machucam...
Tenho os tímpanos sensíveis, porque sou guardião dos lares.
Minha vida é essa, comer, proteger, latir e rosnar.
Quando sou amado, dou ao meu dono a proteção;
Quando sou chutado, protejo ele mesmo assim.
Mas nem todos me olham como um protetor.
Me olhem como eu fosse um bicho peçonhento.
E nesse momento lhe digo:
---Sou cachorro sim!
---Sou, porque Deus assim me fez, sou uma obra perfeita do criador.
Prefiro ser um cachorro abandonado, do que ser um ser humano insensível, pois quem maltrata um animal, jamais conseguirá ter amor pelo por outros humanos...
Me apresento para ti, representando os milhares que tem por aí..
Muitos estão acorrentados, mal tratados, bebendo águas sujas que por muitas vezes, do lado de fora e perambulando pelas ruas.....
Obrigado por ter me ouvido doutora.
Ah!
Tem algo que eu possa fazer por ti ?
Não!
Então, até outro dia,
Minha Senhora✋
Autor : Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Vento do Sul
Conta-se por aí que um cachorro corria de vez enquanto por um campo aberto e cheio de flores .
Conta-se que nem mesmo vento podia acalmar.
Até que um dia um corredor de nuvem o envolveu e o encobriu .
Parece que a grande nuvem o envolveu por completo mudando a sua cor.
Dias depois só ocorrido havia apenas uma penugem desconhecida no ar.
Como o vento pode acalmar a tempestade?
Como o ar pode trazer novos ventos e contentamento com cores, plumas e sabores?
De noite a brisa mansa, de dia o sol escaldante
Meia lua conta uma história e o poeta parafraseando
Digo isso ao vento e ao mar
Digo isso de noite e ao entardecer
Conta-me o segredo do sol
E as peripécias da lua não me serão escondidas.
Do norte e do Sul
Do vento e do ar
De palavras soltas e desconexas
Comecei a salmodiar
Como era linda a flor do campo
E como os lírios são de encantos mil
Valente é aquele que não tem medo do ar
Forte é aquele que resiste as tempestades
E a inteligência do pensamento se rende a magia intensa do bem querer.
E até quando me vem de noite a lembrança de um mundo desconhecido?
No dia em que a tempestade chegar
Me lembrarei do entardecer suave e gentil
Até que novamente possa ouvir o canto dos pequeninos que me encantam.
Poema infantil
Eu quero ter um cachorro
mas um cachorro não posso ter.
Tenho um cachorro salsicha que não posso comer.
Enzo Gabriel Faustino
10 anos
Subi no morro
Rápido pra cachorro
Não fui para uivar
Mas para louvar ao Deus
que não me tratou feito cão
Me amou, de tal maneira
Que me tirou da coleira
E encheu meu coração
Cinema, jogo, moda, rolê
Cachorro, gato, cão, felino
L ou B?
30?
Falar de que ?
Eu não quero retidão
Eu só quero assuntos sérios
Eu não quero retidão
Eu só quero assuntos sérios
Eu não quero retidão.
Não vamos falar de cinema
Vamos falar de quem não vai ao cinema
Não vamos falar de jogo
Vamos falar de quem não sabe nem as regras
Não vamos falar de moda
Vamos falar de tecido
Não vamos falar de rolê
Só vamos.
A arte da discussão
Tentativa utópica mais real do conhecimento
Cada vez mais perto da maior das utopias:
Verdade
Verdade
Verdade.
Deixar ir seu querer
Doeu deixar meu carro...minhas coisinhas pessoais. meu cachorro.... minha praia deserta...silenciosa...doeu...só não doeu mais deixar meu carro porque pensei na utilidade pra outra pessoa...uma amiga que não tinha como trabalhar por falta de condução para locomover-se e .. criar sozinha...sua filha...mas doeu, principalmente porque sabia ser difícil conseguir comprar outro igual, tão bonito...doeu. .deixar meus amigos.. porque sabia que ia ficar sozinha por um bom tempo...doeu...
Obrigada Senhor pelo aprendizado doloroso!!!!
09/12/2017
O cachorro e o amor...
O amor é a minha religião, Deus está em todas as formas de amor....
Cachorros como a Vida transformam as pessoas melhores seres humanos! Cachorros nos domesticam, nos ensinam com essa simplicidade chamada AMOR!
Já odiei urina de cachorro. Repudiava e a odiava mais que tudo neste vida. Depois odiei a dos gatos. Depois a sós ratos. Até que me deparei com o odor de minha própria urina. Conclusão: hoje detesto mais minha própria urina que a dos animais. A urina do homem é mais fétida que a urina só próprio rato.
🐁
O meu poema é quase
um Peixe-Cachorro
que sabe nadar e morder
com seus dentes enormes
para as ideias acordarem
nos rios da sua criação
e por todos os lugares
onde é preciso ter inspiração.
Flores de Pau-cachorro
são espalhadas
pelo vento no caminho,
Nesta poesia resolvi
fazer o meu próprio ninho.
O Pau-cachorro floresceu
e entreguei os Versos Intimistas
com o todo o meu amor
para que leia todos os dias,
Porque com poesia
nela mora a grande diferença.
A dedicação dos meus animais de estimação sempre foi tão intensa que não sei na vida quem me deu mais atenção, eles ou os seres humanos que me rodeiam.
Adorava a inocência dos cães, a pureza do afeto. Eles não escondiam sentimentos. Simplesmente existiam: um cão é um cão. Eu invejava a elegância simples de ser cachorro.
É tao fácil ser democrata de verdade, que estranho quando alguém insiste em ser democrata apenas no discurso e de mentirinha. Democrata de verdade é aquele que aceita tanto a derrota própria quanto a vitória de outros. E que não desconta o inconformismo (da derrota) nos oponentes, na própria mulher, nos filhos ou no cachorro de casa.